Arquivo mensal: setembro 2022

Partidos políticos, direitos indígenas e as eleições no Brasil

29-09-2022 Quinta-feira

Análise evidencia posição dos partidos sobre direitos indígenas entre 2012 e 2021. Na Câmara dos Deputados, 16 partidos votaram total ou majoritariamente contra povos originários

Aproximam-se, a passos largos, as eleições gerais no Brasil. Marcado para o próximo dia 2 de outubro, o pleito tem importância fundamental para a democracia e toda a população brasileira. A expectativa e envolvimento no processo eleitoral em curso é muito grande também entre os povos indígenas de nosso país. Mesmo cientes de que as “eleições” não resolverão, automaticamente, todos os seus problemas e que nada substituirá a necessidade de continuarem implementando, organicamente, as lutas e incidências diretas e as mobilizações massivas nos territórios e nas ruas para fazer valer seus direitos, os povos originários sabem a diferença que faz ter um aliado ou um inimigo nos postos de comando e tomada de decisão nos Poderes Executivo e Legislativo do Estado brasileiro.

Em meio à corrida eleitoral, porém, nem sempre é fácil distinguir quem é ou poderá ser um aliado da causa indígena daqueles que são ou poderão ser seus inimigos caso eleitos. Neste contexto, a busca por critérios objetivos que orientem a decisão em quem votar mostra-se necessária e urgente.

Em artigo publicado recentemente, defendemos os pressupostos segundo os quais não existe um partido político ideal, ao mesmo tempo em que não se deve equiparar os partidos ou menosprezar sua importância estratégica no campo da luta institucional político partidária eleitoral. Consideramos que tais pressupostos devem ser devidamente valorizados, tanto no momento de decidir por qual partido se candidatar numa disputa eleitoral, quanto sobre em quem votar. Neste sentido, seria de grande valia o estudo sobre o espectro ideológico, os interesses econômicos defendidos e os sujeitos políticos protagonistas em cada um dos partidos políticos existentes oficialmente no Brasil. Pela complexidade desta tarefa, não é viável cumpri-la a curto prazo.

Sendo assim, a fim de oferecer um critério objetivo que possa servir de referência para a tomada de decisão, “na hora do voto”, por parte de eleitores indígenas, aliados, parceiros e simpatizantes da causa indígena no Brasil, recorremos a um recorte histórico de votações de partidos políticos em questões relativas a direitos indígenas na Câmara dos Deputados ao longo da última década.

Para tanto, tomamos como referência cinco votações relativas às Propostas de Emenda Constitucionais (PEC) 215/00 e 187/16, ao Projeto de Lei (PL) 490/07 e à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Funai/Incra, que ocorreram na Câmara dos Deputados no período compreendido entre os anos 2012 e 2021[1]. Cumpre observar que todas as iniciativas legislativas em questão são oriundas de setores antagônicos aos povos indígenas e têm ou tiveram como finalidade a desconstituição dos direitos destes povos.

Dentre outros elementos, sinteticamente, a PEC 215/00 introduz a tese do marco temporal no corpo da Constituição brasileira, restringindo o direito dos povos somente àquelas terras em que os mesmos estivessem na posse física em 5 de outubro de 1988, além de impor uma série de dispositivos legais que dificultam os procedimentos de demarcação de terras indígenas. A PEC 215/00 está pronta para a pauta do plenário da Câmara dos Deputados.

A PEC 187/16 parte de pressupostos preconceituosos e equivocados segundo os quais os povos indígenas não estariam autorizados a praticar atividades econômicas, exercer os atos necessários à administração de seus bens e comercializar as suas produções, o que já é garantido pela Constituição brasileira de forma ampla e, na prática, limita esses direitos apenas às atividades agropecuárias e florestais.

O PL 490/07 prevê uma série de modificações nos direitos territoriais garantidos aos povos indígenas, inviabilizando a demarcação de terras indígenas e abrindo as terras demarcadas para exploração externa por meio dos mais variados empreendimentos econômicos, como agronegócio, mineração e construção de hidrelétricas. O PL 490/07 está pronto para a pauta do plenário da Câmara dos Deputados. Por meio da CPI da Funai/Incra, a bancada ruralista buscou criminalizar lideranças indígenas, antropólogos, apoiadores dos povos e deslegitimar os procedimentos administrativos de demarcação de terras indígenas, titulação de quilombolas e desapropriação de áreas para reforma agrária.

