08-09-2025 Segunda-feira

‘Maranhão Livre da Fome’, com ampliação do número de Restaurantes Populares; e ‘Cuidar dos Olhos’, com o mutirão oftalmológico, foram algumas das ações governamentais mencionadas pela deputada

Durante pronunciamento na Assembleia Legislativa na última quarta-feira (3), a deputada estadual Solange Almeida (PL) ressaltou recentes iniciativas promovidas em sua região, com foco em saúde e segurança alimentar.

Entre os destaques, a parlamentar citou o mutirão oftalmológico, realizado no dia 29 de agosto deste ano, em Igarapé do Meio, que também beneficiou moradores de Pindaré Mirim, Pio XII, Vitória do Mearim, Cajari, Bela Vista e Penalva. Segundo a deputada, mais de 900 consultas oftalmológicas foram realizadas, com direito a óculos gratuitos, em parceria com o programa Cuidar dos Olhos e apoio do Governo do Estado, por meio de emenda de sua autoria.

“Através deste programa, já foram atendidas mais de 350 mil pessoas em todo o Maranhão, resgatando milhares de cidadãos da fila reprimida para cirurgias de catarata, pterígio e outros procedimentos oftalmológicos”, destacou a deputada, reforçando que, desde o início do seu mandato, já viabilizou mais de 4 mil cirurgias oftalmológicas na região do Vale do Pindaré.

A parlamentar mencionou, ainda, avanços no programa Maranhão Livre da Fome, com a implantação de Restaurantes Populares. Recentemente, Monção passou a integrar a lista dos 180 municípios beneficiados pelo programa, que oferece alimentação a baixo custo e promove segurança alimentar. A deputada lembrou, ainda, que a iniciativa contou com sua emenda de 2023, e ressaltou o trabalho do Secretário de Assuntos Municipalistas, Orleans Brandão, na expansão do programa a todo o estado.

Além das ações sociais, a deputada aproveitou o pronunciamento para parabenizar a prefeita de Igarapé do Meio, Aldenira (PL), pela realização da primeira Cavalgada Pais e Filhos, evento que contou com premiações e envolvimento comunitário, reforçando a continuidade das políticas locais iniciadas pelo prefeito Almeida.

08-09-2025 Segunda-feira

Neste domingo, 7 de Setembro, muitas homenagens foram prestadas aos 203 anos da Proclamação da Independência do Brasil. Em São Luís, o governador Carlos Brandão prestigiou o tradicional desfile cívico-militar das Forças Armadas. Este ano, a parada aconteceu na Avenida Beira-Mar. Contingentes das Forças de Segurança do Governo do Maranhão também participaram da solenidade.

A cerimônia teve início às 8h, na Avenida Beira-Mar, com o hasteamento do Pavilhão Nacional pelo governador Carlos Brandão. A bandeira do Estado do Maranhão foi hasteada pelo coronel Wallace Amorim, comandante-geral da Polícia Militar do Maranhão (PMMA). Já a bandeira do município de São Luís foi hasteada pela vice-prefeita da capital, Esmênia Miranda.

O tenente-coronel João Carlos Duque, comandante do 24º Batalhão de Infantaria de Selva (Batalhão Barão de Caxias); o coronel aviador Clóvis Martins de Souza, diretor do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), representando a Força Aérea Brasileira; o capitão de Mar e Guerra Ademar Augusto Simões Júnior, da Capitania dos Portos do Maranhão, representando a Marinha do Brasil; e o coronel Célio Roberto Araújo, comandante do Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão (CBMMA), também acompanharam a solenidade.

Após o hasteamento dos três pavilhões aconteceu a revista às tropas e foi iniciado o desfile. Diversas outras autoridades militares e civis também acompanharam a solenidade.

O governador Carlos Brandão ressaltou que o desfile cívico-militar celebra não apenas a Independência do Brasil, mas as diversas conquistas efetivadas ao longo de 203 anos de construção da soberania nacional, e que a mudança do local do desfile será um novo marco histórico para São Luís e o Maranhão.

“Esta é a área da cidade onde tudo começou. Aqui, os franceses construíram o Forte São Luís, fundando a cidade, que depois foi retomada pelos portugueses. Hoje, no lugar desse forte fica o Palácio dos Leões. Por isso, conversamos com o comandante do 24º Batalhão de Infantaria de Selva e tomamos a decisão corajosa de mudar o desfile para a Beira-Mar. Essa é também uma forma de valorizar nosso Centro Histórico, que é Patrimônio Mundial da Humanidade. Este é um ato de fortalecimento da nossa soberania e democracia”, assinalou Brandão.

O tenente-coronel João Carlos Duque, comandante do 24º Batalhão de Infantaria de Selva (Batalhão Barão de Caxias), afirmou que a mudança do local do desfile, que antes era realizado na Avenida Senador Vitorino Freire, no bairro Areinha, para a Avenida Beira-Mar, engrandece a celebração da data magna nacional.

“Este é o espaço onde são realizados os grandes eventos da cidade. Por isso, com essa mudança temos uma demonstração não só de civismo e patriotismo, mas também uma oportunidade para que toda a comunidade de São Luís possa, de uma forma uníssona, comemorar essa data importante, que é uma data de união e coesão que eleva os sentimentos mais nobres da nação brasileira”, afirmou o tenente-coronel João Carlos Duque.

