Arquivo mensal: março 2025

Viva Água é campeã do I Troféu Beto Freire

31-3-2025 Segunda-feira

TORNEIO DE CATEGORIAS – TROFÉU BETO FREIRE 2025

A Academia Viva Água realizou nos dias 29 e 30 de março o I Troféu Beto Freire de natação com um Torneio de Categorias incluindo crianças, jovens, adultos e idosos, que competiram com técnica, garra e desenvoltura, superando recordes e batendo metas em mais uam etapa de competições do calendário 2025 da FMDA.

A Viva Água que venceu há duas semanas o VI Troféu Aníbal Dias volta a confirmar sua supremacia na modalidade se consagrando como Campeã do I Troféu Beto Freire.

José Roberto Freire

José Roberto Freire, atleta da Viva Água, treina com o técnico e coach Osvaldo Telles desde os 12 anos e foi homenageado nesta competição, por ser o primeiro maranhense a nadar os 100 metros crawl abaixo de um minuto.

Aos 64 anos, Beto Freire, continua a se destacar na natação maranhense, representa a equipe Master de Natação da Viva Água, categoria 60+, conquistando medalhas de ouro e colecionando recordes em todas as competições estaduais que partcipa.

‘Fiquei muito feliz em receber esta homeagem em vida. Agradeço a iniciativa do mestre Osvaldo Telles, da FMDA, da Academia Viva Água, e recebo este Troféu como um recohecimento aos meus 54 anos de dedicação à natação, esporte que amo e que promove bem-estar e saúde em todas as idades”, enfatizou Beto Freire.

Organização criminosa liderada por Bolsonaro no banco dos réus

31-3-2025 Segunda-feira

O núcleo central da organização criminosa, com Bolsonaro à cabeça, vai a julgamento no STF. Que a punição seja exemplar.

A decisão da 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), por unanimidade, de tornar réu o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete pessoas por envolvimento na trama golpista denunciada pela Procuradoria Geral da República (PGR) representa a aplicação das normas do Estado Democrático de Direito. Participaram da decisão, além do ministro Alexandre de Moraes – o relator do caso –, Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e o presidente do colegiado, Cristiano Zanin.

Responderão criminalmente também o ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) Alexandre Ramagem, o almirante e ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, o general da reserva e ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional Augusto Heleno, o tenente-coronel e o ex-ajudante de ordens da Presidência da República Mauro Cid, o general e ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira e o general da reserva e ex-ministro da Casa Civil Walter Braga Netto. De um total de quatro, esse é o núcleo central, o grupo que comandava a trama golpista.

Duas questões principais marcaram as sessões da 1ª Turma do STF. A primeira foi o cumprimento rigoroso dos ritos do devido processo legal, com destaque para o exercício do amplo direito de defesa. O primeiro dia foi dedicado a ouvir os advogados de defesa, cujos questionamentos foram, à luz da legislação brasileira, metodicamente demonstrados improcedentes. Apenas um questionamento não foi deliberado por unanimidade: o ministro Luiz Fux recorreu a detalhes do regimento da corte para defender a premissa de que a denúncia deveria ser analisada pelo plenário e não por uma das turmas.

A segunda foi o conjunto de provas. Conforme explicou Alexandre de Moraes, Bolsonaro é o líder de uma organização criminosa, de acordo com “os elementos de provas colhidos na investigação da Polícia Federal”. O elenco comprobatório abarca cópias de documentos, entre eles, a “minuta do golpe” e “o punhal verde e amarelo” que contêm o plano de sequestro e assassinato do presidente Lula, do vice-presidente Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes. Somam-se áudios, mensagens de texto, grupos de aplicativos, agendas oficiais, depoimentos, entre outros.

O ex-presidente e seus cúmplices são acusados pela PGR de formar organização criminosa armada, de golpe de Estado, de tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, de dano qualificado pela violência, de grave ameaça contra patrimônio da União e de deterioração de patrimônio tombado.

Com o recebimento da denúncia, inicia-se a fase de instrução processual, a coleta de provas e depoimentos pelo STF para a análise do mérito do processo. Diante de mais esse passo da Justiça, a extrema-direita vai intensificar seus ataques às instituições, sobretudo aos ministros do STF, com a tradicional ocupação das redes sociais pelas milícias digitais e mais mobilizações de rua. Bolsonaro logo depois da decisão do STF fez longo pronunciamento que soou à bases da extrema-direita como um grito de guerra.

O objetivo é fazer guerra psicológica, produzir discursos falaciosos e disseminar informações falsas – as chamadas fake news –, um movimento calculado para pressionar a corte. Em outra frente, a extrema-direita se movimenta para intensificar a obstrução aos trabalhos da Câmara dos Deputados, mais um ato de pressão para impor a tramitação do projeto da anistia aos golpistas.

Os bolsonaristas buscam também apoios nos Estados Unidos. O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, foi bater na porta do trumpismo, na busca de apoio do poder do presidente estadunidense Donald Trump para, segundo ele mesmo, impor “sanções aos violadores de direitos humanos” no Brasil. Na prática, o deputado adota atitude de traição nacional. Ele pleiteia um conjunto de medidas para punir Alexandre de Moraes, num processo no Departamento de Justiça sobre medidas do ministro como sanções a empresas de redes sociais, entrega de informações de usuários e suspensão de contas.

É um ato de covardia, uma fuga da realidade brasileira às voltas com suas instituições se defendendo das práticas e dos planos golpistas, tão bem demonstrados e detalhados na consistente peça de acusação do procurador-geral da República, Paulo Gonet. No curso dos debates de 25 e 26 de março, quando a 1ª Turma do STF analisou as denúncias para tornar réu o primeiro escalão do bando criminoso que tentou ceifar a democracia, esses fatos foram expostos de maneira didática, sem deixar margem para dúvidas sobre as reais intenções bárbaras das hordas bolsonaristas.

A constatação inevitável é de que esse novo cenário exige das forças democráticas e populares mais mobilização e combatividade. A defesa da democracia e da punição aos golpistas com o rigor dos fundamentos do Estado Democrático de Direito reveste-se de importância especial nesse momento.