Ao comprovar a ampla hegemonia dos setores antagônicos aos povos originários, os dados analisados demonstram a importância estratégica da luta institucional político-partidária e eleitoral para os povos originários e seus aliados em nosso país

Nas cinco votações analisadas, foi computado um total de 194 votos. Destes, apenas 46 votos, correspondentes a 23,7% do total, foram favoráveis aos povos indígenas e seus direitos. A imensa maioria, a saber, 148 votos, o que corresponde a 76,3% do total, foram contrários aos povos e seus direitos.

Ao analisarmos estes dados com base no critério partidário a que cada parlamentar votante estava filiado, contatamos que 16 partidos votaram totalmente ou na sua maior parte contra os povos indígenas e seus direitos.

Destes, dez partidos tiveram 100% dos votos contrários aos povos, sendo eles o União Brasil (número 44), formado pela junção do DEM (25) e do PSL (17), com 28 votos; o MDB (15), que substituiu o PMDB (15), com 24 votos; o Podemos (19), antigo PHS (31), com quatro votos; o PSC (20), também com quatro votos; o Republicanos (10), com três votos; o PTB (14), o Solidariedade (77), o Novo (30) e o Avante (70), antigo PTdoB, com dois votos cada; e o Patriota (51), com um voto.

Outros três partidos tiveram 94% dos seus votos contrários aos direitos indígenas, sendo este o caso do PL (22), antigo PR, com 18 votos, do PP (11), com 17 votos, e do PSD (55), com 17 votos. Além disso, o PSDB (45) depositou 88,2% dos seus 17 votos contra os povos. Tanto o Cidadania (23), antigo PPS, quanto o PROS (90) votaram contra os povos indígenas em dois de seus três votos.

Por outro lado, seis partidos posicionaram-se totalmente ou na sua maior parte a favor dos povos indígenas. Destes, quatro partidos votaram 100% favoráveis aos direitos indígenas, sendo este o caso do PT (13), com seus 18 votos, do PSOL (50), com dois votos, e do PCdoB (65) e da Rede (18), com um voto cada. O PSB (40) depositou 75% dos seus 12 votos a favor dos povos e o PDT (12) apoiou os direitos indígenas em 66,7% dos seus 11 votos.

Por fim, o PV dividiu ao meio seus dois votos, ficando com a marca de 50% favorável e outros 50% contrário aos povos indígenas.

Como fica demonstrado, a maioria dos partidos políticos com representação na Câmara dos Deputados adotou postura contrária aos direitos indígenas ao longo da última década. Ao comprovar a ampla hegemonia dos setores antagônicos aos povos originários, os dados analisados demonstram a importância estratégica da luta institucional político-partidária e eleitoral para os povos originários e seus aliados em nosso país. Ao mesmo tempo, os dados apontam a existência de um bloco de partidos com os quais os povos puderam contar para a defesa de seus direitos.

Por isso, mesmo considerando que não existe um partido político ideal, fica demonstrado que a escolha do partido político ao candidatar-se ou “na hora do voto” é sim de fundamental importância. Esperamos que os dados apontados possam servir para uma melhor assertividade nestas escolhas.

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[1] Votação do Parecer do Relator pela aprovação da PEC 215/2000 na Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania (CCJC) no dia 21/03/2012; Votação do Parecer do relator pela aprovação da PEC 215/2000 na Comissão Especial da mesma em  27/10/2015; Votação sobre o item 9 do Relatório da CPI da Funai/Incra, objeto do Destaque n. 2, no dia 30/05/2017; Votação do Parecer do relator pela aprovação da PEC 187/2016, na Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania (CCJC), no dia 27/08/2019; e votação do Parecer do relator pela aprovação do PL 490/2007, na Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania (CCJC), no dia  23/06/2021.

