Arquivo mensal: agosto 2024

Em Goiânia, Brandão apresenta potencialidades do Maranhão na Ficomex 2024 e participa do II Fórum de Governadores do Brasil Central

29-08-2024 Quinta-feira

Para divulgar as potencialidades econômicas do Maranhão e atrair novos investimentos para o estado, o governador Carlos Brandão participa da Feira Internacional de Comércio Exterior do Brasil Central (Ficomex 2024), que acontece em Goiânia (GO) até a quinta-feira (29). Nesta quarta-feira (28), além dos debates da Ficomex 2024, também aconteceu o II Fórum de Governadores do Brasil Central.

Formado pelos estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Maranhão, Rondônia e o Distrito Federal o Consórcio Brasil Central é apoiador da Associação Comercial, Industrial e de Serviços do Estado de Goiás (Acieg) na realização da Ficomex 2024.

Brandão afirmou que a Ficomex 2024, bem como o II Fórum de Governadores do Brasil Central, representam uma oportunidade importante para debater gestão econômica, produção de riquezas e geração de emprego e renda.

“A reunião do Fórum de Governadores do Brasil Central dentro da Ficomex é uma oportunidade de debater pautas que vão além da gestão administrativa. Fizemos uma ampla discussão na área empresarial para fortalecer o comércio local e, acima de tudo, fortalecer as exportações. Esta é uma das regiões mais ricas do Brasil, que se destaca pelo agronegócio, e o Maranhão tem o Porto do Itaqui, que atende a toda essa região. Por isso, apresentamos nossas potencialidades para que os empresários possam ir para o Maranhão, gerando emprego e renda”, assinalou Carlos Brandão.

Ficomex 2024

A Ficomex reúne empresas, entidades empresariais, câmaras de comércio exterior, embaixadas, governos federal, estaduais e municipais e terceiro setor com o objetivo de promover e alavancar o comércio exterior dos sete Estados do Consórcio Brasil Central e nesta edição tem como tema: “O Brasil Central e a geração de negócio com o mercado Global”.

O governador de Goiás e presidente do Consórcio Brasil Central, Ronaldo Caiado, afirmou que a Ficomex 2024 é uma oportunidade de abrir as portas dos estados do consórcio para o comércio exterior.

“Aqui vamos mostrar o potencial de crescimento, a qualidade dos produtos e a competitividade que nossos estados oferecem, buscando também um intercâmbio tecnológico, que é algo indispensável para o desenvolvimento econômico e social na atualidade. Por isso, essa feira é uma via de mão dupla, pois nós estamos apresentando o que temos de melhor e recebendo de volta as melhores oportunidades que eles podem nos oferecer”, assinalou Ronaldo Caiado.

Até a quinta-feira (29), a feira reúne três eixos: negócios, educação e políticas públicas, com mais de 170 expositores de diversos países e dos sete estados que compõem o Consórcio Brasil Central.

O presidente da Acieg, Rubens Fileti, disse que a Ficomex 2024 permite que os estados debatam diversos temas fundamentais para o seu desenvolvimento. “Esta feira é uma joia para o Brasil inteiro. Poder falar de política pública, negócios e educação em um evento deste porte é motivo de muito orgulho, pois acredito que por meio destes debates podemos criar um bloco econômico que vai gerar muitas oportunidades”, avaliou.

II Fórum de Governadores do Brasil Central

Além de apresentar as potencialidades econômicas do Maranhão na Ficomex 2024, o governador Carlos Brandão também participou do II Fórum de Governadores do Brasil Central cujo tema foi “Comércio Exterior no Brasil Central: desenvolvimento e integração”.

Durante a feira o fórum buscou fortalecer a cooperação entre os estados do consórcio e promover uma maior inserção desses estados no mercado global, aproveitando as oportunidades que surgem em eventos internacionais como a Ficomex.

Maranhão na Ficomex 2024

O governador Carlos Brandão participou da abertura da feira acompanhado de uma comitiva que reúne as secretarias de Estado de Indústria e Comércio (Seinc), da Agricultura e Pecuária (Sagrima), de Meio Ambiente e Recursos Naturais (Sema), do Turismo (Setur), de Planejamento e Orçamento (Seplan), de Desenvolvimento Econômico e Programas Estratégicos (Sedepe) e a Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Maranhão (Aged).

O Governo levou o Armazém do Empreendedor do Maranhão para a feira, em um formato adaptado para o evento. No Armazém do Empreendedor do Maranhão, 10 empreendimentos dos ramos alimentício, de vestuário e de bebidas foram em busca de prospecção de negócios. Além disso, empresas do ramo energético, do agronegócio e do setor industrial que atuam no estado também participam da feira.

Para o Governo do Maranhão participar da Ficomex 2024 é uma oportunidade para apresentar potencialidades do estado ao comércio exterior, bem como fortalecer as relações comerciais, atração de investimentos, promoção da infraestrutura logística, diversificação da economia e construção de redes de cooperação internacional.

Outra vantagem é a possibilidade que o estado tem de apresentar suas oportunidades de negócios e condições favoráveis para investidores internacionais que estão no evento em busca de novos projetos e oportunidades de expansão. Nesse sentido, o Maranhão pode se destacar como um destino atrativo para investimentos com seu potencial em setores como energia renovável, infraestrutura logística, agronegócio e turismo.

