Arquivo mensal: fevereiro 2023

Sessão solene marcará instalação da ‘Assembleia Itinerante’ na sexta-feira em Imperatriz

27-02-2023 Segunda-feira

A presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, deputada Iracema Vale (PSB), comandará, na sexta-feira (3), às 15h, na sede da Câmara de Vereadores de Imperatriz, a sessão solene de instalação da ‘Assembleia Itinerante’. A cerimônia contará com a presença de autoridades municipais, estaduais e federais, além de dirigentes da Alema e convidados.

Após a sessão solene, também sob o comando da deputada Iracema Vale, será realizada sessão ordinária de apreciação e deliberação de proposições pelos parlamentares.

Segundo o diretor da Mesa Diretora da Assembleia, Bráulio Martins, a última vez que a ‘Casa do Povo’ se instalou no município de Imperatriz foi em 2005, no período de 12 a 16 de setembro.

“É de fundamental importância que a ‘Assembleia Itinerante’ percorra todas as regiões para aproximar o Poder Legislativo Estadual dos cidadãos. Dessa forma, os parlamentares poderão ouvir mais de perto as demandas do povo, debater problemas e ampliar o conhecimento sobre a realidade”, afirmou Bráulio Martins.

Na ocasião, serão debatidos temas importantes e votadas matérias de interesse da população maranhense.

Congresso retorna com foco no comando de comissões e reforma tributária

27-02-2023 Segunda-feira

Disputa pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) movimenta a Câmara; grupo de deputados criado para dar celeridade à reforma tributária volta a se reunir

Os trabalhos no Congresso Nacional serão retomados nesta semana após 11 dias de inatividade devido ao Carnaval. O retorno será marcado pela disputa de comando das comissões das casas e pelo debate acerca da reforma tributária.

Na Câmara dos Deputados a principal disputa é pelo comando da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), mas também a de Educação, Meio Ambiente, Desenvolvimento Sustentável e pela Comissão de Fiscalização Financeira e Controle (CFFC). Todas são acompanhadas de perto pelo Partido dos Trabalhadores (PT), do presidente Lula.

Como principal Comissão da casa, a CCJ é disputada pelo PT e deve contar com apoio do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), uma vez que o partido apoiou sua eleição.

Geralmente as escolhas obedecem ao critério de proporcionalidade entre as bancadas. Nesse caso, isoladamente, o Partido Liberal (PL), do ex-presidente Jair Bolsonaro, teria vantagem, pois tem 99 deputados. A Federação formada por PT, PCdoB e PV vem na sequência com 80 deputados e o União Brasil em seguida com 59.

No entanto, apesar da maioria, o acordo com Lira, que passa pelo próprio PL, pode garantir a CCJ ao PT. As definições são realizadas pela reunião de líderes de bancada.

Na Câmara são 30 comissões, já no Senado são 14.

No caso do CCJ do Senado tudo indica que o senador Davi Alcolumbre (União), ex-presidente da casa, deve continuar por mais dois anos à frente da comissão.

O União Brasil forma com MDB, Podemos, PDT, PSDB e Rede tem o maior bloco do Senado com 31 representantes, enquanto PT, PSD e PSB tem o segundo com 28 parlamentares e a minoria é formada por PP, Republicanos e PL com 22.

Com as eleições o PL chegou a ter sozinho 15 cadeiras, porém as trocas fizeram com que o partido ficasse apenas com 12, sendo a segunda mais legenda atrás do PSD que atualmente conta com 15 nomes. Dessa maneira, o partido de Bolsonaro, que almejou a presidência do Senado vencida por Rodrigo Pacheco (PSD), pode ficar apenas com a Comissão de Assuntos Socais (CAS).

Reforma

Na principal proposta que deve permear os próximos passos do Congresso Nacional consta o avanço para implementação de uma reforma tributária. Um grupo de trabalho formado por 11 deputados federais deve retomar as atividades na terça-feira (28) e na quarta-feira (1) para o início da formalização de uma proposta.

O grupo tem o deputado Reginaldo Lopes (PT) como líder e a relatoria do deputado Aguinaldo Ribeiro (PP). É previsto que o trabalho seja concluído em 90 dias, período em que se realizarão audiências públicas e reuniões com as diversas instâncias interessadas.

O grupo deve analisar as propostas já encabeçadas pela equipe do ministro da Fazenda Fernando Haddad que entende uma reforma em duas etapas, uma para o primeiro semestre de tributação sobre o consumo e outra no segundo semestre voltada ao imposto sobre renda.

*Com informações Agência Brasil

Governo federal lança campanha para retomar índices altos de vacinação

27-02-2023 Segunda-feira

Presidente Lula recebeu a vacina bivalente contra a covid-19

O Ministério da Saúde lançou nesta segunda-feira (27) o Movimento Nacional pela Vacinação, uma campanha que tem como principal objetivo retomar índices altos de coberturas vacinais no Brasil, que estão em declínio há seis anos.

