Arquivo mensal: setembro 2022

Lula: “Não é possível ver gente querendo construir uma supremacia branca”

27-09-2022 Terça-feira

Em encontro com representantes do esporte no Brasil, Lula lamenta que o país esteja vivendo um tempo mais violento de racismo e ressalta a importância da consciência política, por meio da prática esportiva

Na manhã desta terça-feira, 27, o ex-presidente Lula se reuniu com representantes do esporte no Brasil, incluindo atletas, ex-atletas, jornalistas, profissionais e dirigentes. No encontro, Lula lamentou que brasileiros e brasileiras vivenciem um momento mais violento de racismo no país.

Durante o evento, que também contou com a participação da presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, Lula defendeu que dirigentes dos clubes devem ter mais abertura política para conversar com os atletas jovens.

Ele ressaltou que é preciso combater, diariamente, o racismo e que a juventude precisa aprender e ter conscientização sobre os problemas sociais do país.

“Estamos vivendo um tempo de racismo mais violento do que tempos atrás. Falta ainda um pouco de consciência política para que passem a mensagem para o restante da sociedade brasileira. Não é possível que ainda tenha gente querendo construir uma supremacia branca”.

Lula também criticou os meios pelos quais o racismo ganha força e atravessa fronteiras com o recurso do celular.

Revolução na arquitetura brasileira

Outra problemática destacada por Lula é a arquitetura das escolas brasileiras, que não contribuem para uma vivência multidisciplinar com o esporte. Além disso, enfatizou que é necessária uma proposta que mude o conceito nas escolas e que coloque o esporte como instrumento para cuidar da saúde de uma parte da sociedade, com segurança e formação da creche ao ensino fundamental.

“É preciso fazer uma revolução na arquitetura brasileira. É um monte de concreto, vertical, com uma quadra sem rede. Precisamos começar a mudar o conceito das nossas escolas, como instrumento de multidisciplinaridade. Precisamos mudar as nossas escolas e a cabeça dos nossos prefeitos. O problema é quando vai fazer o orçamento da estrutura. Tem de mudar o conceito de gastos para investimentos”.

Lula relembrou que nunca houve investimentos na história do Brasil no esporte como houve nos governos do PT. E afirmou que haverá conferências para definir a qualidade da política pública que e é possível fazer melhor e com mais rapidez.

“Não sou especialista em nada e tenho vontade de fazer tudo. É o momento que vocês nos digam o que devemos fazer. É preciso que o Estado e os entes federados entrem em acordo na mudança de padrão para que possamos acreditar na prática do esporte”.

Leia também: Lei de Incentivo de Esporte de Lula deu novo rumo à vida dos atletas do país

Esperança e democracia

A ex-jogadora de Seleção feminina de futebol Andreia Rosa destacou durante o evento que apoia Lula por ter “esperança” em um país” mais democrático”.

“O senhor vê as pessoas com um coração mais aberto, trata as pessoas igual, independentemente de gênero e de outras coisas. Para mim, é um privilégio muito grande”.

Entre os atletas que participaram do encontro, estavam o ex-jogador de futebol Walter Casagrande e o medalhista olímpico de taekwondo Diogo Silva.

Leia mais: 13 motivos para Lula voltar a ser presidente do Brasil

Durante o ato, também foram exibidos vídeos de ex-atletas como ex-jogadores de futebol Juninho Pernambucano e Raí, além da nadadora olímpica Joana Maranhão.

O ex-jogador Walter Casagrande afirmou acreditar em Lula desde a década de 1980 e disse ser preciso defender a democracia. “E estaremos sempre ao seu lado, sempre”.

Pesquisas são unânimes em apontar vitória de Flávio Dino ao Senado Federal

27-09-2022 Terça-feira

Em véspera de eleição, a prudência manda que se evite cantar vitória antes da hora, porque a regra pregada pela experiência diz que eleição só se ganha depois dos votos contados. Porém, como toda regra tem exceção, não é exagero nem precipitação prever que a disputa para o Senado no Maranhão está decidida, com a virtual eleição do ex-governador Flávio Dino (PSB).

