27-12-2022 Terça-feira
Nunca uma cerimônia de posse presidencial contou com tantos chefes de Estado quanto a de Lula. A ideia é blindar evento de ameaças golpistas do bolsonarismo.
No próximo dia 1º de janeiro de 2023, a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva trará ao Brasil quase o triplo de delegações estrangeiras de alto nível do que se viu na última posse em 2019. Ao menos 53 delegações estrangeiras compostas por chefes de Estado, chefes de governo e ministros já confirmaram presença. Segundo o colunista do UOL, Jamil Chade, há uma preocupação articulada internacionalmente de “blindar” a cerimônia de posse contra ameaças e indícios de atentados da extrema-direita.
O número de delegações de alto nível é cerca de três vezes maior do que o de representantes que estiveram no país para a última posse, que aconteceu em 2019. Considerando as confirmações de todos os níveis, de embaixadores a presidentes, cerca de 120 países estarão representados na posse do Lula. É o maior contingente de personalidades estrangeiras, chefes de Estado, de governo, monarcas e ministros em uma posse na democracia no Brasil. De acordo com fontes estrangeiras do colunista, a presença de um número inédito de líderes na posse de Lula faz parte de uma ofensiva contra o golpismo.
Segundo apuração da reportagem, organismos estrangeiros estão monitorando com cuidado os incidentes ocorridos no último mês, atividade de células terroristas, grupos de aplicativos de mensagens, assim como o silêncio de Jair Bolsonaro (PL) em relação à violência provocada por seus apoiadores. Embora a equipe de Lula ainda não esteja no governo, estes organismos estrangeiros estão pressionando as instituições brasileiras para agir no combate ao terrorismo e golpismo do bolsonarismo.
O suposto alerta estrangeiro estaria em conformidade com diversas iniciativas ocorridas ainda antes da eleição de Lula, em apoio ao processo eleitoral brasileiro e condenando as acusações do bolsonarismo.
Cézar Xavier