É um julgamento histórico de grande relevância à causa democrática. A punição exemplar, garantido o amplo direito de defesa, ao golpismo de Bolsonaro será antídoto contra novas investidas visando por abaixo o regime democrático. No contexto do crescimento da extrema-direita no mundo, esse julgamento tem uma importância internacional. As forças democráticas de dezenas de países estarão de olho nele.

Vermelho

Governador Carlos Brandão realiza vistoria técnica na Avenida Metropolitana

31-3-2025 Segunda-feira

O governador Carlos Brandão realizou, neste sábado (29), uma vistoria técnica na obra da Avenida Metropolitana, um dos maiores empreendimentos de infraestrutura viária da Grande Ilha. Acompanhado do secretário de Infraestrutura (Sinfra), Aparício Bandeira, Brandão conferiu de perto o andamento da construção e destacou a importância do projeto para a mobilidade urbana da região. A via está sendo construída pelo governo do Maranhão em parceria com o governo federal.

“A Avenida Metropolitana segue avançando, uma avenida estruturante que vai chegar a mais de 50 bairros, atendendo a mais de um milhão de pessoas. Com um traçado estratégico, a via conectará diversas regiões da Grande Ilha, facilitando o deslocamento e proporcionando mais qualidade de vida para a população”, explicou o governador durante a visita.

O primeiro trecho a ser inaugurado liga o bairro Funil, na BR-135, ao bairro São Raimundo, e a obra seguirá até a estrada de São José de Ribamar, passando por pontos importantes como a Expoema e a Uema.

O projeto também inclui melhorias urbanísticas como calçadão, ciclovia, iluminação moderna e paisagismo. Além disso, a Avenida Metropolitana contará com a iniciativa “Arte de Rua”, programa do Governo do Maranhão, que dá oportunidade para que artistas do graffite retratem as belezas do estado nos espaços urbanos ao longo da via.

O secretário de Infraestrutura, Aparício Bandeira, também destacou os avanços do projeto e a importância da obra para a mobilidade e desenvolvimento da região. “Esses são os primeiros 1.600 metros, trecho que liga a BR-135 ao bairro do São Raimundo. Serão 12 km ao total, chegando na Guajajara, Estrada de Ribamar, Uema. Portanto, é uma obra que o Brandão vai deixar marcada na sua administração dentro da ilha de São Luís, a mais importante em termos de fluidez de tráfego da sua administração”, finalizou.

A conclusão da obra será um importante marco viário, que tem como objetivo economizar tempo e reduzir a distância no trajeto entre os municípios de São Luís, São José de Ribamar, Raposa e Paço do Lumiar, conectando-os de maneira estratégica e prática pela BR-135 (Funil).

Catulé Júnior solicita inclusão de Caxias em Programa de Aviação Regional lançado pelo Governo do Estado

31-3-2025 Segunda-feira

O deputado disse que a inclusão do município no programa facilitará o transporte médico, além de fortalecer a economia, o turismo e o agronegócio

O deputado Catulé Júnior (PP) usou a tribuna, na sessão plenária desta terça-feira (25), para comentar o Programa de Aviação Regional lançado pelo Governo do Estado, na segunda-feira (24), com o objetivo de revitalizar, reformar, ampliar e modernizar os aeródromos regionais do Maranhão. Na ocasião, o parlamentar anunciou que protocolou Indicação para a inclusão de Caxias no programa.

Catulé justificou que a inclusão do município no programa facilitará o transporte médico de urgência e emergência, além de fortalecer a economia, incentivando setores como o turismo, o agronegócio, além de abrir caminhos para a instalação de outras atividades empresariais, reafirmando a importância da inclusão do aeródromo de Caxias para a região.

“Caxias, que é a quinta maior cidade do estado, é um polo educacional, que tem se tornado um polo do agronegócio. É uma cidade estratégica para a região e para o estado, e eu acredito que a nossa cidade merece estar incluída nesse Programa de Aviação Regional. Por isso, fizemos essa indicação ao governador”, frisou o deputado.

Catulé também destacou que em Caxias há “uma pista de pouso, que era utilizada por aeronaves de pequeno porte. Infelizmente, hoje, a cidade cresceu de uma forma desordenada, invadiu de certa maneira a pista, que está em uma situação precária e precisando ser revitalizada ou deslocada para outra região da nossa cidade, para que atenda não só os caxienses, mas todos os maranhenses”.

Aviação Regional

O projeto, que será executado pelo Governo do Maranhão, segue as diretrizes de regularização do Cadastro Nacional de Aeródromos, atendendo às exigências da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), da Secretaria Nacional de Aviação Civil (SAC) e do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea).

Na primeira etapa, foram contemplados os aeródromos das cidades de Alto Parnaíba, Carolina, Balsas, Pinheiro, Carutapera, Santa Inês, Barra do Corda, Bacabal, Barreirinhas e Colinas.

Entregadores de APPs fazem greve, nesta segunda (31), por direitos e contra precarização

31-3-2025 Segunda-feira

Trabalhadores que prestam serviços para aplicativos planejam paralisação nacional nos dias 31/3 e 1º/4 por taxa mínima e aumento no valor do km rodado, entre outras bandeiras

Entregadores que prestam serviço para as maiores empresas do ramo estão preparando uma paralisação nacional nos dias 31 de março e 1º de abril em diversos locais do Brasil. A categoria busca melhores condições salariais e de trabalho num dos setores mais precarizados do país.

Segundo os organizadores do breque nacional, há movimentos já confirmados em mais de 40 cidades de 18 estados, entre as quais Maceió (AL), Manaus (AM), Salvador (BA), Belo Horizonte (MG), João Pessoa (PB), Natal (RN), Recife (PE), Porto Alegre (RS), Florianópolis (SC), Cuiabá (MT), São Luís (MA), Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP).

Embora envolva aplicativos de delivery em geral — como Rappi, Uber Flash e 99 Entrega —, o principal alvo é o iFood, hegemônico nesse setor.

