Arquivo mensal: outubro 2022

Bolsonaro dá chilique em coletiva após perder o debate para Lula

29-10-2022 Sábado

Sputnik – “Está me chamando de mentiroso? Então, vamos acabar por aqui”, disse Bolsonaro após ser questionado sobre uma declaração sua — classificada pelo repórter como “mentira” — quanto à visita de Lula ao Complexo do Alemão.

O presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) interrompeu bruscamente sua entrevista coletiva após uma pergunta de um repórter do jornal Folha de S.Paulo, nesta sexta-feira (28), ao final do último debate presidencial do segundo turno, na TV Globo, no Rio de Janeiro.

O jornalista questionava o presidente sobre uma declaração sua quanto à visita do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Complexo do Alemão, no Rio, durante a campanha.

Ao indagar por que Bolsonaro “insiste na mentira” de que Lula teria ido à comunidade a convite de traficantes, o presidente bateu na mesa e rebateu: “Está me chamando de mentiroso? Então, vamos acabar por aqui”.

O repórter afirmou que podia garantir que esta era uma “mentira”, e Bolsonaro se despediu e deixou a sala de imprensa, onde concedia entrevista.

Durante a coletiva, o presidente esteve acompanhado do seu ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, que voltou a se aliar a Bolsonaro nestas eleições, após deixar o governo em abril de 2020.

Lula optou por não conceder entrevista coletiva após o debate. O ex-presidente informou que falaria com a imprensa neste sábado (29).

O segundo turno das eleições ocorre no próximo domingo (30), entre às 8h e às 17h no horário de Brasília.

Lula supera Bolsonaro em debate e reforça favoritismo na reta final

29-10-2022 Sábado

Conforme pesquisa do AtlasIntel, realizada em tempo real enquanto acontecia o debate, 51,5% afirmaram que Lula venceu o duelo, contra 33,7% que indicaram Bolsonaro como o vencedor.

Não deu para Jair Bolsonaro (PL). Se o presidente dependia de um bom desempenho no debate da TV Globo para manter vivas suas chances de reeleição, coube a Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em noite inspirada, frustrar os planos bolsonaristas. O último encontro entre os candidatos ao Planalto, realizado nesta sexta-feira (28), nos Estúdios Globo, no Rio de Janeiro, terminou com clara vantagem para o ex-presidente.

Conforme pesquisa qualitativa do AtlasIntel, Lula superou Bolsonaro em cada um dos quatro blocos de confrontos diretos. Para avaliar o desempenho dos presidenciáveis, o instituto monitorou as impressões de cem eleitores indecisos durante o debate. Na média final, 51,5% afirmaram que Lula venceu o duelo, contra 33,7% que indicaram Bolsonaro como o vencedor. Outros 14,9% não sabiam opinar.

Outro levantamento, a cargo da Quaest Consultoria, comparou as menções aos dois candidatos nas redes sociais ao longo do debate. Com Lula, houve equilíbrio: 51% das citações foram positivas, e 49%, negativas. No caso de Bolsonaro, as menções negativas (64%) suplantaram as positivas (36%). Nem mesmo o poderio bolsonarista nas redes foi capaz de encobrir a noite infeliz do presidente na Globo.

Salário mínimo

A superioridade do petista ficou evidente já na primeira rodada de perguntas, quando Bolsonaro pôs em discussão uma das pautas que mais o prejudicaram neste segundo turno: o futuro do salário mínimo. “Ao longo dos últimos dias, Luiz Inácio, o seu partido foi com toda vontade, na televisão e nas inserções de rádio, dizer que eu não ia reajustar o mínimo, que eu não ia reajustar as aposentadorias – e também que eu ia acabar o 13º, com as férias e com as horas extras. Tu confirmas isso?”, questionou Bolsonaro, recorrendo a uma colinha em sua mão esquerda.

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Era a deixa para o presidente tentar negar essas ameaças – as quais, por sinal, foram gestadas no seio de seu governo. Estudo interno do Ministério da Economia estimou os impactos do congelamento do piso salarial dos trabalhadores – o documento falava em desatrelar a correção do salário mínimo da inflação anual. Para sorte dos brasileiros, a maldade do ministro Paulo Guedes foi revelada pela Folha de S.Paulo. Dias depois, o Estadão divulgou novos documentos do ministério que tratavam iguualmente de ataques a direitos trabalhistas.

Lula não apenas explicou esse dado constrangedor para Bolsonaro como também deu início à sua principal tática no debate: comparar o legado de seus dois governos (2003-2010) com a herança da gestão Bolsonaro (2019-2022). “Não sei o que nosso adversário está vendo porque a verdade nua e crua é que o salário mínimo dele hoje é menor do que quando ele entrou. A verdade é que durante o meu governo eu aumentei o salário mínimo em 74%”, disse Lula

“Ele (Bolsonaro) não aumentou o salário mínimo. Ele apenas concedeu a inflação e, em alguns anos, menos que a inflação”, lembrou o ex-presidente. “Agora é muito fácil chegar perto das eleições e prometer. Eu quero que o candidato diga claramente: por que, durante quatro anos, o senhor não aumentou o salário mínimo?”