Essa previsão tem como pilares as mais de duas dezenas de pesquisas feitas durante o ano eleitoral, iniciado em outubro do ano passado, as quais, sem qualquer exceção, previram que o candidato do PSB deve sair das urnas autorizado a representar o Maranhão na Câmara Alta durante os próximos oito anos.

O arremate dessa previsão veio com a pesquisa Escutec, divulgada domingo, informando que Flávio Dino tem 57% das intenções de voto, enquanto seu principal adversário, o senador Roberto Rocha (PTB), candidato à reeleição, tem 25%. Os demais candidatos aparecem assim: Ivo Nogueira (DC) com 4%, Saulo Arcangeli (PSTU) com 2% e Antônia Cariongo (PSOL) com 1%. Indecisos somam 11%.

O ex-governador Flávio Dino caminha para o Senado embalado por um lastro que construiu com uma trajetória politicamente correta: liderou um movimento de renovação política, realizou um bom, limpo e diferenciado Governo, manteve a coerência quando optou por apoiar o vice-governador Carlos Brandão (PSB) na corrida sucessória estadual, conseguiu remontar em grande medida a aliança que o levou ao poder, ganhou estatura debatendo os problemas nacionais, foi uma das vozes mais ativas na oposição ao presidente Jair Bolsonaro e seu Governo, e foi linha de frente na articulação da candidatura do ex-presidente Lula da Silva (PT). Em resumo, Flávio Dino vem se consolidando como líder, atuando em todas as frentes sem abrir mão das suas convicções.

Respeitado nacionalmente pela sua trajetória como juiz federal, deputado federal e governador do Estado eleito e reeleito, Flávio Dino poderá, se confirmada sua eleição, chegar a Brasília com cacife poderoso: se Lula da Silva for eleito presidente, como indica o cenário desenhado, ele está entre os nomes relacionados pelo presidente eleito para o ministério, estando cotado para a pasta da Justiça. Na remota eventualidade da reeleição do presidente Jair Bolsonaro, será uma das mais ativas vozes de oposição no Congresso Nacional.

Mesmo levando em conta as cautelas e o elevado grau de imprevisibilidade das disputas eleitorais, parece impossível e improvável que o senador Roberto Rocha reverta esse cenário, mesmo tendo o apoio velado do presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) e de três candidatos a governador – Weverton Rocha (PDT), Lahesio Bonfim (PSC) e Edivaldo Holanda Jr. (PSD) –, que formam a base bolsonarista no estado, na mais estranha equação político-partidária-eleitoral já montada no Maranhão. No entanto, o senador petebista faz uma campanha na qual destaca o apoio dos candidatos a governador, mas não se assumiu como representante de algum candidato a presidente do Maranhão. Faz de conta de que nada tem a ver com o presidente Jair Bolsonaro nem com candidato do PTB, Padre Kelmon.

Não há na história recente do Maranhão registro de um candidato a senador que pega carona nos palanques de três aspirantes aos Leões e faz de conta quer não tem candidato presidencial, mesmo estando evidente que ele tem. Tal postura só é explicada pelo fato de o presidente Jair Bolsonaro ser rejeitado pela esmagadora maioria do eleitorado maranhense, segundo contam as pesquisas, e do candidato petebista Padre Kelmon ser uma aberração política.

Os demais candidatos estão participando democrática e saudavelmente do processo eleitoral, vendendo seus peixes programáticos, mas sem qualquer possibilidade de quebrar a polarização Flávio Dino/Roberto Rocha, e menos ainda de mudar a tendência de eleição do ex-governador.

Em Tempo: o levantamento, registrado na Justiça Eleitoral sob o número MA-4989/2022, ouviu 2 mil eleitores entre os dias 19 a 25 de setembro, em 70 municípios. O grau de confiabilidade é de 95% e a margem de erro é de 2,19%, para mais ou para menos.

Nova pesquisa telefônica do instituto FSB aponta vitória de Lula no primeiro turno.

27-09-2022 Terça-feira

Nova pesquisa telefônica do instituto FSB, encomendada pelo banco BTG Pactual para presidente da República, divulgada nesta segunda-feira (26), aponta a possibilidade de vitória do ex-presidente Lula (PT) no primeiro turno.