As principais reivindicações dos trabalhadores são a definição de uma taxa mínima de R$ 10 por corrida; o aumento no valor do quilômetro rodado de R$ 1,50 para R$ 2,50; a limitação de três quilômetros para entregas feitas por bicicletas e a garantia de pagamento integral dos pedidos, mesmo em entregas agrupadas na mesma rota.

Uma das entidades que fazem parte do movimento dos entregadores é o Sindimoto-RS. No Rio Grande do Sul, a paralisação deve se concentrar no dia 31/3.

“Aqui no estado, a gente percebe que a categoria está tendo uma adesão muito forte. Isso é muito importante porque o trabalho dos entregadores, hoje, equivale a uma ‘escravidão moderna’, em que os aplicativos cobram R$ 10, R$ 15 do consumidor final e repassa em torno de 30% para o motociclista. É uma discrepância muito grande”, explica Valter Ferreira, presidente do sindicato.

Além disso, ele destaca que hoje “o trabalhador autônomo arca com todos os riscos de manutenção, de gasolina, de refeições e tudo mais, enquanto os aplicativos e o fornecedor do produto acabam ficando com zero custo”.

Embora o foco das reivindicações esteja nas questões remuneratórias, o sindicalista também chama atenção para os aspectos ligados a outros direitos da categoria. “Lutamos também pela segurança tanto no que tange à previdência quanto ao estabelecimento de um seguro para os casos de acidente”, diz.

Outra entidade que está mobilizando a categoria é o Sindimoto-SP. “São 11 anos sem reajustes, falta de responsabilidade social com os entregadores, abandono em caso de acidentes, desrespeito às leis federais 12.009 (regulamenta o setor de motofrete), 12.997 (obriga pagamento de periculosidade) e a 12.436 (proíbe apressar motociclistas), entre outra atrocidades”, apontou o sindicato, por meio de nota.

Além disso, a entidade criticou o governo federal por, segundo ela, ter faltado “empenho em resolver a situação”.

Mais trabalhadores, maior precarização

Foto: divulgação

Conforme foram aumentando os serviços de entrega, a precariedade das atividades também foi crescendo, ao mesmo tempo que os ganhos obtidos pelos trabalhadores foram sendo reduzidos.

Segundo estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) lançado no ano passado, em 2015, quando havia apenas 56 mil trabalhadores desse tipo no país, a renda média era de R$ 2.250. Já em 2021, eram 366 mil entregadores plataformizáveis e uma renda média de R$ 1.650.

Em 2023, o IBGE divulgou pesquisa sobre a categoria, estimando em 2,1 milhões o número de trabalhadores por aplicativo em geral atuando em todo o Brasil, dos quais quase 590 mil eram entregadores de comida e produtos.

Leia também: Precarização faz com que 14% das pessoas ocupadas estejam na pobreza

Em comum a todos eles estão as altas jornadas e a falta de direitos básicos e de proteção social. “O modelo de trabalho plataformizado se baseia em um vetor de precarização, representando, por um lado, menores patamares de renda, formalização e contribuição previdenciária, e, por outro lado, maiores jornadas semanais de trabalho”, aponta o estudo do Ipea.

Segundo os autores, os técnicos de planejamento e pesquisa do Ipea Sandro Sacchet e Mauro Oddo, apesar de os dados demonstrarem essa precarização, muitos trabalhadores “reproduzem a narrativa (ou ideologia)” de que são “empreendedores de si mesmos”. Tal posicionamento, por vezes, dificulta a mobilização e luta dessa categoria.

No último ano, governo federal, representantes dos trabalhadores e de empresas procuraram negociar um projeto que estabelecesse direitos básicos mas, por falta de acordo, os entregadores sobre duas rodas ficaram de fora da proposta de regulação levada ao Congresso, que acabou focada apenas nos motoristas por aplicativos.

Acidentes e óbitos

Em meio a esse cenário de forte precarização, é preciso ressaltar outro problema que envolve a categoria: os riscos da atividade, considerando as relações de trânsito.

Embora os dados em geral englobem o total de acidentes com motociclistas, sem estabelecer quantos dizem respeito especificamente aos entregadores, é possível verificar que junto com o crescimento desse tipo de atividade, veio também o aumento no número de acidentes fatais ou com feridos.

Segundo informações da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, em boletim divulgado em 2023, “em 2011, os óbitos de motociclistas eram 26,6% do total das mortes no trânsito e passou a 35,3% em 2021. A proporção das internações também aumentou de 50,6% para 61% com forte aumento também no número de internações, com 70.508 em 2011 para 115.709 em 2021”.

Ainda de acordo com a publicação, “esta tendência, que se agravou após a pandemia em 2020, guarda relação com crises estruturais do transporte público, demandas por serviços de tele-entregas, em
sistemas de trabalhos precarizados e sem nenhuma garantia ou direito ao trabalhador, somada às vantagens que estes veículos apresentam, do ponto de vista individual (tráfego fácil, estacionamento, baixos custos de aquisição e manutenção)”.

Vermelho

Manifestantes tomam as ruas em rechaço ao PL da anistia a Bolsonaro e golpistas

30-3-2025 Domingo

Ato em ao menos nove capitais defende punições exemplares aos golpistas; pesquisa mostra que 51% dos brasileiros rejeitam perdão a envolvidos nos ataques à democracia.

Movimentos sociais e organizações políticas realizaram, neste domingo (30), atos em ao menos nove capitais brasileiras (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Porto Alegre, Curitiba, Fortaleza e Brasília) contra o Projeto de Lei 2.858 de 2022, que propõe conceder anistia aos envolvidos nos atos extremistas de 8 de janeiro de 2023, quando bolsonaristas invadiram e depredaram a Praça dos Três Poderes, em Brasília.

Os atos, marcados por cartazes com frases como “Justiça, não impunidade!” “8J não se apaga” , reúnem sindicatos, estudantes e entidades de direitos humanos. Falaram no ato representantes da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), CUT, Intersinsical, União Nacional dos Estudantes (UNE), os deputados federais Orlando Silva (PCdoB-SP), Lindbergh Farias (PT-RJ), Guilherme Boulos (PSol-SP) e outros lideranças políticas e sociais.