Cleber César Buzatto é licenciado em Filosofia pela Faculdade de Filosofia Nsra. da Imaculada Conceição (FAFINC), especialista em Direito Agrário pela Universidade Federal de Goiás (UFG), graduando em Direito, ex-secretário executivo e adjunto do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) e membro da Equipe Florianópolis do Cimi Regional Sul.

Brandão segue com carreatas em mais seis cidades na reta final da campanha

29-09-2022 Quinta-feira

Poucas participar do último debate dos candidatos ao governo do Estado, o atual governador e candidato à reeleição, Carlos Brandão (PSB), já seguiu por novos destinos com a caravana “Juntos Para o Bem do Maranhão” ao longo desta quarta-feira (28).

No total, foram seis cidades. A primeira parada foi no município de Buriticupu. Em seguida, as carreatas e caminhadas do governador seguiram por Bom Jesus das Selvas, Pirapemas, Cantanhede, Matões do Norte e Bacabal.

Ao povo, Brandão foi categórico ao pontuar que obras já realizadas nas cidades, como Restaurantes Populares, Praças da Família e escolas reformadas também serão garantidas e expandidas, caso reeleito.

“Fizemos muito por cada uma dessas cidades que visitamos hoje e não paramos por aí. Iremos fazer mais, muito mais, por elas e dar continuidade a todos estes avanços!” disse o governador aos milhares de apoiadores que acompanharam a caravana.

Ainda durante as carreatas, Brandão também parabenizou o apoio do povo e como ele tem sido essencial para sua possível vitória já no primeiro turno, confirmando as previsões das pesquisas mais recentes.

“Essa energia que vejo e sinto de cada maranhense é ainda mais importante nessa reta final para confirmarmos, no dia 2 de outubro, a continuidade desse projeto que vai fazer o Maranhão continuar avançando”, acrescentou o governador.

Compondo a caravana, Flávio Dino (PSB), ex-governador e candidato ao Senado, o estado já escolheu seu caminho para os próximos anos: é Brandão 40 e Dino 400. “A cada pesquisa, a cada carreata, só aumenta o CarnaLula. Viva o Brasil! No domingo, é Brandão e Dino para um Maranhão ainda melhor”, afirmou Dino.

Quinta-feira (28)

Em suas redes sociais, Brandão anunciou, para amanhã (28), o “Comício da Vitória”, evento político que marcará o sucesso da sua campanha eleitoral, com realização em São Luís, na Praça da Capela de São Pedro, a partir das 18h.

“Estão preparados? Então já coloca na agenda, separa a camisa, sua bandeira e convida todo mundo. Espero você, junto com nosso vice Felipe Camarão (PT) e o nosso senador Flávio Dino, no grande comício da vitória! Vem fazer esse grande encontro com o time do Lula!”, anunciou.

Antes, o governador fará caminhadas e carreatas nas cidades de Codó, Coroatá e Barreirinhas.

Saiba tudo sobre o e-Título e fique atento ao prazo para baixar aplicativo do TSE

29-09-2022 Quinta-feira

Emissão ou atualização do e-Título deve ser feita antes do dia 2 de outubro, quando ocorre o primeiro turno das Eleições 2022

e-Título é um aplicativo móvel onde todos os brasileiros e brasileiras aptos a votar têm acesso a versão digital do título de eleitor. Com o e-Título, o eleitor acessa rapidamente dados como o número de inscrição do título de eleitor, a situação eleitoral e local de votação, com número da zona eleitoral e seção, além de um QR Code que serve para validar as informações.

Todos os eleitores podem baixar o aplicativo sem pagar nada e, quem cadastrou a biometria não precisa apresentar documento impresso com foto para votar.

Leia mais: Quem não cadastrou biometria tem de levar documento com foto para votar

Mas, atenção: a emissão ou atualização do e-Título deve ser feita antes do dia 2 de outubro, quando ocorre o primeiro turno das Eleições 2022, que vai escolher o novo presidente da República, senadores, governadores, deputados federais e estaduais.

De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o aplicativo vai ficar suspenso até o dia 5 de setembro, quando os eleitores poderão voltar a baixa para um eventual segundo turno das eleições, marcado para o dia 30 de outubro.