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“Conversar com o povo”

Esta foi a tônica do debate na Globo. Mesmo quando a prerrogativa da pergunta estava com Bolsonaro, Lula respondia com firmeza e procurava emendar um questionamento para seu oponente. Quando o presidente insistia em voltar à pergunta original e cobrava resposta, Lula contornava a situação com habilidade: “Eu não vim aqui para responder para o candidato. Eu vim aqui para conversar com o povo brasileiro”.

No primeiro bloco, houve até um inusitado esclarecimento do apresentador William Bonner, depois que Bolsonaro insinuou uma tabelinha entre o ex-presidente e o jornalista: “Eu de fato disse, na entrevista do Jornal Nacional, que o candidato Lula não deve nada à Justiça. Mas, como jornalista, eu não digo coisas da minha cabeça”, declarou Bonner. “Eu disse isso baseado em decisões fundamentadas do Supremo Tribunal Federal.”

Lula, particularmente afiado nos dois blocos iniciais, emendava mais indagações a Bolsonaro a cada réplica. Foi assim que ele lembrou retrocessos do governo, em especial os cortes expostos na peça orçamentária de 2023, encaminhada pelo governo ao Congresso no último mês de agosto.

“Esse homem governou por quatro anos e não deu um aumento para merenda escolar, que hoje é de apenas 36 centavos”, disse o ex-presidente, num bloco. “Por que você cortou praticamente toda verba dos programas que protegem as mulheres da violência?”, emendou Lula, dois blocos depois.

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Gafe

Ao longo do debate, Bolsonaro abusou do vício de falar especificamente para sua bolha. A exemplo do que havia feito no debate da Band, em 16 de agosto, ele voltou a criminalizar moradores de favelas: “Lula, você esteve no Complexo do Alemão esses dias, não foi para ver o povo trabalhador, o povo ordeiro, 99% ou mais da população cidadãos de bem. Você esteve lá se encontrando com o chefe do narcotráfico, os chefões”, cutucou o presidente.

Detalhe: apesar de ter turbinado o Auxílio Brasil de modo temporário e oportunista, Bolsonaro continua esnobado pelo eleitor de baixa renda. Pesquisa Datafolha divulgada na quinta-feira (27) mostra que, entre aqueles que ganham até dois salários mínimos, a vantagem de Lula para Bolsonaro disparou em oito dias – de 57% a 37% para 61% a 33%. Nem esse revés pareceu o suficiente para poupar o presidente de uma nova gafe.

Lula, para todos efeitos, não passou recibo:  “Eu fui ao Complexo do Alemão visitar gente extraordinária, porque eu sou o único presidente da República que tem coragem e moral de entrar numa favela antes e depois, ser tratado como ser humano e tratar todo mundo com respeito. Todo mundo ali (é) gente trabalhadora extraordinária, gente que quer chance de estudar, gente que não quer ser vitimado pela polícia feroz”.

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Fake news

O ex-presidente, do alto de seu melhor momento em quatro debates eleitorais neste ano, continuou a ditar o ritmo do confronto, dominando a cena. Lula nem sequer permanecia no centro do palco enquanto Bolsonaro estava com a fala. Era um Lula diferente daquele que vimos no debate da Band.

Da parte de seu rival, não faltaram fake news. Sem provas, Bolsonaro acusou novamente Lula de apoiar o aborto, a legalização das drogas e a desmilitarização da polícia. Citando números fora de contexto, insinuou que seu governo foi mais bem-sucedido na questão ambiental do que a Era Lula. Não colou.

De resto, o ex-presidente manteve a calma e não deu corda à baixaria bolsonarista. Nos momentos em que o presidente trazia o tema da corrupção para o debate, Lula rebatia citando as inúmeras denúncias de rachadinhas e de compras de 51 imóveis em dinheiro vivo pela família do presidente. “O sistema está todo contra mim”, choramingou Bolsonaro. “Se você quiser um tempo, eu te dou um tempo. Descansa e conversa com a sua assessoria para a gente ver se faz um debate aqui pensando no futuro deste país”, respondia o petista.

É como se Lula, líder na pesquisa de intenções de votos, tratasse Bolsonaro como um personagem do poema de Affonso Romano de Sant’Anna: “Mentem partidariamente, / mentem incrivelmente, / mentem tropicalmente, / mentem hereditariamente, / mentem, mentem e de tanto mentir tão bravamente / constroem um país de mentiras diariamente”.

27,1 pontos de audiência

A dois dias da eleição, Lula se posicionou como o líder desse projeto de reconstrução nacional, legitimado para enfrentar e reverter os quatro anos de destruição sob Bolsonaro. O desempenho do ex-presidente no debate reforça seu favoritismo na reta final da disputa.

“A gente pode reconstruir este país, depende única e exclusivamente de você ir votar no domingo”, disse Lula, nas considerações finais. “Eu espero que tenha merecido a sua consideração e peço para você votar no 13. Vote no 13 para a gente poder voltar a consertar esse país, fazer o país crescer, gerar emprego, distribuir renda e o povo voltar a comer bem.”

Considerado o último grande evento desta campanha eleitoral, o debate na Globo alcançou 27,1 pontos de audiência média na Grande São Paulo, com pico de 29,6. O ibope, medido em tempo real pela Kantar, foi superior até ao da novela Travessia, que marcou 21 pontos, em média.