Os protestos foram convocados pelas frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular em resposta ao ato promovido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em Copacabana, no Rio de Janeiro, no último dia 16 de março. Na ocasião, apenas 18 mil pessoas compareceram, bem abaixo da expectativa inicial dos organizadores, que previam a presença de um milhão de apoiadores.

Deputados marcam presença nos protestos

O deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP) discursou no ato em São Paulo e reforçou a necessidade de punições exemplares aos responsáveis pelo atentado contra a democracia. “O Supremo vai tomar decisões quando concluir o processo, espero que sejam justas, equilibradas, com punições exemplares para quem tentou o golpe do 8 de janeiro de 2023”, declarou. A declaração reflete o tom das manifestações, que vinculam a rejeição à anistia com a luta histórica contra a impunidade de crimes da ditadura militar (1964-1985).

Também presente no ato paulista, o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) fez um discurso contra a proposta de anistia. Ele ironizou a situação do ex-presidente Bolsonaro, afirmando que levará “marmita da Cozinha Solidária” para ele na prisão. A fala, referindo-se ao projeto social que distribui comida a vulneráveis, foi recebida com aplausos. “Quando Bolsonaro se elegeu, ele disse que ia botar a esquerda na cadeia, vocês se lembram? Mas o mundo gira, e nós ainda vamos ter oportunidade de levar marmita para ele lá na Papuda”, disse.

Ao Portal Vermelho, o diretor da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e secretário Sindical Nacional do PCdoB, Nivaldo Santana, enfatizou a importância dos atos pelo que unificam de forças políticas e sociais em torno da defesa da democracia. “Os atos de hoje, marcados para relembrar os 61 anos do golpe militar de 1964, são importantes pela capacidade de unir amplas forças sociais e políticas em defesa da democracia e reafirmar o combate ao golpismo e aos golpistas de extrema-direita”, afirmou o sindicalista.

Para ele, esta luta hoje se materializa em torno de duas palavras de ordem: Sem Anistia e Prisão para os Golpistas. “Medidas que, importante registrar, estão sendo levadas a cabo nos julgamentos do STF contra as ações promovidas por extremistas no dia 8 de janeiro se 2024”, completou.

Cartazes e palavras de ordem contra Bolsonaro

Manifestante em São Paulo

Durante os atos, manifestantes levantaram faixas e cartazes contra a anistia e pedindo a prisão do ex-presidente. Em São Paulo, um cartaz destacava Bolsonaro ao lado do ex-presidente norte-americano Donald Trump em uma “lata de lixo”. O empresário Elon Musk, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), também apareciam na ilustração.

No Rio de Janeiro, embora o protesto principal tenha sido marcado para a próxima terça-feira (1º), manifestantes realizaram panfletagens e colaram cartazes contra a anistia em locais como o Museu da República, no Catete, e a Feira da Glória. Membros do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto) também estenderam uma bandeira com os dizeres “Sem anistia para quem ataca a democracia” nos Arcos da Lapa, que foi retirada por policiais militares minutos depois.

Conexão com o passado: ditadura e luta pela memória

Os protestos não se limitaram ao 8 de janeiro. Em São Luís (MA), manifestantes lembraram os 61 anos do golpe militar (31 de março de 1964), destacando que a Comissão Nacional da Verdade reconhece ao menos 434 mortos e desaparecidos — número que pode ultrapassar 10 mil, segundo estimativas.

“Não podemos separar a luta contra a anistia de hoje da reparação histórica pelos crimes da ditadura”, disse Daiane Araújo, vice-presidenta da UNE, em São Paulo.

No Rio de Janeiro, ativistas do MTST estenderam uma faixa com os dizeres “Sem anistia para quem ataca a democracia” sob os Arcos da Lapa, removida pela Polícia Militar em dez minutos. Embora o ato no Rio seja na terça-feira, houve concentração de militantes na Feira da Glória e na Zonal Sul para panfletagens. No Pará, estudantes cercaram o Theatro da Paz, em Belém, enquanto em Recife (PE), cartazes com fotos de vítimas da ditadura militar ecoavam o lema: “Memória para não repetir”.

Faixa foi colocada pelo MTST nos Arcos da Lapa, no Rio de Janeiro. Foto: MTST-RJ

Em Belo Horizonte, um boneco de pano com o rosto de Bolsonaro foi colocado entre grades, carregado por manifestantes usando máscaras dos ministros do STF Cármen Lúcia e Alexandre de Moraes — ambos votaram pela aceitação da denúncia contra o ex-presidente.

Mobilizações continuam nos próximos dias

Os protestos deste domingo ocorreram também em cidades como Fortaleza, Belo Horizonte, Belém, Recife e Curitiba. Em Belo Horizonte, manifestantes levaram cartazes com fotografias de desaparecidos da ditadura militar e um boneco com o rosto de Bolsonaro atrás das grades.

Ao todo, foram anunciadas ao menos 30 manifestações entre sexta-feira (28) e terça-feira (1º), abrangendo 20 cidades. Além das frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular, movimentos como o MST, UNE, CUT e entidades sindicais também se mobilizaram. Em São Luís (MA), o protesto incluiu manifestações contra o legado do golpe militar de 1964, que completa 61 anos nesta semana.

Ato em Belém, em frente ao Teatro da Paz. Foto reprodução das redes sociais

Pesquisa revela rejeição à anistia

Dados do PoderData, divulgados em 21 de março, mostram que a maioria dos brasileiros é contra a anistia aos envolvidos no 8 de janeiro. Apenas 37% apoiam a medida, enquanto 51% são contrários e 12% não souberam responder. Entre os próprios eleitores de Bolsonaro, a rejeição à anistia chega a 49%.