O lançamento da mobilização ocorreu durante evento em uma Unidade Básica de Saúde (UBS), no Guará, região administrativa do Distrito Federal, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da ministra da Saúde, Nísia Trindade. A solenidade também contou com a participação do vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, da primeira-dama Janja da Silva e da governadora em exercício do DF, Celina Leão (PP).

Brasília (DF) 27/02/2023 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministra da Saúde, Nísia Trindade, lançam o Movimento Nacional pela Vacinação. Na ocasião o presidente foi vacinado pelo vice-presidente, Geraldo Alckmin
Presidente Lula e a ministra da Saúde, Nísia Trindade, lançam Movimento Nacional pela Vacinação, no Guará, em Brasília. Fábio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

Desde 2016, a cobertura vacinal de diferentes imunizantes está bem abaixo de 95%, que é o índice recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). De acordo com dados do próprio Ministério da Saúde, a cobertura vacinal da população ficou em 66,06% no ano passado.

Em 2021, ano que registrou maior mortalidade pela pandemia de covid-19, esse indicador não passou de 61%. Em anos anteriores, ficou abaixo de 80%. A última vez que o país registrou índice satisfatório de vacinação foi em 2015, quando cerca de 95% do público-alvo foi vacinado.

“A gente tem que ter consciência de que o Brasil já foi o país campeão mundial de vacinação. Era o [país] mais respeitado do mundo pela capacidade das nossas enfermeiras e enfermeiros da injeção”, destacou Lula durante discurso de lançamento da campanha. O presidente fez um apelo para que a população atualize o calendário de vacinação.  

“É importante a gente garantir que as pessoas tomem a vacina para evitar desgraças maiores na vida da gente. Não querer tomar vacina é um direito de qualquer um, mas tomar vacina é um gesto de responsabilidade”, afirmou Lula, que ainda repudiou o negacionismo contra a eficácia dos imunizantes: “que a gente não acredite no negacionismo, nem bobagens que se fala contra a vacina”. A campanha será reforçada com inserções publicitárias nos meios de comunicação para estimular as pessoas a irem aos postos.

Quinta dose

Brasília (DF) 27/02/2023 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministra da Saúde, Nísia Trindade, lançam o Movimento Nacional pela Vacinação. Na ocasião o presidente foi vacinado pelo vice-presidente, Geraldo Alckmin
Presidente Lula recebeu a quinta dose da vacina contra a covid-19 do vice-presidente, Geraldo Alckmin – Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

Lula aproveitou a ocasião para tomar a quinta dose de vacina contra a covid-19 e chegou a exibir o seu cartão de imunização atualizado. Ele recebeu a injeção do vice-presidente Geraldo Alckmin, que é médico.  

“Eu tenho 77 anos e tomei minha quinta vacina. E se tiver a sexta, vou tomar a sexta. Se tiver a sétima, vou tomar a sétima. Eu tomo vacina porque eu gosto da vida, porque a vida é um dom maior que Deus nos deu”.

“Eu não posso compreender uma mãe que se recusa a levar o filho para tomar uma vacina contra uma paralisia infantil”, acrescentou o presidente.

Campanha

Na primeira etapa, segundo o Ministério da Saúde, a vacinação terá reforço de doses bivalente contra a covid-19 em pessoas com maior risco de desenvolver formas graves da doença. Estão incluídos neste público-alvo os idosos acima dos 70 anos, pessoas com imunossupressão, funcionários e pessoas que vivem em instituições de longa permanência, indígenas, ribeirinhos e quilombolas, totalizando cerca de 18 milhões de habitantes em todo o país. Segundo a pasta, cerca de 19 milhões de doses já foram distribuídas para os estados e o Distrito Federal. Mais adiante, a quinta dose deve ser oferecida a população entre 60 e 69 anos.

Para tomar a vacina bivalente contra a covid-19, que previne contra as variantes mais perigosas do vírus, é necessário ter completado o ciclo vacinal de quatro doses, respeitando um intervalo de quatro meses desde a última recebida.

Em março, o governo pretende expandir a dose bivalente para toda a população acima de 12 anos de idade. Já em abril, começa a campanha de vacinação contra a Influenza e, a partir de maio, o chamamento para atualização da caderneta de vacinação com todos os imunizantes previstos no calendário nacional de vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS).

Agência Brasil

“Se o governo tiver dificuldades, abre espaço para o golpismo, diz Flávio Dino

26-02-2023 Domingo

Estadão – Um mês e meio depois dos ataques às sedes dos três Poderes, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, disse que o golpismo no Brasil “sofreu uma derrota, mas não foi extinto”. Em entrevista ao Estadão, Dino afirmou que, se o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tiver problemas na economia, os atos antidemocráticos podem voltar à cena.

“A pergunta é: o governo Lula vai melhorar a vida do povo brasileiro? Se a resposta for sim, o golpismo tende a ser uma força declinante. Se o governo enfrentar dificuldades no resultado, aí abre espaço para a emergência do golpismo”, argumentou Dino.

