Decisão inviabiliza manobra do PL, mantém faltas acumuladas e enfraquece articulação de Eduardo nos EUA por sanções contra o Brasil em apoio ao governo Trump
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), barrou a indicação do PL para que Eduardo Bolsonaro (PL-SP) assumisse a liderança da minoria. A decisão, publicada no Diário Oficial da Casa nesta terça-feira (23), derrubou a principal manobra do partido para blindar o deputado das faltas acumuladas e abriu caminho para a cassação de seu mandato.
Eduardo Bolsonaro está nos Estados Unidos desde fevereiro. Pediu licença do mandato em março, mas o prazo autorizado terminou em julho. Desde então, não retornou ao Brasil e tem se dedicado a articular, em Washington, sanções econômicas contra autoridades e produtos brasileiros em alinhamento com o governo Donald Trump.
O autoexílio foi apresentado como estratégia política, e a tentativa de emplacá-lo como líder da minoria surgiu como mecanismo para manter o mandato sem presença no plenário.
O parecer da Secretaria-Geral Adjunta da Câmara rejeitou a indicação e destacou “incompatibilidade do exercício da Liderança da Minoria […] visto que se encontrar ausente do território nacional”.
Assinado por Bruno Sampaio, Secretário-Geral da Mesa Adjunto de Coordenação Técnico-Jurídica na Câmara dos Deputados, e confirmado por Motta, o texto afirma que a função exige ainda mais presença do que o mandato regular.
“A ausência física do parlamentar do país o impede de exercer prerrogativas e deveres essenciais à Liderança, tornando seu exercício meramente simbólico e em desacordo com as normas regimentais”, registrou.
O documento lista atividades que não podem ser desempenhadas à distância, como orientar bancadas em votações, usar o tempo de liderança em debates, apresentar e acompanhar requerimentos e participar do colégio de líderes.
“Todas essas atividades indubitavelmente demandam a presença física do parlamentar”, apontou o parecer. Eduardo não comunicou oficialmente sua ausência à Câmara, limitando-se a anunciar pelas redes sociais que permaneceria fora do país.
Com 18 faltas em 32 sessões no início de setembro, Eduardo ultrapassa o limite constitucional de 1/3 de ausências não justificadas, condição que leva à perda de mandato.
Além do risco de cassação, enfrenta denúncias judiciais. Nesta segunda-feira (22), a Procuradoria-Geral da República (PGR) o acusou no Supremo Tribunal Federal (STF) de coação no curso do processo, por ter atuado para influenciar julgamentos contra Jair Bolsonaro a partir das sanções impostas pelo governo Trump ao Brasil.
A decisão de Motta foi tomada em meio ao recrudescimento das tensões entre o Legislativo e o Supremo.
Deputados interpretam a medida também como reação à militância de Eduardo no exterior, após Trump ampliar sanções contra o ministro Alexandre de Moraes e sua esposa, Viviane, usando a Lei Magnitsky. O episódio congelou negociações sobre uma saída política para Jair Bolsonaro, que incluíam a redução de penas e a hipótese de prisão domiciliar.
Em discurso de 18 minutos na Assembleia Geral da ONU, Lula criticou sanções unilaterais, reafirmou soberania, defendeu combate à fome, cobrou reforma multilateral e destacou multipolaridade
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) abriu nesta terça-feira (23) a 80ª Assembleia Geral da ONU com um discurso de confronto contra as sanções unilaterais e de defesa da democracia brasileira.
Afirmou que “atentados à soberania, sanções arbitrárias e intervenções unilaterais estão se tornando regra” e classificou como “inaceitável” a agressão contra a independência do Judiciário.
Em 18 minutos, Lula percorreu temas internos e globais. Defendeu que “diante dos olhos do mundo, o Brasil deu um recado a todos os candidatos a autocratas e àqueles que os apoiam: nossa democracia e nossa soberania são inegociáveis”.
Apresentou conquistas como a saída do país do Mapa da Fome, disse que a COP30 será a “COP da verdade” e denunciou que “nada, absolutamente nada, justifica o genocídio em curso em Gaza”.
O presidente vinculou a crise do multilateralismo ao enfraquecimento da democracia e disse que “quando a sociedade internacional vacila na defesa da paz, da soberania e do direito, as consequências são trágicas”.
Pediu mudanças nas prioridades globais para reduzir gastos militares e reforçou que “a única guerra de que todos podem sair vencedores é a que travamos contra a fome e a pobreza”.
Lula também homenageou Pepe Mujica e o papa Francisco, elogiou judeus que se opõem à punição coletiva contra palestinos e afirmou que “o século 21 será cada vez mais multipolar. Para se manter pacífico, não pode deixar de ser multilateral”.
Soberania e democracia
Lula abriu seu discurso dizendo que “os ideais que inspiraram os fundadores da ONU em São Francisco estão ameaçados como nunca estiveram em toda a sua história”. Segundo ele, “existe um evidente paralelo entre a crise do multilateralismo e o enfraquecimento da democracia”.
O presidente afirmou que “a agressão contra a independência do Poder Judiciário é inaceitável” e acusou setores externos de tentar manipular a política interna brasileira.
“Essa ingerência em assuntos internos conta com o auxílio de uma extrema direita subserviente e saudosa de antigas hegemonias. Falsos patriotas arquitetam e promovem publicamente ações contra o Brasil. Não há pacificação com impunidade”. protestou.
Ao se referir à condenação de Jair Bolsonaro, Lula disse que “há poucos dias, e pela primeira vez em 525 anos de nossa história, um ex-chefe de Estado foi condenado por atentar contra o Estado Democrático de Direito”.
Reforçou que “foi investigado, indiciado, julgado e responsabilizado pelos seus atos em um processo minucioso” e que “teve amplo direito de defesa, prerrogativa que as ditaduras negam às suas vítimas”.
“Seguiremos como nação independente e como povo livre de qualquer tipo de tutela”, declarou, em um recado direto contra as pressões vindas de Washington.
Combate à fome e à pobreza
Lula destacou que o Brasil voltou a sair do Mapa da Fome em 2025, segundo a FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura, em tradução para o português).
“Foi com orgulho que recebemos a confirmação de que o Brasil voltou a sair do Mapa da Fome neste ano de 2025”, disse. Mas ressaltou que a situação mundial continua grave. “Ainda há 670 milhões de pessoas famintas. Cerca de 2,3 bilhões enfrentam insegurança alimentar”, lamentou.