André Cintra

FENAJ orienta Sindicatos a reforçarem medidas para garantir a segurança dos jornalistas no 2º turno das eleições

29-10-2022 Sábado

Na reta final das eleições de 2022 e com os recentes episódios envolvendo apoiadores do atual governo e os trabalhadores da mídia, a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) emitiu comunicado aos Sindicatos de Jornalistas filiados, reforçando a necessidade de adoção de ações preventivas para garantir o exercício seguro do Jornalismo nos próximos dias, sobretudo no domingo de votação, dia 30 de outubro.

A entidade sindical orientou, mais uma vez, os Sindicatos de Jornalistas a disponibilizarem equipes de plantão, da sexta-feira (28/10) até segunda-feira (31/10), para atender as/os profissionais que venham a sofrer algum tipo de violência ou cerceamento ao exercício profissional.

Levando em consideração o risco de contestação do resultado das urnas e as ameaças às instituições democráticas, incluindo a imprensa, a diretoria da FENAJ alertou, em particular, os Sindicatos do Município do Rio de Janeiro (onde vota o candidato à reeleição Jair Bolsonaro), de São Paulo (onde haverá pronunciamento do candidato Luiz Inácio Lula da Silva) e do Distrito Federal (sede do poder central e local onde o atual presidente acompanhará o resultado do pleito) a reforçarem medidas de segurança, com especial atenção à cobrança dos empregadores sobre planos de cobertura e garantia de evasão da pauta em caso de risco à integridade física das equipes.

“Cabe destacar que, no primeiro turno, em função da atuação firme dos Sindicatos, registramos até o momento apenas um caso de violência contra profissionais do jornalismo, no interior de São Paulo”, afirmou a presidenta da FENAJ, Samira de Castro.

Confira as ações sugeridas para proteção e apoio às/aos jornalistas:

– Enviar ofício às empresas empregadoras, alertando para os riscos de agressões por parte dos apoiadores de Jair Bolsonaro, e solicitar a adoção de medidas protetivas, como por exemplo, o envio de equipes completas aos locais de votação e aos de concentração de eleitores (comitês, sedes dos partidos, locais de comemoração pública), a disponibilização de assessoria jurídica para as equipes em campo e a imediata autorização para que as/os jornalistas, em situação de perigo, se retirem da pauta;

– Solicitar ao Ministério Público do Trabalho (MPT) que envie notificação recomendatória a todos os veículos jornalísticos com medidas de segurança a serem adotadas na cobertura eleitoral, bem como solicitando que as empresas digam quais providências estão adotando;

– Comunicar às autoridades competentes casos de ameaças prévias a jornalistas e/ou veículos de comunicação;

– Divulgar orientações à categoria. Materiais sugeridos:

 – Orientar as/os trabalhadores agredidos a registrar Boletim de Ocorrência e comunicar imediatamente às chefias e ao Sindicato;

Observadores internacionais querem garantir transição de governo segura

29-10-2022 Sábado

O candidato a vice de Lula, Geraldo Alckmin, recebeu observadores e pontuou mecanismos que garantem transição democrática de governo em caso de derrota de Bolsonaro

O candidato a vice-presidente na chapa de Luis Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSB), disse nesta sexta-feira (28) que Jair Bolsonaro terá de cumprir a lei e garantir uma transição segura, caso Lula vença as eleições. O comentário foi feito durante encontro reservado com missões de observadores internacionais em São Paulo.

Pela manhã, Alckmin teve encontros com representantes da Organização dos Estados Americanos (OEA) e com uma comitiva do Parlamento do Mercosul (Parlasul). As duas organizações são parte das sete observadoras internacionais do segundo turno da eleição brasileira, que querem avaliar todas as denúncias de ameaças ao processo eleitoral, inclusive as vindas da parte de Bolsonaro.

Transição exemplar

Comissão de Observadores do Parlasul em reunião com o Datafolha para analisar pesquisas de intenção de voto

Durante a conversa com os membros do Parlasul, um dos delegados da missão se disse preocupado com a eventual transição de um governo Bolsonaro para um governo Lula. Como o atual presidente tem feitos questionamentos estapafúrdios a todo o processo eleitoral, questionando-o em caso de derrota, existe dúvidas como sua equipe vai se comportar em relação ao fornecimento de informações sobre as condições do governo até o final do ano.

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Em resposta, Alckmin afirmou que Bolsonaro vai ter de cumprir a lei – no caso, um decreto de Lula, editado em 2010, trata da atuação dos órgãos federais durante a transição, definindo o passo a passo do processo. Segundo ele, esta legislação está exemplificada pela transição do governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB) para o de Lula, no final de 2002.

Na época, os dois governos tinham equipes de transição que trabalhavam juntas e cuidavam especialmente de Orçamento, Banco Central e a relação Brasil-FMI, temas econômicos mais sensíveis, e complexos. Entre os tucanos quem colaborou foram Pedro Parente e Armínio Fraga.

No encontro com os observadores internacionais, Alckmin reforçou que quem perder as eleições precisa reconhecer o resultado das urnas no próximo domingo (30).