O ministro revelou que um dos presos ainda em dezembro, na véspera do Natal, estava recebendo instruções para dar um tiro de fuzil no dia da posse de Lula, em 1.º de janeiro, e comparou ações da extrema direita no Brasil ao movimento nos Estados Unidos. “Assim como eles estão tentando retomar o espírito do Capitólio com (Donald) Trump, vão tentar retomar o espírito de 8 de janeiro com Bolsonaro”, disse Dino, numa referência ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está nos EUA há quase dois meses.

Os grupos extremistas estão voltando a se organizar nas redes sociais. Há receio de que esse movimento cresça quando Bolsonaro retornar ao Brasil?

Esse ethos golpista, terrorista, do vale tudo, continua aí, num estado de latência, eu diria. Ele pode emergir de novo? Em curto prazo, não creio. Mais adiante, acho que a chave está nas nossas mãos. A pergunta é: o governo Lula vai melhorar a vida do povo brasileiro? Se a resposta for sim, o golpismo tende a ser uma força declinante. Se o governo enfrentar dificuldades no resultado, aí abre espaço para a emergência do golpismo.

Como?

Basta você olhar, por simetria, o que acontece nos Estados Unidos. É quase um efeito rebote, um eco. Essa extrema direita brasileira age quase como espelho do que se dá nos Estados Unidos. Assim como eles estão tentando retomar o espírito do Capitólio com Trump, eles vão tentar retomar o espírito de 8 de janeiro com Bolsonaro. Terão espaço social? Hoje, não têm. Mais adiante, depende do desempenho do governo.

Principalmente da economia, não é?

Da economia, do social, da capacidade de distensionar relações, da cultura cívica. De uma forma geral, o governo deu boas respostas aos desafios que foram postos. Estamos atentos.

A investigação vai pegar a cadeia de comando dos atos golpistas de 8 de janeiro? Até agora os presos são os executores.

Não só. Tem algumas pessoas da cadeia de comando. O Anderson Torres (ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal) está preso. Sobre ele pesam acusações de que era um desses elos de comando.

Esse núcleo chega aos militares?

A Polícia Federal fez uma petição ao Supremo Tribunal Federal (STF) que pede diligências em relação a militares. Foi ouvido um policial federal que responsabilizou militares da ativa. Estavam no Palácio do Planalto, no dia 8 de janeiro. A PF me consultou e disse: “E agora?” Bom, a gente não vai fingir que isso não existe. O assunto foi submetido ao relator, o ministro Alexandre de Moraes. A priori, a competência sobre militares é da Justiça Militar.

Há no governo uma polêmica sobre isso, com potencial para se transformar em foco de tensão com o ministro do STF Alexandre de Moraes. Quem deve julgar?

A princípio, a Justiça Militar. Mas, se há crimes comuns, é possível separar. Deixa os crimes militares na Justiça Militar e os que não estão previstos no Código Penal Militar no Supremo, por conexão.

O presidente Lula está sob ameaça real?

Claro que hoje os cuidados são sempre maiores. Esse cidadão que está preso, da bomba do aeroporto no dia 24 de dezembro (George Washington de Oliveira Sousa), estava fazendo treino e obtendo instruções de como dar um tiro de fuzil de longa distância. Há um diálogo em que ele procura informações de qual o melhor fuzil, qual a melhor mira para tantos metros de distância.

Não fala o nome do presidente Lula, mas dá a entender…

Mas dias antes ele dá a entender, né? Porque pergunta: “Qual o fuzil que é mais adequado para tal distância?”; “E a tal mira?”. Aí o instrutor diz: “Não, essa mira é melhor”. Ou seja, havia atos preparatórios para a execução de um tiro, que ia ser um tiro no dia da posse de Lula.

Muitos no governo avaliam que uma eventual prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro pode fazer dele uma vítima, parecer uma perseguição política. Mas todos concordam que ele deve ficar inelegível. Qual é a sua avaliação sobre isso?

Eu não opino sobre isso porque não é uma decisão política. É uma decisão do Poder Judiciário.

Mas tem algo que justifique a prisão dele hoje?

Nesse momento, não. Mas sabe Deus o que essa gente fez. Então, quando os aliados dele dizem que ele está com medo de ser preso, é porque eles sabem alguma coisa que a gente não sabe ainda. Assim como quem não deve não teme; quem deve teme. Então eles devem saber o que eles fizeram no verão passado. Bolsonaro e os seus sabem o que fizeram no verão passado para ter tanto medo. Eu não sei o que vai aparecer ainda.

O ex-presidente está nos Estados Unidos, vai participar da Conferência Anual de Ação Política Conservadora, em Washington, no início de março. Ele não sabe quando volta…

Se o Bolsonaro voltar amanhã, ele vai ser preso? Não vejo por que, falando como jurista, como professor de Direito. Amanhã o Bolsonaro vai ser preso? Por quê? Hoje, faço questão de frisar, não há motivo. Agora, há um processo no Tribunal Superior Eleitoral sobre inelegibilidade, que obedece a outros critérios. Então, eu não vejo realmente esse risco. Agora, que ele está com medo, está. Por que ele está com medo eu não faço a menor ideia. Ele deve saber.

O nome de Bolsonaro já apareceu nos depoimentos sobre os ataques golpistas?