O ex-presidente também perdeu força de mobilização. No ato de 16 de março, em Copacabana, os organizadores esperavam meio milhão de pessoas, mas apenas 18 mil compareceram, segundo monitoramento do Cebrap (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento). O Datafolha estimou 30 mil presentes.

Diante da pressão popular e da baixa adesão ao ato bolsonarista, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), sinalizou que o PL da anistia não será priorizado na pauta do Congresso. Assim, a mobilização das ruas pode ser decisiva para enterrar de vez a proposta.

São Paulo (SP), 30/03/2025 – Movimentos sociais e sindicais realizam ato contra a anistia.
Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

Pressão no Congresso e no Judiciário

Enquanto as frentes programam 30 atos até terça-feira (1º), incluindo mobilizações em Aracaju e Teresina, o STF deve retomar o julgamento de Bolsonaro nas próximas semanas.

Já o governo federal, por meio do Ministério dos Direitos Humanos, reafirmou compromisso com a memória, citando pedidos de desculpas oficiais por negligência na vala de Perus, onde restos de vítimas da ditadura foram ocultados. O ato em São Paulo teve o comando da ministra de Direitos Humanos, Macaé Evaristo.

Os protestos deste domingo revelam um país dividido entre o revisionismo e a defesa intransigente da democracia. Se, por um lado, Bolsonaro tenta reacender a chama bolsonarista com atos minguados, as ruas mostram que a maioria não compactua com a impunidade. Como sintetizou um cartaz no Rio: “Anistia ontem foi erro. Anistia hoje é golpe”

São Paulo (SP), 30/03/2025 – Movimentos sociais e sindicais realizam ato contra a anistia.
Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

Vermelho

Governo do Maranhão entrega obras de requalificação do retorno do Olho d’Água/Araçagy e da Estrada da Raposa

30-3-2025 Domingo

O Governo do Maranhão entregou mais duas obras para modernizar a infraestrutura viária e dar mais mobilidade ao trânsito da Grande Ilha. Neste domingo (30), o governador Carlos Brandão fez a entrega das obras de requalificação do Retorno do Olho d’Água/Araçagy e da MA-203 (Estrada da Raposa). Também foram entregues novos carrinhos do programa Minha Renda Praia.

Durante o evento, o governador Carlos Brandão esteve acompanhado da primeira-dama, Larissa Brandão; do vice-governador, Felipe Camarão; do prefeito de Raposa, Eudes Barros; da presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Maranhão, Iracema Vale; além de diversas outras autoridades municipais, secretários de Estado, deputados estaduais e federais.

O primeiro compromisso do dia foi a entrega do Retorno do Olho d’Água/Araçagy, onde o governador Carlos Brandão ressaltou a importância estratégica para a infraestrutura viária da Grande Ilha.

“Pela região do Retorno do Olho d’Água passam diariamente inúmeras pessoas a caminho de Paço do Lumiar, São José de Ribamar e Raposa, por isso, esta requalificação era necessária. Melhoramos toda a geometria viária para dar mais mobilidade, acabando com os engarrafamentos, além de novo projeto paisagístico para a região”, assinalou Brandão.

Já na MA-203 (Estrada da Raposa), por onde o governador e sua comitiva fizeram carreata pelo trecho requalificado, Brandão afirmou que a obra, além de melhorar o trânsito, tem importância turística e social.

“O turismo em Raposa está crescendo muito e mais pessoas têm visitado a cidade por causa das suas belezas naturais, em busca das rendas, do artesanato, dos passeios de barco. Por isso, precisamos dar a infraestrutura necessária para que a cidade continue se desenvolvendo. Para isso, foi feita a requalificação geral da MA-203, inclusive duplicando a rodovia, que era muito estreita. O novo projeto contemplou desde o acostamento até a ciclovia, protegendo todos que trafegam por lá”, explicou Brandão.

O prefeito de Raposa, Eudes Barros, agradeceu os investimentos feitos no município. “O Governo do Maranhão demonstra que está planejando a Grande Ilha para o futuro. Essas intervenções que melhoram a ligação de Raposa com os demais municípios, facilitando o acesso do turista e das pessoas de São Luís, vai dar muito mais visibilidade para nossa cidade”, declarou.

Outros investimentos em infraestrutura viária

Brandão destacou ainda outros investimentos do Governo do Maranhão em infraestrutura viária na Grande Ilha, como a construção de um novo trecho de extensão da Avenida Litorânea. A via ganhará mais 7 quilômetros com três faixas de rolamento nos dois sentidos, indo da Praça de Iemanjá, no Olho d’Água, até o final da Praia do Araçagy. As obras devem ser iniciadas no próximo mês.

O governador Carlos Brandão também falou da Avenida Metropolitana, cujas obras ele vistoriou no sábado (29). “Vistoriamos o primeiro trecho da Avenida Metropolitana, que vai do Funil, na BR-135, até o bairro São Raimundo. Esse trecho será inaugurado em breve. E vamos seguir com a obra, contornando toda a região do aeroporto de São Luís e seguindo até São José de Ribamar, passando por pontos importantes, como: a Expoema e a Uema. Esta com certeza será a maior obra de infraestrutura viária da Grande Ilha”, informou.

A Avenida Metropolitana é um novo corredor viário que está sendo construído pelo Governo do Maranhão. Com mais de 10 quilômetros de extensão, ela vai interligar 50 bairros dos quatro municípios da Ilha, beneficiando mais de 1 milhão de pessoas.

Requalificação do retorno do Olho d’Água/Araçagy

Obra executada pela Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra), o aprimoramento da geometria da área do retorno do Olho d’Água, na interseção da Avenida São Luís Rei de França com a Avenida dos Holandeses (MA-203), proporciona maior fluidez ao tráfego e reduzindo congestionamentos.

O secretário de Estado de Infraestrutura, Aparício Bandeira, informou que as intervenções do Retorno do Olho d’Água/Araçagy e da MA-203 (Estrada da Raposa) somam 20 quilômetros de requalificação viária para a Grande Ilha, contribuindo tanto para a mobilidade e segurança, quanto para o crescimento econômico e a sustentabilidade.