Já o coronel aviador Clóvis Martins de Souza, diretor do CLA, afirmou que a mudança do local do desfile permite uma melhor demonstração da estrutura das Forças Armadas. “No que diz respeito ao Centro de Lançamento de Alcântara, essa mudança permite que nós possamos fazer um sobrevoo com nosso avião, o que não era possível anteriormente por motivos de segurança. Essa demonstração permite que a população conheça melhor a estrutura da Força Aérea Brasileira”, declarou. A aeronave utilizada pelo CLA para sobrevoo durante o desfile foi a C98 Caravan.

O Capitão dos Portos do Maranhão, capitão de Mar e Guerra Ademar Augusto Simões Júnior, frisou que a Independência do Brasil é um marco histórico da soberania nacional. “Esta data magna representa muito para nós, pois a Marinha foi a primeira Força Armada do Brasil. O Maranhão é um estado vocacionado para o mar com seu litoral extenso, assim como o Brasil é um país vocacionado para o mar com mais de 8000 mil quilômetros de costa litorânea. Para nós é sempre uma honra participar dessa celebração” disse.

A vice-prefeita de São Luís, Esmênia Miranda, lembrou que a celebração cívico-militar antecede o aniversário de São Luís, fundada em 8 de setembro de 1612. “A Avenida Beira-Mar fica próxima à pedra fundamental da nossa cidade, o antigo Forte São Luís, que foi a primeira estratégia de defesa implantada aqui, situado de frente para o mar e os dois principais rios da cidade. Então, muito mais do que uma paisagem bonita, esse espaço que agora recebe o desfile cívico-militar tem toda essa representatividade para São Luís, que amanhã completa seus 413 anos”, disse.

Contingente

O desfile contou com a participação de mais de 2 mil militares do Exército Brasileiro, Marinha do Brasil e Força Aérea Brasileira, além de alunos de escolas da rede pública estadual e municipal. As Forças de Segurança do Governo do Maranhão também participaram do desfile.

A Polícia Militar do Maranhão (PMMA) participou da solenidade com 120 cadetes da Academia de Polícia Militar Gonçalves Dias e 90 alunos do Curso de Nivelamento de Tropas Policiais, do Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças. O Colégio Militar Tiradentes levou 1.100 alunos de São Luís e do município de Raposa. Também foram apresentadas 12 motocicletas, 6 conjuntos de cavalaria e viaturas.

O Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão (CBMMA) levou 160 militares da Academia de Bombeiros Militar Josué Montello, mais integrantes de oito batalhões. Também participaram da parada 700 alunos do Colégio Militar 2 de Julho e 100 integrantes dos programas sociais da corporação – Bombeiros Mirim e Melhor Idade, totalizando 960 participantes.

A concentração começou próximo ao Terminal de Integração Praia Grande, estendendo-se até a cabeceira da ponte do São Francisco. A partir desse ponto, as tropas iniciaram o deslocamento em direção à RFFSA, com dispersão nas proximidades da Praça Maria Aragão.

População

Milhares de pessoas chegaram cedo à Avenida Beira-Mar para acompanhar os desfiles. Arquibancadas foram montadas para que a população pudesse assistir tudo com conforto e segurança. Muita gente também levou cadeiras e bancos. Entre o público, muitos familiares dos militares.

A advogada Taysa Moana, 36 anos, levou a filha para ver o pai, militar da Força Aérea, desfilar. “Ela adora vir assistir ao pai. Então, todos os anos a gente vem juntas assistir. Além disso, é um momento muito bonito”, contou.

A copeira Josane Soares, 44 anos, também acompanha os desfiles todos os anos para ver o filho. Inicialmente, ele desfilava pela escola onde estudava. Atualmente, ele faz parte do 24º BIS. “Eu fico muito emocionada não apenas de ver meu filho, mas todos os oficiais e estudantes. É uma data muito bonita, gosto de ver o esforço e o orgulho de todos desfilando”, comentou.

Independência do Brasil

A Independência do Brasil foi proclamada por Dom Pedro I em 1822, às margens do Rio Ipiranga. O desfile cívico-militar reafirma a importância da integração entre Forças Armadas, instituições civis e a sociedade maranhense, em um momento de celebração da soberania nacional e dos valores democráticos do Brasil.

08-09-2025 Segunda-feira

As manifestações do 7 de Setembro do Povo foram organizadas pelas centrais sindicais, as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, e o 31º Grito dos Excluídos e Excluídas

Sob a palavra de ordem “Sem anistia, sem perdão, eu quero ver Bolsonaro na prisão!”, manifestantes lotaram neste domingo (7) a Praça da República, em São Paulo, para defender a democracia, a soberania nacional e a punição para os condenados pela tentativa de golpe de Estado. Outras 35 cidades brasileiras também realizaram manifestações.

Os atos do 7 de Setembro do Povo foram organizados pelas centrais sindicais, as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, e o 31º Grito dos Excluídos e Excluídas.

Além da soberania e sem anistia, os manifestantes defenderam o Plebiscito Popular 2025 pelo fim da escala da 6×1, aprovação da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil e a taxação dos super-ricos.

Eles se posicionaram contra as agressões do governo norte-americano de Donald Trump ao Brasil. Estimulado pelo filho 03 de Jair Bolsonaro, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que quer livrar o pai da prisão, Trump impôs um tarifaço ao país prejudicando empresas e empregos dos brasileiros.