Quem colocou o presidente Bolsonaro no inquérito foi ele próprio, quando publicou aquele vídeo, e os aliados dele quando narraram aquela reunião no Palácio do então deputado (Daniel Silveira) com o senador (Marcos do Val), da qual nós não tínhamos conhecimento, para tramar… Bolsonaro publicou um vídeo (no Facebook, logo depois dos ataques golpistas de 8 de janeiro) e apagou depois. Esse vídeo ensejou que ele fosse para o inquérito (a postagem traz as frases “Lula não foi eleito pelo povo. Ele foi escolhido e eleito pelo STF e TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Formalmente, Bolsonaro figura como investigado no inquérito. Agora vieram esses dois senhores (Daniel Silveira e Marcos do Val) que dizem que tiveram uma reunião com o então presidente para tratar de uma tentativa de golpe de Estado. É importante esclarecer que, à luz da lei do terrorismo e do Código Penal, quando você trama você já está cometendo um crime.

Partidos de esquerda argumentam que a lei antiterrorismo não pode alcançar movimentos políticos e sociais. O sr. acha que é preciso mudar essa legislação?

Não acho que é preciso modificar a lei, mas, sim, entender bem o que nela está escrito. Não está dito lá que movimento social pode pegar uma bomba e explodir um prédio público. Então, do mesmo modo que eu digo que essa gente é terrorista, se amanhã um sindicato, uma entidade (de esquerda) colocar uma bomba para explodir um ministério, vou dizer do mesmo jeito que é terrorismo.

Depois que se tornou ministro, o sr. recebeu ameaças? Está andando com a segurança reforçada?

Infelizmente foi necessário reforçar a segurança por conta do desvario extremista. Então, em vários locais diferentes houve tentativa de agressão. Houve quatro episódios em sequência – na rua, no shopping, no prédio, no restaurante – de pessoas berrando, xingando, agredindo. Numa das ocasiões, num shopping aqui em Brasília, uma pessoa se identificou como CAC (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador), não sei se é. Ele foi muito intimidatório comigo. Eu ainda não era ministro, tinha sido indicado. Mas ele chegou em mim, com um tom muito ameaçador, (dizendo): “Desse jeito não vai dar. Por que essa perseguição? Assim, a gente vai ter que tomar alguma providência”. Foi preciso pessoas intervirem. Eu estava com crianças, filhos e sobrinhos. Um dos meus filhos tem seis anos. Imagine uma criança de seis anos assistindo àquilo, sem entender o que estava acontecendo.

O sr. possui 1 milhão de seguidores no Twitter. Tem pretensão de disputar a eleição presidencial, em 2026?

É muito difícil antecipar esse debate. Seria desrespeitoso com o cargo que ocupo e pretensioso pretender arbitrar o que será o Brasil daqui a quatro anos. É aquela frase do (ex-ministro da Fazenda Pedro) Malan: “Até o passado é imprevisível, imaginem o futuro”. Eu não tenho esse planejamento e acho que, nas condições atuais, o nosso candidato em 2026 é o Lula. Aí em 2030 é outra história, antes que você me pergunte (risos).

Deputados do PT vão começar a recolher assinaturas para uma proposta de emenda à Constituição que muda o artigo 142 da Constituição. O sr. é favorável a acabar com a Garantia da Lei e da Ordem (GLO) e a proibir militares de ocupar cargos civis?

O ministro do STF Gilmar Mendes foi consultado certa vez por um jurista da extrema direita que dizia que o artigo 142 autorizava um poder moderador. Ele respondeu: “Só uma hermenêutica de baioneta para dizer isso”. Se quiserem mexer para deixar mais claro, têm meu apoio, mas o 142 não admite a hermenêutica da baioneta. Agora, retirar totalmente a GLO me parece um pouco demais. Ela pode ter utilidade em crimes ambientais, por exemplo. Já a ocupação dos cargos civis pelos militares, para mim, é inconstitucional. Um civil pode ser designado comandante do Exército? Um civil pode ser designado diretor do Departamento de Engenharia do Exército? Não, porque a Constituição separa servidores públicos civis e militares.

O sr. é contra abolir a Garantia da Lei e da Ordem, mas foram essas operações que empoderaram os militares, não?

Isso aconteceu por uma lacuna. Estou propondo a Guarda Nacional justamente para suprir essa lacuna. Existe alguma força policial federal que faça policiamento ostensivo? Só a Polícia Rodoviária Federal (PRF) que faz policiamento ostensivo em rodovias federais. Eu podia colocar a PRF aqui na Esplanada? Não, aqui não é uma rodovia federal. A Força Nacional é transitória, temporária, precária. Ela não tem corpo próprio de policiais, é empréstimo das PMs. Ela já chegou a ter 2.500 integrantes; hoje, tem mil, dos quais praticamente 80% estão em operações em terras indígenas e na Amazônia.

Ministros dizem que a prioridade é a reforma tributária e a âncora fiscal. Eles consideram que tanto o pacote antigolpe proposto pelo sr. quanto a PEC sugerida por deputados do PT podem causar embate com militares. O sr. vê possibilidade de o governo vencer essas votações, caso cheguem ao plenário?

