31-10-2024 Quinta-feira
Até domingo passado, dia 27, os partidos, seus candidatos e lideranças perdiam sono fazendo cálculos, projetando estatísticas e martelando a cabeça sobre pesquisas eleitorais nos 51 municípios que realizaram segundo turno para prefeito.
Passada a ressaca das vitórias e das derrotas, os mesmo personagens e seus partidos estão debruçados sobre o rescaldo das eleições.
Na tabulação final, MDB de José Sarney, Roseana, João Alberto, Edison Lobão e Roberto Costa, agora sob direção estadual do advogado Marcus Brandão, renasceu novinho e revigorado no Estado.
Grande articulador, Marcus, fez o MDB saltar de sete prefeitos para 37. Tinha 110 vereadores e elegeu 282, inclusive João Alberto em Bacabal.
O MDB conseguiu se reinventar, sob o comando de Marcus Brandão que, em setembro de 2023, ganhou a direção do partido no Maranhão, de mão beijada, da deputada federal Roseana Sarney.
O PL, tão festejado pelo país afora, no Maranhão permaneceu com os mesmos 40 prefeitos de 2020 e perdeu 49 vereadores, dos 269 da eleição passada. O partido que mais perdeu prefeitura foi o PCdoB sem Flávio Dino e o PSD com Eduardo Braide e Eliziane. O primeiro tinha 22, ficou com dois. O segundo tinha cinco e ficou apenas com Braide em São Luís, mas é o maior do Brasil, com 822 prefeitos, sendo cinco em capitais.
O governador Carlos Brandão e seu irmão Marcus, que nunca exerceu um mandato eletivo, têm muito o que comemorar depois dos resultados eleitorais. Como chefe do PSB no Estado, o “socialista” triplicou o número de prefeitos, passando de seis para 19 e ganhou 200 vereadores novos em 2024, sobre os 58 que elegeu em 2020. Já o PDT do senador Weverton Rocha tinha 42 prefeitos e 345 vereadores, ficou com 18 prefeitos e 221 edis. O PSD, porém, avançou de 76 para 84 nas câmaras municipais.
Esses números trazem enormes lições políticas e rico material para diferentes análises e estudos sobre governança no Estado.
Raimundo Borges