Outra preocupação é o projeto de lei articulado por aliados de Bolsonaro na Câmara para promover uma anistia ampla e irrestrita aos condenados no Supremo Tribunal Federal (STF) pelos atos golpistas no 8 de janeiro, cujo objetivo é livrar Bolsonaro da prisão. O ex-presidente pode ser condenado já na próxima semana em julgamento no Supremo.

“O Brasil não é colônia, jamais será colônia. Há 203 anos, nas margens do Ipiranga, ecoava o brado retumbante de um povo que não aceitava a condição de submissão a Portugal. O grito de liberdade, independência ou morte, espraiou por todo o Brasil e segue atual”, disse o presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Adilson Araújo.

O dirigente sindical também levantou outras demandas dos trabalhadores. “As empresas estão lucrando desavergonhadamente. É preciso reduzir a jornada de trabalho para gerar mais empregos. Ao mesmo tempo em que isentamos até R$ 5 mil no Imposto de Renda, temos que enfrentar o demônio da escala 6×1”, disse.

“Nós vamos ter uma reunião com a secretária-geral da Organização Mundial do Comércio, a OMC, para levar relatório sobre as consequências do tarifaço criminoso do Trump ao Brasil e como ameaça o sistema produtivo do nosso país e o emprego da classe trabalhadora”, avisa o presidente nacional da CUT, Sérgio Nobre.

Manifestações pelo Brasil

Em Brasília, milhares de pessoas compareceram ao ato na Praça Zumbi dos Palmares com o tema “Vida em Primeiro Lugar” e o lema “Cuidar da casa comum e da democracia”.

No Rio de Janeiro a concentração foi na Uruguaiana com Presidente Vargas. “Quem manda no Brasil é o povo brasileiro” foi tema da manifestação do 31º Grito dos Excluídos.

Movimentos Sociais realizaram ato na 7 de Setembro, em Belo Horizonte, para defender a soberania nacional e contra a anistia para golpistas.

Em Fortaleza, a população marcou presença na passeata do Grito dos Excluídos. A concentração começou na Praça da Paz Dom Hélder Câmara de onde os participantes seguiram em caminhada até a Comunidade Raízes da Praia, local simbólico escolhido por ser área destinada à instalação da usina de dessalinização da Praia do Futuro, empreendimento que, segundo os organizadores, ameaça famílias e o meio ambiente.

No Recife milhares de pessoas ocuparam ruas e avenidas do centro da capital, transformando a data em ato político pela democracia, liberdade e soberania. Com bandeiras do Brasil, cartazes e palavras de ordem, manifestantes reforçaram pautas como o repúdio à anistia de golpistas, o fim da escala 6×1 de trabalho e a defesa do patrimônio nacional.

Vermelho

07-09-2025 Domingo

Secom estima em 45 mil o número de pessoas na Esplanada

Aos gritos de “sem anistia” e “soberania não se negocia”, por parte do público, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva abriu neste domingo (7) o desfile cívico-militar do Dia da Independência, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. O evento começou por volta das 9h20. De acordo com a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), o público estimado foi de 45 mil pessoas em toda a Esplanada.

Lula e a primeira-dama Janja da Silva chegaram à Esplanada em carro aberto, o Rolls-Royce presidencial tradicionalmente usado em cerimônias oficiais, após passar em revista as tropas próximo ao Palácio do Planalto.

Ao desembarcar na tribuna das autoridades, o presidente e a primeira-dama foram recebidos pelo ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, e pelos comandantes das três Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica).

Este ano, o desfile ocorre em meio à crise bilateral entre Brasil e Estados Unidos, provocada pelo presidente norte-americano, Donald Trump, que impôs tarifas comerciais aos produtos brasileiros para pressionar o país a favor do ex-presidente Jair Bolsonaro, que está sendo julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) pelos crimes de tentativa de golpe e abolição do Estado Democrático de Direito. O julgamento deve ser concluído esta semana. 

Aliados bolsonaristas e partidos de oposição tentam, a todo custo, pautar um projeto de lei de anistia no Congresso Nacional para livrar o ex-presidente, aliados e participantes dos atos de 8 de janeiro de 2023 de qualquer responsabilização pela trama golpista.  

Por causa desse contexto, o principal tema do desfile deste ano é justamente a soberania do país. Outros três eixos temáticos compõem outras alas da parada, dois deles intitulados Brasil dos Brasileiros e Brasil do Futuro. Um terceiro eixo trata da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), a ser realizada em Belém, em novembro, e do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). 

A organização do evento distribuiu bonés com a frase Brasil Soberano, e a decoração das tribunas também trazia a mesma mensagem.  

A segurança na Esplanada e na Praça dos Três Poderes também foi reforçada, tanto para o desfile quanto para garantir o andamento do julgamento da trama golpista no STF.

Sábado (6), véspera do Dia da Independência, o presidente Lula destacou, em pronunciamento à nação, a importância da soberania nacional e da união dos brasileiros na defesa da democracia, do meio ambiente e das instituições do país. O pronunciamento foi transmitido em rede nacional de rádio e televisão.