Ele afirmou que “a única guerra de que todos podem sair vencedores é a que travamos contra a fome e a pobreza” e lembrou a criação da Aliança Global contra a Fome, lançada no G20 com o apoio de 103 países.
Para Lula, é necessário “reduzir os gastos com guerras e aumentar a ajuda ao desenvolvimento; aliviar o serviço da dívida externa dos países mais pobres, sobretudo os africanos; e definir padrões mínimos de tributação global, para que os super-ricos paguem mais impostos que os trabalhadores”.
O presidente também vinculou democracia e justiça social: “A pobreza é tão inimiga da democracia quanto o extremismo.”
Regulação digital
Lula usou parte do seu tempo para debater a regulamentação digital e criticou a disseminação de ódio e desinformação pelas redes. “As plataformas digitais têm sido usadas para semear intolerância, misoginia, xenofobia e desinformação. A internet não pode ser uma terra sem lei”, disse.
“Regular não é restringir a liberdade de expressão. É garantir que o que já é ilegal no mundo real seja tratado assim no ambiente virtual”, disse, rebatendo as críticas a regulamentação.
Segundo o presidente, ataques à regulamentação “servem para encobrir interesses escusos e dar guarida a crimes, como fraudes, tráfico de pessoas, pedofilia e investidas contra a democracia”.
Lula lembrou que “com orgulho, promulguei na última semana uma das leis mais avançadas do mundo para a proteção de crianças e adolescentes na esfera digital” e defendeu governança global para a inteligência artificial.
“Para mitigar os riscos da inteligência artificial, apostamos na construção de uma governança multilateral em linha com o Pacto Digital Global aprovado neste plenário no ano passado”, afirmou.
América Latina e Caribe
Lula usou parte de seu discurso para falar diretamente da região, num momento em que os Estados Unidos intensificam ações militares no Caribe sob o pretexto de combater o tráfico.
Recentemente, embarcações foram bombardeadas por forças americanas em áreas próximas à Venezuela, fato interpretado em Brasília como uma demonstração de força que ameaça a estabilidade regional.
“Na América Latina e Caribe, vivemos um momento de crescente polarização e instabilidade. Manter a região como zona de paz é nossa prioridade”, disse Lula.
“Somos um continente livre de armas de destruição em massa, sem conflitos étnicos ou religiosos”, afirmou.
Em referência indireta à Casa Branca, Lula disse que não cabe importar para o continente lógicas de guerra externa e que a cooperação deve substituir a repressão e criticou abertamente a prática de ataques militares sem respaldo legal.
“Usar força letal em situações que não constituem conflitos armados equivale a executar pessoas sem julgamento”, declarou, em referência às ações norte-americanas no Caribe.
Segundo Lula, a resposta efetiva ao narcotráfico não está em bombardeios, mas na cooperação internacional para reprimir a lavagem de dinheiro e limitar o comércio de armas.
Sem citar Washington de forma direta, Lula lembrou que países latino-americanos não dispõem de arsenais nucleares e que a prioridade deve ser fortalecer o direito e a democracia, não reproduzir práticas de intervenção.
“Não temos armas de destruição em massa, não temos disputas religiosas ou étnicas. O que precisamos é de diálogo, de justiça e de instituições fortes”, afirmou.
Ao mencionar países vizinhos, reiterou que “a via do diálogo não deve estar fechada na Venezuela” e defendeu que “o Haiti tem direito a um futuro livre de violência”.
Também criticou a política norte-americana de isolamento. “É inadmissível que Cuba seja listada como país que patrocina o terrorismo”, disse. Para Lula, medidas unilaterais apenas fragilizam a paz regional e servem de combustível para instabilidades políticas.
Conflitos internacionais
Lula também usou o discurso para debater os conflitos em diferentes partes do mundo, defendendo soluções políticas e condenando o uso desproporcional da força.
O presidente falou sobre a guerra na Ucrânia, destacou a necessidade de negociações que considerem as preocupações de segurança de todas as partes e elevou o tom contra a ofensiva israelense em Gaza, que classificou como genocídio.
Ao tratar da guerra na Ucrânia, Lula afirmou que “todos já sabemos que não haverá solução militar” e reforçou a necessidade de buscar caminhos de negociação.
Segundo ele, “é preciso pavimentar caminhos para uma solução realista, levando em conta as legítimas preocupações de segurança de todas as partes”.
O presidente mencionou iniciativas como a da União Africana e a do Grupo de Amigos da Paz, formado por Brasil e China, como instrumentos capazes de ajudar a reabrir o diálogo.
Na sequência, voltou-se ao Oriente Médio e elevou o tom contra a ofensiva de Israel.
“Nada, absolutamente nada, justifica o genocídio em curso em Gaza”, disse Lula, em uma das falas mais contundentes de sua intervenção.
O presidente descreveu a tragédia humanitária ao afirmar que “ali, sob toneladas de escombros, estão enterradas dezenas de milhares de mulheres e crianças inocentes. Ali também estão sepultados o Direito Internacional Humanitário e o mito da superioridade ética do Ocidente”.
Lula responsabilizou países ocidentais por permitirem a continuidade dos ataques. “Esse massacre não aconteceria sem a cumplicidade dos que poderiam evitá-lo”, declarou, destacando o uso da fome como arma de guerra e o deslocamento forçado de populações palestinas.
Para o brasileiro, a sobrevivência do povo palestino depende do reconhecimento de sua soberania.
“O povo palestino só sobreviverá com um Estado independente e integrado à comunidade internacional”, afirmou.
O presidente ainda criticou o veto que barrou a adesão plena da Palestina às Nações Unidas e condenou a decisão de impedir a participação do líder palestino no plenário.
“É lamentável que o presidente Mahmoud Abbas tenha sido impedido pelo país anfitrião de ocupar a bancada da Palestina nesse momento histórico”, disse.
Clima e Amazônia
A crise climática também esteve no centro do discurso de Lula, apresentada como um desafio urgente e incontornável para a comunidade internacional.
“O ano de 2024 foi o mais quente já registrado” disse Lula, acrescentando que “a COP30, em Belém, será a COP da verdade”. Para ele, a conferência será o momento de provar se a comunidade internacional está disposta a cumprir os compromissos assumidos.