Planos enriquecem empresários ao tratar saúde como mercadoria no Brasil

29-08-2024 Quinta-feira

Queixas explodem ao mesmo tempo em que monopólio e ganhos das operadoras crescem. Para advogado, foco das empresas está no resultado financeiro e não no compromisso com o usuário

A vida vale mais do que o dinheiro? Embora retórica, essa pergunta certamente geraria uma reação favorável à vida. No entanto, a realidade vem mostrando que quando o assunto são os negócios envolvendo a saúde, a resposta sai desse lugar de obviedade. É o caso, por exemplo, dos planos de saúde, em que sobram situações de descaso, desrespeito e abandono, cometidos justamente em momentos de maior vulnerabilidade humana. 

O problema não é novo e constitui uma daquelas questões que parecem insanáveis no Brasil. Quem nunca passou por algum aborrecimento envolvendo as operadoras? Ou quem não conhece alguém que enfrentou algum tipo de adversidade com essas empresas? 

Segundo informações da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), somente nos primeiros cinco meses deste ano, foram registradas mais de 161 mil reclamações sobre as operadoras, volume que ultrapassa o verificado no mesmo período dos três anos anteriores e se aproxima do total do ano inteiro de 2021. 

“Em linhas gerais, verificamos que o IGR (Índice Geral de Reclamações) apresenta aumento ano a ano para planos de assistência médica, revelando uma piora na satisfação dos beneficiários com os serviços prestados pelas operadoras de planos de saúde”, admite boletim da ANS de agosto. 

De maneira geral, boa parte das reclamações recebidas por diversos órgãos envolve, principalmente, descredenciamentos e dificuldades para conseguir reembolso, reajuste exacerbado nos valores e negativa de cobertura dos serviços. 

Levantamento recente feito pelo  Procon-SP (Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor) vai no mesmo sentido. Num universo de 1.341 usuários de planos de saúde, 89% se dizem insatisfeitos com os serviços prestados. 

Essa situação se reflete diretamente no aumento da judicialização dos casos. De acordo com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o número de processos movidos contra as operadoras cresceu 60% no ano passado em relação a 2020, saindo de mais de 145 mil para 234 mil. 

Vida de hospital

Usuária de um convênio familiar da Unimed, Bárbara Luz, jornalista do Portal Vermelho, tem sentido na pele, assim como outras milhares de pessoas, a dor de quem tem de lutar pela vida do próprio filho e enfrentar os obstáculos impostos por essa lógica cruel que transforma saúde em mercadoria e vidas em mera contabilidade. 

Seu filho Igor, que hoje tem 24 anos, sofreu um grave acidente de carro em Mongaguá, no litoral paulista, em fevereiro deste ano, que o deixou tetraplégico. Ele passou 75 dias na UTI da Beneficência Portuguesa de Santos, onde recebeu todo o atendimento necessário. 

Os problemas começaram depois, quando teve início o processo de transferência para um hospital de transição, na capital paulista, onde sua família vive. O primeiro embate foi na hora de determinar em qual instituição ficaria. O que Bárbara apontou como sendo o mais adequado, dadas as condições do filho, não estava coberto pelo plano. 

Depois de finalmente a transferência ser realizada, para outro hospital de transição, a nova batalha foi em torno de garantir a retirada de uma sonda (gastrostomia). O que deveria ser um procedimento simples virou uma nova dor de cabeça. 

“Como ele é acamado, a remoção deve ser feita de ambulância e nem todos os locais têm estrutura para receber pacientes nessas condições. Depois de um tempo, o procedimento foi finalmente marcado. Chegamos às 6h da manhã no local, conforme marcação feita pelo próprio convênio, e somente lá, descobri que o hospital havia sido descredenciado. Tivemos de esperar até às 14h para que a ambulância viesse removê-lo, sem que o procedimento tivesse sido feito. Durante essas seis horas, ele sequer pôde ter a fralda trocada porque o plano não autorizava”, conta Bárbara, indignada. 

Igor voltou ao hospital de transição, aguardando nova data e local para a retirada da cânula. Nesse meio tempo, a sonda começou a dar sinais de que poderia gerar uma infecção. Depois de muito enfrentamento, finalmente ele foi levado para fazer o procedimento. Detalhe: num hospital da mesma rede do de transição, que fazia parte do convênio. “Ou seja, se havia esse local, por que não o levaram antes?”, questiona a mãe. 

Esses foram apenas alguns dos perrengues enfrentados nesses meses. Agora, Igor aguarda procedimento para que seja fechada uma escara que adquiriu durante a internação — sem isso, ele não pode ir para casa iniciar o processo de reabilitação, essencial para que recupere alguns movimentos. 

“Vida de hospital não é simples. Estou muito cansada, fazem seis meses que praticamente só volto para casa para dormir um dia ou outro”, conta Bárbara, que mora com seu companheiro e também é mãe de uma menina de nove anos. “O Igor e eu não aguentamos mais; ele já poderia estar em casa se não fossem os problemas do convênio e essas negligências”, desabafa. 

Do lado dos funcionários que atendem, a situação também é complicada. “A exploração da saúde brasileira pelo capital estrangeiro tem acontecido de uma forma avassaladora. E os profissionais ficam à mercê de um cenário em que a oferta de trabalho diminui e aumenta a sobrecarga. Sempre há um direcionamento no sentido de que o lucro está acima de qualquer coisa — acima da qualidade do serviço prestado e do direito do usuário. E os trabalhadores são meros instrumentos para que eles tenham cada vez mais lucro”, diz Solange Caetano, presidente da Federação Nacional dos Enfermeiros e Enfermeiras. 