O desfile na Esplanada dos Ministérios, encerrado com a tradicional exibição da Esquadrilha da Fumaça, durou cerca de 2 horas. Além de diversas alas militares, desfile aéreo, a apresentação contou com estudantes de escolas públicas e forças de segurança do Distrito Federal.

Ao final do desfile, antes de ir embora, o presidente Lula desceu da tribuna para cumprimentar o público nas arquibancadas mais próximas.

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ministros acompanham o desfile do Dia da Independência na Esplanada dos Ministérios – Foto: Bruno Peres/Agência Brasil

Presenças

Ao lado de Lula, o vice-presidente, Geraldo Alckmin e o presidente da Câmara, Hugo Motta, marcaram presença. O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, não compareceu este ano, porque está em viagem oficial à França. Outra ausência é a do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, que está no Amapá, seu estado de origem. Nenhum outro ministro do STF marcou presença neste ano, em meio ao julgamento de Bolsonaro.

Dos ministros do governo federal, a maioria participou do desfile: Rui Costa (Casa Civil), Simone Tebet (Planejamento), Ricardo Lewandowski (Justiça e Segurança Pública), Camilo Santana (Educação), Alexandre Padilha (Saúde), Frederico Siqueira (Comunicações), Celso Sabino (Turismo), André Fufuca (Esporte), Renan Filho (Transportes), Waldez Góes (Desenvolvimento Regional), Anielle Franco (Igualdade Racial), Sônia Guajajara (Povos Indígenas), Luciana Santos (Ciência e Tecnologia), Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais), Marina Silva (Meio Ambiente), Vinicius Marques de Carvalho (Controladoria Geral da União), Sidônio Palmeira (Comunicação Social), Jorge Messias (Advocacia Geral da União (AGU), Márcio Macêdo (Secretaria-Geral da Presidência), Alexandre Silveira (Minas e Energia), André de Paula (Pesca e Aquicultura), Jader Filho (Cidades), Macaé Evaristo (Direitos Humanos), Márcia Lopes (Mulheres), Márcio França (Micro e Pequenas Empresas), Margareth Menezes (Cultura), Mauro Vieira (Relações Exteriores), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário), Wellington Dias (Desenvolvimento Social), Wolney Queiroz (Previdência) e Marcos Amaro do Santos (Gabinete de Segurança Institucional). 

Os ministros Carlos Fávaro (Agricultura), Fernando Haddad (Fazenda) e Luiz Marinho (Trabalho) não compareceram na edição deste ano, segundo divulgou a Presidência.

Agência Brasil

07-09-2025 Domingo

A programação acontece na Praça dos Criadores, na Associação dos Criadores do Maranhão, no Parque Independência, com a presença do governador Carlos Brandão

O Governo do Maranhão realiza, neste sábado (6), mais uma edição do gabinete itinerante, em São Luís. A programação acontece na Praça dos Criadores, na Associação dos Criadores do Maranhão (ASCEM), no Parque Independência, com a presença do governador Carlos Brandão.

A agenda terá início às 9h, com entrevista coletiva à imprensa, seguida da assinatura de duas medidas provisórias: a que cria o Programa Estadual Esta Casa Agora é Minha e a que institui o Programa Paz no Campo. Na ocasião, também serão apresentados os resultados do projeto Terras para Elas, premiado pela Organização das Nações Unidas (ONU), e do Prêmio Solo Seguro, concedido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) como reconhecimento à melhor regularização fundiária rural do Brasil.

As atividades da manhã ainda incluem o plantio de mudas de ipê na Praça dos Criadores e uma reunião técnica com produtores rurais.

Tempo de Semear

No período da tarde, às 16h30, o governador participa da solenidade de lançamento do Programa Tempo de Semear. A iniciativa vai conceder auxílio financeiro a agricultores maranhenses para a compra de sementes, insumos e equipamentos agrícolas, por meio de cartão de débito aceito em estabelecimentos credenciados no estado.

Durante a programação da 65ª Expoema, também será realizado o primeiro sorteio do programa, voltado a agricultores de seis municípios do Sul do Maranhão — Loreto, Estreito, Sambaíba, Riachão, São Raimundo das Mangabeiras e Carolina. A escolha da região ocorreu por ser a primeira a iniciar o período de plantio no estado.

Poderão participar do sorteio agricultores com registro ativo no Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF) até 30 de junho de 2025. Após o lançamento, Brandão visitará os estandes da feira agropecuária.

07-09-2025 Domingo

O presidente fez um pronunciamento por conta do Dia da Independência, comemorado neste domingo (7)

Em pronunciamento de cadeia de rádio e tevê na véspera do Dia da Independência, comemorado neste domingo (7), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ressaltou como fundamental a soberania do país depois dos 203 anos da conquista.

“Mais de 200 anos se passaram e nós nos tornamos soberanos. Não somos e não seremos novamente colônia de ninguém. Somos capazes de governar e de cuidar da nossa terra e da nossa gente, sem interferência de nenhum governo estrangeiro”, disse o presidente.

Sem citar o governo norte-americano de Donald Trump, que impôs ao país sanções comerciais como o tarifaço aos produtos brasileiros sob influência do clã Bolsonaro – o filho 03 do ex-presidente Jair Bolsonaro, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), articula naquele país sanções contra o Brasil -, o presidente se referiu diretamente ao parlamentar.