Ao detalhar as metas do Brasil, o presidente afirmou que “o Brasil se comprometeu a reduzir entre 59% e 67% suas emissões, abrangendo todos os gases de efeito estufa e todos os setores da economia”.
Ele ressaltou que países em desenvolvimento enfrentam a mudança do clima ao mesmo tempo em que lidam com pobreza, desigualdade e falta de acesso a tecnologias limpas.
Lula defendeu que a transição energética não pode repetir o modelo predatório que marcou a exploração de recursos naturais nos últimos séculos.
“Já reduzimos pela metade o desmatamento na região nos dois últimos anos. Erradicá-lo requer garantir condições dignas de vida para seus milhões de habitantes”, afirmou ao falar sobre a Amazônia.
Para reforçar esse compromisso, anunciou um novo mecanismo de financiamento internacional.
“Fomentar o desenvolvimento sustentável é o objetivo do Fundo Florestas Tropicais para Sempre, que o Brasil pretende lançar para remunerar os países que mantêm suas florestas em pé”, disse.
Na visão do presidente, não basta negociar metas: é preciso transformar promessas em ação concreta e garantir que a proteção ambiental seja acompanhada de justiça social.
Reforma do sistema multilateral
Lula encerrou o discurso reforçando a necessidade de mudanças profundas na governança internacional. Defendeu que a ONU avance em sua democratização, com um Conselho de Segurança mais representativo e capaz de refletir a realidade do século 21.
Segundo ele, “trata-se de um passo fundamental na direção de uma reforma mais abrangente da Organização, que contemple também um Conselho de Segurança ampliado nas duas categorias de membros”.
O presidente afirmou que o comércio internacional também tem sofrido retrocessos, agravados pelo protecionismo e por medidas unilaterais, em nova inferência à Casa Branca.
“Poucas áreas retrocederam tanto como o sistema multilateral de comércio”, disse Lula.
Para ele, “medidas unilaterais transformam em letra morta princípios basilares como a cláusula de Nação Mais Favorecida” e ameaçam o equilíbrio da economia mundial.
Diante desse cenário, reforçou a necessidade de renovar as bases das instituições multilaterais como a Organização Mundial do Comércio (OMC).
“É urgente refundar a OMC em bases modernas e flexíveis”, declarou, defendendo que o sistema volte a funcionar com legitimidade e efetividade.
Ao encerrar sua fala, Lula vinculou a reforma da governança internacional ao avanço da multipolaridade.
“O século 21 será cada vez mais multipolar. Para se manter pacífico, não pode deixar de ser multilateral. A voz do Sul Global deve ser ouvida”, afirmou, destacando o papel do Brasil e de outros países emergentes na construção de uma ordem internacional mais justa.
Objetivo da iniciativa do Legislativo é articular e promover políticas públicas voltadas à valorização da profissão, fortalecimento da categoria e à ampliação da oferta de serviços de saúde bucal à população
A Assembleia Legislativa do Maranhão (Alema), em parceria com o Conselho Regional de Odontologia do Maranhão (CRO-MA), realizou nesta segunda-feira (22), no Plenarinho, a cerimônia de lançamento da Frente Parlamentar da Odontologia. O evento reuniu parlamentares, representantes do CRO-MA, Conselho Federal de Odontologia (CFO), profissionais da odontologia e lideranças da sociedade civil.
Presente à solenidade, a presidente da Assembleia, deputada Iracema Vale, ressaltou a relevância da iniciativa para a saúde pública do estado. “A Assembleia estará sempre de portas abertas para debater temas que fortaleçam a odontologia e garantam melhores condições de atendimento à população. É um momento importante de união em prol da saúde bucal dos maranhenses”, afirmou.
O deputado Adelmo Soares (PSB), presidente da Frente, destacou que o colegiado tem como objetivo articular e promover políticas públicas voltadas à valorização da profissão odontológica, ao fortalecimento da categoria e à ampliação do acesso da população a serviços de saúde bucal de qualidade. “A saúde bucal precisa ser tratada como prioridade nas políticas públicas. Nossa intenção é abrir um espaço de diálogo permanente que valorize os profissionais da odontologia e assegure mais qualidade de vida aos maranhenses”, ressaltou.
O presidente do Conselho Regional de Odontologia do Maranhão (CRO-MA), Joaquim Gonçalves, também enfatizou a importância da iniciativa. “Implantar uma Frente Parlamentar é abrir um canal direto de comunicação com o Legislativo, para que possamos trazer nossas demandas de forma efetiva. Isso permitirá avanços importantes, como o cumprimento do piso salarial e melhorias que garantam que a odontologia chegue a quem realmente precisa, na ponta do atendimento”, concluiu.
Campo político já vinha experimentando a indignação popular após aprovar a PEC da Bandidagem e acelerar PL da Anistia. Protestos de domingo deixaram situação ainda mais difícil
A massiva participação popular nos atos contra a PEC da Bandidagem (ou da Blindagem) e o projeto de anistia aos golpistas, neste domingo (21), bem como seu reflexo nas redes sociais e na opinião pública, assustou a extrema direita e o centrão, patrocinadores dessas iniciativas. Na prática, ambas servem a interesses escusos e sua tramitação ignora que, na pauta do Congresso, medidas que incidem sobre a vida do povo estão em compasso de espera.
Na prática, esses setores políticos ficaram numa sinuca de bico entre o que querem aprovar para o próprio bem e o que a população enxerga, a pouco mais de um ano das eleições gerais.
De acordo com metodologia usada pela USP, os números de participantes das manifestações nas principais capitais neste domingo ficaram bastante próximos aos do Sete de Setembro — usado pelos bolsonaristas para pedir impunidade por meio da anistia aos golpistas. Mas, pode ter sido ainda maior, dado o grande número de pessoas espalhadas por todas as capitais.
Para ficar em algumas das principais cidades brasileiras, São Paulo reuniu 42,4 mil ontem, ante 42,2 mil no Sete de Setembro. No Rio, foram 41,8 mil contra 42,7 mil respectivamente.
As duas cidades protagonizaram os principais protestos, com a participação de importantes lideranças políticas e sociais, além de artistas do calibre de Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil e Paulinho da Viola, que cantaram no ato da capital fluminense, realizado na praia de Copacabana.
