O presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, deputado Othelino Neto (PCdoB), e a vice-prefeita de Pinheiro, Ana Paula Lobato, prestigiaram a terceira edição do ‘Arraial Quilombola Solidário’, na histórica cidade de Alcântara, na noite de sábado (23). A ação integra o calendário local de eventos no período junino.
O parlamentar falou da importância do evento para a valorização das manifestações culturais locais.
“É uma grande alegria prestigiar essa linda festa, que oferece momentos de muita cultura e que congrega toda a cidade. Nós, que amamos Alcântara, não poderíamos deixar de aceitar o convite do amigo Haroldo Júnior, a quem parabenizo pela organização desse evento, que a cada ano vem se consolidando cada vez mais”, disse Othelino.
Segundo o chefe do Legislativo maranhense, esta é mais uma ação incentivada pelo Governo do Estado visando estimular a cultura e a economia da região.
Ana Paula Lobato também destacou a importância do evento para a cultura e o entretenimento da população. “Muito importante a realização desse movimento cultural, que valoriza as brincadeiras da terra, estimula os jovens a se integrarem à festança e deixa a cidade mais viva. Quero parabenizar o Haroldo Júnior, que organiza esta festa tão lindamente’, disse.O ‘Arraial Quilombola Solidário’, realizado na Praça da Matriz, apresenta uma diversificada programação com apresentações de danças portuguesas, quadrilhas, bumba meu boi, cacuriás, entre outras manifestações da cultura maranhense.
Aos 68 anos, morreu na noite deste domingo (24) o jornalista, radialista e empresário do setor de pesquisas de opinião pública Fernando Júnior. Ele estava internado no Hospital São Domingos, em São Luís (MA), onde lutava contra um câncer de próstata detectado há cerca de um ano.
Fernando Júnior começou no ramo de comunicação como repórter esportivo, na Rádio Educadora, depois se transferiu para a Rádio Timbira, emissora oficial do Estado, da qual foi diretor.
Nos anos 1990, passou a atuar no ramo de pesquisa, como proprietário da Escutec, uma das mais conceituadas do Maranhão.
Em 2018, numa entrevista à revista Maranhão Hoje, ele admitiu que as pesquisas podem trair quem as contrata, mas era um defensor da cientificidade desses levantamentos. Ele mencionou alguns exemplos de erros em campanhas do Maranhão.
Em 2008, várias pesquisas asseguravam que João Castelo seria eleito no primeiro turno, prefeito de São Luís, o que foi contestado apenas pela Escutec, que previu a disputa em segundo turno com Flávio Dino (PCdoB).
Na eleição de 2016, houve a mesma empolgação por parte de alguns institutos, que, com bastante antecedência do pleito, davam Edivaldo Holanda Júnior (PDT) eleito no primeiro turno, prefeito de São Luís, mas foi obrigado a disputar um segundo, com Eduardo Braide (PMN), e por pouco não perdeu.
Outro caso, por ele exemplificado, foi em 2014, quando a eleição era dada como ganha por Dilma Rousseff (PT) no primeiro turno, contudo, houve uma segunda rodada com Aécio.
Para evitar esses vexames, pregava cautela e atenção máxima ao desenrolar das campanhas, pois elas mudam muito de rumo com os debates, movimentos de rua etc.
NOTA DE PESAR – Jornalista e radialista Fernando Júnior
A Assembleia Legislativa do Estado do Maranhão lamenta, com profundo pesar, o falecimento do jornalista e radialista Fernando Júnior, 68 anos, dono do Instituto Escutec, ocorrido neste domingo (24), em São Luís.
Fernando Júnior começou sua carreira no radialismo da Educadora, sendo um dos mais promissores repórteres esportivos no final da década 70 e início de 80. Na rádio Timbira, consolidou-se como comentarista esportivo e, em 1994, decidiu criar o Instituto Escutec, que virou referência em pesquisa eleitoral no Maranhão.
Neste momento de pesar, a Assembleia Legislativa presta condolências aos familiares e amigos de Fernando Júnior, desejando forças para que superem a dor da imensurável perda.