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Interferências no voto

Em vez de alarmar as autoridades estrangeiras, Alckmin procurou transmitir uma imagem de democracia sólida e preparada para os ataques que vem sofrendo. Questionado sobre a multiplicação dos casos de assédio eleitoral pelo país, disse que o povo brasileiro é inteligente, não cede a pressões e sabe que o voto é secreto.

Ele também avaliou que a oferta de transporte público pode ajudar a diminuir o problema da abstenção no segundo turno, um dos principais temores da campanha. A maior parte da abstenção no primeiro turno foi justamente de eleitores potenciais de Lula.

É sabido que costuma haver um crescimento de não comparecimento de eleitores, especialmente em Estados sem disputa de segundo turno, como Minas Gerais e Rio de Janeiro – segundo e terceiro maior colégio eleitoral do país, respectivamente.

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Alckmin lembrou que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) liberou o transporte público gratuito, mas ressaltou que a decisão é de cada governador e prefeito. Mas ele lamentou que não haja mecanismos mais sólidos para garantir a participação.

O ex-governador de São Paulo ainda comparou o baixo valor da multa por não votar (R$ 3,51) com os preços das passagens, que são mais elevados e pesam no bolso da população de baixa renda. “A multa é baixinha”, disse.

Visita a Bolsonaro

Os observadores também visitaram o Palácio da Alvorada para conversar com o presidente Bolsonaro na quarta (26). A conversa ocorreu poucas horas após entrevista coletiva concedida pelo candidato à reeleição sobre um suposto favorecimento da campanha de Lula em inserções de rádio do Nordeste. As acusações foram desmentidas pelo secretário de Comunicação do governo, após repercussões.

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O presidente da comitiva da OEA, Rubén Ramírez Lezcano, afirmou que discutiria as denúncias de desfavorecimento feitas por Bolsonaro com representantes das siglas na disputa presidencial e com o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes.

A OEA e o Parlasul integram o grupo das sete missões internacionais credenciadas pela Corte Eleitoral para acompanhar as eleições de 2022. A organização esteve no país no primeiro turno e Lezcano voltou a Brasília na quarta-feira para a segunda rodada.

Os observadores também se encontram com várias outras instituições e líderes políticos, que possam expressar a realidade sobre o processo eleitoral. É o caso de reuniões com o Procurador da Secretaria Especial Eleitoral do Ministério Público de São Paulo e organizações civis como a Conectas, a Abong, a Comissão Arns e o Instituto Vladimir Herzog, que têm feito denúncias internacionais contra o governo Bolsonaro.

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São sete entidades credenciadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) como observadores: Organização dos Estados Americanos (OEA), Parlamento do Mercosul (Parlasul), Rede dos Órgãos Jurisdicionais e de Administração Eleitoral da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (Roaje-CPLP), Carter Center, Unión Interamericana de Organismos Electorales (Uniore), International Foundation for Electoral Systems (IFES) e Transparencia Electoral.

A OEA enviou ao Brasil uma missão composta por 55 especialistas de 17 nacionalidades para fazer a observação das eleições gerais de 2022, assim como o Parlasul também teve a sua comitiva. Ao final, as comitivas entregarão um relatório preliminar com observações e recomendações tanto ao Brasil, quanto a outras instituições internacionais, “a fim de contribuir com o fortalecimento dos processos eleitorais” no país.

Cézar Xavier

Confira o que é proibido fazer no dia da eleição e as penalidades previstas na lei

29-10-2022 Sábado

Selfie na cabine de votação é uma das infrações mais comuns e a pena prevista é de até dois anos de detenção. Mas eleitor pode ir às urnas com a camiseta do partido ou do candidato, botons e bandeiras

Este ano, 156.454.011 brasileiros estão aptos a votar no dia 30 de outubro, data do segundo turno da eleição presidencial e de governadores de 12 estados. Mesmo quem não votou no 1º turno, no dia 2 de outubro, poderão ir às urnas para votar no segundo turno.

Para garantir o direito ao voto, todas as capitais do país e mais de uma centena de cidades do interior autorizaram o passe livre no dia da eleieção. Confira aqui onde tem passe livre. 

Confira o que é proibido fazer no dia da eleição

É proibido tirar selfie na cabine de votação. A Lei Eleitoral (Lei 9.504/97) proíbe o eleitor de portar aparelho de celular, máquinas fotográficas e filmadoras na hora de entrar na cabine, com o objetivo de preservar o sigilo do voto e impedir a troca do voto por vantagem financeira, entre outros esquemas ilícitos.

– A pena prevista é de até dois anos de detenção

A lei também proíbe pedidos de votos nas redes sociais, a chamada boca de urna. Tanto os candidatos quanto os eleitores ficam proibidos de fazer postagens no dia da eleição em seus perfis pessoais com o intuito de exercer influência perante o eleitorado.

Da mesma forma, é proibida a publicação de novos conteúdos com o intuito de promover candidatos, bem como o impulsionamento de uma postagem, prática que pode aumentar seu alcance original. A ressalva é para os conteúdos já publicados nos canais digitais.

– A pena prevista para estes dois crimes é de seis meses a um ano de detenção, além de multa.

É proibida a manifestação coletiva, com muitas pessoas usando uma vestimenta padronizada, o que caracterizaria propaganda irregular.