Em São Paulo, o ato teve como palco a Avenida Paulista. Uma enorme bandeira brasileira foi aberta, em contraponto aos protestos bolsonaristas do Sete de Setembro — que tiveram a pachorra de estender uma bandeira dos EUA em plena data da Independência do Brasil — e estiveram presentes artistas como Marina Lima, Otto e Leoni, entre outros.
Um sem número de artistas e lideranças também compareceu em outros locais, sobre os carros de som ou junto aos manifestantes. Um deles foi o ator Wagner Moura, que discursou ao lado de Daniela Mercury, em Salvador.
Atos em todas as capitais
Ato no Rio de Janeiro. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
Os protestos foram mais espalhados, reunindo grandes públicos em várias cidades e em todas as capitais, até mesmo em locais tradicionalmente de direita. Um exemplo foi Florianópolis, onde milhares de pessoas foram às ruas contra a PEC da Bandidagem mesmo debaixo de forte chuva.
Na capital federal, uma multidão ocupou as seis faixas do Eixo Monumental. Atos massivos também aconteceram em Belo Horizonte, Salvador, Fortaleza, Recife, João Pessoa, Natal, Porto Alegre, Curitiba, Belém, Manaus e Goiânia, entre outros.
Os protestos do Rio de Janeiro e de São Paulo, juntos, beiraram as 85 mil pessoas. Se somados os que estiveram em outras capitais, a conta deve superar os 150 mil. Com isso, figuram entre os maiores promovidos pelo campo da esquerda, superando, ainda, algumas das manifestações recentes da direita.
Nas redes, o peso da crítica às duas propostas legislativas também foi grande, superando as menções relativas ao Sete de Setembro. De acordo com a Palver, empresa especializada em monitoramento do ambiente virtual e que acompanhou mais de 100 mil grupos de WhatsApp, até o início da noite deste domingo, a cada 100 mil mensagens trocadas, 865 faziam referência aos atos, contra 724 durante as mobilizações da direita duas semanas antes.
Ao se manifestar sobre os atos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva traduziu bem o sentimento das ruas, o que fez com a direita sentisse ainda mais o peso de suas posições: “Estou do lado do povo brasileiro. As manifestações de hoje demonstram que a população não quer a impunidade, nem a anistia. O Congresso Nacional deve se concentrar em medidas que tragam benefícios para o povo brasileiro”.
Pedregulho no sapato da direita
O grande número de pessoas reunidas em todo o Brasil e a repercussão negativa nas redes às duas propostas legislativas — que já vinham incomodando os parlamentares favoráveis desde a aprovação da PEC da Blindagem na Câmara na semana passada, ao ponto de muitos pedirem desculpas por seu voto — viraram não uma pedra, mas um pedregulho no sapato dos bolsonaristas e do centrão.
Se antes, fazer passar a PEC já era difícil, agora ficou praticamente inviável — assim como ficou mais complicada a vida do PL da Anistia, cuja tramitação esteve diretamente vinculada à da PEC. A repercussão sobre as propostas deixou claro que ambas beneficiam apenas os próprios políticos e escancaram as portas da impunidade, ao passo que outras matérias de interesse real do povo — como a isenção do Imposto de Renda, o fim da escala 6×1 e a PEC da Segurança Pública — ficaram relegadas a um segundo ou terceiro plano.
A PEC da Blindagem deve começar a ser analisada no Senado nesta quarta-feira (24), pela Comissão de Constituição e Justiça. O presidente do colegiado, senador Otto Alencar (PSD-BA), já havia se manifestado contrariamente à pauta, declarando que deve enterrá-la. Após os protestos, declarou: “foi uma manifestação do povo brasileiro em várias capitais para repudiar o passe livre para o crime. Os próprios mentores da PEC já se arrependeram. É totalmente impopular”.
O relator, senador Alessandro Vieira (MDB-SE), também sinalizou que recomendará a rejeição do texto que, pontuou, “é um tapa na cara da sociedade”.
Já o PL da Anistia — que teve sua urgência aprovada também na semana passada e que vem sendo costurado para ser um projeto de redução das penas dos condenados por tentativa de golpe — também está no rol das matérias voltadas à impunidade e que só interessam a uma parte do Congresso, o que também ficou claro neste domingo. Com isso, a proposta sai, da mesma forma, bastante chamuscada e não deverá ter uma tramitação fácil.
Nesta segunda-feira (22), o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), um dos principais alvos dos protestos, disse que o momento é de “tirar da frente todas essas pautas tóxicas”. Ambas as matérias andaram mais rapidamente devido a acordo entre o deputado e o bloco da extrema direita e centrão, costurado pelo ex-presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), após o motim em que parlamentares ocuparam a Mesa Diretora por horas, em agosto.
A ampla mobilização puxada pela esquerda e os sucessivos tiros no pé dados pela extrema direita facilitam o caminho para que, finalmente, matérias de interesse do povo sejam aprovadas, contra aquelas que nada mais são do que um escárnio contra a sociedade.
Decisão foi publicada pelo Departamento do Tesouro
O governo de Donald Trump, nos Estados Unidos, impôs as sanções da Lei Magnitsky à advogada Viviane Barci de Moraes, mulher do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, e ao instituto Lex, ligado à família do ministro. A lei já atinge Moraes desde 30 de julho.
A decisão foi publicada pelo Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros do Departamento do Tesouro norte-americano.
A Lei Magnitsky é um mecanismo previsto na legislação estadunidense usado para punir unilateralmente supostos violadores de direitos humanos no exterior. Entre outros pontos, a medida bloqueia bens e empresas dos alvos da sanção nos EUA.
Entre as sanções previstas estão o bloqueio de contas bancárias, de bens e interesses em bens dentro da jurisdição em solo norte-americano, além da proibição de entrada no país.
Lula nos EUA
A determinação foi publicada um dia após a chegada da delegação brasileira nos Estados Unidos. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva viajou para participar da 80ª Assembleia Geral das Nações Unidas. Como tradição desde 1955, o Brasil será o primeiro Estado-membro a discursar na abertura do debate geral. Lula falará nesta terça-feira (23) de manhã, logo após os discursos do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, e da presidente do evento, Annalena Baerbock.