Segundo os números de mais esta sondagem junto ao eleitorado, considerado apenas os votos válidos, o líder petista, em crescimento, tem agora 48% das intenções de votos contra 37% de Bolsonaro, que continua estagnado. Ciro tem 8%, Simone 5% e os outros candidatos somam 3%.

A pesquisa ouviu 2 mil eleitores por telefone entre 23 e 25 de setembro. A margem de erro é de dois pontos percentuais e o intervalo de confiança é de 95%. O levantamento está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-08123/2022.

Hildo Rocha recebe apoio à sua reeleição em Cantanhede

27-09-2022 Terça-feira

Mais uma vez, a população de Cantanhede mostrou que reconhece a importância do trabalho realizado pelo deputado federal Hildo Rocha em prol do desenvolvimento do município. O parlamentar participou de uma grande caminhada é um grande comício.

O evento, organizado pelo prefeito Zé Martinho, foi prestigiado pelos vereadores Décio, , Jacó, Natinho, Manoel Veras e Betânia. Também participaram do ato vários secretários municipais, o prefeito de Matoes do Norte e ex-vereadores do município.

Laços históricos com a população cantanhedense

Hildo Rocha lembrou que sua vitoriosa trajetória política começou em Cantanhede, onde ele ocupou os cargos de vereador, presidente da Câmara e prefeito por dois mandatos consecutivos.

“Sou muito grato ao povo de Cantanhede porque aqui sempre recebo muito carinho, esta é a terra que me proporcionou a oportunidade de entrar para a política. Se eu não tivesse exercido os cargos públicos que exerci nesta cidade eu não teria tido a oportunidade de conquistar outros cargos públicos importantes como os de Secretário de estado e, posteriormente, de deputado federal por dois mandatos”, comentou.

Deputado das comunidades mais humildes

Hildo Rocha enfatizou que, além de se dedicar à tarefa de propor leis e contribuir para o aprimoramento da legislação vigente, ele trabalha muito com a finalidade de proporcionar benefícios para comunidades mais humildes do Maranhão.

“Hildo Rocha é o deputado que traz benefícios para as comunidades. É o asfaltamento; é a casa de farinha, que vai servir ao agricultor familiar; é o trator, que vai trabalhar para os pequenos produtores rurais; é implantação de sistemas de abastecimento, que levam água nas casas. Eu não tenho coragem de comprar a consciência de ninguém eu não nasci pra isso, eu nasci pra ajudar a população mais carente do nosso estado”, explanou Hildo Rocha.

TV Mirante realiza hoje, às 22h30, último debate com candidatos a governador do MA

27-09-2022 Terça-feira

Com a presença garantida de Carlos Brandão (PSB) no segundo turno, conforme atestam os institutos de pesquisas que foram a campo aferir a tendência do eleitorado para o pleito do próximo domingos, dia 2 de outubro, Edivaldo Holanda Junior (PSD), Weverton Rocha (PDT) e Lahésio Bonfim (PSC) devem apostar suas últimas fichas no debate entre os candidatos ao governo do estado que a TV Mirante realiza nesta noite de terça-feira (27), 22h30, após a novela Pantanal.

Emissora campeã de audiência no Maranhão, os debates promovidos pela TV de propriedade da família Sarney sempre despertaram a atenção de um grande público, normalmente serve para que os telespectadores tirem dúvidas, conclusões sobre as propostas defendidas pelos candidatos e formem opinião sobre quem merece o voto.

Edivaldo Holanda Junior, em 2016, por exemplo, garantiu a reeleição para prefeito de São Luís no último debate promovido pela Mirante quando emparedou o então deputado estadual Eduardo Braide em torno da suposta “Máfia de Anajatuba”, reverteu pequena desvantagem no confronto e renovou o mandato por mais quatro anos.

É bom lembrar que em 2016, Braide somente chegou ao segundo turno após ir à justiça e garantir o direito de participar do debate na TV Mirante. O candidato que tinham apenas 3% de intenção de voto, mostrou preparo intelectual, se credenciou a disputar o segundo turno e foi derrotado por Edivaldo, justamente por conta do seu desempenho fraco no debate contra o ex-prefeito.