Um exemplo de como os trabalhadores são tratados, argumenta, está no fato de que “até hoje, o setor privado não começou a pagar efetivamente o piso salarial nacional da enfermagem”.

A sobrecarga, o aumento da pressão, o assédio moral e as condições salariais têm resultado, salienta Solange, em uma maior  rotatividade desses profissionais, o que também afeta o atendimento.

Para enfrentar essa questão, explica, a Federação orientou os seus sindicatos a ingressarem com denúncias no Ministério Público do Trabalho. E a própria FNE pediu mediação, via MPT, para discutir questões como o dimensionamento de pessoal de enfermagem, a instalação da sala de descanso nas instituições e o combate ao assédio moral. 

Setor bilionário e concentrado

Situações como essas, vividas por usuários e trabalhadores, não combinam em nada com a realidade financeira dos planos. Atualmente, o segmento de assistência médico-hospitalar tem 51 milhões de beneficiários, número que aumentou 1,5% entre junho de 2023 e deste ano.

Conforme tem sido argumentado pelas operadoras, durante os anos da pandemia, houve uma queda acentuada em diversos tipos de procedimentos eletivos, o que gerou uma demanda reprimida que desaguou a partir de 2021. Ainda de acordo com o as empresas, o prejuízo acumulado teria sido de R$ 18 bilhões entre 2021 e setembro de 2023. 

No entanto, segundo a própria ANS, “no primeiro trimestre de 2024, o setor consolidou sua recuperação, apresentando um resultado líquido acumulado em 12 meses de R$ 4,4 bilhões, completando quatro trimestres consecutivos de resultados positivos pela primeira vez nos últimos dois anos”. 

O advogado Rafael Robba, especialista nessa área e integrante do Grupo de Estudos Sobre Planos de Saúde do Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da USP, destaca que o cenário não é mais aquele de demanda reprimida e que os atendimentos já foram normalizados. 

Robba explica que, sobretudo nos últimos três anos, “as operadoras têm, por um lado, elevado o valor das mensalidades a patamares extremamente onerosos e, por outro, têm recusado os tratamentos e cancelado contratos que geram custos maiores. Tudo isso leva a crer que a intenção das operadoras é realmente aumentar o resultado financeiro, o lucro, e deixar de lado a qualidade e o compromisso com o atendimento”. 

O lucro, nesse caso, beneficia um setor que já é um dos mais polpudos e concentrados da economia brasileira. Pesquisa feita por Eduardo Magalhães Rodrigues, pós-doutorando pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), analisou as conexões acionárias em rede das 200 principais corporações atuantes no território brasileiro e que representam 63,5% do PIB.Nesse grupo, aponta, há 16 ligadas à área da saúde. 

“São empresas de planos médios, farmacêuticas e redes de drogarias. Dentre estas, sete, que nomeamos como as Sete Irmãs da Saúde (SIS), estão no topo da área da saúde privada (Rede D ́Or, DASA, Eurofarma, Notre Dame Intermédica, Amil, Hapvida e Aché Laboratórios) e, especialmente, também fazem parte do 1% que controla quase 1⁄4 de toda a economia corporativa brasileira. Quer dizer, em conformidade com a dimensão do controle acionário em rede, constituem um oligopólio não só no próprio setor, mas na economia como um todo”, destaca o estudo. 

Omissões e influência

Tamanho poder faz com que essas empresas dêem as cartas no jogo da saúde privada, sem que haja uma reação à altura por parte do poder público — considerando todas as suas esferas —, cujas estruturas e gestores, não raro, viram reféns dessas corporações. 

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), por exemplo, vem sendo criticada há anos por não exercer seu papel regulador como deveria. Atualmente, seu núcleo é formado por diretores nomeados ainda durante o governo de Jair Bolsonaro (PL) e cujos mandatos vão até 2025 ou 2026, com exceção do diretor-presidente, Paulo Roberto Vanderlei Rebello Filho, que fica até dezembro. 

“A ANS tem se omitido em muitas situações onde ela poderia e deveria agir, principalmente com relação à fiscalização quanto às recusas de tratamento, que são rotineiras. Ela também poderia fiscalizar e controlar melhor os reajustes dos planos coletivos, coisa que ela não faz, deixando as operadoras livres para reajustar as mensalidades a níveis extremamente elevados”, salienta Rafael Robba. 

Além disso, aponta, a ANS poderia “proteger os impervulneráveis com relação às rescisões contratuais, para não deixar que as operadoras cancelem contratos quando existem beneficiários em tratamento, internados ou com idade elevada”. 

CPI estacionada

A crítica à ANS foi unânime também durante audiência realizada no Senado no final de agosto. Na ocasião, os participantes ainda reforçaram o pedido para que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), instale uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar possíveis ilegalidades e abusos por parte das operadoras. 

No final de maio, após reunião com empresas do setor, Lira anunciou um acordo verbal para que os cancelamentos unilaterais de pessoas vulneráveis fossem suspensos. No entanto, na audiência pública de agosto, participantes relataram que a prática continua. 

A grave situação vivida por milhares de usuários dos planos de saúde e a adesão de 310 deputados favoráveis à abertura da Comissão — sendo que bastariam 136 assinaturas para isso — , ao que parece, não foram suficientes para fazer Lira dar prosseguimento à criação da CPI. A não instalação da Comissão fez com que a Associação Nenhum Direito a Menos (Anedim) acionasse o Supremo Tribunal Federal (STF), argumentando que se há assinaturas necessárias, não cabe ao presidente da Casa impedir a abertura. 