O presidente Donald Trump é aliado de Bolsonaro e tem usado a Lei Magnitsky como retaliação ao ministro. Impulsionado por Eduardo Bolsonaro, um dos filhos do ex-presidente, o governo do EUA também tem aplicado sanções econômicas ao Brasil. Eduardo pediu licença da Câmara em março e foi morar no exterior sob a alegação de perseguição política.
O governador Carlos Brandão lançou esta semana uma série de ações estratégicas voltadas ao fortalecimento do saneamento no Estado, em agenda institucional nas instalações da Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão, no Complexo do Sacavém, onde fez anúncios de investimentos e importantes entregas que reforçam a infraestrutura do setor.
A agenda do chefe do Executivo Estadual desdobrou-se em três eixos centrais. O primeiro foi um reforço logístico crucial com a entrega de uma nova frota de 86 veículos, essencial para ampliar a agilidade e a capilaridade das equipes operacionais da CAEMA no Estado.
O segundo foi o lançamento do ‘Projeto Maraviva’, uma iniciativa de forte apelo social que visa fortalecer a imagem da Companhia e levar água potável gratuita a grandes eventos públicos.
E, por fim, a assinatura da ordem de serviço para a ampliação da Estação de Tratamento de Água (ETA) do Sacavém, uma obra estruturante que promete solucionar gargalos históricos no abastecimento da capital, São Luís.
As ações integram um conjunto de investimentos realizados pelo Governo do Maranhão para modernizar a estrutura de saneamento no Estado, reforçando o compromisso do governador Carlos Brandão com a saúde pública, o meio ambiente e a qualidade de vida da população.
As entregas do governador no Complexo da CAEMA no Sacavém – acompanhadas de perto pelo presidente da CAEMA, Marcos Aurélio Freitas, e pelos membros da Diretoria Executiva da Companhia – refletem um planejamento meticuloso que busca atacar os desafios do saneamento em múltiplas frentes.
Assim, ao mesmo tempo que se avança na infraestrutura de saneamento, com obras com recursos já assegurados, o Governo do Estado demonstra atenção aos detalhes que definem a qualidade do serviço na ponta, ou seja, o tempo de resposta da Companhia, a confiança do cidadão no produto que recebe e a estabilidade do fornecimento diário de água.
A agenda institucional do governador Carlos Brandão no Complexo da Companhia no Sacavém não se configura apenas como um dia de entregas, mas a reafirmação pública de um compromisso que coloca o Maranhão em uma nova e promissora rota no cenário do saneamento nacional, projetando-o para o centro dos debates nacionais.
“A área de saneamento tem sido uma das mais contempladas em projetos e recursos na nossa gestão e, agora, entregamos três ações importantes, que inclui o lançamento oficial da envasadora de água, a entrega dos veículos e a ampliação do Sistema Sacavém, para levar água com mais rapidez e efetividade à população.
Nosso objetivo é ajudar a construir uma CAEMA cada vez mais eficiente e moderna, entregando resultados efetivos para garantir a saúde e a qualidade de vida da população”, afirmou o governador Carlos Brandão.
FROTA RENOVADA E EFICIÊNCIA EM CAMPO
Um dos pilares mais visíveis da nova fase da CAEMA foi materializado na entrega, pelo governador Carlos Brandão, de 86 novos veículos, uma ação que, à primeira vista, pode parecer meramente logística, mas que carrega um profundo significado estratégico.
A renovação da frota, composta por modelos versáteis como Hilux, Strada e Polo, reforça a engrenagem que move a Companhia em campo, sendo um investimento direto na otimização dos serviços, na segurança dos colaboradores e, consequentemente, na satisfação do consumidor final.
O entendimento é de que em um Estado com as dimensões geográficas do Maranhão, ter uma frota moderna e confiável é uma necessidade operacional, garantindo tempo hábil de resposta às ocorrências.
Vazamentos, rompimentos de adutoras e manutenções emergenciais exigem deslocamentos rápidos e eficientes. Com os novos veículos, a CAEMA amplia sua capacidade de mobilização, permitindo que as equipes técnicas cheguem com mais celeridade aos locais para a realização de intervenções técnicas, seja nos centros urbanos ou nas localidades mais remotas do interior.
A injeção de recursos pelo Governo do Estado na estrutura logística da Companhia é a base que dará sustentação a todos os outros grandes investimentos.
De nada adiantaria ter Estações de Tratamento de última geração e bilhões em obras se as equipes responsáveis pela operação e manutenção da vasta rede de distribuição não tivessem como se deslocar de forma ágil e segura.
A nova frota é, em essência, o motor que levará a “virada operacional” da Companhia em cada rua, em cada bairro e em cada cidade atendida.
“A entrega de 86 veículos modernos à Companhia torna-se um pilar estratégico para reduzir tempo de resposta, ampliar alcance nas ações de caráter técnico, impactando diretamente na qualidade do serviço prestado à população”, ressaltou o presidente da CAEMA, Marcos Aurélio Freitas.
MARAVIVA: A ÁGUA QUE CONECTA A CAEMA À POPULAÇÃO
Em um dos movimentos mais simbólicos da solenidade no Complexo da CAEMA no Sacavém, o governador Carlos Brandão lançou oficialmente o ‘Projeto Maraviva’, uma iniciativa que transcende a engenharia do saneamento para tocar diretamente no campo da percepção pública e da responsabilidade social.
O projeto – que consiste em envasar e distribuir gratuitamente água potável de alta qualidade em copos de 200 ml durante grandes eventos públicos – é uma sofisticada ferramenta de comunicação pensada para aproximar a CAEMA da população maranhense de uma forma positiva. A lógica por trás do projeto Maraviva é inverter a dinâmica tradicional da relação entre a Companhia e o cidadão.
Ao oferecer ativamente um produto de excelência — a mesma água tratada com rigor nos sistemas Sacavém e Italuís — a CAEMA cria pontos de contato positivos, demonstrando na prática a qualidade do serviço que presta 24 horas por dia.
O governador Carlos Brandão elogiou a qualidade da água Maraviva, uma iniciativa emblemática no âmbito do Estado. “Produzida com o rigor e a qualidade do nosso Sistema Produtor Sacavém, a água Maraviva se torna um marco ao garantir, gratuitamente, a hidratação de alta qualidade em grandes eventos públicos, traduzindo o nosso compromisso com o bem-estar da população. O Projeto Maraviva é a materialização do nosso compromisso social. A água é excelente e a nossa envasadora é um instrumento de fortalecimento institucional”, ressaltou o governador Carlos Brandão.