O ex-prefeito de São Luís tem se preparado para mais esta rodada de confronto com os adversários e deve centrar o foco na experiência como gestor público merecedor de elevados índices de aceitação por conta de tudo que fez na capital onde promoveu uma verdadeira transformação urbana e revitalizou o Centro Histórico.

Adversário direto na disputa pela segunda colocação e consequente direito de disputar o segundo turno com Brandão, o ex-prefeito “fala mansa” de São Pedro dos Crentes, Lahesio Bonfim, deve insistir em exaltar sua gestão como prefeito do minúsculo município que administrou e se apresentar como novo que quer tirar o Maranhão do atraso. Deve comparecer com algum trunfo contra seus adversários direito, ou seja, Weverton e Edivaldo.

Entre os três candidatos que disputam a segunda colocação, a situação Weverton Rocha, sem dúvida, é a mais complicada. O candidato que defende o orçamento secreto, ralo usado por políticos inescrupulosos para escoamento de dinheiro público, chegou a liderar as pesquisas, mas derreteu ao longo da campanha, corre sério risco de ser ultrapassado e repetir o fiasco do senador Roberto Rocha (PTB) em 2018, quando concorreu ao governo e teve como resposta a rejeição, apenas 2% do eleitorado votou nele.

Para quem começou a campanha montado num foguete, sem marcha ré, chegar na reta final da eleição sob ameaça de não disputar sequer o segundo turno deve estar sendo um dilema enorme para coordenadores da campanha que vestiu faixa de governador no candidato antes do tempo e agora percebem que o foguete não decola por falta do combustível principal que move a eleição, o voto.

Participarão também do debate Simplício Araújo (Solidariedade) e Enilton Rodrigues (PSOL), ambos com percentuais de intenção de voto insignificante, mas que deve aproveitar a última chance de falar para um grande público para tentar convence-lo que merecem está no segundo turno, se houver.

Flávio Dino destaca candidatura de Flávia Alves a deputada federal

27-09-2022 Terça-feira

A postura e a desenvoltura política da candidata a deputada federal, Flávia Alves (PCdoB), recebeu menções elogiosas do ex-governador Flávio Dino (PSB), candidato a senador, durante comício realizado no interior do estado, esta semana.

Ao destacar a importância da representação feminina na política, ele afirmou que Flávia Alves é um nome forte a ocupar uma cadeira na Câmara Federal e que será uma excelente parlamentar, uma voz importante em favor dos maranhenses em Brasília.

“Essa deputada que concorre com o número 6565, com o qual eu me elegi deputado em 2006, fará a boa política e lutará muito por investimentos sociais em benefício do nosso estado”, frisou Dino.

Segundo ele, embora seja irmã do presidente da Assembleia Legislativa, Othelino Neto, Flávia Alves tem luz própria e será destaque na Câmara dos Deputados por ter posições claras e ser firme nas bandeiras que defende.

“Hoje, ouvimos em muitas cidades do Maranhão o pessoal dizendo: Flávia, a irmã do Othelino, mas daqui a um tempo vai ser: Othelino, irmão da Flávia, porque ela vai ser uma grande deputada e irá orgulhar as mulheres do nosso estado”, enfatizou.

Na oportunidade, Flávia Alves agradeceu as palavras elogiosas do ex-governador e reforçou o seu desejo em representar as mulheres na política. Destacou, também, a importância da figura feminina nos espaços de poder.

“Eu quero lutar pela igualdade de direitos. As mulheres têm que ter voz, têm que lutar por seu espaço de fala. E esta é a principal razão de eu ter decidido entrar para a política, pois precisamos de mais vozes femininas em favor de ações que, de fato, contemplem as mulheres em todas as dimensões”, ressaltou.