Na Câmara, ainda tramitam ao menos 270 projetos que sugerem alterações na Lei dos Planos de Saúde. O deputado Duarte Jr. (PSB-MA) é relator de uma proposta que os unifica e que poderá ser votada neste segundo semestre, conforme noticiado recentemente. 

A matéria propõe, entre outros pontos, que seja proibida a suspensão ou rescisão unilateral dos planos coletivos e que as operadoras sejam obrigadas a justificar a recusa a procedimento ou serviço.

A deputada Alice Portugal (PCdoB-BA) tem acompanhado a questão e é uma das autoras de pedido de audiência para tratar do tema com os setores envolvidos. “É dever do Poder Legislativo zelar pelo cumprimento da legislação que rege o setor de saúde suplementar e defender as milhões de famílias que sofrem constantes abusos nos momentos em que mais precisam do apoio do plano de saúde pelo qual pagam mensalidades escorchantes”, defende. 

A escalada no número de cancelamentos unilaterais por parte das operadoras também levou a Secretaria Nacional do Consumidor, vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), a investigar a situação.

Segundo o MJSP, até maio, o sistema ProConsumidor registrou 231 reclamações; o Sistema Nacional de Informações de Defesa do Consumidor (Sindec Nacional) teve 66 ocorrências; e a plataforma consumidor.gov.br recebeu 1.753 queixas sobre cancelamentos unilaterais de contratos. Há três meses, 20 empresas foram instadas a prestar esclarecimentos à Senacon. Em junho, a secretaria emitiu nota técnica com estudo a respeito da situação e com a posição colocada pelos planos. 

De acordo com o órgão, embora as empresas tenham respondido e destacado a legalidade dos cancelamentos unilaterais em contratos coletivos empresariais ou por adesão, assim como em situações de inadimplência nos contratos individuais ou familiares, muitas não forneceram dados suficientes para uma análise completa, por isso foram solicitadas informações adicionais.

O secretário Wadih Damous afirmou que a Senacon continuará acompanhando a situação e avaliando as medidas cabíveis para proteger os interesses dos consumidores afetados. Uma das medidas adotadas pela secretaria será a realização de uma audiência pública. Em nota sobre o tema, Damous destacou: “Estamos tomando medidas rigorosas para assegurar que esses abusos sejam coibidos e que os beneficiários tenham suas necessidades atendidas com dignidade e respeito”. 

Priscila Lobregatte Vermelho

Deputado Neto Evangelista rebate críticas da oposição na Alema

29-08-2024 Quinta-feira

Evangelista disse estranhar o comportamento de alguns parlamentares, que sempre comparam o governo atual com o antecessor

O líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado Neto Evangelista (União), rebateu, na sessão desta terça-feira (27), críticas do deputado Othelino Neto dirigidas ao governador Carlos Brandão (PSB), em razão das mudanças que promoveu na equipe do Governo do Estado. “É natural que o governo possa ter suas peças trocadas, como em todos os outros”, afirmou.

Evangelista disse estranhar o comportamento de alguns parlamentares, que sempre comparam o governo atual com o antecessor. “Fica tentando se criar uma situação que não existe, ou seja, de se jogar o governador Carlos Brandão contra o ministro Flávio Dino e vice-versa. Não é porque houve troca de cadeiras que, agora, vá se criar um clima de briga”, advertiu.

Reconhecimento

Evangelista fez questão de enaltecer o trabalho realizado pelo vice-governador Felipe Camarão (PT) na condução da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), substituído recentemente no comando da pasta por Jandira Dias. “Ao longo desses anos, Felipe Camarão prestou um grande serviço à educação de nosso estado. É uma justiça que a gente faz aqui e um reconhecimento”, enfatizou.

O líder do governo esclareceu que a secretária Lene, titular da Secretaria de Estado das Cidades (Sedes), que é um quadro do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), pediu para sair e foi substituída por um outro nome, também indicado pelo PcdoB. “Ficam o tempo todo querendo criar animosidades entre o governador Carlos Brandão e o ministro Flávio Dino. Acho que não é salutar para o Maranhão esse comportamento. Quando se tenta criar esse clima, tenta-se jogar contra o estado”, frisou.

Gestão acertada

Por fim,  Neto Evangelista disse que o governador Carlos Brandão tem acertado, tanto na parte da gestão quanto na parte política. “Não vejo nenhum gesto do governador Carlos Brandão que reflita uma postura de confronto com o ministro Flávio Dino. É importante a gente restabelecer a paz no Maranhão. O ano de 2026 está muito longe. Até lá, tem muita coisa para acontecer”, finalizou.

Campeão mundial paraolímpico de natação,Davi Hermes, inicia carreira de professor na Viva água

28-08-2024 Quarta-feira

O atleta paraolímpico, Davi Hermes de Oliveira, 21 anos de idade, iniciou na natação aos 3 meses de vida com a professora Denise Araújo, na Academia Viva Água e se apaixonou pelo esporte.

Com o apoio incondicional dos pais, George e Kledma, aos 15 anos já participava de competições nacionais ao lado de seu coach e amigo de todas as horas, Osvaldo Telles.

Davi foi conquistando títulos e angariando patrocínios inéditos para um atleta maranhense, atualmente é pentacampeão brasileiro de natação e em 2018 trouxe a medalha de campeão mundial de natação.