“Essas duas obras têm uma dimensão que a gente não pode mensurar, porque são 20 quilômetros de vias que foram totalmente requalificadas, saindo do antigo Retorno do Olho d’Água até a Raposa. As duas obras foram executadas seguindo os conceitos de modernidade viária com projetos de ciclovia, nova sinalização, nova geometria de tráfego para uma região onde percebemos o constante crescimento do tráfego de veículos”, pontuou.

No Retorno do Olho d’Água/Araçagy foram executados serviços de pavimentação asfáltica, drenagem superficial e profunda, iluminação e urbanização da área que se estende da Zoomania até do Supermercado Mateus. Além disso, o projeto inclui avanços na iluminação, passeios, urbanização e novo paisagismo, valorizando ainda mais a região.

A obra beneficia diretamente os bairros Olho d’Água, Calhau e Araçagy, além da cidade de Raposa e de moradores de outros municípios da Grande Ilha que utilizam a via diariamente.

Mesmo antes da finalização da obra já era possível observar a significativa redução de congestionamentos e maior fluidez no tráfego, especialmente nos horários de pico na região, pois a nova geometria viária otimiza a circulação de veículos e pedestres, reduzindo pontos de conflito.

A nova iluminação e a adequação dos passeios aumentaram a segurança dos pedestres e motoristas. Além disso, as melhorias na sinalização viária e reorganização do espaço urbano contribuem para a redução de acidentes.

A melhor urbanização e paisagismo proporcionam maior qualidade de vida para os moradores, além da valorização da região, com incentivo ao comércio e atração de novos investimentos.

A obra também traz impactos positivos para o meio ambiente, com a redução das emissões de poluentes devido à menor retenção de veículos no trânsito aliada à urbanização planejada com ênfase na preservação ambiental e drenagem eficiente.

Requalificação da MA-203/Estrada da Raposa

Já para a requalificação da MA-203 (Estrada da Raposa) foram realizados serviços ao longo de 11,69 quilômetros de rodovia, iniciando no viaduto Neiva Moreira e indo até o cais da cidade de Raposa.

Foram executadas obras de urbanização, sinalização e alargamento da pista. A rodovia anterior tinha 6,4 metros de faixa de rolamento e passou a ter 12,8 metros de plataforma total, sendo 2 metros para acostamento e 1,2 metro para a ciclofaixa, resultando em mais mobilidade urbana para a região.

Foi ampliado o trecho de acesso ao município, tornando a via mais trafegável, com ciclovias, acostamento, paradas de ônibus requalificadas, duplicação de trecho, asfalto novo e sinalização adequada.

Para quem trafega diariamente pela rodovia, a obra resolverá problemas antigos da região. “Esta obra trouxe mais beleza para a nossa cidade, que ganhou uma nova entrada, mas principalmente mais infraestrutura para o nosso trânsito. Vai resolver todos os gargalos do trânsito da região”, disse o motorista Tadeu Vieira, 42 anos, morador da Vila Bom Viver.

Para a técnica de enfermagem Érika Reis Batista, 25 anos, moradora do bairro Base da Aeronáutica, o maior benefício da obra será a segurança de todos. “Antes, motociclistas, motoristas, pedestres e ciclistas dividiam o mesmo espaço. Agora, tem o acostamento para quem está a pé, a ciclovia e toda a sinalização necessária para deixar a Estrada da Raposa segura para todos”, comentou.

Também foi realizado o recapeamento nos trechos dentro da sede do município de Raposa, além da implantação de 5,34 quilômetros de drenagem superficial, nova sinalização horizontal, novos pisos e abrigos para usuários do transporte coletivo, além da recuperação de cinco paradas de ônibus.

Programa Minha Renda Praia

Como parte das políticas de inclusão sócioprodutiva do Governo do Maranhão, o governador Carlos Brandão também entregou 25 novos carrinhos do programa Minha Renda Praia para vendedores que atuam na região do Araçagy. Foram entregues 10 carrinhos para a venda de milho, 3 para churrasco e 15 para coco.

Para o secretário de Estado de Desenvolvimento Social, Paulo Casé, esta nova vertente do programa reforça o compromisso do Governo do Maranhão em garantir melhores condições de trabalho e mais renda para os trabalhadores do comércio informal.

“A entrega de hoje reflete a sensibilidade do governo, que tem enxergado esses profissionais como parte da cadeia do turismo do Estado, fomentando a geração de renda. A gente já entregou carrinhos para os ostreiros e, agora, estamos entregando para os vendedores de outros produtos. É importante destacar que este trabalho está sendo feito por meio do diálogo com a classe para que os carrinhos sejam fabricados conforme as suas necessidades”, afirmou.

Coordenado pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Social (Sedes), o programa Minha Renda Praia beneficia vendedores informais de ostras, queijo grelhado, bebidas, camarão, ovos de codorna, frutas, picolés e sorvetes que atuam na orla da Grande Ilha, oferecendo melhores condições de trabalho para esses comerciantes e garantindo produtos de qualidade para os consumidores.

Os beneficiados com os carrinhos afirmaram que os equipamentos vão facilitar o seu trabalho. “Com os carrinhos a gente tem muito mais suporte para armazenar e vender nossos produtos, melhorando nossas vendas”, disse Eunice dos Santos Cavalcante, 35 anos, que há 20 anos vende coco na Praia do Araçagy.

Mãe de três filhos, a vendedora de milho Jordana Teixeira da Silva, 40 anos, disse que o carrinho vai ampliar suas possibilidades de venda. “Com esse carrinho eu vou poder vender não apenas milho, mas também feijoada e outros alimentos em diferentes locais, ampliando minha renda mensal e melhorando o sustento dos meus filhos”, comemorou.

Para Francisca Torres, 68 anos, o carrinho para a venda de churrasquinho que ela recebeu vai representar a independência financeira. “Eu não sou aposentada e dependo do meu filho. Mas, agora, vou poder ter minha própria renda com a venda de lanches”, contou.

Na primeira etapa das entregas foram beneficiados 20 vendedores de ostras cadastrados no programa.