Baixe agora o e-Título. Aplicativo está disponível nos sistemas iOS e Android. (Veja passo a passo abaixo).

Depois de fazer o download, é necessário validar o cadastro e liberar o uso do documento.

O TSE orienta o eleitor a prestar atenção ao realizar os procedimentos para evitar possíveis erros, pois o aumento da demanda pode sobrecarregar o sistema.

Como usar o e-Título?

O e-Título está pode ser baixado em celulares Android e em iPhones, este pelo sistema iOS.

Ao abrir o aplicativo pela primeira vez, o eleitor deve clicar em “Próximo”, depois em “Começar no e-Título”, aceitar os termos de uso do aplicativo.

Depois é só seguir um passo a passo bem simples, confira:

  1. Insira nome, data de nascimento, CPF ou número de inscrição do título impresso, nome da mãe e do pai, se constar no RG, e clique em “Entrar no e-Título”;
  2. Responda a três questões para confirmar sua identidade – o aplicativo pede a alternativa correta em perguntas sobre informações como documento de identificação, cidade natal, estado, endereço, grau de instrução e número de telefone;
  3. Crie uma senha – caso você já tenha usado o e-Título, insira a senha criada anteriormente; se esqueceu a senha, clique em “Esqueci minha senha” e obtenha uma nova;
  4. O aplicativo pode mostrar uma tela para ativar o desbloqueio com o leitor de impressão digital do celular;
  5. Os dados do seu título de eleitor estarão disponíveis na aba “e-Título”.

Posso votar só com o e-Título?

O eleitor pode levar apenas o celular com o e-Título se tiver feito a biometria na Justiça Eleitoral. Se a foto do eleitor não estiver aparecendo no aplicativo, é preciso mostrar um documento com foto para ter acesso a urna e votar, como carteira de identidade,  carteira de trabalho, carteira nacional de habilitação, passaporte ou equivalente, carteira de categoria profissional reconhecida por lei ou certificado de reservista.

Leia mais: Saiba que documentos levar no dia 2 de outubro para votar

Lembre-se que o título de eleitor impresso não tem foto. Para votar com o título no papel é obrigatório apresentar um dos documentos da lista acima.

Onde encontro dados sobre minha zona eleitoral no e-Título

Ao abrir o aplicativo clique em “Onde votar” e veja  dados de seu local de votação.

E mais, se clicar na  opção “Ver rotas”, o aplicativo abre um mapa e indica o trajeto do seu endereço até a sua zona eleitoral.

É proibido entrar com celular na cabine de votação/leve sua cola em um papelzinho

Este ano, está proibido entrar com o celular na cabine de votação. Eleitor deverá deixar aparelho com mesários após desligarem aparelho.

O eleitor que não entregar o aparelho cometerá um crime eleitoral. O juiz eleitoral será avisado e deverá chamar a Polícia Militar.

Por isso, é importante o eleitor levar sua cola com os números dos candidatos em quem vai votar escrita em um pedaço de papel.

TSE proíbe celular nas cabines de votação, mas eleitor pode levar cola – CUT – Central Única dos Trabalhadores

e-Título também permite justificar, caso você tenha problemas e não consiga votar

O eleitor pode usar o aplicativo para justificar a ausência, emitir guia para pagamento de eventuais taxas por débitos eleitorais e emitir certidões de quitação eleitoral e de “nada consta” para crimes eleitorais. Todas essas funcionalidades estão disponíveis na aba “Mais opções”.

O voto é obrigatório no Brasil. Saiba o que fazer se não conseguir votar

CUT

Confira os temas em discussão na próxima sessão da Câmara de São Luís

29-09-2022 Quinta-feira

A Câmara de Vereadores de São Luís realizará, nesta segunda-feira (3), mais sessão ordinária do período legislativo. Estão na pauta, para deliberação do plenário, 23 projetos de lei, 12 projetos de decreto legislativo, oito projetos de resolução, 23 requerimentos, duas moções, além de 11 indicações. A sessão poderá ser acompanhada por meio do canal no Youtube da Câmara.  

