Arquivo mensal: julho 2022

Flávio Dino diz que Lula pode vencer no 1º turno e defende diálogos com MDB e PSDB

28-07-2022 Quinta-feira

O ex-governador do Maranhão e pré-candidato a senador Flávio Dino (PSB) disse que é “alto” o risco oferecido pela extrema-direita ao processo eleitoral deste ano, mas “menor” do que esse grupo político gostaria. Em entrevista ao canal de CartaCapital no YouTube, Dino afirmou que “a própria existência do risco já é grave”, mas que “essa gente é minoritária” e não deve ser superestimada.

Dino avaliou que o contingente próximo a 30% de eleitores de Bolsonaro não corresponde a apoiadores de pautas como armamentismo e golpe. O ex-governador considera que somente uma “fração mais radicalizada e sectarizada” deve se mobilizar durante a campanha, sobretudo no 7 de Setembro.

“Eles vão fazer de novo o 7 de Setembro, mais emocionados, já vendo a derrota eleitoral se avizinhando. Serão dias atribulados, antes, durante e depois da eleição, mas não creio que eles vão ter espaço para consumar um golpe“, avaliou o pessebista. “Teremos, ao meu ver, um resultado positivo, de modo geral. Setores mais radicalizados não vão conseguir os seus objetivos.”

Para Dino, o “mundo” compreende que os militares não têm autoridade “formal” e “moral” para questionar a eleição e promover uma ruptura institucional. Além disso, o presidente Jair Bolsonaro (PL) provavelmente continuará como um “candidato a ditador”, mas segue vivendo um “isolamento inédito”.

“Ele vai tentar imitar o Trump. E o desfecho vai ser o mesmo. Assim como Trump não conseguiu nos Estados Unidos, ele não conseguirá no Brasil”, disse Dino, em referência à invasão de militantes de extrema-direita ao Capitólio, após a vitória de Joe Biden.

O ex-governador afirmou considerar a possibilidade de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vencer já no primeiro turno, mas ponderou ser necessário se preparar para o cenário de disputa no segundo turno. Em relação às alianças do petista, Dino defendeu o diálogo com partidos como o MDB e o PSDB, que, ressalta ele, compõem o sistema democrático brasileiro há décadas.

“Respeitando todo o debate sobre o passado, porque ele é legítimo e não deve ser apagado, temos que colocar na frente o que é o principal em cada momento. O principal agora é isolar o Bolsonaro, impedir o golpe e garantir que o Lula possa governar.”

A entrevista está disponível no vídeo acima. (Da Carta Capital)

Projeto da LDO de São Luís recebe mais de 19 emendas e está pronto para ser votado na Câmara de São Luís

28-07-2022 Quinta-feira

A Comissão de Orçamento, Finanças, Planejamento e Patrimônio Municipal (COFPPM) da Câmara Municipal de São Luís, presidida pelo vereador Antônio Marcos Silva – o Marquinhos (PSC) se reuniu para fazer um balanço preliminar das emendas parlamentares apresentadas à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para o exercício 2023.

Ao texto original, enviado pelo Poder Executivo, foram protocoladas 19 emendas à LDO, sendo 08 modificativas, 08 aditivas e 03 supressivas. No entanto, até o fechamento desta edição, a relatora da peça, vereadora Rejanny Braga (DC), não tinha informado quantas propostas haviam sido acatadas pelo colegiado. O número de sugestões, entretanto, pode ser ainda maior, conforme explicou a relatora.

“Estamos na luta contra o tempo para cumprir o cronograma de trabalho. Nosso objetivo é que a peça final seja apreciada e votada em plenário na próxima segunda-feira, dia 1º de agosto. Foram 19 emendas, mas eu também pretendo apresentar sugestões. Só ao final da reunião de hoje teremos uma base de quantas emendas serão acatadas”, frisou.