Para o presidente da CAEMA, Marcos Aurélio Freitas, o Projeto Maraviva é uma iniciativa pioneira na distribuição gratuita de água de alta qualidade em eventos institucionais, fortalecendo a imagem da Companhia como agente de bem-estar e responsabilidade social, transformando um serviço essencial em uma experiência de valor para o cidadão.
“O projeto Maraviva nasceu da necessidade de fortalecer a marca institucional da Companhia e levá-la a eventos institucionais. Estamos inaugurando processos que visam melhorar continuamente o serviço da CAEMA. A responsabilidade é fornecer água para órgãos sem finalidade financeira, ou seja, instituições sem fins lucrativos”, explicou Marcos Aurélio Freitas.
UM SALTO DE 75% NA PRODUÇÃO DE ÁGUA
O terceiro e mais estruturante ato da solenidade foi a assinatura, pelo governador Carlos Brandão, da ordem de serviço para a ampliação da Estação de Tratamento de Água do Sacavém.
Com um investimento de cerca de R$ 3 milhões, a obra é uma resposta direta e contundente a um dos desafios mais antigos do abastecimento na capital, que é a intermitência no fornecimento de água em bairros densamente povoados. Mais de 300 mil moradores serão beneficiados com a ampliação do sistema.
Tecnicamente, o projeto é um divisor de águas. A Estação de Tratamento de Água do Sacavém – que atualmente opera com uma capacidade de produção de 1.000 metros cúbicos por hora (m³/h) – passará a produzir 1.750 m³/h. Esse aumento de 75% não é apenas um número, mas a garantia de um volume adicional de 750 mil litros de água tratada por hora injetados no sistema.
Essa nova capacidade permitirá à CAEMA não só atender a demanda atual com mais segurança, mas também planejar a expansão da rede para o futuro.
“A ampliação do Sistema Sacavém é uma das três ações importantes que entregamos. É um investimento que atende a uma demanda antiga da nossa capital e que demonstra nosso compromisso em construir uma CAEMA mais eficiente e moderna, que entrega resultados concretos, levando mais água e com mais rapidez à população”, assinalou o governador Carlos Brandão.
O presidente da CAEMA, Marcos Aurélio Freitas, por sua vez, explicou que o aumento da capacidade de produção da Estação de Tratamento de Água do Sacavém resolverá um problema histórico na região do Filipinho indo até a parte central de São Luís.
“São ações como essa que demonstram o compromisso do governador Carlos Brandão com o saneamento básico e a qualidade de vida da população”, frisou o presidente da CAEMA.
NOVO MOMENTO DA CAEMA
Entrega de frota de veículos, lançamento do projeto social Maraviva e ampliação de Estação de Tratamento de Água do Sacavém são credenciais que validam a ascensão do Maranhão no debate nacional sobre saneamento, conforme destacou o governador Carlos Brandão.
A série de entregas e anúncios pelo chefe do Poder Executivo Estadual não se limita a gerar impactos dentro das fronteiras maranhenses. Cada ação funciona como uma peça de um portfólio de realizações que credencia o Maranhão em um novo patamar de relevância nacional.
A projeção externa é uma consequência direta da excelência na execução interna, conectando os feitos locais à visibilidade que o Estado vem conquistando em âmbito nacional.
Tratando-se de saneamento, as entregas feitas pelo governador Carlos Brandão formam uma narrativa poderosa que ecoa para além do Estado, consolidando um círculo virtuoso, onde o trabalho bem-feito em casa se torna o melhor cartão de visitas do Maranhão para o Brasil.
Elas são a face visível de uma política de investimentos robusta e contínua com um planejamento estratégico que já olha para o futuro.
O compromisso, simbolizado pela assinatura da ordem de serviço de R$ 3 milhões para a ETA Sacavém pelo governador Carlos Brandão é ecoado por um portfólio de obras de grande envergadura.
Os investimentos feitos pelo chefe do Poder Executivo Estadual no setor de saneamento são significativos. Desde 2022, o governador Carlos Brandão vem resgatando mais de R$ 200 milhões paralisados do PAC 1 e PAC 2.
Ele entregou as Estações de Tratamento de Água de Pinheiro e de Chapadinha, a ETE ANIL, em São Luís, e várias obras de esgotamento sanitário desenvolvidas pelo Método Não Destrutivo. É um elenco de obras importantes que vem potencializando o saneamento no nosso Estado.
O Governo do Estado foi responsável pela entrega de projetos que superaram a cifra de R$ 100 milhões. Atualmente, a CAEMA gerencia obras com investimentos que se aproximam de R$ 90 milhões, enquanto outros R$ 79,9 milhões já estão em fase de licitação.
Tais investimentos provam que o caminho para a universalização do saneamento no Maranhão está sendo construído com trabalho, estratégia e investimentos que já transformam a vida de milhões de maranhenses.
Deputada assinalou ações voltadas à proteção da infância, investimentos significativos em saúde, infraestrutura e desenvolvimento econômico da Região Tocantina
Durante a sessão plenária da última quinta-feira (18), a deputada estadual Janaina (Republicanos) utilizou a tribuna para destacar importantes conquistas voltadas à proteção da infância, bem como investimentos significativos em saúde, infraestrutura e desenvolvimento econômico na Região Tocantina.
A parlamentar iniciou sua fala ressaltando a relevância do Projeto de Lei nº 417/2025, de autoria do Poder Executivo e em tramitação na Alema, que cria o Programa Estadual de Equipagem, Modernização, Infraestrutura e Apoio ao Funcionamento dos Conselhos Tutelares. Segundo Janaína, a iniciativa do governador Carlos Brandão (PSB) representa um passo histórico no fortalecimento das políticas públicas voltadas para crianças e adolescentes.
“Esse projeto garante melhores condições de trabalho aos conselheiros tutelares, que cumprem a missão de proteger nossas crianças e adolescentes com ainda mais eficiência”, afirmou.
Janaina também destacou a realização, no próximo dia 18 de novembro, de uma sessão solene em homenagem aos conselheiros tutelares do Maranhão, reconhecendo o trabalho de toda a rede de apoio dedicada à defesa dos direitos da infância e juventude.