Historicamente, no sistema presidencialista, o Poder Executivo sempre tem muita força. E, além disso, quem não pauta é pautado. Essa visão, digamos tímida, de uma agenda legislativa, conduz a um desastre político, que é em vez de o governo pautar, ser pautado. Então, eu prefiro nesse aspecto um governo que tem um protagonismo elevado do que um governo que, por tibieza, não propõe uma agenda para o País. Quem conhece o Congresso sabe que atende a um ditame da sabedoria popular: cabeça vazia é a oficina do diabo. Então, se você não apresentar propostas importantes ao Congresso e à sociedade, é claro que aí o que toma conta é a fake news, é o delírio.

O sr. tem defendido a regulação das redes sociais. Acha que essas plataformas podem se tornar ameaça à democracia?

Elas são uma ameaça à democracia pela ausência da regulação. É como energia nuclear: salva vidas e também mata pessoas.

Sua proposta para endurecer a lei contra as mídias sociais pode ser incorporada ao projeto das fake news, que estende a imunidade parlamentar para plataformas online. O sr. concorda?

Eu sou contra. A imunidade, na Constituição, é restrita a opiniões, palavras e votos. Alguém vai dizer: “Mas hoje os mandatos são exercícios na internet”. O problema é que esses mandatos não estão no escopo da proteção constitucional. O projeto (das fake news) vai muito além. Espero que esse conteúdo não seja aprovado. Se for, acho que o Supremo Tribunal Federal vai voltar a uma interpretação mais restritiva, a do abuso da imunidade parlamentar. Uma coisa é imunidade para fiscalizar; outra é para cometer crimes, ameaçar ministros do Supremo, coisas que aconteceram no Brasil.

Quais os próximos passos da PF para evitar que garimpeiros retornem à terra indígena Yanomami?

Um garimpeiro desses, que está lá cavando buraco, ganha R$ 1 mil por semana, R$ 4 mil por mês, informal, claro, sem carteira assinada. Não há força humana que diga para ele “Amigo, olha, sai de lá e você vai ganhar R$ 600″, que é o Bolsa Família. O cara vai dizer: “Mas como?” Então, se você disser para o cara “Irmão, essa atividade vai ser legalizada e você vai ganhar um dinheiro de modo legal, lícito, sem risco de ser preso”, o cara topa. A questão que vai remanescer é uma investigação sobre quem financia e uma investigação sobre para onde o ouro vai. O problema social dos garimpeiros é para onde eles vão. Aí você pergunta: “E essas pessoas voltarão a cometer crimes lá em outro lugar?” A não ser que existam alternativas econômicas na Amazônia… Economia verde tem de deixar de ser apenas um discurso. Você teve uma resposta efetiva até hoje na Amazônia: chama-se Zona Franca de Manaus, que uma parte do empresariado odeia. Mas a Zona Franca, com seus inúmeros problemas, fez muito pela proteção da Amazônia porque gerou trabalho, emprego.

Mas qual é a estratégia para acabar com esse problema?

Essas milhares de pessoas que hoje vivem na Amazônia em torno de desmatamento, garimpo ilegal, invasão de terra, grilagem, precisam de um caminho para viver. A Amazônia é a região onde há os piores indicadores sociais do Brasil. Então, a abordagem policial não pode ser a única para o problema da Amazônia.

Estadão

Notícias da Famem: CGOA publica manual de procedimentos para envio sistemas DPISS

26-02-2023 Domingo

O Comitê Gestor das Obrigações Acessórias do ISSQN (CGOA) disponibilizou nesta quinta-feira, 23 de fevereiro, no site oficial do Comitê, o Manual de Procedimentos para o Envio de Sistemas para Homologação do Comitê Gestor das Obrigações Acessórias do ISSQN. A publicação está disponível na aba Documentos/Manuais. 

A Confederação Nacional de Municípios (CNM) destaca que o Manual traz orientações para que os contribuintes possam enviar os sistemas desenvolvidos para homologação pelo CGOA. As diretrizes para desenvolvimento dos sistemas estão parametrizadas pela Resolução CGOA 4, que regulamenta a obrigação acessória de padrão nacional, denominada Declaração Padronizada do ISSQN (DEPISS), destinada à declaração das operações de prestação de serviços e do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN) e pela Resolução CGOA 6/022, que estabelece os procedimentos de homologação dos sistemas eletrônicos de padrão unificado desenvolvidos pelos contribuintes.

A CNM alerta que o prazo para os contribuintes enviarem os sistemas se encerra em 16 de abril. Assim, a entidade orienta que o ambiente está apto para receber os mesmos.

Para mais informações consulte o site do CGOA ou entre em contato pelo e-mail: cgoaissqn@gmail.com

Da Agência CNM de Notícias

Projeto de Carlos Lula prevê criação do ‘Dia Estadual em Memória às Vítimas da Covid-19’

26-02-2023 Domingo

Para homenagear as vítimas da covid-19, o deputado estadual Carlos Lula (PSB) propôs um projeto de lei que institui o ‘Dia Estadual em Memória às Vítimas da Covid-19’, em 29 de março, dia em que foi registrado o primeiro óbito pela doença no Maranhão. Segundo a proposta do parlamentar, nessa data as bandeiras instaladas nos órgãos públicos deverão ser hasteadas a meio mastro, bem como prestadas honras às vítimas.