“É inadmissível o papel de alguns políticos brasileiros que estimulam os ataques ao Brasil. Foram eleitos para trabalhar pelo povo brasileiro, mas defendem apenas seus interesses pessoais. São traidores da pátria. A História não os perdoará”, ressalta.

Dessa forma, o presidente destaca a importância da soberania: “Minhas amigas e meus amigos, um país soberano é um país fora do Mapa da Fome, que zera o Imposto de Renda de quem ganha até R$ 5 mil enquanto taxa os super-ricos que hoje não pagam quase nada. Que cresce acima da média mundial e registra menor índice de desemprego de todos os tempos. Um país com a coragem de fazer a maior operação contra o crime organizado da história, sem se importar com o tamanho da conta bancária dos criminosos.”

Confira o pronunciamento na íntegra:

Querido povo brasileiro, amanhã, 7 de setembro, é dia de celebrarmos a Independência do Brasil. É uma boa hora para a gente falar de soberania.

Na época da colonização, nosso ouro, nossas madeiras, nossas pedras preciosas, nada disso pertencia ao povo brasileiro. Toda nossa riqueza ia embora do Brasil para ajudar a enriquecer outros países.

Mais de 200 anos se passaram e nós nos tornamos soberanos. Não somos e não seremos novamente colônia de ninguém. Somos capazes de governar e de cuidar da nossa terra e da nossa gente, sem interferência de nenhum governo estrangeiro.

Mantemos relações amigáveis com todos os países, mas não aceitamos ordens de quem quer que seja. O Brasil tem um único dono: o povo brasileiro.

Por isso, defendemos nossas riquezas, nosso meio ambiente, nossas instituições. Defendemos nossa democracia e resistiremos a qualquer um que tente golpeá-la.

É inadmissível o papel de alguns políticos brasileiros que estimulam os ataques ao Brasil. Foram eleitos para trabalhar pelo povo brasileiro, mas defendem apenas seus interesses pessoais. São traidores da pátria. A História não os perdoará.

Minhas amigas e meus amigos, a soberania pode parecer uma coisa muito distante, mas ela está no dia a dia da gente. Está na defesa da democracia e no combate à desigualdade, a todas as formas de privilégios de poucos em detrimento do direito de muitos. Está na proteção das conquistas dos trabalhadores, no apoio aos jovens para que eles tenham um futuro melhor, na criação de oportunidades para os empreendedores e nos programas que ajudam os mais necessitados.

Se temos direito a essas políticas públicas, é porque o Brasil é um país soberano e tomou a decisão de cuidar do povo brasileiro.

Minhas amigas e meus amigos, um país soberano é um país fora do Mapa da Fome, que zera o Imposto de Renda de quem ganha até R$ 5 mil enquanto taxa os super-ricos que hoje não pagam quase nada. Que cresce acima da média mundial e registra menor índice de desemprego de todos os tempos. Um país com a coragem de fazer a maior operação contra o crime organizado da história, sem se importar com o tamanho da conta bancária dos criminosos.

Este país soberano e independente se chama Brasil.

Minhas amigas e meus amigos, desde o início do nosso governo, concentramos esforços na abertura de novas parcerias comerciais. Em apenas dois anos e oito meses, abrimos mais de 400 novos mercados para as nossas exportações. Defendemos o livre comércio, a paz, o multilateralismo e a harmonia entre as nações, mas nunca abriremos mão da nossa soberania.

Defender nossa soberania é defender o Brasil.

Cuidamos como ninguém do nosso meio ambiente. Reduzimos pela metade o desmatamento na Amazônia, que, em novembro, vai sediar a COP30, maior conferência mundial sobre o clima.

Defendemos o PIX de qualquer tentativa de privatização. O PIX é do Brasil. É público, é gratuito e vai continuar assim.

Reconhecemos a importância das redes digitais. Elas oferecem informação, conhecimento, trabalho e diversão para milhões de brasileiros, mas não estão acima da lei. As redes digitais não podem continuar sendo usadas para espalhar fake news e discurso de ódio. Não podem dar espaço à prática de crimes como golpes financeiros, exploração sexual de crianças e adolescentes e incentivo ao racismo e à violência contra as mulheres.

Zelamos pelo cumprimento da nossa Constituição, que estabelece a independência entre os Três Poderes. Isso significa que o presidente do Brasil não pode interferir nas decisões da justiça brasileira, ao contrário do que querem impor ao nosso país.

Minhas amigas e meus amigos, este é o momento em que a História nos pergunta de que lado estamos. O Governo do Brasil está do lado do povo brasileiro. Povo que acorda cedo, todos os dias, para trabalhar pela prosperidade da sua família.

Este é o momento da união de todos em defesa do que pertence a todos: a nossa Pátria brasileira e as cores da bandeira do nosso país.

A História nos coloca diante de um grande desafio e pergunta se somos capazes de enfrentá-lo. E nós dizemos: sim. Temos fé, experiência e coragem para seguir cuidando do nosso futuro e da esperança da nossa gente.

Que Deus abençoe o Brasil.

Um abraço, e feliz Dia da Independência.