Pesquisa revela dimensão inédita de violência política no Brasil 

27-09-2022 Terça-feira

Estudo da Rede de Ação Política pela Sustentabilidade e Fórum Brasileiro de Segurança Pública a partir de pesquisa Datafolha mostra que 67% temem violência política

Quantas vezes, nos últimos tempos, tivemos receio de externar nossas posições políticas, seja verbalmente, seja usando um adesivo no carro ou uma camiseta de nosso candidato favorito? O temor de sofrer algum tipo de agressão inibe o direito constitucionalmente garantido de cada cidadão poder manifestar, de maneira pacífica, a sua opinião. E esse medo não ronda apenas aqueles que se viram envolvidos direta ou indiretamente em situações de violência política. Ele permeia a sociedade e foi captado em pesquisa na qual 67,5% dos entrevistados afirmaram ter medo de serem agredidos em razão de suas preferências políticas ou partidárias. 

O estudo “Violência e Democracia: panorama brasileiro pré-eleições de 2022 – Percepções sobre medo de Violência, Autoritarismo e Democracia” foi realizado pela Rede de Ação Política pela Sustentabilidade (RAPS) em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). A pesquisa que gerou o documento — tornado público neste mês de setembro — foi feita pelo Datafolha entre os dias 3 e 13 de agosto com 2.100 pessoas. 

Leia também: Para 42% dos brasileiros, Bolsonaro estimula a violência

O resultado traduz um sentimento geral que ganhou corpo desde que Jair Bolsonaro (PL) chegou ao poder. Na posição de chefe de Estado, o presidente passou a irradiar com maior capacidade de propagação e de influência — possíveis graças à posição que ocupa — ideias que sempre pautaram seus comportamentos na vida pública. 

Como elementos centrais do bolsonarismo estão o autoritarismo — não à toa, o estudo revela que o país é apontado como um dos dez com maior tendência autocrática desde 2019 —, além da violência e da agressividade contra todos que não compactuem com sua visão de mundo. Ao longo de quatro anos, esse tipo de posição foi sendo não apenas espalhado como naturalizado: passou a ser normal agredir, ferir e até matar para fazer valer uma determinada posição política.

Na avaliação de David Marques, que compõe a equipe técnica do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), “os números da pesquisa mostram um nível bastante grande de medo e de vitimização mesmo por questões políticas”. No caso da vitimização, o estudo aponta que 3,2% dizem ter sofrido ameaças, por motivos políticos, apenas no último mês. “Se extrapolada a amostra da pesquisa, serão cerca de 5,3 milhões de pessoas vítimas de ameaças por suas posições políticas nos 30 dias anteriores ao campo da pesquisa”, diz o estudo. 

Erosão x valorização da democracia

Marcos Rolim, jornalista e doutor em Sociologia, diz que os dados do estudo revelam uma dimensão inédita de violência política no país. “Sempre tivemos episódios de violência política no Brasil, mas nada se compara ao que estamos vivendo hoje.  O tema distintivo é a formação de uma base de massas de apoio ao fascismo, parte dela armada e disposta a empregar a violência disseminadamente”. 

Para ele, a evidência a respeito do medo de se manifestar politicamente é o mais forte indicador de erosão da democracia no Brasil. “Quando as pessoas têm medo de expor sua opinião, de vestir uma camisa vermelha ou de colocar um adesivo no carro, porque percebem que o risco de agressão física é iminente, então isso é um sintoma da degradação do espaço público”. 

Leia também: Casos de violência política saltam 335% no Brasil em três anos 

Mas, se por um lado, a violência política intimida os brasileiros, por outro, foi identificado um amplo apoio a questões que se relacionam à valorização da democracia. Um exemplo: 89,3% dos entrevistados concordam com a frase “o povo escolher seus líderes em eleições livres e transparentes é essencial para a democracia”. Além disso, 88% afirmam que o vencedor das eleições e reconhecido pela Justiça Eleitoral deve ser empossado, opinião que vai na contramão de toda a pregação golpista de Bolsonaro cujo sentido é deslegitimar qualquer resultado que não seja a sua própria vitória. 

Outro ponto importante do levantamento é que 88,5% acreditam que é essencial à democracia a participação popular nas principais decisões governamentais. E quase 63% dizem ser importante que tribunais sejam capazes de impedir o governo de agir além da sua autoridade. Vale destacar também que 66% dos entrevistados não acreditam que armar a população aumentará a segurança.