Davinópolis e Imperatriz A deputada anunciou a liberação de R$ 1 milhão para a saúde do município de Davinópolis, fruto de articulação com o prefeito Zé Pequeno e a senadora Eliziane Gama. O recurso já se encontra na conta da prefeitura e deverá garantir melhorias no atendimento básico, realização de exames e oferta de medicamentos.
No campo da infraestrutura, Janaína ressaltou a conclusão das obras na Rua Mensageiro da Paz, em Davinópolis, além do início de serviços no povoado Água Viva.
Em Imperatriz, a parlamentar destacou a parceria com o prefeito Rildo Amaral, governador Carlos Brandão e a presidenta da Assembleia Legislativa, deputada Iracema Vale (PSB), para a execução de 12 km de bloqueteamento, beneficiando inicialmente o bairro Vila Janaína. “Essa obra vai trazer mais conforto, segurança e qualidade de vida para a população, tirando os moradores da poeira e da lama”, reforçou.
A deputada também mencionou as obras de recapeamento de diversas ruas de Imperatriz, executadas com recursos de emendas parlamentares do deputado federal André Fufuca, ministro dos Esportes.
Fecoimp movimenta a economia Encerrando seu pronunciamento, Janaina destacou o início da 23ª Feira do Comércio e Indústria de Imperatriz (Fecoimp), que teve início no dia 17. A feira multissetorial, considerada a maior do Norte/Nordeste, conta com apoio do governo estadual, da Prefeitura de Imperatriz, de parlamentares e da Associação Comercial.
“A Fecoimp coloca Imperatriz em um novo patamar, movimentando hotéis, restaurantes e fortalecendo desde o pequeno até o grande expositor”, ressaltou, convidando os colegas deputados a prestigiarem o evento.
Na quinta (18), ministro Flávio Dino, do STF, determinou abertura de inquérito para apurar relatório final da CPI da Pandemia. À época, condutas transgressoras do ex-presidente foram expostas pelo site do PT
A situação do ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado a 27 anos e três meses de cadeia por tentar solapar a democracia, parece complicar-se a cada dia. Nesta quinta (18), o ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a abertura de um inquérito pela Polícia Federal (PF) para investigar as conclusões do relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre a pandemia de Covid-19. O extremista de direita é um dos principais responsabilizados pela CPI.
De acordo com o ministro do Supremo, os requisitos legais estão dados para a abertura do inquérito, “a fim de que os fatos tratados nos autos tenham apuração”, escreveu Dino.
“A investigação parlamentar apontou indícios de crimes contra a Administração Pública, notadamente em contratos, fraudes em licitações, superfaturamentos, desvio de recursos públicos, assinatura de contratos com empresas de ‘fachada’ para prestação de serviços genéricos ou fictícios, dentre outros ilícitos mencionados no relatório da CPI”, apontou o magistrado, que estipulou prazo inicial de 60 dias para a investigação.
A CPI da Pandemia ocorreu entre abril e outubro de 2021. O colegiado concluiu que Bolsonaro desempenhou papel determinante para que o Brasil contabilizasse 700 mil mortes pelo coronavírus. O site do Partido dos Trabalhadores (PT) denunciou, incansavelmente, as condutas transgressoras do ex-presidente.
A tragédia brasileira na pandemia teve início com o insólito pronunciamento de Bolsonaro, em rede nacional, comparando o Covid-19 a uma “gripezinha”. O conteúdo foi ao ar em 24 de março de 2020.
“No meu caso particular, pelo meu histórico de atleta, caso fosse contaminado pelo vírus, não precisaria me preocupar, nada sentiria ou seria, quando muito, acometido de uma ‘gripezinha’ ou ‘resfriadinho’, como bem disse aquele conhecido médico, daquela conhecida televisão.”
Os crimes de Bolsonaro
Entre os crimes atribuídos ao extremista de direita (veja abaixo), cabe mencionar o atraso na compra das vacinas, as fraudes em contratações pelo Ministério da Saúde (MS), o estímulo às aglomerações, a recomendação de remédios sem comprovação científica e o desdém em relação à gravidade da doença. Isso sem contar a falta de empatia para com os infectados.
A CPI acusou Bolsonaro de ter cometido crimes de responsabilidade, previstos na Lei de Impeachment, e contra a humanidade, como extermínio e perseguição, conforme descritos no Estatuto de Roma. O calhamaço de quase 1,3 mil páginas, incluindo anexos, foi remetido por integrantes da comissão ao então procurador-geral da República, Augusto Aras, que nada fez. Sua vice-procuradora, Lindôra Araújo, tampouco.
Veja abaixo os crimes imputados a Bolsonaro na pandemia:
1. Epidemia com resultado morte (art. 267 do Código Penal, § 1º): “Causar epidemia, mediante a propagação de germes patogênicos”. Pena: de 10 a 15 anos de reclusão, com aplicação em dobro pela causa morte.
2. Infração de medida sanitária preventiva (art. 268 do Código Penal): “Infringir determinação do poder público, destinada a impedir introdução ou propagação de doença contagiosa”. Pena: de um mês a um ano de prisão e multa.
3. Charlatanismo (art. 283 do Código Penal): “Inculcar ou anunciar cura por meio secreto ou infalível”. Pena: três meses a um ano de detenção e multa.
4. Incitação ao crime (art. 286 do Código Penal): “Incitar, publicamente, a prática de crime”. Pena: três a seis meses de detenção ou multa.
5. Falsificação de documento particular (art. 298 do Código Penal): “Falsificar, no todo ou em parte, documento particular ou alterar documento particular verdadeiro”. Pena: de um a cinco anos de detenção e multa.
6. Emprego irregular de verbas públicas (art. 315 do Código Penal): “Dar às verbas ou rendas públicas aplicação diversa da estabelecida em lei”. Pena: de um a três meses de detenção ou multa.
7. Prevaricação (art. 319 do Código Penal): “Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal”. Pena: três meses a um ano de detenção e multa.
8. Crimes de responsabilidade: previstos na Lei 1.079/1950, tais crimes “são passíveis da pena de perda do cargo, com inabilitação, até cinco anos, para o exercício de qualquer função pública, imposta pelo Senado Federal nos processos contra o Presidente da República ou Ministros de Estado, contra os Ministros do Supremo Tribunal Federal ou contra o Procurador-Geral da República”. O relatório final da CPI acusa Bolsonaro de ter infringido os arts. 7º, item 9 (violação de direito social) e 9º, item 7 (incompatibilidade com dignidade, honra e decoro do cargo).