Vermelho

06-09-2025 Sábado

A nova ponte que liga o Piauí ao Maranhão foi inaugurada nesta sexta-feira (5). Localizada na BR-330, o viaduto liga as cidades de Santa Filomena (PI) a Tasso Fragoso (MA). A inauguração foi feita pelo ministro dos Transportes, Renan Filho, e contou com a presença do governador do Maranhão, Carlos Brandão. Também participaram da solenidade o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias; e o prefeito de Tasso Fragoso, Kelson Richard.

A estrutura de concreto armado e com aproximadamente 123 metros de extensão, instalada sobre o Rio Parnaíba, vai beneficiar o escoamento de grãos na região do Matopiba (enclave formado por Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), uma das maiores fronteiras agrícolas do país, facilitando o escoamento da produção e o desenvolvimento econômico da região de Balsas (MA).

Antes da obra, o transporte de veículos entre os dois estados era feito por balsas. A obra faz parte do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC) e recebeu R$ 34 milhões em investimentos do Governo Federal, por meio do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).

Durante a solenidade, o governador do Maranhão, Carlos Brandão, afirmou que a ponte será um grande vetor de desenvolvimento para os dois estados. “Para fortalecer o trabalho feito pelo Governo Federal, o Governo do Maranhão está fazendo a pavimentação asfáltica de Tasso Fragoso até Alto Parnaíba, na Serra do Penitente. Por meio dessa parceria, a gente está concluindo muitas obras que estão gerando desenvolvimento para o estado e garantindo mais emprego e renda para a população”, assinalou Brandão.

Já o ministro Renan Filho destacou a importância da obra. “Esta é uma obra que vai permitir, além do escoamento, a integração da produção do Matopiba, utilizando maquinários comuns, facilitando a entrada e saída de insumos, e também a integração das pessoas que trabalham por aqui. Também discutimos aqui obras importantes para o Sul do Maranhão, como o contorno de Balsas, para que a região possa continuar produzindo tanto e ajudando o Brasil a avançar”, pontuou.

O prefeito de Tasso Fragoso, Kelson Richard, disse que a inauguração da ponte é um marco histórico para a região. “Esta é uma obra que vai alavancar a nossa economia. Além disso, o Governo do Maranhão está implantando 5 quilômetros de asfalto aqui em Tasso Fragoso, o que vai potencializar ainda mais o resultado desta obra histórica para a nossa região”, declarou.

Benefício para a população

Para quem precisa fazer a travessia entre os dois estados, a ponte representa uma transformação na rotina, que agora ficará mais segura e ágil. “Antes, era uma dificuldade para a gente, que tinha que atravessar de balsa, esperar em uma fila para conseguir vaga. Levava tempo e ainda tínhamos que pagar. Agora, melhorou 100%. É um dia de muita alegria para nós”, comentou José Lopes dos Santos, autônomo.

José dos Reis Miranda, lavrador, contou que já deixou de fazer a travessia por causa do horário de funcionamento do serviço de balsa. “Antes, se a gente chegasse ao Pontão fora do horário da balsa, não tinha como atravessar. Agora, com essa ponte, é 24 horas. A qualquer momento que a gente precisar podemos ir de um lado para o outro. Então, eu quero agradecer a todos que fizeram esta obra”, comemorou.

BR-330

A BR-330 é uma rodovia diagonal do Sistema Nacional de Viação (SNV), com 1.489 quilômetros de extensão, atravessando os estados da Bahia, Piauí e Maranhão. No contexto regional, está inserida na área do Matopiba, uma das mais promissoras do agronegócio brasileiro, especialmente na produção de grãos como a soja.

A pavimentação dos acessos à ponte, além da construção da ponte, cria condições favoráveis para o escoamento da produção agrícola, atração de novos investimentos e geração de empregos.

06-09-2025 Sábado

‘Maranhão Livre da Fome’, com ampliação do número de Restaurantes Populares; e ‘Cuidar dos Olhos’, com o mutirão oftalmológico, foram algumas das ações governamentais mencionadas pela deputada

Durante pronunciamento na Assembleia Legislativa na última quarta-feira (3), a deputada estadual Solange Almeida (PL) ressaltou recentes iniciativas promovidas em sua região, com foco em saúde e segurança alimentar.

Entre os destaques, a parlamentar citou o mutirão oftalmológico, realizado no dia 29 de agosto deste ano, em Igarapé do Meio, que também beneficiou moradores de Pindaré Mirim, Pio XII, Vitória do Mearim, Cajari, Bela Vista e Penalva. Segundo a deputada, mais de 900 consultas oftalmológicas foram realizadas, com direito a óculos gratuitos, em parceria com o programa Cuidar dos Olhos e apoio do Governo do Estado, por meio de emenda de sua autoria.

“Através deste programa, já foram atendidas mais de 350 mil pessoas em todo o Maranhão, resgatando milhares de cidadãos da fila reprimida para cirurgias de catarata, pterígio e outros procedimentos oftalmológicos”, destacou a deputada, reforçando que, desde o início do seu mandato, já viabilizou mais de 4 mil cirurgias oftalmológicas na região do Vale do Pindaré.

A parlamentar mencionou, ainda, avanços no programa Maranhão Livre da Fome, com a implantação de Restaurantes Populares. Recentemente, Monção passou a integrar a lista dos 180 municípios beneficiados pelo programa, que oferece alimentação a baixo custo e promove segurança alimentar. A deputada lembrou, ainda, que a iniciativa contou com sua emenda de 2023, e ressaltou o trabalho do Secretário de Assuntos Municipalistas, Orleans Brandão, na expansão do programa a todo o estado.