O que a lei permite

. Uso de camiseta em apoio a determinada candidatura,

. uso de broches e bandeiras.

Em ambos os casos, o eleitor tem de estar sozinho e calado. Não pode discursar para pedir votos nem defender seu candidato.

. A lei permite até as 22 horas do dia que antecede o pleito, a distribuição de material gráfico, caminhada, carreata, passeata ou carro de som que transite pela cidade divulgando jingles ou mensagens de candidatos.

Como denunciar

Para estimular a denúncia sobre crimes eleitorais, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) disponibiliza o aplicativo Pardal, que pode ser baixado gratuitamente nas lojas virtuais da Google e da Apple.

As denúncias enviadas pelo cidadão serão analisadas pelo Ministério Público que pode enviá-las à Justiça Eleitoral para julgamento.

CUT

Dia do Servidor e feriado de Finados alteram expediente na Câmara de São Luís

29-10-2022 Sábado

A Mesa Diretora da Câmara Municipal de São Luís, por meio da Resolução 008/2022, estabeleceu o funcionamento da Casa na próxima semana, definindo feriado e ponto facultativo.

De acordo com o documento assinado pelo presidente Osmar Filho (PDT), fica transferido o ponto facultativo do dia 28 (Servidor Público) para o dia 31 de outubro, segunda-feira. No dia 1º de novembro, terça-feira, será também ponto facultativo.

“Fica alterado o ponto facultativo do dia 28 de outubro de 2022 (sexta-feira, referente ao Dia do Servidor Público, para o dia 31 de outubro (segunda-feira) e decretar ponto facultativo no dia 1º de novembro (terça-feira) na Câmara Municipal de São Luís”, frisou o documento que foi publicado no último dia 18 deste mês.

Em razão disso, o expediente só voltará ao normal no Palácio Pedro Neiva de Santana, sede do Poder Legislativo ludovicense, nos dias 3 e 4 de novembro, respectivamente, quinta e sexta.

Lula: “Com harmonia, vamos reconstruir o país, gerar empregos e vencer a fome”

29-10-2022 Sábado

No último debate presidencial, Lula promete pacificar e fazer o país crescer em 2023. Nocauteado, Bolsonaro admite derrota e pede voto para deputado federal, confessando que nunca se sentiu presidente

A reconstrução do Brasil terá início neste domingo (30), nas urnas de todo o país, com um processo de pacificação nacional. Assim se dirigiu à Nação o ex-presidente Lula, no último debate presidencial, realizado nesta sexta-feira (29) pela Rede Globo. Lula afirmou que é preciso deixar para trás o tempo de ódio e violência bolsonarista e retomar a construção de um tempo de harmonia, com emprego, prosperidade e o fim da fome e da extrema pobreza.

Durante o debate, Bolsonaro se esquivou de todas perguntas e não explicou porque não governou nos últimos quatro anos. Ao final, nocauteado, o extremista admitiu a derrota e pediu voto para deputado federal, cargo que ocupou por 28 anos com a apresentação de apenas dois projetos no currículo. Ao fim, involuntariamente, Bolsonaro reconheceu que nunca honrou o cargo que ocupa.

“Os melhores momentos que esse país viveu nessas últimas décadas foi no tempo que eu governei esse país”, lembrou Lula, ao se dirigir ao povo brasileiro. “A cultura funcionava, a educação funcionava, o povo trabalhava, o salário aumentava”, destacou o petista. “Durante o meu período de governo, o salário aumentou todo ano acima da inflação, e a gente pode reconstruir esse país, depende única e exclusivamente de você ir votar no domingo”, pediu. “Votar no 13 para gente poder voltar a consertar esse país, fazer o país crescer, gerar emprego, distribuir renda e o povo voltar a comer bem”.

Lula começou o debate colocando Bolsonaro nas cordas ao perguntar porque o extremista de direita nunca aumentou o salário mínimo. “Durante quatro anos, ele governou o país e não deu 1% de aumento real para o salário mínimo”, observou. “Não deu aumento para a merenda escolar, que hoje é de apenas 36 centavos. Essa é a verdade, o povo sabe porque está sentindo na carne, está passando fome e desempregado”, atacou Lula. “A verdade é que o salário mínimo hoje é menor do que quando ele entrou. No meu governo, eu aumentei o salário mínimo em 74%.”

Bolsonaro mentiroso

Lula fez questão de lembrar que Bolsonaro mentiu no exercício do poder por pelo menos 6.489 vezes. “Só no programa de televisão dele ganhamos 6o direitos de resposta por conta das mentiras”, relatou. “A imprensa diz, textualmente, que o presidente é o maior mentiroso da história, fora a campanha”, desmascarou o ex-presidente. No debate, Bolsonaro mentiu o todo o tempo.

Lula desmentiu Bolsonaro sobre acusações de que o Bolsa Família era insuficiente para atender as famílias de baixa renda. “O Bolsa família era apenas um dos programas da política de distribuição de renda que fizemos”, explicou Lula. “Havia condicionalidades de a criança estar na escola, de tomar vacina, as mães fazerem tratamento para o parto, havia programa de compra de alimentos da agricultura familiar, Pnae, cisternas, Luz para Todos, era um conjunto de políticas públicas que fez com que, no meu governo, a economia vivesse um dos melhores períodos da história”, argumentou.