Na lista, há projetos de lei; pedidos para consideração de ‘utilidade pública’ a entidades; concessão da medalha Simão Estácio da Silveira e do título de Cidadão Ludovicense a pessoas que prestaram relevantes serviços à cidade.

Destaque ao Projeto de Lei nº 192/22, do vereador Ribeiro Neto (Patriota). O texto estabelece que, em locais de grande fluxo de pessoas, haja funcionários preparados para lidar com as crises de Transtorno do Espectro Autista (TEA).

Na sessão será apreciado o Projeto de Resolução n.º 007/22, da vereadora Silvana Noely (PTB), que institui a Medalha Cultural Dona Teté, em referência à grande cantora, compositora e folclorista maranhense. Já o vereador Antônio Garcez (sem partido) apresentará proposta para criação da área de convivência social da Vila Riod.  

A vereadora Fátima Araújo (PCdoB) apresentará Projeto de Lei nº 193/22, que trata da divulgação de informações sobre aplicação dos recursos vindos das multas de trânsito na capital. Em outro projeto de lei da parlamentar, de nº 185/22, ela propõe criação da Semana Municipal do Legislativo nas escolas públicas. O objetivo da proposta é garantir aos alunos informações sobre o poder legislativo municipal.  

Entre os requerimentos e indicações, estão pedidos para melhorar a infraestrutura em diversos bairros de São Luís. Há ainda solicitações relacionadas com a reforma agrária, saúde da mulher, segurança alimentar, abastecimento, esporte e mobilidade urbana. 

Moções  

Duas moções serão apresentadas na sessão. Uma de autoria do vereador Marlon Botão (PSB), congratulando o governador do Estado, Carlos Brandão (PSB), pela organização do São João 2022, com destaque para o incentivo à geração de emprego e renda no estado; e Moção de Pesar, pelo falecimento do poeta e compositor José Raimundo Gonçalves, em solidariedade a seus familiares e amigos.  

Com Datafolha e debate na Globo, campanha eleitoral vive hoje “Dia D”

29-09-2022 Quinta-feira

Debate é visto como a última oportunidade para as candidaturas influenciarem um número maior de eleitores

Muito embora faltem três dias para as eleições presidenciais de 2022, é consenso que esta quinta-feira (29) é uma espécie de “Dia D” para as campanhas. A nova rodada da pesquisa Datafolha, que será divulgada às 18 horas, e o debate entre os presidenciáveis na TV Globo, a partir das 22h30, devem acelerar o desfecho na disputa ao Planalto.

As últimas pesquisas de intenções de voto registradas no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) indicaram que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ampliou sua vantagem para o atual mandatário, Jair Bolsonaro (PL). Foi o caso do mais recente levantamento do próprio Datafolha, divulgado em 22 de setembro.

Conforme aquela sondagem, Lula havia oscilado de 45% para 47% das intenções de voto, abrindo 14 pontos percentuais de dianteira e chegando a 50% dos votos válidos. Pesquisas posteriores a cargo de Ipec, Quaest e PoderData confirmaram a tendência de crescimento da candidatura Lula e a estagnação da campanha bolsonarista.

Como o Datafolha é o instituto de maior credibilidade nos meios políticos, o resultado que virá a público na noite desta quinta pode até mesmo impactar as estratégias dos candidatos para o debate, ainda que em cima da hora. A campanha de Lula deflagrou uma ofensiva para garantir a vitória já no próximo domingo, em um único turno. Para isso, é preciso obter 50% mais um dos votos válidos. A coligação passou a priorizar agendas que demonstrassem a amplitude dos apoios ao petista, bem como a exibição de depoimentos de celebridades.

Outras campanhas, especialmente a de Bolsonaro, elevaram o tom dos ataques a Lula. Porém, contraditoriamente, levantamentos como o do PoderData apontam que a rejeição ao ex-presidente diminuiu. Se há uma “onda Lula” em curso, qual será seu alcance? Em uma semana, as chances de vitória de Lula no primeiro turno cresceram ou diminuíram? É isso que o Datafolha pode indicar.