Além das ações sociais, a deputada aproveitou o pronunciamento para parabenizar a prefeita de Igarapé do Meio, Aldenira (PL), pela realização da primeira Cavalgada Pais e Filhos, evento que contou com premiações e envolvimento comunitário, reforçando a continuidade das políticas locais iniciadas pelo prefeito Almeida.

06-09-2025 Sábado

Presidente nacional do PT participou do 17º Encontro Estadual do partido em Minas Gerais, evento que deu posse à nova presidenta, deputada estadual Leninha

O presidente nacional do PT, Edinho Silva, participou na noite desta sexta-feira (5), do 17º Encontro Estadual do partido em Minas Gerais, evento que deu posse à nova presidenta, deputada estadual Leninha, a quem pediu uma agenda de lutas para “a maior tarefa da nossa história, a maior tarefa das nossas gerações, a maior tarefa dos dirigentes que estão aqui que será em 2026 reeleger o presidente Lula”.

Após enfatizar a importância da mobilização para o 7 de setembro em defesa da soberania, Edinho reiterou que o PT de Minas deve se unir porque tem uma missão histórica.

“O que nos une é o projeto liderado pelo presidente Lula e a nossa tarefa é construir a unidade e reelegê-lo, reafirmar o nosso projeto, derrotar o fascismo e dizer para o mundo: no Brasil o fascismo não tem vez. Aqui quem vence é a democracia”, ressaltou, ao alertar para a gravidade do momento.

“Estamos vivendo o momento mais crítico da história brasileira e mundial. O Brasil nunca viveu o que nós estamos vivendo. Desde o fim da Segunda Guerra Mundial o mundo não se assombra da forma como está assombrado com a ascensão do fascismo”, afirmou durante a fala no evento de posse da nova presidenta do PT mineiro.

Edinho avaliou que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está semeando a terceira guerra mundial que não será bélica e sim econômica. “O que o Trump está fazendo com o Brasil é a manifestação de mais um ato fascista. Não há registro na história brasileira de tamanha violência diplomática como a que estamos vivendo, que quer impor a nós a derrota das nossas instituições e da nossa democracia”, assinalou.

Brasil é a maior trincheira de enfrentamento ao fascismo, diz Edinho

As estratégias de Trump, segundo ele, miram a derrota de Lula em 2026 porque o Brasil se tornou a maior trincheira mundial de enfrentamento ao fascismo.

“E não sou eu que estou dizendo isso, é a The Economist. Não dá para dizer que uma revista como a Economist é comunista. Ela reconhece que o único país que hoje enfrenta o fascismo é o Brasi”, analisou o presidente do PT, apontando que Trump tem um projeto de implantação do fascismo na América Latina para fazer com que o fascismo hegemonize o mundo.

Reeleger o presidente Lula é a única saída para o Brasil não ser um “puxadinho norte-americano, um quintal da América do Norte”, assinalou.

Há no país o debate da democratização da renda e ele, segundo Edinho, é o que vai diferenciar o projeto de país do PT com o projeto das elites. “Não pode um país ter 10% da sua população concentrando 42% da renda nacional. Temos que perguntar às brasileiras e aos brasileiros: é esse país que vocês querem?”, indagou.

Melhor arranjo em Minas para reeleger Lula

Edinho teve reuniões no Espaço Parlamentar da Assembleia Legislativa de Minas Gerais e almoçou na Cozinha Solidária Maria Brás do Movimento Sem Terra (MST) na Associação dos Catadores de Materiais Recicláveis (Asmare) antes da cerimônia de posse da nova presidenta do PT de Minas.

“Leninha é uma referência para o partido em Minas. Vi de perto a força da sua liderança, a força com que se constrói enquanto um referencial do PT no estado e tenho certeza que ela vai orgulhar o voto de cada companheira e cada companheiro que deram a legitimidade para conduzir o nosso partido”, ressaltou Edinho.

Na presença de líderes estaduais do PCdoB, PV, Rede e PSOL, além de diversos integrantes do diretório nacional e de entidades como MST e CUT, Leninha enfatizou a importância do estado para a reeleição do presidente Lula

“Temos uma tarefa importante de colocar não só aqui no estado mas também para o Brasil esse debate para a defesa da democracia da soberania. É importante saber quem são os nossos inimigos e ter inteligência para definir qual o melhor arranjo em Minas Gerais para reeleger Lula e aumentar a nossa bancada no Congresso”, assinalou.

A nova presidenta quer que o PT nas cidades sejam locais de referência de um grande movimento de mudança para 2026. “Os desafios são muitos, mas queremos de fato fazer essa unidade entre as forças que compõem o nosso partido. Nossa maturidade vai nos levar a fazer um bom desenho de enfrentamento para ter um PT mais forte para a reeleição do presidente Lula. A democracia não pode continuar sendo ameaçada, a nossa soberania não pode ser solapada”, sublinhou.

Mulher do Norte de Minas

A ministra de Direitos Humanos e Cidadania, Macaé Evaristo, que foi colega de bancada da deputada Leninha no legislativo mineiro, também alertou para a necessidade de organização para a luta em defesa da soberania e da democracia, além da reeleição do presidente Lula e de bancadas fortes na Câmara e Senado.