Além disso,  na comparação com pesquisa realizada em 2017, o Índice de Propensão ao Apoio a Posições Autoritárias caiu de 8,10 para 7,29 agora. Conforme destaca o estudo, esse índice “pode ser considerado como indicativo de diminuição da adesão ao autoritarismo. No entanto, apesar da sua diminuição, ainda representa um grau forte de apoio a posições autoritárias”. 

Outro aspecto sintomático do momento atual trazido pela pesquisa é que nas camadas mais vulneráveis, onde as desigualdades se expressam de maneira mais aguda, “a democracia tende a ser relativizada, ao mesmo tempo em que se anseia pela garantia de direitos. Ou seja, um apoio menor à democracia em paralelo com maior apoio a direitos pode indicar que os sentidos e significados da democracia estejam pouco distribuídos entre as populações que deles mais poderiam usufruir”, salienta o estudo.

Leia também: Sob Bolsonaro, número de pistolas registradas pela PF cresceu 170%

Reconstruir as relações sociais

Há uma série de conclusões que podem ser tiradas do estudo, mas uma questão central que vem à tona é o grau de destruição do tecido social ocorrido nos últimos anos, desde que a radicalização bolsonarista tomou o ambiente político fazendo reinar o ódio e a agressividade. 

“Recompor esse tecido social e a própria arena política no Brasil passa necessariamente por uma repactuação da forma de fazer política. A gente passou nos últimos quatro anos por uma agenda de desconstrução da institucionalidade, inclusive do ponto de vista da interferência política no funcionamento de algumas instituições — as denúncias mais significativas foram com relação à Polícia Federal —, mas a gente tem também toda a discussão a respeito da influência do presidente em relação às polícias militares. Toda essa influência e esse tensionamento provocado tem efeitos significativos”, diz David Marques. 

Marques também avalia que a questão da segurança ou do não oferecimento de segurança para todo mundo “acaba também impactando inclusive no próprio direito político, no direito de votar, de se manifestar e assim por diante”. Para ele,  a segurança pública precisa também ser reconhecida “como fator fundamental para o debate político e para a construção de um ambiente mais democrático no Brasil”. 

Para Marcos Rolim, “a primeira coisa importante a se perceber é que a emergência desse discurso intolerante e propositivo da violência não tende a retroceder nos próximos anos”. Por isso, argumenta, “derrotar o fascismo eleitoralmente é muito importante, vital mesmo, mas penso que seja ilusório imaginar que isso possa encaminhar naturalmente a solução do problema. A democracia no Brasil precisará construir antídotos às perspectivas politico-ideológicas que conspiram contra ela, mas, para isso, precisa ser reformada em um sentido republicano porque, na verdade, temos menos república que democracia no Brasil”. 

Leia também: Imprensa estrangeira destaca escalada de violência política no Brasil

Acesse aqui a íntegra do estudo

Priscila Lobregatte

Na reta final, Othelino, Ana Paula e Flávia Alves consolidam apoio em Pinheiro

27-09-2022 Terça-feira

Em mais um dia de intensa agenda de campanha na Baixada Maranhense, o presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, deputado estadual Othelino Neto (PCdoB), candidato à reeleição, e a candidata a deputada federal, Flávia Alves (PCdoB), participaram de um encontro com amigos do vereador Edinildo Rodrigues, no bairro Enseada, em Pinheiro. A vice-prefeita do município, Ana Paula Lobato (PSB), que é candidata a primeira suplente na chapa de Flávio Dino (PSB) ao Senado, também esteve no ato.

Na ocasião, Othelino reforçou o seu compromisso com os pinheirenses e afirmou que continuará trabalhando para levar muito mais benefícios ao município. “Esse é o nosso jeito de trabalhar, ajudando as cidades onde nós atuamos politicamente. Hoje, renovo esse compromisso com o município de Pinheiro.

Ana Paula Lobato falou sobre a importância dos pinheirenses elegerem Othelino e Flávia Alves para, ao seu lado, continuarem trabalhando por Pinheiro. “Othelino sempre teve o olhar voltado para Pinheiro e viabilizou muitas ações para a cidade, principalmente, na área da infraestrutura. Tenho certeza que, junto com Flávia Alves, vai fazer muito mais por nosso município”, declarou a vice-prefeita.