“Esse projeto é muito simbólico, pois o Brasil tem cerca de 10% dos óbitos do mundo em decorrência da covid-19 e no Maranhão, apesar de termos a menor taxa de mortalidade do país: perdemos 11 mil maranhenses nos últimos três anos. Mais do que simples estatísticas, os falecidos são nossos pais, irmãos, parentes e amigos queridos. Cada uma dessas vidas perdidas importa muito e jamais deve ser esquecida”, enfatizou Carlos Lula.

Primeiro caso

Neste domingo (26), o Brasil completa três anos do registro do primeiro caso de covid-19: um homem de 61 anos internado no Hospital Israelita Alberth Einstein com histórico de viagem à Itália.

Quem sobreviveu à doença destaca um misto de sentimentos variando entre a felicidade de estar vivo e o medo de contrair a covid-19 novamente. A empregada doméstica Andrelina Rodrigues, 62 anos, fala sobre o diagnóstico da doença em abril de 2021, mesmo tomando todos os cuidados recomendados para evitar a contaminação. Como já tinha hipertensão, uma das comorbidades de maior risco, seu quadro de saúde piorou e ela precisou ser internada no Hospital de Cuidados Intensivo, unidade de referência na capital maranhense.

“Passei cerca de oito dias internada e respirando com a ajuda de balões de oxigênio. A sensação era desesperadora em meio a tantas notícias de óbitos em decorrência da doença. Fiquei muito feliz em ter conseguido me recuperar e voltar para casa. Hoje, continuo tomando todos os cuidados. Já tomei até a quinta dose da vacina, pois tenho muito medo de passar por tudo isso novamente”, disse Andrelina Rodrigues.

Outras famílias passaram por momentos ainda mais difíceis com a perda de familiares em decorrência do novo coronavírus. “É uma falta que iremos sentir para o resto dos nossos dias. Perder pessoas tão queridas para uma doença, na época desconhecida, nos deixou com uma sensação de que algo mais poderia ser feito para salvarmos a vida deles. A covid-19 roubou muitas vidas, mas elas sempre serão lembradas nos nossos corações”, afirmou o designer Felipe Magalhães, que perdeu dois tios em decorrência da doença.

Números

Em 36 meses, mais de 674 milhões de casos do novo coronavírus foram notificados em todo o mundo, com o registro de 6.8 milhões de mortes. No Brasil, já foram notificados pelo Ministério da Saúde mais de 37 milhões, com quase 700 mil óbitos. Destes, mais de 490 mil casos e 11 mil óbitos foram registrados no Maranhão, estado brasileiro com menor mortalidade em decorrência da doença.

De acordo com o Painel Conass, o Brasil atravessou cinco ondas evidentes da covid-19. A primeira, em 2020, com o vírus original; a segunda, em 2021, com as variantes Delta e Gama; a terceira, quarta e quinta, em 2022, com variantes da Ômicron, que predominam entre os novos casos diagnosticados do vírus.

Nova campanha

No estado, a vacinação contra a doença entra em uma nova fase nesta semana. Os 217 municípios maranhenses iniciam a imunização com as doses bivalentes da Pfizer para a Campanha Nacional de Vacinação 2023. Os grupos prioritários serão os primeiros contemplados e devem ter recebido a última dose de reforço ou última dose do esquema primário (básico) com vacinas monovalentes há pelo menos quatro meses.

Conforme a Nota Técnica do Ministério da Saúde, a campanha será dividida em etapas:

1ª Fase – pessoas com 70 anos ou mais; pessoas vivendo em instituições de longa permanência a partir de 12 anos, abrigados e os trabalhadores dessas instituições; imunocomprometidos; comunidades indígenas, ribeirinhas e quilombolas.

2ª Fase – pessoas de 60 a 69 anos.

3ª Fase – gestantes e puérperas.  

4ª Fase – trabalhadores da saúde.

5ª Fase – pessoas com deficiência permanente.

Chacina de Sinop é mais um terrível legado do armamentismo bolsonarista 

26-02-2023 Domingo

Estados do MT, onde os crimes ocorreram, e MS tiveram mais de 56 mil armas registradas por CACs entre 2019 e 2022; aumento entre primeiro e o último ano do mandato de Bolsonaro foi de 1.010,4%

A cada dia, ficam mais evidentes os graves efeitos que a política e o discurso armamentistas de Jair Bolsonaro (PL) tiveram sobre o país. Se a sociedade brasileira já não era pacífica, com a facilitação de acesso a armas de fogo promovida pelo ex-presidente, aumentou o grau de violência e de letalidade em diversos tipos de ocorrências. O mais recente caso, com repercussão nacional, foi a chacina de Sinop (MT). 

