30-12-2024 Segunda-feira

Lançado no início de 2024, o programa federal Pé-de-Meia encerrou seu primeiro ano com a marca de 3,9 milhões de estudantes beneficiados em todo o país. Voltado para alunos do ensino médio de escolas públicas inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), o programa oferece suporte financeiro e educacional com o objetivo de incentivar a conclusão da educação básica. No total, cada aluno pode receber até R$ 9,2 mil ao longo do ensino médio.

De acordo com o Ministério da Educação (MEC), o Pé-de-Meia se consolidou como a segunda maior política de combate à desigualdade social no Brasil, ficando atrás apenas do Bolsa Família. Em 2024, o programa contou com um investimento total de R$ 12,5 bilhões.

A iniciativa foi criada para enfrentar a alta taxa de evasão e repetência no ensino médio, a etapa mais desafiadora da educação básica. Dados do Censo Escolar de 2023 revelaram que 5,9% dos estudantes abandonaram os estudos no ensino médio, enquanto a taxa de repetência alcançou 3,9%. Grupos vulneráveis, como comunidades quilombolas e indígenas, registraram os maiores índices.

Segundo levantamento do Unicef, 48% dos adolescentes que abandonaram os estudos em 2022 o fizeram para trabalhar e complementar a renda familiar, enquanto 30% relataram dificuldades em acompanhar o conteúdo escolar.

Para o ministro da Educação, Camilo Santana, o Pé-de-Meia é uma peça central no esforço de tornar a escola mais atrativa e inclusiva:
“Não podemos deixar ninguém para trás. O programa complementa outras iniciativas para garantir o acesso, a permanência e a qualidade na educação brasileira.”

O Pé-de-Meia oferece um incentivo financeiro dividido em parcelas:
– R$ 200 mensais para alunos com frequência regular, que podem ser sacados a qualquer momento;
– R$ 1 mil anuais para estudantes aprovados no fim do ano letivo, acumulados como poupança e resgatados ao final do ensino médio;
– R$ 200 adicionais para quem participa do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

São Paulo lidera o número de beneficiados com 538.604 estudantes, seguido pela Bahia (410.639) e Minas Gerais (351.666). No Maranhão, 229.248 alunos aderiram ao programa, destacando o impacto da política no combate à desigualdade regional.

Veja a seguir como fechou cada estado em números de beneficiados:

UF	Estudantes beneficiados
AC	26.054
AL	96.768
AM	133.751
AP	24.061
BA	410.639
CE	285.502
DF	41.745
ES	59.109
GO	108.572
MA	229.248
MG	351.666
MS	44.589
MT	65.382
PA	277.082
PB	111.295
PE	257.290
PI	106.105
PR	135.905
RJ	273.878
RN	88.186
RO	34.580
RR	14.698
RS	118.034
SC	59.784
SE	62.371
SP	538.604
TO	43.651