Já Flávia Alves afirmou que também está comprometida com a melhoria da qualidade de vida dos pinheirenses. “Podem ter certeza que, na Câmara Federal, os pinheirenses e todos os baixadeiros terão uma voz para lutar por mais melhorias para a região”, disse.

O vereador Edinildo Rodrigues confirmou o seu apoio aos candidatos da vice-prefeita Ana Paula Lobato. “Nós estamos ao lado daqueles que têm compromisso com Pinheiro. Tenho certeza que, ao lado da nossa vice-prefeita e futura senadora, Othelino e Flávia vão trabalhar ainda mais pelos pinheirenses”, assinalou.

Novo estudo desmente Bolsonaro: pobreza infantil bateu recordes em 2021

27-09-2022 Terça-feira

Inação do chefe do Executivo, que não vê nem fome nem pobreza no país, ameaça o futuro das crianças. “Vamos governar para todos, mas com atenção especial para os que mais precisam”, diz Lula

Pesquisadores da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) unem-se a outros cientistas sociais para denunciar o fenômeno que já se vê largamente nos lares e ruas do país. A inação do desgoverno Bolsonaro para adotar políticas de proteção de famílias mais pobres desde o início da pandemia agravou a crise sanitária com uma crise socioeconômica, fazendo a pobreza infantil atingir níveis recordes em 2021.

LEIA MAIS: Fome avança em todas as regiões e é mais cruel em lares com crianças

Produzido pelo Data Social: Laboratório de desigualdades, pobreza e mercado de trabalho, com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios (Pnad) Contínua do IBGE, o relatório ‘Pobreza Infantil no Brasil’ captou a variação da taxa de pobreza entre crianças de até seis anos. Fase considerada a “primeira idade”.

Os critérios utilizados pelos pesquisadores são os de Paridade do Poder de Compra (PPC), definidos pelo Banco Mundial. Em valores mensais de 2021, a linha de pobreza é de R$465 per capita e a linha de extrema pobreza, de R$160 per capita.

Acesse o estudo aqui.

Os dados sobre a população em geral revelam que a taxa de pobreza subiu de 23,1% para 28,3% entre 2020 e 2021 – maior nível da série histórica, iniciada em 2012. O índice de pobreza extrema avançou de 5,3% para 8,2%, maior patamar em uma década. E as crianças foram ainda mais afetadas.

Se em 2019 a taxa de pobreza entre as crianças era de 41,5%, em 2021 ela chegou a 44,7%, outro recorde na década. A alta foi de 22,6% na passagem de 2020 para 2021. Em termos absolutos, o número aumentou 1,4 milhão – de 6,4 milhões para 7,8 milhões – batendo mais um recorde. O percentual de crianças em situação de pobreza extrema subiu de 11,7% para 12,7% no mesmo período, atingindo 2,2 milhões de crianças.

A diferença, afirmam os pesquisadores, se deve ao fato de as crianças estarem mais concentradas na base da pirâmide social. Andre Salata, professor da Escola de Humanidades da PUCRS, ressalta que 64,8% das crianças de até seis ano de idade vivem em domicílios que estão entre os 40% mais pobres do país, e somente 4,4% moram nos domicílios que compõem a faixa dos 10% mais ricos. Ou seja, as crianças estão sobrerepresentadas na base da pirâmide social.

Cortes no auxílio emergencial fizeram pobreza aumentar

“Em 2020, em função do auxílio emergencial, a pobreza e a extrema pobreza tiveram queda. Mas, em 2021, voltaram rapidamente e atingiram patamares piores do que os anteriores”, constata o professor Ely José de Mattos. “Os níveis de pobreza que observamos hoje no Brasil acendem um importante alerta.”

“A exposição à pobreza monetária e as demais privações a ela associadas, nessa faixa etária que é a mais importante para o desenvolvimento das habilidades cognitivas e não cognitivas de uma pessoa, é algo grave, que traz prejuízos irreversíveis e que comprometem não só o potencial da pessoa e de seus descendentes, mas também o potencial de desenvolvimento econômico do país”, complementa a professora da Escola de Negócios da PUCRS Izete Pengo Bagolin.