O debate, por sua vez, é visto como a última oportunidade para as candidaturas influenciarem um número maior de eleitores. Em 2018, mesmo sem a presença de Bolsonaro, o último encontro entre os presidenciáveis às vésperas no primeiro turno teve 22 pontos de audiência média, conforme a Kantar Ibope. Apenas na Grande São Paulo, a despeito do horário, foram 4,4 milhões de telespectadores.

Bolsonaro e Lula esvaziaram parte da agenda nesta semana para se prepararem ao duelo na Globo. Pesa contra o presidente não apenas a desvantagem nas pesquisas – mas também um histórico de desempenhos fracos em debates. No encontro da Band, em 28 de agosto, Bolsonaro protagonizou o momento mais constrangedor, ao ofender a jornalista Vera Magalhães.

A campanha bolsonarista está dividida.  A área mais técnica, o marketing, espera que o presidente e candidato à reeleição se fixe em dados econômicos, prestando contas de sua gestão. Além disso, cobram de Bolsonaro acenos mais marcantes para o eleitorado feminino. Conforme a pesquisa Ipec da última segunda-feira (26), a diferença a favor de Lula cresceu seis pontos percentuais entre as mulheres ao longo de três semanas. O petista tem o dobro das intenções de voto de Bolsonaro nesse segmento – 51% a 26%.

Já Lula, sabendo que será o alvo dos demais candidatos, dedicou os últimos dias a melhorar a “defesa” e qualificar os contra-ataques a Bolsonaro. Embora o objetivo seja manter o estilo “paz e amor”, a coordenação da campanha espera que Lula mostre contundência e, claro, não caia em provocações.

Pode-se dizer que Lula, à frente nas pesquisas, joga pelo empate e só não pode sair arranhado do embate na Globo. Mas o temor dos adversários é que o ex-presidente se saia bem do debate e se aproxime ainda mais de vencer a eleição já no próximo domingo (2), sem necessidade de segundo turno. Daqui a poucas horas, saberemos qual lado sairá vitorioso – ao menos deste “Dia D”.

André Cintra

Lula participa de debate da Globo nesta quinta (29): veja como assistir e participar

29-09-2022 Quinta-feira

Faça parte da mobilização nacional compartilhando vídeos, cards e falas do presidente em TODAS AS REDES SOCIAIS: Facebook, Twitter, Telegram, Whatsapp e Instagram, Snapchat e Tiktok

Todo o Brasil da Esperança quer ver mudanças e faltam apenas quatro dias para tirarmos o país da situação de fome, da miséria, da carestia, do desemprego e da violência. Nesta quinta-feira (29), às 22h30, haverá o último debate com os candidatos à Presidência do país, e Lula estará presente.

Participe dos grupos de WhatsApp (veja abaixo) e receba em primeira mão materiais selecionados para falarmos do que realmente importa: propostas de verdade para o futuro das nossas famílias, nossos empregos e nosso país.

O debate presidencial da TV Globo é uma grande oportunidade para nos mobilizarmos nas redes e nas ruas e espalharmos a verdade e a esperança.

Faça parte da mobilização compartilhando vídeos, cards e falas do presidente em TODAS AS REDES SOCIAIS no Facebook, Twitter, Telegram, Whatsapp e Instagram, Snapchat e Tiktok!

Flávia Alves intensifica campanha com caminhada no Centro Histórico de São Luís

29-09-2022 Quinta-feira

Em contagem regressiva para o grande dia, a candidata a deputada federal, Flávia Alves (PCdoB), intensificou sua campanha com uma grande caminhada no Centro da capital, na tarde desta quarta-feira (28).

O arrastão partiu da Praça João Lisboa, seguindo por toda a extensão da Rua Grande e finalizando na Praça do Pantheon.

Durante todo o percurso, Flávia Alves interagiu com as pessoas, conversou com comerciários e apresentou suas propostas em mais uma atividade corpo a corpo junto ao eleitorado.

Após o ato, a candidata agradeceu o apoio e o carinho que vem recebendo da população e reafirmou o seu desejo em representar as mulheres.“Estamos na reta final da campanha e eu gostaria de contar com o apoio de cada um de vocês no dia 2 de outubro. É importante elegermos uma mulher para lutar pelos direitos desse público, para que tenhamos mais creches, melhor educação e para que os maranhenses possam ter emprego e mais oportunidades”, disse Flávia Alves.