Como reconhecimento do seu extraordinário talento, Davi Hermes, foi o vencedor do Troféu Mirante Esporte em 2022 e 2023

Nova fase

Hoje, Davi inicia uma nova fase profissional, cursando o 6° príodo do Curso de Educação Física na Universidade Ceuma: foi aprovado para um estágio da graduação em Educação Física na Academia Viva Água.

“Não teria nada mais marcante do que iniciar com minha primeira professora de natação, Denise Araújo, na mesma piscina onde tudo começou: a natação para bebês.
Misto de nervosismo e excitação. Cresci nesta piscina e hoje pareceu a primeira vez que entrei nela!”, declarou o campeão Davi.


E concluiu: “Atentamente, observei tudo e busquei aprender com esta profissional que sempre acreditou em mim. Vamos em frente, minha eterna “tia” Denise, escrever juntos mais histórias…”


TSE recebe em média uma denúncia de propaganda irregular por minuto

28-08-2024 Quarta-feira

Nos últimos dez dias, o aplicativo Pardal, disponibilizado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), recebeu mais de 14 mil denúncias de irregularidades na propaganda eleitoral, o que dá, em média, uma denúncia por minuto.

A propaganda eleitoral começou oficialmente no dia 16 de agosto e deve seguir uma série de regras estabelecidas em resolução pelo TSE, seja nas ruas ou na internet, em especial no que diz respeito às redes sociais e utilização de ferramentas de Inteligência Artificial, por exemplo.

A maior parte das denúncias, até o momento, cerca da metade, diz respeito a campanhas para o cargo de vereador. A maioria foi no estado de São Paulo (2.891), seguido por Minas Gerais (1.605), Pernambuco (1.603) e Rio Grande do Sul (1.271).

O aplicativo Pardal – disponível para celulares com sistemas operacionais Android ou iOS (Apple) – existe desde 2012, sendo aprimorado desde então. “A principal novidade para este ano é o uso da ferramenta para denunciar desvios nas campanhas eleitorais na internet”, informou o TSE.

Poder de Polícia –  ideia do aplicativo é contribuir com o poder de polícia da Justiça Eleitoral, que pode determinar a retirada de circulação de qualquer propaganda irregular. Segundo o TSE, todas as denúncias são encaminhadas a um juiz eleitoral responsável para que tome providências.

Após fazer a denúncia, o eleitor recebe um número de protocolo e pode acompanhar o andamento por meio do Pardal Web. Qualquer pessoa que flagrar alguma irregularidade pode denunciá-la à Justiça Eleitoral por meio do aplicativo.

Agência Brasil destacou as principais irregularidades relativas à propaganda eleitoral. O eleitor deve ficar atento.

Além do Pardal, o TSE disponibiliza também o Sistema de Alertas de Desinformação Eleitoral (Siade), que pode ser acionado para denúncias não relacionadas necessariamente à propaganda, como casos de desinformação, ameaças e incitação à violência, perturbação ou ameaça ao Estado Democrático de Direito, irregularidades no uso de Inteligência Artificial (IA), comportamentos ou discursos de ódio e recebimento de mensagens irregulares.

Neto Evangelista destaca lançamento da Carteira de Identidade do Autista como um avanço na área

28-08-2024 Quarta-feira

O documento será emitido pelo Procon/MA, de forma digital e gratuita, podendo ser solicitado pela própria pessoa com TEA ou pelos seus responsáveis legais

Representando a Assembleia Legislativa do Maranhão, o deputado Neto Evangelista (União Brasil), participou, nesta segunda-feira (26), no Palácio dos Leões, do lançamento da Carteira de Identidade do Autista (CIPTEA). A solenidade, conduzida pelo governador Carlos Brandão, reuniu autoridades e representantes de entidades que defendem pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA).

A Carteira de Identidade do Autista será emitida pelo Instituto de Promoção e Defesa do Cidadão e Consumidor do Estado do Maranhão (Procon/MA), em parceria com a Agência de Tecnologia da Informação do Maranhão (ATI/MA), de forma digital e gratuita, podendo ser solicitada tanto pela própria pessoa com TEA, quanto pelos seus responsáveis legais.

O documento, além de facilitar a identificação de pessoas com TEA, vai garantir a prioridade nos atendimentos em serviços essenciais, especialmente nas áreas de saúde, educação e assistência social, nos setores públicos e privados.

“Esse projeto beneficiará muitas famílias atípicas em todo o Maranhão, porque não é só uma carteirinha, é um documento que vai permitir a construção de políticas públicas a partir de dados. O governador Carlos Brandão dá um passo importante e a Assembleia Legislativa está presente, trabalhando com projetos de lei e possibilitando ampla discussão para que possamos avançar nas políticas públicas voltadas para as pessoas com TEA”, observou o deputado Neto Evangelista, que tem como uma de suas bandeiras a luta em prol das pessoas com Transtorno do Espectro Autista.

A solicitação do documento pode ser feita tanto presencialmente (em São Luís somente na Unidade Viva/Procon do São Luís Shopping e, nos municípios, nas unidades do Procon) ou de maneira digital, acessando o aplicativo Viva/Procon. Após o envio da documentação, seja pela plataforma digital ou de forma presencial, o laudo médico e os dados fornecidos serão analisados em um prazo de até cinco dias úteis.