“Temos essas responsabilidades junto com a companheira Leninha. Para nós mulheres é uma alegria ter uma mulher e uma ‘pretona’ do Norte de Minas presidente do nosso partido”, comemorou Macaé.

PT

06-09-2025 Sábado

Impõe-se mobilizar o povo e as forças democráticas para barrar o projeto de anistia a Bolsonaro. Ao contrário de pacificação, é incentivo a novas tentativas de golpe

Diante da iminente condenação de Jair Bolsonaro e comparsas integrantes da cúpula da organização criminosa que tramou a tentativa de golpe de Estado, o consórcio da direita e da extrema-direita, com o protagonismo do governador paulista Tarcísio de Freitas, deu tração, na Câmara dos Deputados, a um projeto para anistiá-los. É uma ação que faz parte da investida contra o Brasil pelo governo Donald Trump, dos Estados Unidos, com o tarifaço e a pressão direta sobre o Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar livrar Jair Bolsonaro da cadeia.

Na primeira semana do julgamento, que ocorre na Primeira Turma do STF, a Procuradoria Geral da República (PGR) reiterou uma acusação com provas robustas, com farta comprovação dos crimes atribuídos aos acusados. O ministro-relator, Alexandre de Moraes, apresentou um relatório – as preliminares – no qual fica patente que o devido processo legal e o amplo direito de defesa foram respeitados.

Pela materialidade e a força das provas, os advogados de defesa não tiveram como questionar os vários fatos e episódios que constituem a trama e a ação golpista, se limitando ao esforço – de resto impossível – de desvincular seus clientes do papel de protagonistas dos graves crimes arrolados contra a democracia brasileira.

Os questionamentos dos advogados não se sustentam. A começar pela alegação de que não tiveram tempo para examinar o vasto conteúdo do processo. Tiveram, sim, o prazo determinado pela lei. Alegaram também que a delação do tenente-coronel Mauro Cid seria imprestável à acusação e se viram frustrados na tentativa de anulá-la. Ademais, a acusação da Procuradoria-Geral da República (PGR) se alicerça em provas que vão muito além do que indicou o réu-delator.

Disseram ainda que não teria sido demonstrado o vínculo do réu Jair Bolsonaro com a investida golpista de 8 de janeiro de 2023. A peça acusatória documenta o itinerário de fatos e atos capitaneados pelo ex-presidente que resultaram no que foi denominado como “Dia da infâmia”.

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, vacila sobre pautar ou não o projeto da anistia ampla, geral e irrestrita – leia-se, anistiar o golpista-mor Jair Bolsonaro. Chegou a admitir que pautaria e, agora, afirma que a questão está “indefinida”. Quando cogitou aceitar o projeto, apoiou-se no argumento de que ele é patrocinado por um número expressivo de parlamentares. Ou, dito de outra forma, o pretenso rolo compressor da direita e da extrema-direita, que tem como costas-quentes, Donald Trump, quer votar o projeto a qualquer custo, mesmo que seja ao preço de uma crise institucional.

Data vênia, neste caso não é assim que se conta a história. A aritmética é outra. Primeiro. trata-se, como sustentam renovados juristas, de uma excrecência. A Constituição Federal não concebe e não permite dar perdão a quem intenta destruí-la. Ela é cidadã, não é suicida. O projeto, portanto, uma aberração jurídica.

Segundo. Anistiar os golpistas, longe de contribuir com a pacificação do país, como propagandeiam os arautos do golpismo, seria, muito ao contrário, incentivar com a impunidade novas tentativas de golpe de Estado. Além do que, se estaria empurrando o país para uma crise institucional. Haveria um confronto entre os poderes Legislativo e Judiciário, posto que muito provavelmente uma eventual aprovação seria declarada inconstitucional pelo plenário do STF, instaurando um impasse que, somado à ingerência do imperialismo estadunidense, resultaria em consequências graves.

Daí que acertou o presidente Lula ao afirmar que a jornada contra a aprovação dessa anistia precisa contar com o protagonismo do povo. Se eleva, portanto, a importância dos atos de rua programados para acontecer em todo país, na simbólica data do 7 de setembro, organizados pelos movimentos sociais, centrais sindicais, com apoio dos partidos progressistas. A extrema-direita, os neofacistas, nesta mesma data também irão as ruas. No dia da Independência, nas principais cidades do país ficará estampando, portanto, o contraste e a polarização entre os verdadeiros patriotas e os traidores do Brasil.

Os verdadeiros patriotas saíram às ruas na grande data nacional do 7 de setembro com a palavra de ordem, Quem manda no Brasil é povo brasileiro. A plataforma das manifestações está centrada em quatros pontos: defesa da soberania nacional, taxação dos super ricos e isenção para quem ganha até 5 mil reais, redução da jornada de trabalho e fim da escala 6×1 e sem anistia para os golpistas.

Os atos de 7 de setembro devem ser a largada para novas mobilizações, posto que o acirramento da luta de classes e os confrontos tendem a se elevar na semana final do julgamento e após o anúncio das sentenças. As forças democráticas, patrióticas, populares, todo aquele que preza a democracia e o Brasil, devem estar em ação em defesa da soberania nacional e da democracia que, neste momento histórico, se concentra na exigência de punição rigorosa a Bolsonaro e demais golpistas.

Vermelho