MPT investiga patrão do Espírito Santo que ameaçou demitir quem não votar em Bolsonaro

29–09-2022 Quinta-feira

Em um vídeo encaminhado a procuradoria regional ele diz aos funcionários que, a depender de quem eles escolherem nas eleições deste ano, não vão poder reclamar se ficarem sem emprego no futuro

Empresário é flagrado no Espírito Santo praticando assédio eleitoral contra seus trabalhadores e trabalhadoras e o Ministério Público do Trabalho (MPT) instaurou, nesta segunda (26), um inquérito civil para apurar o crime.

Coagir trabalhadores e trabalhadoras no local de trabalho a votar em determinado candidato é assédio eleitoral laboral. É crime. E tem de ser combatido, denunciado e punido. Não aceite calado, procure seu sindicato, denuncie”, já havia orientado o presidente nacional da CUT, Sérgio Nobre.

Leia mais: Assédio eleitoral é crime; folheto da CUT e demais centrais orienta trabalhador a denunciar

E foi isso que os trabalhadores na empresa Imetame, em Aracruz (ES), município a cerca de 85 quilômetros de Vitória, fizeram.

A procuradoria regional recebeu um vídeo onde um homem que, segundo o MPT é o patrão, diz a uma plateia formada por funcionários que, a depender de quem escolherem nas eleições deste ano, “não vai poder reclamar” se ficarem sem emprego.

Segundo um internauta que publicou o vídeo no Twitter, o homem é gerente do grupo Imetame, que atua nos segmentos de metalmecânica, energia, pedras ornamentais e óleo e gás (a empresa é uma das que arrematou áreas no leilão da Petrobras de 2020).

O gerente não fala o nome do primeiro colocado nas pesquisas, o ex-presidente Lula (PT),que tem chance de vencer no primeiro turno, mas se refere a coisas absurdas que se louve por aí em relação a família, sem dizer o que é.

 Ele também não fala o nome do segundo colocado, o presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, que tem entre 10 e 15 pontos a menos do que Lula, mas dá indiretas e faz ameaças veladas ao dizer que se os trabalhadores votarem errado, a empresa que está investindo no atual governo pode não investir mais. “E no futuro”, quem ficar desempregado, “não vai poder reclamar”, diz o gerente.

Em nota, a empresa diz que “o único pedido foi para que as pessoas tenham serenidade no momento de realizar a escolha de seus candidatos. Respeitamos sempre as posições e opiniões individuais de cada um”, diz a companhia.

Ruralista baiana que assediou eleitoralmente assinou TAC

Demitam sem dó eleitores de Lula”, disse em vídeo a ruralista baiana Roseli Vitória Martelli D’Agostini Lins a seus colegas do agronegócio. C

Questionada, ela assinou um termo de ajuste de conduta (TAC) com o Ministério Público do Trabalho (MPT) onde se comprometeu a se retratar, reconhecendo que errou ao praticar assédio eleitoral, o que já fez para se livrar de um processo judicial.

O acordo prevê ainda que, a título de dano moral coletivo a empresária deve bancar uma campanha de esclarecimento em emissoras de rádio da região oeste da Bahia e na capital do estado.

A campanha deve reforçar a liberdade do voto e a ilegalidade de coação de trabalhadores no processo eleitoral. Esses spots já começaram a ser veiculados.

CUT

Três novas pesquisas sugerem “onda Lula” e vitória no primeiro turno

29-09-2022 Quinta-feira

Levantamentos do Ipec, da Quaest e do PoderData indicam que, nesta reta final da disputa, a candidatura do ex-presidente entrou em viés de alta, enquanto a campanha de Bolsonaro estagnou.

Em menos de 12 horas, três novas pesquisa de intenção de voto à Presidência da República indicaram que a eleição 2022 está prestes a ser decidida no próximo domingo (2), em um único turno. Levantamentos do Ipec, da Quaest e do PoderData sugerem que, nesta reta final da disputa, a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) entrou em viés de alta, enquanto a campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) estagnou.