Deputado Othelino Neto Presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Maranhão
Convenção estadual da Federação Brasil da Esperança (PT-PCdoB-PV) e PSB homologou candidaturas de Fernando Haddad ao governo do Estado e Márcio França ao Senado. Saiba como foi.
A Federação Brasil da Esperança aprovou a candidatura do ex-prefeito Fernando Haddad (PT) ao Governo de São Paulo nas eleições de outubro em convenção estadual realizada na manhã deste sábado (23), em um auditório da Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo).
A Federação do PT, PCdoB e PV também aprovou a coligação com o PSB, oficializando o ex-governador Márcio França (PSB) como candidato à vaga ao Senado na chapa majoritária. O evento ainda homologou as candidaturas proporcionais de cada partido da federação que já realizou suas convenções.
O evento também delegou à executiva estadual da Federação e demais encaminhamentos relacionados à chapa e eventuais alianças.
A vaga de vice de Haddad ainda não foi definida. O nome a ser escolhido deverá contribuir para agregar votos para além da esquerda e conquistar uma parcela mais ampla do eleitorado.
A mais recente pesquisa Datafolha, divulgada em junho, mostra Haddad com 34%, e o ex-ministro de Bolsonaro, Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o ex-prefeito de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB) empatados com 13% das intenções de voto.
Fernando Haddad foi convidado a discursar aos convencionais antecedido pelo jingle de sua pré-campanha, que empolgou e fez todos cantarem. “Eu quero Haddad aê, eu quero Lula lá. Haddad pronto para São Paulo”, diz o refrão envolvente em ritmo sertanejo.
Haddad destacou momentos da história em que seus colegas de mesa estiveram juntos, apesar das divergências. “Em 1984 estivemos nas ruas defendendo as Diretas Já. O Brasil não conseguia dar cabo de uma ditadura de 20 anos. Fomos às ruas defender a Assembleia Constituinte”, lembrou, citando Alckmin e Lula como deputados constituintes.
“A beleza da democracia é que, em 1998, quando Covas foi para o segundo turno contra um representante de direita, todos nos unimos para derrotar Maluf e eleger Covas governador, com Geraldo Alckmin como vice. Em 2000, recebemos a retribuição, quando Covas apoiou Marta prefeita”, contou.
Para ele, o Brasil está sob risco, o que torna esta eleição uma missão para cada um. “Bolsonaro não representa apenas a ditadura, mas o porão da ditadura, o pior da ditadura! Hoje o ocupante do Palácio do Planalto está lá conspirando dia e noite contra a redemocratização”.
Para ele, ver Alckmin no time de Lula, depois de ter sido seu adversário, só o engrandece. “Geraldo percebeu o risco e se somou ao Lula. Isso tem que ter um sentimento profundo na nossa alma de militante”.
Fernando Haddad também ressaltou o gesto de Márcio França de abrir mão de disputar o governo para ser o senador de São Paulo. “A gente ouve as maiores barbaridades em Brasília e não temos voz no Senado Federal. Márcio é uma pessoa talhada para defender São Paulo”.
O professor de ciência política citou a revolução de 1932 pelo que significou de ruptura entre São Paulo e o restante do Brasil. “A comunhão de São Paulo e Brasil nunca foi tão necessária. Ao contrário de 32, São Paulo e Brasil vão se dar as mãos”, disse.
Ele concluiu levantando a bandeira nacional e dizendo que ela “não é deles, não é de um fascista”.
“Vamos à luta, porque temos uma grande causa. Esse país é muito importante para o mundo. Precisamos ter pessoas à altura do Brasil no concerto das nações”, concluiu.
Geraldo Alckmin abriu seu discurso dizendo que “estamos juntos, porque o Brasil precisa”. Ele enfatizou a necessidade de resgatar a democracia, citando os episódios de violência política que se espalham pelo país, estimulados por Bolsonaro.