O petista deu o primeiro nocaute em Bolsonaro ao desmascarar o fato de que o Auxílio Brasil não irá continuar no ano de 2023, em caso de vitória do extremista nas eleições. “Bolsonaro não sabe o que é uma cisterna, o que é um cidadão ter luz pela primeira vez em casa e poder comprar uma máquina para fazer suco e ter uma forma de ter renda”.

Brasil empobrecido com Bolsonaro

No segundo bloco, Lula escolheu o tema Combate à Pobreza, e voltou a encurralar Bolsonaro, ao descrever como era a vida dos brasileiros quando foi presidente. “O povo brasileiro tinha dinheiro para comprar comida, para trocar de geladeira, de fogão, de máquina de lavar roupa, tinha dinheiro para viajar para dentro e para fora do Brasil”, contou o ex-presidente.

“Hoje, o Brasil está empobrecido. Hoje, li na Folha de S. Paulo, que existem 24 milhões de pessoas que não têm suficiente para comer em casa”, disse Lula. “Eu gostaria de perguntar ao presidente por que o povo ficou tão miserável depois que ele assumiu a Presidência”. Bolsonaro não respondeu e desviou o assunto citando dados do Ipea, instituto acusado de ter sido aparelhado para dar suporte às narrativas falsas do presidente.

“Nós sabemos é que tem 33 milhões de pessoas passando fome, que não tem o que comer em casa. E eu queria saber quando é que o presidente vai resolver esse assunto”, cobrou Lula, mas Bolsonaro fugiu novamente. “Porque o povo ainda está na fila do osso, ainda está comendo carcaça de frango, e o preço do alimento básico do povo está muito caro. É só ir no supermercado para ver”, insistiu Lula.

Previdência

Houve outro momento no qual Bolsonaro passou vergonha diante dos fatos expostos por Lula, caso da reforma da previdência. “Vocês fizeram uma reforma da Previdência, em 2019. Por acaso o Guedes te orientou o que vocês fizeram com o aposentado? Você sabe que vocês reduziram a quantidade de dinheiro que os pensionistas recebem?”, indagou Lula.

“Você sabe que aumentaram o tempo da mulher para se aposentar? Que reduziram o dinheiro dos aposentados e do trabalhador que trabalha o tempo inteiro? Se o Guedes não te falou, no intervalo, liga para ele, para ver porque o povo está passando fome”, aconselhou Lula.

LEIA MAIS: Conheça as propostas de Lula para o Brasil e o povo

Ao ouvir a desculpa esfarrapada de Bolsonaro de que não seria possível promover aumentos por “cláusula pétrea”, Lula retrucou: “Por favor, entra no Google. Pede para a sua assessoria entrar no Google e ver se o Guedes não falou que ia acabar com 13º e férias. Aliás, o que ele diz, você acredita”.

“O benefício para pessoas com deficiência passou de pouco mais de 30 dias para a pessoa receber para 446 dias. O benefício de acidente de trabalho passou de 25 dias para 212 dias. O amparo social ao idoso passou de 11 dias para 228 dias. Um trabalhador que poderia se aposentar com R$ 2 mil, hoje se aposenta com R$ 1.300”, revelou Lula.

“E um pensionista que ganharia R$ 2 mil, hoje ganha R$ 1 mil. É isso que você fizeram de reforma. Ou seja, é sempre em cima do povo pobre, do povo trabalhador. É por isso que o povo está com fome. É por isso que os R$ 600 não resolveram”, sentenciou. 

Desculpas ao Brasil

Lula encerrou o segundo bloco pedindo desculpas à população pelas sandices e destemperos de Bolsonaro, reforçando sua disposição em debater os grandes temas e desafios nacionais para melhorar a vida do povo, mesmo após ganhar direito de resposta por mais uma mentira dita por Bolsonaro sobre aposentados. “Eu, sinceramente, queria pedir desculpas à Rede Globo de televisão. Porque esse comportamento insano é o que vem governando o Brasil há praticamente quatro anos”, lamentou.

“Eu estou aqui para a gente discutir o seguinte: o que a gente vai fazer neste país? Eu vou começar a falar, a partir do próximo bloco, a falar de programa de governo. Eu vou dizer o que que eu vou fazer. Que tipo de política de desenvolvimento eu vou fazer”, apontou.

Negligência na pandemia

Lula voltou a cobrar Bolsonaro por sua negligência no combate à Covid-19. Ele gerou quase 700 mil mortos no país, negou vacina por 45 dias e a própria letalidade do vírus. Lula denunciou ainda que Bolsonaro esvaziou os recursos da saúde, a exemplo de programas como o Farmácia Popular, que perdeu 33% em recursos.

“Se ele tivesse seguido a orientação dos governadores do Nordeste, teríamos no mínimo 200 mil mortes a menos. Um dia vai bater na consciência dele a responsabilidade por pelo menos metade das mortes. Ele, desumano como é, não foi visitar uma pessoa que perdeu um parente”, lamentou o petista.