Conquista

O governador Carlos Brandão destacou que esta é uma grande conquista para as famílias atípicas e para as pessoas com autismo. “Essa carteira vai dar o direito a um atendimento diferenciado para as pessoas com TEA, não só no serviço público, mas também na iniciativa privada. E além disso, vamos ter o cadastro de todas essas pessoas, o que possibilitará desenvolvermos políticas públicas voltadas para o segmento”, afirmou.

O documento deverá conter, entre outros dados, informações como nome completo, filiação, local e data de nascimento da pessoa com TEA; número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF), tipo sanguíneo, endereço completo; fotografia no formato 3×4 e assinatura ou impressão; nome completo, documento de identificação, endereço, telefone e e-mail do responsável; identificação da unidade federativa, órgão expedidor e assinatura do dirigente responsável; dados de expedição e validade do documento.

Para a representante da Associação dos Amigos Autistas (AMA), Ana Lúcia Araújo Faray, a emissão do documento é uma vitória. “Para nós é muito importante, porque há muitos anos que a gente está lutando pela identificação dos nossos autistas e, agora, está acontecendo no Maranhão. É uma vitória da nossa luta pelos direitos de nossos filhos e eu agradeço ao governo do Estado e a todas as mães atípicas que estão unidas e lutando por esta causa”, disse.

Governo Lula reduziu óbitos entre indígenas em 33% no Território Yanomami

28-08-2024 Quarta-feira

Além disso, a desnutrição caiu em 71% enquanto as imunizações cresceram 105%. Dados foram apresentados em audiência pública na Câmara, na terça-feira (27)

Representantes de ministérios e órgãos do governo federal apresentaram nessa terça-feira (27), durante audiência pública da Subcomissão Especial que Acompanha as Ações do governo Lula na Terra Indígena (TI) Yanomami, números que comprovam uma redução significativa da crise humanitária que atingia essa etnia desde o governo passado. Entre os dados apresentados, a partir de ações do atual governo, houve redução de 33% do total de óbitos entre indígenas, chegando a 71% em casos de desnutrição, aumento de 105% na imunização e incremento de quase R$ 1 bilhão em recursos destinados a saúde indígena na região.

Segundo o Secretário de Saúde Indígena do Ministério da Saúde (SESAI/MS), Weibe Tapeba, houve um esforço grande do governo Lula para reverter o cenário de ‘terra arrasada’ nos serviços de saúde pública na Terra Indígena, que ocupa uma área de quase 10 milhões de hectares nos estados de Roraima e Amazonas. “O cenário era de crise humanitária e de desassistência sanitária na Terra Yanomami, causada pela invasão do garimpo ilegal. Sete estabelecimentos de saúde estavam fechados, com mais de 5 mil indígenas sem acesso à saúde, desabastecimento de medicamentos e de insumos hospitalares”, explicou.

Orçamento maior

Ele mencionou que, a partir do decreto de emergência sanitária de interesse nacional na TI – o 1º dessa modalidade na história do Brasil – foi possível obter recursos para avançar em ações no setor. Weibe Tapeba lembrou que o governo atual aumentou em quase R$ 500 milhões (para R$ 2,273 bi) o orçamento deixado para 2023 pelo governo passado (era de R$ 1,739 bi) a partir da suplementação de verbas pelo Ministério da Saúde. Para 2024, estão previstos no Orçamento da pasta cerca de R$ 2,773 bilhões.

“Esse é o maior orçamento da história da SESAI. Como secretário, digo que ainda é insuficiente pelo tamanho do passivo que temos. Porém, isso demonstra o compromisso do presidente Lula e do ministério comandado pela ministra Nísia (Trindade Lima) de reconstruir a Política Nacional de Saúde Indígena”, apontou.

Mais profissionais

O Secretário destacou ainda o aumento de 116,9% no número de profissionais de saúde no TI Yanomami. Em 2023, haviam 690 profissionais desse setor, sendo apenas 4 médicos para cerca de 32 mil indígenas. Em 2024, esse número aumentou para 1.497 profissionais de saúde, sendo 44 médicos. Dentre estes, 15 são especialistas. Além disso, o Ministério da Saúde implementou três centros de recuperação nutricional na região e o Hospital de Retaguarda, além da reforma do Hospital Universitário, com a ala dos povos indígenas, e ampliação do centro de referência.

Soma-se a isso, segundo ele, a construção/reforma de 11 Unidades Básicas de Saúde Indígena (UBSI) e outras sete UBSI que estão com reforma/construção em andamento.

Desnutrição

Além de as ações voltadas à saúde, o secretário Nacional de Direitos Territoriais Indígenas do Ministério dos povos indígenas, Marcos Kaingang, ressaltou o trabalho realizado pela força-tarefa do governo federal para combater a desnutrição entre o povo Yanomami.

“Dentro do Plano de Segurança Alimentar e Nutricional estão previstos para serem entregues 49.136 cestas de alimentos para no Território Yanomami. Fizemos um contrato de voos para o local que permite a entrega de até 8 mil cestas para os Yanomami, atingindo 306 comunidades. Além disso, também estão sendo entregues ferramentas e distribuídos kits de ferramentas agrícolas para recuperação de roças”, detalhou.

Desintrusão

O diretor da Casa de Governo em Roraima, Nilton Tubino, ressaltou que a ação do governo no auxílio aos indígenas Yanomami só foi possível com o combate aos garimpos ilegais na região. Chamada de desintrusão, essa ação consiste na retirada de não indígenas das TI homologadas. Tubino também informou que as Forças Armadas têm agido com poder de polícia na região, ao lado do Ibama, Força Nacional de Segurança e Polícia Federal, no combate a crimes ambientais e comuns.