Braga destacou ainda que, numa avaliação preliminar, as áreas da Saúde, Infraestrutura e Educação, tiveram mais interesse dos vereadores na apresentação das emendas. Os parlamentares que apresentaram propostas foram: Álvaro Pires (PMN), Antônio Garcez (Agir), Coletivo Nós (PT), Marlon Garcia (PSC), Charles dos Carrinhos (PRTB), Marlon Botão (PSB) e a própria relatora.

Previsão de votação

De acordo com o novo calendário de votação da LDO, a previsão é de que o vereador Marquinhos apresente o relatório final ao presidente da Casa, vereador Osmar Filho (PDT), até esta quinta-feira (28/07). A votação da peça orçamentária está prevista para ocorrer na próxima segunda-feira (1º/08). Em seguida, após a sua aprovação em plenário, o texto segue para sanção do prefeito Eduardo Braide (sem partido).

O que faz a COFPPM?

À Comissão de Orçamento, Finanças, Planejamento e Patrimônio Municipal (COFPPM) compete opinar sobre proposições e assuntos, inclusive os de competência de outras Comissões, que concorram para aumentar ou diminuir a despesa assim como a receita pública.

A especialidade é analisar todo e qualquer aspecto constitucional, legal ou jurídico, a atividade financeira do Município; sobre a fixação de subsídios e ajuda de custo a vereadores, prefeito e vice-prefeito; sobre o projeto de lei orçamentária, em especial os que disponham sobre o Plano

Plurianual, as Diretrizes Orçamentárias e o Orçamento Anual, bem como os projetos referentes à abertura de créditos.

Além disso, compete ainda ao colegiado, fiscalizar a execução orçamentária e emitir parecer sobre comunicação do Tribunal de Contas referente à ilegalidade de despesas decorrentes de contrato; bem como opinar sobre a organização ou reorganização de repartições da administração direta ou indireta aplicadas a esses fins.

Composição – Atualmente, a COFPPM da Câmara é composta por 6 vereadores, sendo 5 titulares e 1 suplente. Além do presidente Marquinhos Silva (PSC), também integram o colegiado os vereadores Daniel Oliveira (PL), Marlon Garcia (PSC), Fábio Câmara (PDT) e Anderson Martins (Avante) que, respectivamente, estão ocupando vagas dos vereadores Dr. Gutemberg (PSC), Nato Júnior (PDT) e Beto Castro (Avante), que se licenciaram dos cargos; e, como suplente, Rejanny Braga, que substitui o vereador Thyago Freitas (DC) que pediu licença do mandato.

Convenção vai oficializar Weverton Rocha candidato ao governo do Maranhão nesta sexta-feira

28-07-2022 Quinta-feira

Nesta sexta-feira (29), a partir das 16h, no estádio Nhozinho Santos, em São Luís, o senador Weverton Rocha vai ter sua candidatura confirmada em convenção do PDT.

“Teremos a oportunidade formalizar nossa proposta para todo o Maranhão”, afirma Weverton.

A Convenção Juntos Pelo Trabalho terá a participação de outros partidos que formarão a coligação: Republicanos, PROS, PL e o PTB. A convenção também irá confirmar o nome do vice-governador na chapa, o deputado estadual Hélio Soares (PL).

“Minha meta é gerar oportunidades de emprego para o povo do Maranhão”, defende Weverton.

O senador realizou 30 grandes encontros pelo Maranhão, ouvindo a população, conversando com lideranças locais e levantando os principais problemas do estado.

“É importante conhecer a realidade local, ouvir quem vive nos municípios, quem conhece a realidade do dia a dia das cidades. Fiz toda minha pré-campanha falando que o que está dando certo, vou continuar, mas o que estiver errado, vou ter coragem de mudar”, afirma.

Weverton Rocha falou ainda que lança sua candidatura defendendo uma pauta de geração de emprego e combate à pobreza no Maranhão.

“Vamos colocar comida na mesa das famílias maranhenses. Vamos gerar emprego para que as pessoas tenham dignidade. Eu conheço as dificuldades que muitos enfrentam. Já vivi isso. Quem conhece minha trajetória sabe.