“Em seguida, Lula deu uma aula sobre políticas públicas voltadas para a área de saúde. “Os números do meu governo: 18 mil vagas pelo Mais Médicos em 3,9 mil municípios, 1.033 centros do Brasil Sorridente, 40,2 mil equipes do Saúde da Família, 2.525 ambulâncias e 583 UTIs pelo SAMU. O Orçamento da saúde aumentou 78% acima da inflação”, elencou, para desespero de Bolsonaro.

“Sabe o que Bolsonaro fez a mais? Comprou 35 mil caixas de viagra para Forças Armadas”, disse, finalizando com um agradecimento aos profissionais do SUS e sua atuação na pandemia.

Segurança pública e Roberto Jefferson

Lula refutou a tese preconceituosa de Bolsonaro de que só há criminosos nas favelas do país. “Fui ao Complexo do Alemão visitar gente extraordinária”, apontou Lula, “para tratar todo mundo com respeito, gente trabalhadora, que quer a chance de estudar, que não quer ser vitimado pela polícia”.

“Eu fiz a maior campanha de desarmamento do país. E no meu governo nós vamos distribuir livros, cultura. Acesso às coisas que educam, não que matam”, anunciou Lula.

Ele condenou a ligação tenebrosa de Bolsonaro com Roberto Jefferson. “Sabe qual o modelo de cidadão pacífico do Bolsonaro? O Roberto Jefferson, armado até os dentes atirando na Polícia Federal”, denunciou. “Bolsonaro mandou até seu ministro negociar para o Roberto Jefferson, seu amigo. Por isso ficou nervoso. Chegou a dizer que não tinha foto com ele, e a imprensa mostrou suas fotos com ele”, ironizou.

Cortes de verbas de programas para mulheres

Bolsonaro também não soube responder porque autorizou cortes de verbas de programas para mulheres. “Por que Bolsonaro cortou praticamente toda a verba dos programas que protegem as mulheres da violência?”, indagou Lula.

“Quem criou o ministério das Mulheres fomos nós. Quem fez o Minha Casa Minha Vida para mulheres fomos nós. Se teve um governo que cuidou das mulheres com respeito foi o nosso. As mulheres não podem ser vítimas de violências absurdas como são hoje”, justificou Lula.

Empregos

Falando sobre o desafio da geração de empregos no país, Lula criticou a precarização do trabalho do atual governo. “Mudaram a lógica da medição de emprego, colocaram o MEI como se fosse emprego, emprego informal como se fosse emprego. No meu tempo a medição de emprego era carteira profissional assinada”, alegou Lula. O petista assegurou que os empregos formais voltarão.

“Vou me reunir com governadores para estabelecer um programa de desenvolvimento do país”, reafirmou Lula. “Os prefeitos do Brasil sabem que nunca antes um presidente tratou eles com a dignidade que eu tratei. Tínhamos  uma sala para receber prefeitos. E isso nós vamos voltar a fazer, porque é na cidade que surgem os problemas do povo”.

“Nós geramos 22 milhões de empregos com carteira profissional”, lembrou. “Vamos rediscutir a CLT para que os trabalhadores não sejam tratados como escravos, eles têm o direito a segurança social, o que não têm hoje”, justificou. “O povo já viu o país crescer, gerar empregos. O que não dá é para acreditar em fantasias. O salário mínimo não teve aumento real em todo o mandato do Bolsonaro e agora ele vem com a cara de pau prometer que vai fazer. Não vai”.

Pedido final

O debate foi encerrado com um pedido final: “Eu espero que tenha merecido a sua consideração e peço para você votar no 13. Votar no 13 para gente poder voltar a consertar esse país, fazer o país crescer, gerar emprego, distribuir renda e o povo voltar a comer bem”.

PT

Ao lado de Brandão, Othelino e Ana Paula participam de ato pró-Lula em Santa Helena e Turilândia

29-10-2022 Sábado

O presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, deputado Othelino Neto (PCdoB), e a vice-prefeita de Pinheiro e suplente de senador eleito, Ana Paula Lobato (PSB), participaram, nesta sexta-feira (28), ao lado do governador Carlos Brandão (PSB), do ‘Arrastão do 13’ pelas ruas dos municípios de Turilândia e Santa Helena, na Baixada Maranhense.

O movimento foi organizado pelos prefeitos Paulo Curió e Zezildo Almeida em apoio à candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência da República. O arrastão partiu de Turilândia, cruzando a ponte sobre o Rio Turiaçu, em direção a Santa Helena, culminando em um grande ato político na Praça do Farol.

Othelino Neto disse que as multidões que têm marcado presença em todos os movimentos de apoio a Lula demonstram o desejo de mudança e de um Brasil melhor para todos.

“Foi com muito entusiasmo que unimos as populações das duas cidades, Turilândia e Santa Helena, neste grande ato político em apoio ao nosso presidente Lula. Tenho certeza que, neste domingo, 30 de outubro, daremos o grito de liberdade com a vitória de Lula 13!”, assinalou o parlamentar.

Na ocasião, o governador Carlos Brandão afirmou que o Time de Lula tem trabalhado em todo o Maranhão para contribuir com a grande vitória.