“A área de atuação do garimpo abrange 26% da TI (10 milhões de hectares). Não é pouca coisa. São 2,6 milhões de hectares onde temos que atuar por acesso aéreo, porque não tem estrada para o território, e o meio fluvial só é usado quando o rio está cheio. E ainda assim, com grande dificuldade pela quantidade de pedras e por conter muitas cachoeiras”, explicou Tubino, que coordena a estrutura que integra 31 órgãos federais no apoio ao povo Yanomami e Ye’kwana.

O diretor de Proteção Ambiental do Ibama, Jair Schmitt, ressaltou que o trabalho contra o garimpo ilegal não tem trégua. Desde o ano passado, segundo ele, já foram realizadas 481 ações fiscalizatórias, lavrados 146 autos de infração e aplicados R$ 42,8 milhões em multas. Ele explicou ainda que 373 equipamentos foram apreendidos, outros 292 destruídos e 82 processos contra invasores foram julgados em última instância.

Segundo Schmitt, desde o ano passado houve redução de 85% na mineração ilegal no Território Yanomami.

Desafio

Para o deputado Nilto Tatto (PT-SP), coordenador da Bancada Ambientalista no Parlamento, o esforço do governo Lula em socorrer o povo Yanomami precisa ser reconhecido diante do cenário encontrado pelo atual governo e pelas dificuldades logísticas naturais da região.

“Todo mundo tem consciência do tamanho do território Yanomami, onde está localizado, e da invasão garimpeira de algumas décadas na região, que vai e volta, além da dificuldade do ponto de vista do Estado em cumprir (o que diz) a Constituição sobre a proteção desse território. O que temos que ver é a diferença de como se trata o problema agora. Talvez, pela 1ª vez na história, temos uma ação de governo estratégica coordenada entre vários ministérios e órgãos públicos”, pontuou.

Também participaram da audiência pública representantes do Ministério da Justiça e do Ministérios dos Direitos Humanos e Cidadania.

Do PT Câmara

Em Goiânia, governador Brandão participa da Feira Internacional de Comércio Exterior do Brasil Central

28-08-2024 Quarta-feira

O governador do Estado do Maranhão, Carlos Brandão, desembarcou nesta terça-feira (27) em Goiânia (GO), onde participa de atividades da Feira Internacional de Comércio Exterior do Brasil Central (Ficomex 2024), maior evento sobre mercado internacional do Brasil, que acontece até o dia 29 de agosto, no Centro de Convenções Goiânia. 

Como parte da programação da Ficomex 2024, o governador Brandão participa do Fórum dos Governadores do Brasil Central, que será aberto nesta quarta-feira (28). Mas o primeiro compromisso do governador Carlos Brandão em Goiânia foi um jantar institucional oferecido pelo governador de Goiás, Ronaldo Caiado, no Palácio das Esmeraldas, sede oficial do governo goiano. 

Durante o jantar, Caiado, que é presidente do Consórcio Brasil Central, deu as boas-vindas aos participantes da Ficomex 2024 e aos convidados para o Fórum de Governadores Brasil Central. O governador Carlos Brandão parabenizou a organização do evento e destacou a importância da troca de experiências entre os gestores estaduais e o estímulo a novos negócios com o mercado interno e externo.  

“Goiás mostra para o Brasil e para o mundo o que está acontecendo em cada um dos estados e como poderemos melhorar ainda mais. Esta é uma feira onde reunimos empresários de todo o Brasil e do mundo. É importante interagirmos não só com o Brasil, abrindo mercados de trabalho, gerando emprego e renda, mas também nos modernizando. É durante estas feiras que a gente toma conhecimento do que está acontecendo de mais novo, de mais eficaz, de mais eficiente, para implementarmos essas políticas em cada um dos nossos estados”, frisou Carlos Brandão. 

Pensada estrategicamente para ser realizada em três eixos – negócios, políticas públicas e educação -, a Ficomex 2024 reúne empresas, câmaras de comércio exterior, embaixadas, governos estaduais e federal, setor produtivo e terceiro setor, com o objetivo de impulsionar o comércio internacional nos sete estados que compõem o Consórcio Brasil Central (Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Maranhão e Rondônia).

“Não tenho dúvida que será um momento de novas conquistas, de ver aqui o que está acontecendo importante no Brasil e no mundo. Esse evento terá um grande destaque, não só em Goiás, mas no Brasil todo”, pontuou Carlos Brandão, que apresentará as potencialidades do Maranhão ao longo da feira. 

II Fórum de Governadores do Brasil Central

Com o tema “Comércio Exterior no Brasil Central: desenvolvimento e integração”, II Fórum de Governadores do Brasil Central destaca a importância de fortalecer a cooperação entre os estados do consórcio e promover uma maior inserção desses estados no mercado global, aproveitando as oportunidades que surgem em eventos internacionais como a Ficomex.

Já a Ficomex 2024 conta com uma programação que passa por palestras, painéis, workshops, rodadas de negócios, lançamentos e a presença de mais de 170 expositores. A programação completa do evento e o link para inscrição na feira estão disponíveis no site ficomex.acieg.com.br.