“Não é possível retrocedermos. A fome estava erradicada. Bolsonaro conseguiu tirar o Brasil do mapa do mundo e colocar o Brasil no mapa da fome”, disse, citando outras perdas de direitos sociais.
Ele destacou sua relação com, o então prefeito de São Vicente, Márcio França. Mencionou as realizações de Fernando Haddad como ministro da Educação. “O melhor ministro da educação do Brasil, dito com todas as letras”, afirmou, citando ainda sua parceria quando o petista era prefeito da capital.
“Fizemos a gratuidade do transporte para pessoas com mais de 60 anos, agora o Doria e o Rodrigo cortaram a gratuidade do idoso, mas baixaram o imposto do jatinho. Governar é escolher”.
Ao Senado, concorrerá Márcio França, que abriu mão de disputar o Palácio dos Bandeirantes para fortalecer o voto em Haddad.
O ex-governador destacou os “gestos rebeldes” que esta campanha representa, desde a formação da Federação e a aceitação de Alckmin para disputar a vice-presidência. “A rebeldia nesse momento se chama união com divergências. Aqui é nosso ato de convencimento”.
Segundo ele, o esforço de unidade visa a garantir os votos para que o presidente Lula possa fechar a eleição no primeiro turno. “Seria uma grande resposta de rebeldia do povo ao presidente Jair, dizendo que a maioria não concorda com ele”.
Pluralidade
A mesa foi formada com dirigentes estaduais do PV-SP, do PT-SP, do PCdoB-SP e do PSB-SP. O presidente nacional do PV, José Luiz Penna também esteve ao lado do candidato a vice-presidente da República, Geraldo Alckmin e sua esposa Lu Alckmin, como também de Fernando Haddad e Stella Haddad. A deputada Leci Brandão, a dirigente do PCdoB, Nádia Campeão, o secretário LGBT+ do PT-SP, Marcelo Morais e Chico Macena, do PT, também foram convidados.
O presidente do PV-SP, Marcos Belizário, fez seu discurso criticando a política ambiental de Bolsonaro e elogiando a “decência” de Fernando Haddad. O presidente do PCdoB-SP, Rovilson Brito, disse que Bolsonaro só enxerga sua reeleição ou o golpe. “O povo não vai deixar nem uma coisa nem outra. Somos forças políticas muito diversas e plurais, com muitas diferenças, mas com o ponto em comum da defesa intransigente da democracia e dos direitos dos trabalhadores”, afirmou.
O presidente do PT-SP, Luiz Marinho, ouve na boca do povo o clamor pela volta de Lula. “Mas temos que colocar de mãos dadas Lula e Haddad, São Paulo e o Brasil”, disse, enfatizando a necessidade avançar nos legislativos. Ele também criticou a falta de pulso do governo tucano, que tem esvaziado o estado de empresas.
O presidente do PSB-SP, Jonas Donizete, disse que seu partido foi recebido “com muito gosto”, como se diz no interior paulista. Ele destacou a candidatura de França ao Senado, pela ausência de uma voz representativa do estado naquela Casa. “Precisamos de um senador para defender os interesse do povo e dos municípios de São Paulo”.
Ele também enfatizou como Geraldo Alckmin é incansável em campanha e será peça fundamental. “O presidente Lula arrumou um companheiro que permite que ele possa dormir tranquilo. A lealdade chegou aqui e parou”, prometeu, exaltando também a capacidade técnica e política de Haddad.
O presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, deputado Othelino Neto (PCdoB), e a vice-prefeita de Pinheiro, Ana Paula Lobato (PSB), pré-candidata à primeira suplência na chapa de Flávio Dino (PSB) ao Senado, acompanharam o grande ato do movimento ‘O Maranhão Não Pode Parar’, em Pedro do Rosário, na Baixada Maranhense, neste sábado (23).
O evento marcou a confirmação do apoio do prefeito Toca Serra às pré-candidaturas de Othelino Neto a deputado estadual, de Carlos Brandão ao Governo do Estado e de Flávio Dino ao Senado, que também estiveram presentes ao ato.