No crime, ocorrido na terça-feira (21), sete pessoas foram mortas, uma delas uma adolescente de 12 anos, por Edgar Ricardo de Oliveira, 30, e Ezequiel Souza Ribeiro, 27, morto pela polícia. 

Edgar tinha registro de CAC (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador) e usou uma espingarda calibre 12 na chacina. Pelas redes, defendia a posse e porte de armas e, em foto que circula no noticiário, aparece com um boné em apoio à reeleição de Bolsonaro. Após os crimes, Oliveira teve seu registro suspenso e foi instaurado processo administrativo para cancelamento do mesmo. 

Ao comentar a chacina pelas redes sociais, o ministro da Justiça, Flávio Dino destacou: “Mais sete homicídios brutais. Mais um resultado trágico da irresponsável política armamentista que levou à proliferação de ‘clubes de tiro’, supostamente destinados a ‘pessoas de bem’ (como alega a extrema-direita)”.

Leia também: Cresce 24% número de mortes por armas de fogo de mão no Brasil

Crescimento dos CACs

A categoria dos CACs cresceu vertiginosamente durante o governo Bolsonaro a partir da publicação de dezenas de decretos e normas que, na prática, liberaram a compra de armas e munições em quantidades e com calibres completamente despropositados para o uso de um cidadão comum. 

Na verdade, durante o governo Bolsonaro, a categoria CAC serviu de “fachada” legal para que qualquer pessoa com interesse em ter uma arma de fogo pudesse justificar sua aquisição sem ter de provar sua real necessidade, como acontecia antes. 

A região militar que abarca os estados de Mato Grosso, onde ocorreu a chacina, e Mato Grosso do Sul teve, somente em 2022, 33.079 registros, quinto maior número do país, segundo essa divisão militar. Na dianteira está São Paulo, com 98.772, seguido da região de Paraná e Santa Catarina, estados com forte presença do bolsonarismo, com 86.282. 

Pegando os dois estados do Centro-Oeste como referência, o crescimento entre 2018, quando ainda não estavam em vigor as medidas de Bolsonaro, e o último ano de seu mandato, é alarmante. O número de registros saltou de 1.826 naquele ano para 33.079 em 2022, número 18 vezes maior do que o verificado há quatro anos. 

Somando os anos desde 2019 até 2022, foram mais de 56 mil armas registradas por CACs nos dois estados (MT e MS), média de 90 por dia. O aumento ocorrido entre primeiro e o último ano do mandato de Bolsonaro foi de 1.010,4%. Além disso, em 2022, foram abertos 38 clubes de tiro nos dois estados e emitidos mais de 22 mil certificados para CACs. Em todo o Brasil, foram 904 mil novas armas para essa categoria nos últimos quatro anos.  Esse conjunto de dados foi obtido pelo G1 via Lei de Acesso à Informação junto ao Exército. 

Enfrentamento

Para fazer frente a esse quadro de permissividade na compra de armas, o governo Lula tem se dedicado ao tema desde o primeiro dia de seu mandato. Um dos primeiros decretos assinados pelo presidente, o de número 11.366, suspendeu registros, restringiu a quantidade de armas e de munições de uso permitido e suspendeu a concessão de novos registros de clubes, escolas e CACs. 

Como desdobramento do decreto assinado no dia 1º de janeiro pelo presidente Lula, foi determinado pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, o recadastramento das armas adquiridas a partir de maio de 2019, que terão de ser registradas também no Sistema Nacional de Armas (Sinarm) da Polícia Federal. 

O período para recadastramento teve início no dia 1º de fevereiro e se estende até o final de março. Passado o prazo, o que não tiver sido recadastrado, será considerado ilegal e seus proprietários estarão cometendo um crime. 

“As pessoas não ficarão com armas ilegais no Brasil. Não ficarão. Porque a política vencedora nas urnas é de que acabou o liberou geral de armas no Brasil. Essa é a mensagem principal que eu gostaria de consignar”, disse o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino no dia 16. 

A partir de políticas de restrição ao acesso às armas e de medidas que reeduquem a sociedade para uma cultura de paz e respeito aos direitos humanos, espera-se que casos como o de Sinop e tantos outros que o país têm vivido fiquem no passado, juntamente com bolsonarismo. 

Priscila Lobregatte

Vereador propõe declarar Maria Firmina dos Reis patrona da educação ludovicense

26-02-2023 Domingo

A CCJ (Comissão de Constituição, Justiça, Legislação, Administração, Assuntos Municipais e Redação Final) da Câmara Municipal de São Luís (CMSL) analisa Projeto de Lei nº 0229/2022 que declara a professora e escritora Maria Firmina dos Reis como patrona da educação ludovicense.

De autoria do vereador Dr. Gutemberg Araújo (PSC), o texto — que tramita hoje apensado à proposição nº 0217/2022, iniciada pelo vereador suplente Marlon Garcia — aponta, na justificativa, que a professora, nascida na capital maranhense, em 11 de março de 1822, foi a primeira romancista brasileira e por consequente, pioneira no que diz respeito à crítica antiescravista.