Não sou filho de nenhum político poderoso nem empresário desse estado, por isso, incomodo tanto as elites”, afirmou Weverton.

Mesmo com pandemia, gestão Flávio Dino e Brandão cumpriu 88% das promessas de campanha, aponta G1

28-07-2022 Quinta-feira

Levantamento do site G1 divulgado nesta quarta-feira (27) revela que o Governo do Maranhão cumpriu integral ou parcialmente 88% das promessas de campanha assumidas em 2018 pela então chapa Flávio Dino e Carlos Brandão (ambos do PSB).

De acordo com o site de notícias da Globo apenas 12% dos compromissos de campanha firmados por Dino e Brandão ainda não foram cumpridos.

O bom resultado foi obtido mesmo em meio ao cenário desfavorável da pandemia do coronavírus, que causou estragos na economia de todos os estados brasileiros.

Segundo o G1, em três anos e meio o governo Dino/Brandão cumpriu de forma integral ou parcial 50 das 57 promessas de campanha anunciadas durante as eleições de 2018.

O levantamento do G1 revela que o Governo do Maranhão figura na quarta posição entre os estados que mais cumpriu promessas de campanha – levando em consideração os compromissos integralmente e parcialmente executados – atrás apenas do Rio Grande do Sul, Ceará e Mato Grosso.

*Maranhão na frente do Governo Federal*

Com 88% das promessas de campanha concretizadas ou em andamento, a dupla Dino e Brandão conseguiu obter resultado bem superior ao obtido pelo próprio Governo Federal no mesmo período.

O levantamento do G1 aponta que em pouco mais de três anos e meio, o presidente Jair Bolsonaro (PL) só conseguiu cumprir completamente ou em partes apenas 52% das promessas que fez aos seus eleitores.

Número de eleitores entre 16 e 17 anos aptos a votar cresce 51%

28-07-2022 Quinta-feira

O número de eleitores brasileiros cresceu cerca de 6,2% em 2022. Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a cifra é puxada, sobretudo, pelos jovens entre 16 e 17 anos, que registram um aumento de 51% do último pleito para o atual.

Somente nos quatro primeiros meses de 2022, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foram mais de dois milhões de novos jovens eleitore. O o crescimento do eleitorado entre 16 e 17 anos se deve às ações promovidas pela Justiça Eleitoral.

Uma das ações da Justiça Eleitoral, por exemplo, foi a Semana do Jovem Eleitor, realizada entre 14 e 18 de março deste ano junto aos 27 Tribunais Regionais Eleitorais (TREs). A campanha reuniu uma série de notícias com as principais informações sobre o pleito de 2022, legislação eleitoral, alistamento, transferência e regularização do título de eleitor. As redes sociais também foram mobilizadas, em parceria com influenciadores digitais, instituições públicas e privadas, além de organizações da sociedade civil. 

Os últimos dados do TSE apontam que o público com ensino médio completo compõe a maior parte do eleitorado brasileiro neste ano: 41.161.552 eleitoras e eleitores, o equivalente a 26,31% do total. De acordo com o tribunal, o grau de instrução predominante entre eleitores passou por mudanças em relação a 2014 e 2018, quando a principal faixa do eleitorado era composta por pessoas com o ensino fundamental incompleto.

Acima de 70 anos

No Brasil, o voto também é facultativo para pessoas com mais de 70 anos, mas esse eleitorado cresceu em relação às últimas eleições. O salto foi de 23,82%, passando de 12.028.608, em 2018, para 14.893.281 de idosos, em 2022. Eles representam hoje 9,52% de todo o eleitorado.