Othelino comentou a decisão do prefeito em somar às forças políticas que abraçaram o movimento ‘O Maranhão Não Pode Parar’.
“Toca Serra é um grande parceiro, uma pessoa que está sempre em busca de bons projetos para ajudar sua cidade a crescer. Nós ficamos felizes em contar com ele e, sem dúvida, é um grande reforço para o nosso time”, afirmou Othelino.
Centenas de lideranças políticas e a população em geral marcaram presença ao ato, demostrando a força do grupo na região.
Ana Paula Lobato, que é vice-prefeita de Pinheiro, vizinha à cidade de Pedro do Rosário, falou da relação de amizade que eles têm e da importância do apoio de Serra ao grupo.
“Somos baixadeiros e lutamos para melhorar a vida das pessoas da nossa região. Estou feliz com seu apoio às nossas pré-candidaturas”, disse ela, ressaltando, ainda, a sua disposição em ajudar o estado, caso a chapa formada por ela e Dino ao Senado obtenha sucesso.
No ato, Carlos Brandão e Flávio Dino pontuaram os benefícios enviados a Pedro do Rosário, em parceria com o município. “Isso foi só o começo. No nosso projeto de continuidade das ações do governo, muito mais será feito ainda pela cidade”, garantiu Brandão.Ovacionado pelo público presente, Toca Serra comentou sua decisão em apoiar o grupo. “Esse é o meu time. Assim como o deputado Othelino, que muito tem nos ajudado, todos os demais também têm contribuído bastante para que nossa cidade avance em diversos aspectos”, disse.
A Câmara Municipal de São Luís encaminhou, na sessão ordinária da última terça-feira, 19, a indicação n.º 234/22, de autoria do Coletivo Nós (PT), solicitando ao governo do estado a criação de um departamento especializado em investigação de crimes de LGBTFOBIA.
Jhonatan Soares, co-vereador pelo Coletivo Nós, informou que no estado do Maranhão os casos de homofobia vêm aumentando muito principalmente contra travestis e transexuais.
“Neste sentido, a gente entende que é importante a Secretaria de Segurança do estado ter um setor específico para cuidar desses tipos de casos, a fim de dar maior celeridade nas investigações e, sobretudo, garantir a responsabilização das pessoas que cometem tais atos”, disse o co-vereador.
Jhonatan Soares ressaltou que atualmente a Secretaria de Direitos Humanos do estado conta com apenas um delegado que faz esse tipo de atendimento. “É preciso ter um setor melhor equipado para garantir o andamento das investigações”, frisou.
Crime
A homofobia é crime no Brasil desde o ano de 2019. Em junho daquele ano, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu equiparar os crimes que tem como motivação a homofobia aos crimes raciais, inclusive aplicando as mesmas penas, até o Congresso Nacional criar uma legislação específica sobre o tema.
Os crimes de homofobia estão ligados à Lei de Racismo (7.716/89) que prevê crimes de discriminação ou preconceito por “raça, cor, etnia, religião, procedência nacional, orientação sexual e identidade de gênero”. As penas para quem cometer atos homofóbicos podem ser de um até três anos de reclusão, além de multa.
Plano de Governo recebe mais de 13 mil sugestões. A Plataforma Participativa registrou mais de 277 mil acessos
A plataforma participativa “Juntos pelo Brasil” recebeu a maior participação popular da história da democracia brasileira: ao todo, foram mais de 13 mil propostas vindas de cidadãos comuns, movimentos sociais, coletivos de diversas origens, sindicatos e outras entidades, uma média de 500 por dia.
A Plataforma Participativa “Juntos pelo Brasil” recebeu sugestões de propostas para o programa de governo da chapa Lula/Alckmin entre os dias 20 de junho e 20 de julho.
Dentre o conjunto dos temas recebidos,15% foram sobre Direitos Humanos, 12% sobre Educação e 7% sobre Saúde. E o tema “Nova estratégia nacional de desenvolvimento justo, solidário, sustentável, soberano e criativo” representou 5% do total.