Os pesquisadores consideram que falta ao Auxílio Brasil criado por Bolsonaro a focalização – critério que considera os diferentes perfis e necessidades das famílias atendidas. “Precisamos de um programa robusto e que tenha sustentabilidade”, avalia Salata.

Na Superlive do último Grande Ato Brasil da Esperança, Luiz Inácio Lula da Silva criticou os maus tratos do desgoverno Bolsonaro, o exterminador do futuro, às crinças brasileiras. “Nossas crianças não querem comer bolacha seca, não querem ser obrigadas a dividir um único ovo com outras crianças. Elas querem, e vão voltar, a comer tudo aquilo que têm direito”, afirmou durante o evento desta segunda-feira (26).

LEIA MAIS: Lula no Brasil da Esperança: “É com a primavera no peito que vamos às urnas”

“Nós vamos governar para todos, mas com atenção especial para os que mais precisam. Ou melhor: governar é pouco, nós vamos cuidar com muito carinho do Brasil e das famílias brasileiras”, finalizou o presidente mais popular da história.

PT, com informações da PUCRS

Carlos Brandão recebe apoio de vereadores de Imperatriz à sua reeleição

27-09-2022 Terça-feira

A uma semana das eleições, nove vereadores de Imperatriz declararam apoio à reeleição do governador Carlos Brandão. Os parlamentares confirmaram seu apoio em vídeos divulgados nas redes sociais nesta segunda-feira (26), declarando apoio também ao nome do ex-governador Flávio Dino para o Senado.

O governador agradeceu pelo reconhecimento e reforçou seu compromisso. “Agradeço pela parceria que temos com os vereadores de Imperatriz que apoiam o nosso Governo. Temos o maior respeito pelo Legislativo e manteremos essa boa relação para garantir ainda mais projetos para Imperatriz e toda a região”, afirmou.

Os apoiadores foram os vereadores Bebeto Taxista, Manchinha, Aurélio, Flamarion Amaral, Berson do Posto, Felipe Miranda, Carlos Hermes, Renê Sousa e Adhemar Freitas Júnior. Nos vídeos, eles destacaram a importância do apoio do governo do Estado para o desenvolvimento de Imperatriz e toda a região tocantina.

Bebeto Taxista pediu o apoio dos imperatrizenses. “No dia 2 de outubro, vote para governador Brandão 40, diante de tudo o que ele vem fazendo com Flávio Dino e que vai fazer ainda mais.”

Manchinha também destacou a continuidade. “Estou reafirmando o meu apoio ao governador Carlos Brandão para continuar o excelente trabalho do nosso próximo senador Flávio Dino”.

Aurélio pediu pela vitória no primeiro turno. “Estou pedindo o voto dos imperatrizenses para o Brandão ganhar no primeiro turno e terminar de transformar esse Maranhão.”

Flamarion igualmente pediu o apoio dos imperatrizenses. “Estou pedindo seu apoio a este sertanejo, nosso amigo, o governador Carlos Brandão.”

Berson ressaltou a continuação dos avanços. “No dia 2 de outubro é Brandão 40 para continuarmos mudando o Maranhão.”

Felipe Miranda lembrou das importantes conquistas de Imperatriz. “Carlos Brandão é o homem que trouxe muita coisa para Imperatriz e vai continuar trazendo muito mais: macrorregional, novo Socorrão, policlínicas, mais de 70 km de asfalto, entre várias outras coisas que ainda vamos conquistar.”

Prof. Carlos Hermes destacou a experiência de Brandão. “Brandão será reeleito governador, porque é preparado, porque é experiente, porque é leal.”

Renê Sousa recordou também os investimentos já realizados. “Voto em Brandão porque ele já fez Restaurantes Populares, investimento em infraestrutura, em educação e em saúde, e está preparado para fazer um excelente governo.”

Adhemar Freitas Júnior ressaltou a seriedade da gestão de Carlos Brandão. “Brandão coloca as pessoas e o nosso estado em primeiro lugar independentemente de ideologia.”