Entrevista do réu Bolsonaro é “confissão de culpa”, diz Lindbergh

30-3-2025 Domingo

Líder desmascara tese de que “alternativas” à posse de Lula discutidas com militares estão respaldadas pela Constituição: “Estado de Defesa e Estado de Sítio estão previstos na Constituição para manter a ordem pública e a paz social e não anular uma eleição”

Em uma espécie de profecia autorrealizável da série “Réu Confesso”, do PT Nacional, Jair Bolsonaro vem conferindo novas dimensões ao próprio golpismo enquanto tenta forjar narrativas que possam livrá-lo de sua iminente prisão.

Sob o falso argumento de que jamais atentou contra a democracia brasileira, o ex-presidente concedeu uma entrevista à Folha de S. Paulo, publicada neste sábado (29), na qual tenta salvar sua pele ao mesmo tempo em que não hesita em atirar aliados ao mar. Em ato de desespero político, Bolsonaro admitiu explicitamente que procurou membros das Forças Armadas para discutir “alternativas” como estado de sítio, estado de defesa e intervenção federal. A intenção era clara: subverter o processo democrático após sua derrota nas eleições de 2022, barrando a posse de Lula em janeiro de 2023.

“Eu conversei com as pessoas, dentro das quatro linhas, que vocês estão cansados de ouvir, o que a gente pode fazer? Daí foi olhado lá, [estado de] sítio, [estado de] defesa, [artigo] 142, intervenção…”, elencou o golpista, na entrevista.

A confissão não só expôs os crimes do extremista de direita, como também demonstrou mais uma vez sua irrefreável disposição de golpear instituições democráticas na busca por permanecer no poder. O patético argumento de Bolsonaro? Segundo ele, as “alternativas” discutidas com integrantes das Forças Armadas estariam respaldadas na Constituição e, por isso, não caracterizariam uma ruptura do Estado Democrático de Direito. Como se a formalidade do texto constitucional pudesse legitimar ações que abertamente visavam subverter o processo democrático. “Golpe não tem Constituição. Um golpe, a história nos mostra, você não resolve em meses. Anos”, tentou justificar.

Para o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (PT-RJ), não resta dúvidas de que a entrevista é uma confissão de culpa, ao invés de uma linha de defesa para se contrapor à versão de militares que relataram o verdadeiro conteúdo das reuniões com o ex-presidente em 2022.

“O réu Jair Bolsonaro, com essa entrevista à Folha, pretendia criar uma vacina contra os depoimentos dos comandantes militares que narraram reuniões em que ele apresentava a minuta do golpe com anulação das eleições e prisão do ministro do STF Alexandre de Moraes”, denunciou Lindbergh. “O tiro saiu pela culatra. A entrevista é uma confissão de culpa”, reiterou o deputado.

Para o líder petista, colocar em questão as “alternativas” Estado de Sítio e de Defesa configuram claramente uma tentativa de golpe. “Estado de Defesa e Estado de Sítio estão previstos na Constituição para manter a ordem pública e a paz social e não anular uma eleição”, argumentou o petista.

Minuta do golpe

O presidente do PT e senador Humberto Costa (PE) voltou a classificar o extremista de direita como um mentiroso compulsivo. Pelo X, neste domingo (30), Humberto exibiu dois prints de notícias relacionadas à chamada minuta do golpe, que chegou a ser revisada por Bolsonaro, de acordo com delação do ex-ajudante de ordens Mauro Cid. Em uma delas, da revista Veja, Bolsonaro diz que “nunca chegou a mim nenhuma minuta de golpe”. Em outra, da CNN, que repercutiu a entrevista dada pelo extremista no Senado, no dia em que virou réu (26), o golpista admite que imprimiu o documento “porque queria saber o que era”.

“Bolsonaro é uma fábrica de fake news ambulante: sem fraudar a verdade, ele não existe”, resumiu o senador.

A ministra da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência (SRI), Gleisi Hoffmann, também repercutiu a reveladora e “estranha” entrevista de Bolsonaro. “É espantoso admitir que tentou sim impor estado de sítio, estado de defesa, aplicação indevida do artigo 142, intervenção militar e outras “alternativas” para não entregar o poder ao presidente eleito”, observou a ministra, também pelo X.

Para Gleisi, salta aos olhos o fato de que Bolsonaro jamais aceitou o resultado das eleições. Ela considera ainda grave a confissão de Bolsonaro e que deverá agravar sua situação do ponto de vista penal. “A entrevista é uma confissão de culpa que deveria ser tomada como agravante em seu julgamento”, destacou.

PT

No Vietnã, Lula critica pedidos de anistia de golpistas

30-3-2025 Domingo

Lula afirmou que a anistia não é uma questão urgente. “Tenho certeza que a anistia não é um tema principal para ninguém, a não ser para quem está se culpabilizando”

Durante visita ao Vietnã, neste sábado (29), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou sobre os pedidos de anistia feitos pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e parlamentares da oposição. Bolsonaro é réu, ao lado de sete aliados, em processo no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado.

Neste domingo (30), movimentos sociais, como as Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, realizam atos em diversas capitais contra a anistia e em defesa da prisão de Bolsonaro. As manifestações também lembrarão os 61 anos do Golpe Militar de 1964.

Ao ser questionado sobre o tema, Lula afirmou que a anistia não é uma questão urgente. “Tenho certeza que a anistia não é um tema principal para ninguém, a não ser para quem está se culpabilizando”, declarou. O presidente reforçou que evitou tratar do assunto com os presidentes da Câmara, Hugo Mota (Republicanos-PB), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), durante a viagem, e que pretende abordá-lo apenas quando retornar ao Brasil.

Lula criticou o movimento da oposição em favor da anistia e destacou que Bolsonaro sequer busca se defender. “É impressionante que os advogados do cidadão que está pedindo anistia não digam para ele que primeiro precisam absolvê-lo. Se for absolvido, não precisa de anistia. Mas já tratam como se ele fosse culpado. Ele não quer nem se defender porque sabe, no subconsciente, que fez todas as bobagens das quais está sendo acusado”, disse.