Houve mais de 277 mil acessos à Plataforma, representando pessoas que propuseram, que baixaram as diretrizes do Programa de Reconstrução e Transformação do Brasil e que também leram as propostas feitas por outras pessoas. Houve mais de 14 mil downloads das diretrizes.
As propostas foram enviadas ao site https://www.programajuntospelobrasil.com.br/ por pessoas e coletivos, algumas representam reflexões e bandeiras históricas de diversos movimentos sociais.
A plataforma Juntos pelo Brasil foi principalmente um instrumento de mobilização, que refletiu a agenda das redes sociais e da sociedade.
De acordo com os responsáveis pela Plataforma, o processo de participação social continuará depois de encerrar o prazo de contribuições. Tudo será sistematizado e entregue à Comissão de Redação do Programa de Governo. Além disso as propostas serão organizadas e entregues às equipes de transição e dos futuros ministérios.
Está prevista agenda do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Maranhão. A visita deve ser no mês de agosto, segundo antecipou o ex-ministro e integrante do comando de campanha do petista, Gilberto Carvalho. O pré-candidato à presidência da República deve visitar Caxias e a capital, São Luís.
A agenda integra plano de pré-campanha do PT para intensificar as viagens de Lula pelo país, já nas próximas semanas. No início de agosto, ele fará uma série de viagens pelos estados do Nordeste e além do Maranhão, o Piauí também figura na agenda.
Gilberto Carvalho esteve em São Luís, nesta semana, participando de evento na Fetaema e conversou com militantes petistas sobre a possibilidade de Lula vir ao Maranhão em agosto.
O presidente estadual do PT, Francimar Melo, também confirmou que há essa previsão. “A sinalização seria próximo a uma agenda no Piauí, prevista para o dia 3 de agosto. Ainda não foi batido o martelo, mas o presidente Lula já tem conhecimento e sinalizou que poderia vir nessa data entre 3 e 4 de agosto. A conclusão será feita com o Gilberto Carvalho pra conversar com a coordenação e fechar essa data junto conosco aqui”, informou. Ele disse ainda que pode haver outra visita ao estado, no mês de setembro.
Lula esteve no Maranhão pela última vez em agosto do ano passado, cumprindo agendas políticas, culturais e de inaugurações, ao lado do ex-governador Flávio Dino (PSB), do governador Carlos Brandão (PSB) e do senador Weverton Rocha (PDT).
“Eu agradeceria que o senhor Michel Temer não mais buscasse limpar sua inconteste condição de golpista utilizando minha inconteste honestidade pessoal e política”, disse Dilma logo no início da carta
A ex-presidenta Dilma Rousseff (PT) divulgou, na manhã desta sexta-feira (22), uma carta aberta na qual rebate as afirmações feitas pelo ilegítimo e golpista Michel Temer (MDB), em entrevista ao UOL nessa quinta-feira (21).
Temer afirmou aos jornalistas do UOL que o impeachment de Dilma não foi um golpe e que a ex-presidente é uma pessoa “honestíssima”.
“Eu agradeceria que o senhor Michel Temer não mais buscasse limpar sua inconteste condição de golpista utilizando minha inconteste honestidade pessoal e política”, disse Dilma logo no início da carta.
Ela continuou afirmando que Temer “articulou uma das maiores traições políticas dos tempos recentes” e listou os projetos encaminhados por ele ao Congresso, propostas que não faziam parte do programa de governo da chapa eleita.
A ex-presidenta segue dizendo que Temer é “alguém que articulou uma das maiores traições políticas dos tempos recentes”, e cita projetos do emedebista que “não estavam presentes nos planos dos governos eleitos em 2010 e 2014”, os quais Temer integrou como vice-presidente.
“As provas materiais da traição política estão expressas na PEC do Teto de Gastos, na chamada reforma trabalhista [que acabou com mais de 100 itens da Consolidação das Leis do Trabalho, a CLT] na aprovação do PPI [a política de preços da Petrobras atrelada ao dólar a variação de preços dos barris internacionais de petróleo] para as quais não tinha mandato”.