Iracema Vale participa do Encontro para Erradicação do Sub-registro de Nascimento no Maranhão

27-08-2024 Terça-feira

Iniciativa da Defensoria Pública do Maranhão (DPE/MA), reuniu representantes da justiça e de órgãos e instituições federais, estaduais e municipais

A presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, deputada Iracema Vale (PSB), participou, nesta terça-feira (27), do Encontro Estadual para Erradicação do Sub-registro de Nascimento, uma iniciativa da Defensoria Pública do Maranhão (DPE/MA), realizada no auditório Fernando Falcão, da Alema. O evento reuniu representantes da justiça e de órgãos e instituições federais, estaduais e municipais, destacando a importância do documento como um direito humano básico.

Iracema Vale ressaltou que o registro de nascimento é fundamental para que cada cidadão possa ter acesso a outros direitos, como saúde, educação e assistência social. “Infelizmente, ainda há, no Maranhão e em outras partes do Brasil, pessoas que vivem sem esse documento essencial, o que as coloca em uma situação de invisibilidade perante o Estado e a sociedade”, declarou.

A chefe do Parlamento Estadual destacou a Lei nº 11.961/2023, de sua autoria em parceria com a Defensoria Pública do Maranhão, que visa combater o sub-registro de nascimento.

“Essa legislação representa um passo importante em nossa luta, estabelecendo mecanismos que garantem não apenas o registro civil de nascimento para todas as crianças, mas também a busca por seus direitos mais básicos. A lei é um reflexo do nosso compromisso com os direitos humanos e a dignidade de cada maranhense”, afirmou.

Iracema Vale ressaltou que registro de nascimento é fundamental para que o cidadão possa ter acesso a direitos

Representando o Defensor Público-Geral, Gabriel Santana Furtado Soares, o 2º subdefensor-Geral, Paulo Costa, destacou que o Maranhão tem a maior taxa de sub-registro da região Nordeste, atingindo 5,36%. Segundo ele, as principais causas desse problema incluem a ausência paterna, falta de documentação dos pais, desinformação sobre a importância do registro e o prazo para realizá-lo, além da distância dos cartórios e a falta de condições financeiras para custear o deslocamento. 

“Precisamos unir esforços para enfrentar esses desafios e garantir que todos os maranhenses sejam registrados e, assim, reconhecidos como cidadãos plenos”, enfatizou.

Plano institucional

Durante o encontro, foi apresentado o Plano Institucional da Defensoria Pública do Estado do Maranhão para Erradicação do Sub-registro civil de nascimento. O plano pretende tirar da invisibilidade milhares de maranhenses que ainda não têm a documentação básica necessária para o exercício da cidadania.

Nos primeiros 12 meses de execução, foram realizadas capacitações com gestores e profissionais da rede de atendimento de todos os 217 municípios maranhenses.

O Plano prevê a realização de atividades em todo o estado, com foco nos municípios com menores índices de desenvolvimento humano. Os principais eixos de atuação incluem capacitação, adoção de protocolo de notificação permanente, campanhas e mutirões, criação de Comitês Gestores Municipais para ampliação do acesso à documentação básica e apoio à instalação de unidades interligadas em maternidades, além da assinatura de termos de cooperação técnica.

Lula anuncia Auxílio Gás para mais de 20 milhões de famílias até 2025

27-08-2024 Terça-feira

Trata-se do programa Gás para Empregar, que visa aumentar a oferta de gás natural e diminuir o preço ao consumidor final

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva encaminhou nesta segunda-feira (26) ao Congresso projeto de lei que prevê a ampliação do acesso ao Auxílio Gás para mais de 20 milhões de famílias até 2025. Hoje, já são atendidas com o benefício 5,6 milhões de famílias.

Trata-se do programa Gás para Empregar, que visa aumentar a oferta de gás natural e diminuir o preço ao consumidor final.

“Quando a gente resolve fazer uma política de gás, é porque o gás hoje tem que ser um instrumento da cesta básica do povo brasileiro, que muitas vezes não consegue comprar o botijão de gás, que sai da Petrobras a R$ 36 e é vendido em alguns estados a R$ 140, R$ 120, R$ 130”, disse Lula durante a solenidade de lançamento da Política Nacional de Transição Energética (PNTE).

    Para aprimorar a política vigente do Auxílio Gás, o projeto propõe aumento da disponibilização de recursos, que podem chegar a R$ 13,6 bilhões durante o ano de 2026. Em dezembro de 2025, serão atendidas mais de 20 milhões de famílias.

    “Ainda convivemos, infelizmente, com a face perversa da pobreza energética, que afeta principalmente mulheres e crianças, com consequências devastadoras para a saúde. O uso da lenha para cozinhar ainda é causa de mortes prematuras”, explica o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. “São famílias, em sua maioria, que vivem em locais afastados, como quilombolas e ribeirinhos. Essa proposta chega para nos ajudar a reverter esse quadro, combatendo a desigualdade social no país e levando mais dignidade e segurança para essas famílias.”

    PNTE

    De acordo com a pasta das Minas e Energia, a PNTE terá a participação da sociedade por meio do Fórum Nacional de Transição Energética (Fonte), onde serão ouvidos diversos atores públicos e privados para apresentar recomendações ao CNPE.

    O PNTE será articulado com outras iniciativas governamentais, como o PAC, o Plano Clima, a Nova Indústria Brasil e o Pacto pela Transformação Ecológica.

    São dois eixos. O primeiro de abordagem setorial, contemplando setores industrial, transportes, elétrico, mineral e petróleo e gás natural. O segundo de abordagem transversal, focado em marcos legais e regulatórios, combate à pobreza energética e desigualdades e ambiente atrativo para investimentos.

    Vermelho