“Para a vitória ser completa, a gente precisa eleger o presidente Lula. E eu não tenho dúvidas de que o Lula, que já teve quase 70% dos votos no primeiro turno no Maranhão, agora vai chegar aos 80% e terá uma grande vitória”, declarou. Ana Paula Lobato destacou que o Maranhão e a Baixada estão com Lula. “Está cada vez mais perto de mostrarmos a força da Baixada Maranhense nas urnas, elegendo Lula presidente para que o nosso povo volte a ter dias melhores”, completou.

Lula encara o mentiroso compulsivo no último debate hoje (28) na TV Globo

28-10-2022 Sexta-feira

Diante de uma disputa extremamente equilibrada e totalmente indefinida, o grande evento desta reta final da eleição acontece nesta sexta-feira (28), na TV Globo, o debate que colocará os dois candidatos a Presidência da República, neste 2º Turno.

O atual presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), vão ficar frente a frente e o debate pode ser decisivo para a vitória de um dos lados.

Depois de não comparecer aos debates no SBT e na Record, Lula confirmou presença no embate na Rede Globo, logo após a novela Travessia.

O debate promovido pela TV Globo será dividido em quatro blocos, com duração total de 1 hora e 30 minutos. Diferentemente do debate do primeiro turno realizado pela Globo, em que os tempos de pergunta, resposta, réplica e tréplica eram determinados pela organização do embate, no confronto do segundo turno os dois candidatos estarão livres para administrar o tempo da forma que acharem melhor.

O primeiro bloco terá 30 minutos e cada candidato receberá 15 minutos para usar nas perguntas, respostas, réplicas e tréplicas. Este bloco será de tema livre. Já o segundo bloco terá 20 minutos de duração, que será dividido em duas rodadas de 10 minutos cada. Neste, cada candidato terá 5 minutos de fala em cada rodada para discorrer sobre temas definidos pelo jornalismo da emissora.

No terceiro bloco, Lula e Bolsonaro voltam a ter 30 minutos para falar livremente, sem tema pré-determinado. As regras deste bloco são as mesmas do primeiro. Por fim, o quarto bloco é o menor, com 10 minutos de duração. Cada candidato terá 5 minutos para falar sobre um tema específico. Antes do encerramento do debate, os presidenciáveis terão 1 minuto e 30 segundos, cada um, para as considerações finais.

Jorge Aragão

TV Assembleia da Alema amplia serviços jornalísticos e espaço no YouTube

28-10-2022 Sexta-feira

A TV Assembleia do Maranhão ganhou ontem um atestado de veículo de comunicação maduro e detentor de estatura e prestígio ao ultrapassar a marca de 130 mil inscritos no seu canal no YouTube, ingressando, já bem situada, no ranking das principais emissoras maranhenses com melhor desempenho nas redes sociais.

A conquista não caiu do céu nem foi dada de graça. É fruto de muito trabalho, de bons projetos e apostas bem alinhadas com a realidade de uma empresa de comunicação pública e relativamente jovem. Por trás das arrojadas e bem-sucedidas iniciativas está o jornalista Edwin Jinkings, diretor de Comunicação da Assembleia Legislativa, auxiliado pela jornalista Silvia Tereza, diretora-adjunta, e com o suporte de uma boa equipe de profissionais de Jornalismo e de suporte técnico.

O crescimento da emissora no YouTube é 100% orgânico e resultado de exibições de telejornal diário, reportagens especiais, programas, transmissões ao vivo das sessões plenárias, das audiências públicas e de eventos que realizados na instituição legislativa. Ações que mobilizam diariamente toda a equipe de profissionais da emissora, que se esforça para oferecer conteúdo jornalístico de boa qualidade aos internautas. 

Daí vem a explicação para o fato de que as visualizações dos vídeos da TV Assembleia já bateram a marca dos 23 milhões. Entre as reportagens mais assistidas no canal estão “Agosto Dourado”, que incentiva o aleitamento materno, com quase cinco milhões de visualizações, e “Tesouros do MA: conheça o Ritual da Menina Moça”, que mostra a tradição da nação indígena Guajajara, com mais de três milhões de visualizações.

Responsável direto pelo avanço produtivo da TV Assembleia, Edwin Jinking explica: “Alcançar esse público muito nos alegra. Isso é resultado, também, de um grande esforço da nossa equipe, que trabalha integrada e com muito profissionalismo. Quanto maior o alcance, mais levamos o nosso importante conteúdo para todo o Maranhão, outros estados brasileiros e a alguns países. Que venham mais seguidores”.

Silvia Tereza, que além de diretora adjunta é apresentadora do bem-sucedido programa de entrevistas “Direto ao Ponto”, avalia que o profissionalismo e o alto nível de comprometimento de toda equipe da TV Assembleia são pontos chaves para o crescimento do espaço da emissora no YouTube: “O canal da TV Assembleia do Maranhão no YouTube está entre os que têm o maior número de seguidores ou inscritos em relação às demais emissoras do estado. Isso se deve ao nosso volume de transmissões, lives, que cresceu nos últimos cinco anos, e, também, ao potencial dos vídeos de reportagens e produções do nosso veículo legislativo”.

Vale registrar que as inovações que estão dando estatura à TV Assembleia são inteiramente avalizadas pelo presidente do Poder Legislativo, deputado Othelino Neto (PCdoB), que é jornalista por formação, sabedor, portanto, da importância de uma emissora dessa natureza.

Repórter Tempo