“Maria Firmina dos Reis foi a primeira mulher aprovada em concurso público, para o cargo de professora, no Maranhão. O prestígio alavancado por sua carreira na docência foi o que possibilitou a publicação do romance Úrsula, em 1859, assinada sob o pseudônimo ‘Uma maranhense’. Diante do exposto, a Câmara Municipal, através deste Gabinete Legislativo, vem oferecer o devido reconhecimento, a importância de Maria Firmina dos Reis para literatura brasileira, mostrando de forma brilhante a opressão sofrida por negros e mulheres no Brasil no século XIX”, frisou parlamentar em trechos de sua justificativa.

Tramitação

A proposta segue sendo analisada, em caráter conclusivo, pela CCJ. Após o parecer do colegiado, a proposição estará apta para votação em plenário, sendo que não há prazo regimental previsto para a tramitação completa.

Caso seja aprovada pela maioria dos vereadores, segue para a sanção do prefeito para virar lei. Se for vetada, a proposição retorna para a Câmara dar a palavra final – se mantém o veto ou promulga a lei.

Biografia

Negra, filha de mãe branca e pai negro, registrada sob o nome de um pai ilegítimo e nascida em São Luís, no Maranhão, Maria Firmina dos Reis (1822 – 1917) fez de seu primeiro romance, Úrsula (1859), algo até então impensável: um instrumento de crítica à escravidão por meio da humanização de personagens escravizados.

Além disso, ela foi a pioneira no que diz respeito à crítica antiescravista.  A romancista também foi a autora do conto “A Escrava” (1887), cuja história é de uma mulher de classe alta sem nome que tenta salvar uma mulher escravizada. Ela também foi a primeira mulher aprovada em concurso público, para o cargo de professora, no Maranhão.  Anos depois, em 1880, obteve o primeiro lugar em História da Educação Brasileira, rendendo-lhe o título de Mestra Régia.

Maria Firmina também criou a primeira escola mista para meninos e meninas na comunidade de Maçaricó, município maranhense Guimarães, quando passou a lecionar para os filhos de lavradores e fazendeiros do povoado; contudo, a instituição, criada oito anos antes da Lei Áurea, não perdurou muito, pois foi alvo de críticas da época.

Inscrições para primeira seleção de 2023 do Prouni começam terça-feira

26-02-2023 Domingo

Programa oferece mais de 288 mil bolsas de estudo nesta edição

As inscrições para a primeira seleção de 2023 do Programa Universidade para Todos (Prouni) começam na próxima terça-feira (28) e vão até 3 de março. Serão ofertadas 288.112 bolsas, das quais, 209.758 integrais e 78.354 parciais. O resultado da primeira chamada está previsto para 7 de março.

O Ministério da Educação (MEC) publicou todas as informações sobre as vagas disponíveis para que os interessados em disputar uma bolsa possam consultar, com antecedência, as opções ofertadas para todo o país. De acordo com o MEC, são 14.346 cursos de graduação de 995 instituições privadas de ensino superior em todos os estados e no Distrito Federal. 

A consulta está disponível na página do Prouni, no Portal Único de Acesso ao Ensino Superior. A busca pode ser realizada por tipo de bolsa (integral e parcial), modalidade (presencial e a distância), curso, turno, instituição e localidade do campus. Os estados com maior número de bolsas ofertadas são São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Rio de Janeiro.

Quem fez as provas de 2022 ou de 2021 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) pode participar do Prouni – considera-se a edição em que o estudante tiver obtido a melhor média de notas. É necessário atingir, no mínimo, 450 pontos na média das notas e ter nota acima de zero na redação. Outra exigência é não ter participado do Enem na condição de treineiro.

Para obter uma bolsa integral, o candidato deve comprovar renda familiar bruta mensal, por pessoa, de até um salário mínimo e meio; e para a bolsa parcial (50%), a renda familiar bruta mensal deve ser de até três salários mínimos por pessoa da família.

Requisitos

O Prouni é um programa de acesso ao ensino superior que oferece bolsas de estudo integrais e parciais em instituições particulares de ensino superior para aqueles que nunca concluíram um curso de graduação.

Agência Brasil

Deputado estadual Rodrigo Lago reivindica recuperação de ponte no município de Viana

26-02-2023 Domingo

O primeiro vice-presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, deputado Rodrigo Lago, solicitou à Secretaria de Infraestrutura do Governo do Maranhão, em caráter de urgência, a reconstrução da ponte que liga a cidade de Viana aos povoados Progresso e Caranguejo. 

Devido às fortes chuvas, a via desabou na última quarta-feira (22), isolando centenas de famílias na região. “Fizemos o pedido à Sinfra do Governo do Estado, tendo em vista a necessidade de tirar do isolamento mais de mil pessoas que se encontram nessa situação, devido às fortes chuvas”, explicou Rodrigo Lago. 

O deputado foi acionado pelos ex-vices-prefeitos de Viana, Oliveira Junior e Marcone Veloso, que relataram o caso e pediram auxílio para o restabelecimento da circulação de veículos e pessoas entre os povoados e a sede do município.