A “onda Lula”, já sinalizada em pesquisas desde a semana passada, ganhou força nestes últimos dias de campanha. Recortes da nova rodada da pesquisa Ipec, divulgados na noite desta terça-feira (27), mostram que, em uma semana, o petista cresceu nos três maiores colégios eleitorais do País – todos concentrados na região Sudeste.

Em São Paulo, Lula oscilou de 43% para 44%. Em Minas Gerais, saltou de 46% para 49%. No Rio de Janeiro, passou de 41% para 42%. Ainda que sejam, invariavelmente, oscilações dentro da margem de erro dessas pesquisas, o fato é que, mais uma vez, a vantagem do ex-presidente continua a crescer. Nos três estados, Bolsonaro manteve os mesmos percentuais de voto que registrou na última semana. No Rio, não há mais empate técnico – Lula se consolidou como líder.

Uma vez que Bolsonaro havia priorizado o Sudeste em setembro, como estratégia para reduzir a diferença para Lula, os resultados afundaram um pouco mais o ânimo da campanha bolsonarista. “Bateu o pânico entre assessores do presidente”, relatou o jornalista Tales Faria, colunista do UOL.

“Eles apontam uma enorme dificuldade para a reeleição do presidente com a qual o comando da campanha não contava conviver a cinco dias da votação do primeiro turno”, agrega Tales. “Lula aumentou a diferença sobre Bolsonaro nos três maiores colégios eleitorais do país. Ficou 11 pontos à frente no estado com maior número de eleitores, São Paulo; 18 pontos, em Minas Gerais; e seis pontos, no Rio de Janeiro.”

Pesquisas nacionais

Os problemas para o bolsonarismo não se resumem ao Sudeste. Nas primeiras horas desta quarta-feira (28), duas pesquisas de abrangência nacional ratificaram a tendência de vitória de Lula no primeiro turno. A nova sondagem da Quaest Consultoria, contratada pela Genial Investimentos e divulgada à 0h05, aponta que a vantagem de Lula para Bolsonaro, no conjunto do eleitorado brasileiro, passou de dez para 13 pontos percentuais.

Enquanto o atual presidente recuou de 34% para 33%, o petista avançou de 44% para 46%. Quando se consideram apenas os votos válidos (excluindo-se brancos, nulos e indecisos), Lula vai a 50,5% dos votos válidos – percentual que, se concretizado, lhe daria a vitória no primeiro turno.

Os demais candidatos que pontuaram – Ciro Gomes (PDT, 6%), Simone Tebet (MDB, 5%) e Soraya Thronicke (União Brasil, 1%) — estão no mesmo patamar de votos da semana passada. É plausível, assim, que Lula tenha tirado eleitores do próprio Bolsonaro e, eventualmente, de indecisos.

Na simulação de segundo turno, a dianteira de Lula ante Bolsonaro também se alargou. Era de dez pontos percentuais há uma semana – 50% a 40%. Agora, está em 14 pontos – 52% a 38%. Outro dado negativo para o presidente é que a rejeição a seu governo cresceu, numericamente, em todas as regiões do País, especialmente no Nordeste, onde disparou de 48% para 55%.

Já a Pesquisa PoderData, embora faça entrevistas apenas por telefone, indica igualmente o crescimento lulista. Nos chamados votos válidos, Lula abriu dez pontos de vantagem sobre Bolsonaro – 48% a 38%. O ex-presidente oscilou dois pontos para cima, enquanto o atual mandatário oscilou um para baixo.

“Os dados do PoderData não permitem inferir que a eleição presidencial terminaria hoje com uma vitória de Lula no 1º turno”, diz o site Poder360, que divulgou o levantamento em primeira mão. “Faltam 4 dias e o petista terá de ganhar um pouco mais de apoio para liquidar a fatura em 2 de outubro.”

De acordo com os números, Lula vai notadamente melhor entre eleitores com renda até dois salários mínimos (55% a 30%), nordestinos (55% a 32%), mulheres (53% a 34%) e jovens de 16 a 24 anos (50% a 35%). Estabilizar esses indicadores e melhorar um pouco nos demais é o caminho para Lula sacramentar o êxito no domingo.