Fonte: Brasil 61

337 trabalhadores escravizados são resgatados em megaoperação em 15 estados do país

28-07-2022 Quinta-feira

Inspeções ocorreram em 22 estados e no Distrito Federal durante este mês. No ano foram resgatados 1.124 trabalhadores e trabalhadoras, entre eles, 149 foram vítimas de tráfico humano

A maior ação de resgate conjunta com foco no combate ao trabalho análogo ao escravo e tráfico de pessoas no país, resultou na libertação de 337 trabalhadores, em 15 estados brasileiros. Entre eles, estavam cinco crianças e adolescentes e quatro migrantes de nacionalidade paraguaia e venezuelana. Pelo menos 149 dos resgatados foram também vítimas de tráfico de pessoas.

Esta é a segunda edição da Operação Resgate, com quase 50 equipes de seis órgãos públicos, que começou no dia 4 de julho e segue em andamento. A ação percorreu 22 estados e no Distrito Federal durante este mês.

A primeira grande operação ocorreu em 2021, em que foram resgatados 136 trabalhadores, sendo cinco imigrantes e oito crianças e adolescentes. Somente este ano de 2022,  já foram libertados de 1.124 trabalhadores e trabalhadoras

Estados com mais pessoas resgatadas

Goiás e Minas Gerais foram os estados com mais pessoas resgatadas na operação conjunta deste mês. Segundo o Ministério Público do Trabalho (MPT), as atividades econômicas com maior quantidade de resgate no meio rural foram serviços de colheita em geral, cultivo de café e criação de bovinos para corte.

No meio urbano, chamaram a atenção os resgates ocorridos em uma clínica de reabilitação de dependentes químicos e os casos de trabalho doméstico. Seis trabalhadoras
domésticas foram resgatadas em cinco estados.

Verbas rescisórias chegam a quase R$ 4 milhões

A Operação Resgate II notificou os empregadores flagrados submetendo trabalhadores a essas condições a interromper as atividades e formalizar o vínculo empregatício dessas pessoas, bem como a pagar as verbas salariais e rescisórias devidas aos trabalhadores – que somaram mais de R$ 3,8 milhões. Além disso, podem ser responsabilizados por danos morais individuais e coletivos, multas administrativas e ações criminais.

Em relação a outras irregularidades trabalhistas, serão lavrados pelos auditores-fiscais do Trabalho aproximadamente 669 autos de infração, entre eles de trabalho análogo ao escravo, de trabalho infantil, falta de registro na carteira de trabalho e descumprimento de normas de saúde e segurança no trabalho. Também serão apuradas as infrações penais cometidas, bem como a autoria delitiva, para garantir a responsabilização criminal daqueles que lucraram com a exploração dos resgatados.

Indenização aos trabalhadores

Cada um dos resgatados também recebeu três parcelas do seguro-desemprego especial para trabalhador resgatado, no valor de um salário-mínimo cada.

Operação Resgate II 

É a maior ação conjunta no país com a finalidade de combater o trabalho análogo ao de escravo e o tráfico de pessoas, integrada pela Subsecretaria de Inspeção do Trabalho (SIT) do Ministério do Trabalho e Previdência, Ministério Público do Trabalho (MPT), Ministério Público Federal (MPF), Defensoria Pública da União (DPU), Polícia Federal (PF) e Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Participaram ativamente do resgate das vítimas mais de 100 auditoras e auditores fiscais do Trabalho, 150 policiais federais, 80 policiais rodoviários federais, 44 procuradoras e procuradores do Trabalho, 12 defensoras e defensores públicos federais e 10 procuradoras e procuradores da República.

Denúncias 

As Denúncias de trabalho análogo ao escravo podem ser feitas de forma remota e sigilosa no Sistema Ipê (ipe.sit.trabalho.gov.br), criado pela Subsecretaria de Inspeção do Trabalho (SIT) em parceria com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), pelo Disque 100 ou pelo site www.mpt.mp.br.