9. Crimes contra a humanidade: o Tratado de Roma, do qual o Brasil é signatário desde 2002, estabeleceu a criação do Tribunal Penal Internacional (TPI) para julgar a ocorrência de genocídio, crimes contra a humanidade, crimes de guerra e crime de agressão. A CPI acusa Bolsonaro de ter cometido crimes contra a humanidade nas modalidades extermínio, perseguição e outros atos desumanos, contidos no art. 7º, parágrafo 1, b, h e k, e parágrafo 2, b e g.
PT, com informações de Agência Brasil e CNN Brasil
Presidente viaja neste domingo a Nova York para abrir Assembleia da ONU, defender soberania do Brasil, apoiar Palestina e articular frente global por democracia e clima
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva embarca neste domingo (21), às 10h, para Nova York, onde abrirá na terça-feira (23) o debate da 80ª Assembleia Geral da ONU.
É a primeira viagem de Lula aos Estados Unidos desde que Donald Trump impôs uma sobretaxa de 50% sobre produtos brasileiros, em represália à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal a mais de 27 anos de prisão por tentativa de golpe.
O governo norte-americano promete novas sanções diante do resultado, enquanto Lula e ministros têm denunciado o tarifaço como ataque à soberania nacional. Há possibilidade de que Lula e Trump se cruzem nos corredores da ONU, já que ambos discursam na mesma manhã.
O discurso do presidente brasileiro, ainda em elaboração, deve ser finalizado apenas na véspera da assembleia.
A expectativa é que Lula faça menções indiretas a Trump, com críticas calibradas às tarifas e ênfase na independência do STF, reafirmando a posição do Brasil contra a interferência externa.
O texto também abordará temas recorrentes da política externa: democracia, multilateralismo, reforma da ONU, além de compromissos com a preservação ambiental e a transição energética.
Lula deve cobrar maior financiamento dos países ricos para combater a crise climática, em preparação para a COP30, marcada para novembro em Belém.
O presidente também deve se posicionar pela paz nas guerras da Ucrânia e da Faixa de Gaza, defendendo um cessar-fogo.
Na segunda-feira (22), Lula participa de conferência convocada por França e Arábia Saudita sobre a solução de dois Estados para o conflito na Palestina.
O Itamaraty aposta no momento como oportunidade para ampliar o reconhecimento internacional do Estado palestino, hoje já admitido por 147 países. França, Reino Unido, Canadá e Portugal sinalizaram interesse em aderir.
Lula tem chamado de “genocídio” a ofensiva militar israelense contra Gaza, o que levou Israel a declará-lo persona non grata.
Na terça (23), além da abertura da assembleia, Lula copresidirá com António Guterres um evento sobre clima e apresentará a proposta brasileira do Fundo Florestas Tropicais para Sempre, que busca captar recursos para preservação.
Também participará de encontro promovido pelo Centro Global de Adaptação sobre mecanismos de resposta à mudança climática.
No dia seguinte, liderará com Gabriel Boric e Pedro Sánchez a segunda edição do evento Em Defesa da Democracia e Contra o Extremismo, que reunirá cerca de 30 países. A iniciativa pretende fortalecer o multilateralismo e enfrentar a deterioração das instituições, a desinformação, o discurso de ódio e o extremismo, ampliando a articulação lançada no Chile em 2024.
A comitiva de Lula inclui Mauro Vieira (Relações Exteriores), Ricardo Lewandowski (Justiça), Marina Silva (Meio Ambiente), Celso Amorim (assessor especial) e a primeira-dama Janja.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, inicialmente convidado, acabou fora da viagem após os Estados Unidos imporem severas restrições de circulação a ele em Nova York.
Além de ter o deslocamento limitado a um perímetro de cinco quarteirões, o país cancelou os vistos da esposa e da filha de 10 anos. Padilha classificou a medida como “inaceitável” e “uma afronta” e desistiu de viajar.
Paralelamente, a delegação brasileira também participará da Semana do Clima de Nova York, que ocorre desde 2009 em paralelo à Assembleia Geral, com cerca de 500 eventos envolvendo governos e sociedade civil.
A programação servirá como preparatória para a COP30, na qual o Brasil buscará consolidar sua liderança na agenda ambiental global.
Evento foi realizado no Parque Folclórico da Vila Palmeira
Uma noite para louvar a Deus. Assim foi a abertura do Festival Viva Esperança, realizado na quinta-feira (18), no Parque Folclórico da Vila Palmeira. A programação contou com a presença da presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, deputada Iracema Vale (PSB), e do secretário estadual de Assuntos Municipalistas, Orleans Brandão. O festival tem o apoio da deputada Mical Damasceno (PSD).
“É um momento muito especial pensado pela deputada Mical Damasceno e pelo governador Carlos Brandão, trazendo reflexão e harmonia ao povo cristão maranhense. Eu também não poderia deixar de parabenizar nosso secretário de Assuntos Municipalistas, Orleans Brandão, que está aqui presente para dar apoio e aproveitar essa grande festa”, destacou Iracema Vale.
Festival Viva Esperança atraiu milhares de pessoas ao Parque Folclórico da Vila Palmeira
O evento inclui ações sociais e culturais e objetiva fortalecer a fé e gerar impacto espiritual e social nas comunidades.
“O Festival Viva Esperança se inicia cuidando da alma e do espírito, mas, também, do corpo. Nós tivemos, durante o dia, uma ação social e, à noite, a parte cultural. Assim, só temos a glorificar a Deus”, disse a deputada Mical Damasceno.
Centenas de pessoas se reuniram no Parque Folclórico da Vila Palmeira para assistir aos shows de destacados nomes da música gospel nacional, como Thalles Roberto, Valesca Mayssa, Lucas Agustinho e Paulo Neto. Cantores locais também integraram a programação.
A iniciativa, que conta com o apoio da deputada Mical Damasceno (PSD) e do Governo do Maranhão, seguirá ainda para outros municípios, como Pinheiro, Imperatriz, Timon, Chapadinha e Lago da Pedra.