Comércio com o Vietnã

Ainda no Vietnã, Lula discursou no encerramento do Fórum Brasil-Vietnã e afirmou que deseja transformar o Brasil na “porta de entrada” do país asiático para o comércio na América Latina. O presidente pretende firmar acordos entre o Vietnã e o Mercosul assim que assumir a presidência do bloco.

“Os países do Sudeste Asiático correspondem a quase 6,5% do PIB mundial, em paridade de poder de compra. A negociação de um acordo Brasil-Vietnã, que o Brasil pretende lançar ao assumir a presidência do Mercosul, também contribuirá para esse objetivo”, afirmou.

O presidente ressaltou que a parceria já trouxe resultados, como a abertura do mercado vietnamita para a carne bovina brasileira e o Plano de Ação para Implementação da Parceria Estratégica, que busca ampliar o comércio bilateral para US$ 15 bilhões até 2030.

“A abertura do mercado vietnamita para a carne bovina brasileira permitirá a instalação de plantas de processamento no país, reforçando o papel do Vietnã como porta de entrada dos produtos brasileiros para a Ásia. Uma empresa brasileira vai investir US$ 100 milhões para processamento de carne aqui no Vietnã”, destacou Lula.

O presidente também mencionou que está em curso uma negociação para a venda de aviões da Embraer ao Vietnã, embora o acordo ainda não tenha sido formalizado.

Relações com os Estados Unidos

Na coletiva de imprensa, Lula abordou as relações comerciais com os Estados Unidos e criticou a postura protecionista do presidente Donald Trump, que tem imposto tarifas a produtos brasileiros. Apesar das divergências, Lula afirmou estar disposto ao diálogo.

“Na hora que eu sentir necessidade de conversar com o presidente Trump, não terei nenhum problema de ligar para ele. Assim como espero que ele também não tenha problema em ligar para mim. No exercício da presidência, colocamos os interesses do Estado na mesa, não as nossas questões ideológicas”, disse.

O presidente ressaltou que pretende esgotar as vias diplomáticas antes de recorrer à Organização Mundial do Comércio ou adotar medidas de retaliação.

Ao falar sobre o conflito entre Rússia e Ucrânia, Lula surpreendeu ao elogiar a postura de Trump na busca por um cessar-fogo, apontando que deveria ser um papel assumido anteriormente por Joe Biden.

“A conversa para ter paz é colocar Putin e Zelensky em torno de uma mesa, com quem eles convidarem para participar, parar de atirar, começar a plantar comida e discutir paz”, afirmou.

Com o fim da visita ao Vietnã, Lula encerrou uma semana de agendas na Ásia, consolidando acordos comerciais e fortalecendo a presença do Brasil no mercado internacional.

Vermelho

Iracema Vale ressalta investimentos do governo do Estado no município de Barreirinhas

29-3-2025 Sábado

Presidente da Assembleia Legislativa participou das celebrações de 87 anos de fundação da cidade que recebeu de presente obras de infraestrutura

A presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, deputada Iracema Vale (PSB), participou das celebrações em comemoração aos 87 anos de fundação do município de Barreirinhas. O evento foi marcado por uma vasta programação iniciada no último domingo (23) e que se estende até sábado (29), data de aniversário da cidade.

Ao lado do governador Carlos Brandão (PSB), do prefeito da cidade, Vinícius Vale, deputados estaduais e de outras autoridades, a parlamentar participou de entregas de obras de infraestrutura executadas pelo governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra).

“Ao lado do governador Carlos Brandão, do prefeito Vinícius Vale e da população de Barreirinhas, estamos vivendo dias de muitas conquistas. Entregamos obras e reafirmamos nosso compromisso com o desenvolvimento da cidade. Ao lado do governador, o prefeito tem feito um grande trabalho para melhorar os indicadores, a saúde e a educação do município”, disse Iracema Vale que, na ocasião, foi agraciada com título de cidadã barreirinhense.

Presidente da Assembleia em ato realizado pelo governo estadual em Barreirinhas, por ocasião do aniversário de 87 anos de fundação do município

Na quinta-feira (27), foram inaugurados a nova sede do Corpo de Bombeiros e a ponte sobre o Rio Preguiças. Batizada de Chico Pedro, em homenagem ao ex-prefeito da cidade, Francisco Pedro Monroe da Conceição, falecido em 2012, a estrutura tem um vão de 240 metros de extensão e 12 de largura e modernizará a cidade, facilitando o acesso ao Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, dinamizando o turismo na região.

“Barreirinhas é uma cidade estratégica para o Maranhão por causa dos Lençóis Maranhenses, que atraem muitos turistas nacionais e internacionais para o estado. Por isso, a cidade precisa estar equipada para atender a qualquer necessidade da região”, ressaltou Carlos Brandão.

Para o prefeito de Barreirinhas, Vinícius Vale, a construção da ponte sobre o Rio Preguiças contempla um sonho antigo da população. “Essa ponte é um sonho sendo realizado, é um sonho da população há muitos anos e, graças à parceria com o governo do Maranhão, um governo municipalista, a gente finalmente está entregando nossa tão sonhada ponte”, afirmou Vinícius Vale.

Inauguração da nova sede do Corpo de Bombeiros no município de Barreirinhas

Também foram entregues nove quilômetros de pavimentação asfáltica, melhorando a mobilidade urbana, dando mais segurança no tráfego de veículos e garantindo mais dignidade para os moradores. Os serviços contemplaram 15 vias do bairro Cidade Nova, incluindo as avenidas Principal, Missionária, São José, Brasil e Elizeu.

População do município de Barreirinhas se mobilizou em grande número para o evento

Na sexta (28), a festa teve continuidade com a entrega do Estádio Guaribão, no povoado Sobradinho; entrega de asfalto; inauguração do Espaço Dunas do Cuidar; bem como do laboratório municipal. A celebração continua no sábado (29), com entrega de três escolas, além de eventos cívicos, culturais e esportivos.