Com informações do MPT

Campanha Fora Bolsonaro volta às ruas “em defesa da democracia e por eleições livres”

28-07-2022 Quinta-feira

Frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular agendam mobilização nacional para 11 de agosto convocando a população a deter o golpismo de Bolsonaro

Movimentos sociais que integram a campanha “Fora, Bolsonaro” decidiram voltar às ruas em razão das várias ameaças à democracia feitas pelo presidente da República e seus apoiadores. Com o mote “Em defesa da democracia e por eleições livres”, a Campanha, composta pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, além de movimentos sociais e sindicais, entidades e coletivos populares, marcou duas datas de mobilizações em todo o país: 11 de agosto e 10 de setembro.

Em sua convocatória, as organizações orientam que articulações locais tenham contato prioritário com estudantes, que já vêm mobilizando atos para o Dia do Estudante, comemorado na mesma data, 11 de agosto. Na ocasião, também haverá leitura da “Carta aos Brasileiros e Brasileiras”, em defesa do estado democrático de direito, oficializado, no domingo (24), pela Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, da no Pátio das Arcadas, às 11h.

O manifesto é inspirado na “Carta” de 1977, lida por Goffredo da Silva Telles Jr., que pedia o restabelecimento de um estado democrático de direito e manifestava repúdio ao regime militar, vigente na época.

Segundo apuração do Portal Vermelho, a proposta inicial dos movimentos, após reunião realizada na sexta-feira (22), apontava duas datas: 6 de agosto e 10 de setembro. Porém, após nova reunião realizada nesta terça-feira (26), e a partir de uma sugestão de organizações estudantis, a data foi alterada de 6 para 11 de agosto.

10 de setembro

A Campanha também convocou protestos para 10 de setembro (sábado), três dias depois do Dia da Independência, quando apoiadores de Bolsonaro pretendem ir às ruas após o presidente os convocar “pela última vez”. No feriado de 7 de setembro, quando o Brasil comemora 200 anos de independência, a previsão é de que ocorram os tradicionais atos do Grito dos Excluídos.

No documento divulgado nesta quarta-feira (27), a coordenação da Campanha afirma que “a escalada autoritária e golpista do presidente Jair Bolsonaro exige a mobilização de todas as vozes comprometidas com a democracia e com a luta por direitos sociais, contra violência, a destruição do meio ambiente, o desemprego e a fome”.

Os movimentos sociais afirmam que as “eleições e a soberania do voto popular”, estão “ameaçadas pela violência política, por campanhas de desinformação e pelo ataque às instituições.”.

Calendário de Mobilizações

AGOSTO

02 – Ato em defesa da democracia e pelo respeito ao resultado eleitoral no Senado
Federal.

11 – MOBILIZAÇÃO NACIONAL: FORA BOLSONARO: Em defesa da democracia e por
eleições livres

SETEMBRO

07 – Grito dos Excluídos

10 – MOBILIZAÇÃO NACIONAL: FORA BOLSONARO: Em defesa da democracia e por
eleições livres

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Com informações de agências Por Bárbara Luz

Lula: “Se o dinheiro chegar na sua conta, pegue e coma, senão o Guedes toma”

28-07-2022 Quinta-feira

Em entrevista ao ‘UOL’, nesta quarta (27), ex-presidente afirmou que o povo não cai mais na demagogia eleitoreira de Bolsonaro. “O pobre quer ser doutor, e é isso que vou garantir”, assegurou o petista

O povo brasileiro abraçou a causa do desenvolvimento e da soberania nacional representada pelo movimento Vamos Juntos Pelo Brasil, liderado pelo ex-presidente Lula e o ex-governador Geraldo Alckmin. Em entrevista ao UOL, nesta quarta-feira (27), Lula reafirmou seu compromisso com o combate à fome e a geração de renda para a população, por meio do crescimento e da distribuição das riquezas do PIB. A entrevista foi concedida aos colunistas Kennedy Alencar, Alberto Bombig e Carla Araújo, com transmissão ao vivo pela TvPT e pelas redes de Lula. Na conversa de quase duas horas, Lula voltou a dizer que o povo não irá cair na demagogia eleitoreira de Jair Bolsonaro.