Nenhum desses projetos estavam em nossos compromissos eleitorais, pelo contrário, eram com eles contraditórios. Trata-se, assim, de traição ao voto popular que o elegeu por duas vezes. – Dilma Rousseff
“Lembro ainda que a “dificuldade de diálogo com o Congresso” não é razão legal e constitucional para impeachment em um regime presidencialista, como ele bem sabe”, destacou a ex-presidenta.
Dilma afirma que a “dificuldade” era uma rejeição às práticas do então presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (MDB-RJ). Segundo ela, Cunha já planejava implementar as emendas de relator, conhecidas como o chamado “orçamento secreto”, durante o seu governo.
“Finalmente, relembro que a História não perdoa a prática da traição. O senhor Michel Temer não engana mais ninguém. O que se conhece dele é mais que suficiente para evitá-lo, razão pela qual não pretendo mais debater com este senhor”, oncluiu.
Leia a íntegra da resposta de Dilma Rousseff a Michel Temer
Eu agradeceria que o senhor Michel Temer não mais buscasse limpar sua inconteste condição de golpista utilizando minha inconteste honestidade pessoal e política. É justamente essa qualidade que despreza, rejeita e repudia uma avaliação que parte de alguém que articulou uma das maiores traições políticas dos tempos recentes.
É de todo inócuo afirmar que não houve um golfe, pois este personagem se ofereceu como vice-presidente por duas vezes. E, assim, sabia por duas vezes qual era o programa político das chapas vitoriosas que foram eleitas em 2010 e 2014.
As provas materiais da traição política estão expressas na PEC do Teto de Gastos, na chamada reforma trabalhista e na aprovação do PPI para as quais não tinha mandato. Nenhum desses projetos estavam em nossos compromissos eleitorais, pelo contrário, eram com eles contraditórios. Trata-se, assim, de traição ao voto popular que o elegeu por duas vezes.
Lembro ainda que a “dificuldade de diálogo com o Congresso” não é razão legal e constitucional para impeachment em um regime presidencialista, como ele bem sabe,
Tal “dificuldade” era uma integral rejeição às práticas do presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha, criador do Centrão, que queria implantar com o meu beneplácito o “orçamento secreto”, realizado, hoje, sob os auspícios de um dos seus mais próximos auxiliares na Câmara Federal.
Finalmente, relembro que a História não perdoa a prática da traição. O senhor Michel Temer não engana mais ninguém. O que se conhece dele é mais que suficiente para evitá-lo, razão pela qual não pretendo mais debater com este senhor”.
Mais uma pesquisa de intenções de votos para o Senado, divulgada neste sábado(23), mostra que o ex-governador Flávio Dino(PSB) continua bem à frente dos seus adversários na disputa. Dino tem uma vantagem de 30 pontos de diferença para o segundo colocado, o atual senador Roberto Rocha(PTB).
De acordo com o levantamento da Exata/TV Guará, se a eleição fosse hoje, Dino venceria com 54% das intenções de votos, contra 24% de Rocha. O Pastor Bel(Agir36), que desistiu de concorrer, pontuou com 6%. Em seguida, aparecem Paulo Romão(PT) com 2%, Antônia Cariongo (PSOL) com 1%, Saulo Arcangelli do PSTU, também com 1%.
Os eleitores que escolheriam Nenhum, votam em Branco ou Nulo somam 7%. E aqueles que não sabem ou não responderam marcam 5%.
Confronto Dino x Rocha
O instituto Exata fez uma simulação de confronto direto entre Flávio Dino e Roberto Rocha. Dino obteria 55% das intenções de votos e Roberto Rocha marcaria 32%.
O levantamento, encomendado pela TV Guará, entrevistou 1.475 eleitores, entre os dias 12 e 17 de julho, e foi registrado no TRE sob o protocolo MA-00040/2022. A margem de erro da pesquisa é de 3,2% para mais ou para menos, sendo 95% de confiabilidade.