Lula comentou o desespero de Bolsonaro, às voltas com uma provável derrota em outubro, motivo pelo qual foi aprovada a PEC eleitoreira, também chamada de Auxílio Picolé.  “As pessoas vão pegar [o auxílio] e não vão votar nele. Tenho dito o seguinte, se o dinheiro chegar na sua conta, pegue e coma, senão o Guedes toma”, brincou. “Depois, dê uma banana no lugar do voto”.

Em tom sério, Lula falou sobre medidas urgentes para combater a fome e retomar o crescimento do país. “Quero que o povo pobre deixe de ser pobre. As pessoas têm de parar de pensar que pobre gosta de coisa de segunda, carne de segunda, feira de segunda. Não, a gente gosta de tudo de primeira, o povo quer comer bem, se vestir bem, ganhar bem, passear, ir a um restaurante”, enumerou Lula. “O pobre quer ser doutor, e é isso que vou garantir”, assegurou.

A ascensão dos mais vulneráveis à condição de classe média nos governos petistas incomodou a elite do país, apontou Lula. “É isso que gerou tanto ódio, ‘ah, o aeroporto tá cheio de gente, virou rodoviária, é a desgraça do Lula”, lembrou. “Pois eu quero mais pobre viajando de avião”, reagiu Lula.

Programa de reconstrução

Lula detalhou pontos de seu programa de governo, como a retomada de programas exitosos e de pastas hoje extintas e que foram importantes em seus mandatos e nos de Dilma Rousseff. “Pretendo retomar algumas políticas que foram sucesso”, anunciou Lula. “O Minha Casa, Minha Vida é um programa que precisa ser retomado. Foi o mais importante programa habitacional feito, que levava em conta que as pessoas que não podiam pagar [por uma casa] e a gente subsidiava. Foram contratadas mais de 4 milhões de casas”, destacou.

Sobre o Bolsa Família, Lula enumerou as políticas condicionantes e que o tornaram referência internacional. “O Bolsa Família não era um programa eleitoral”, disse Lula, comparando com o Auxílio Brasil de Bolsonaro. “Mudar de nome foi uma bobagem. Vamos retomar o Bolsa Família com R$ 600, óbvio que é preciso levar em conta o número de pessoas na família, não será igual para todo mundo”.

Salário mínimo e PIB

Lula reafirmou o compromisso com a volta do reajuste do salário mínimo acima da inflação, como ocorreu no seu governo e no de Dilma. Foi o gatilho de reajuste anual que permitiu um aumento real da renda dos brasileiros, possibilitando inclusive a saída do país do Mapa da Fome das Nações Unidas em 2014. “Antes de eu ser presidente, na década de 80, se dizia que aumentar causava inflação. Nós subimos o salário mínimo em 74% e não houve aumento da inflação”, insistiu.

“Todo trabalhador terá direito à reposição inflacionária e aumento em relação ao PIB. Só interessa o PIB crescer se for para distribuir. Distribuir riqueza é distribuir o PIB. Se o PIB cresce e a gente não distribui, só alguns ficam mais ricos e o povo vai continuar pobre”.

PAC

Ele destacou que a recriação do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) será muito importante na geração de empregos. “Vamos retomar obras, fazer um novo PAC”, previu. Lula reiterou que uma das primeiras medidas será uma reunião com todos governadores para fazer um levantamento das três principais obras em cada estado, de infraestrutura, para gerar empregos. “Para a gente começar a trabalhar antes do carnaval,  não há muito tempo, são quatro anos”.

“Os ministérios que eu tinha, irei recriá-los. Ministério da Igualdade Racial, dos Direitos Humanos, da Pesca, vou criar um das causas indígenas, e terá um índio. Não precisa ser um branco de terno e gravata. Eles estão preparados, se formaram, conhecem o problema deles”, argumentou. “É uma bobagem imaginar que ministério custa muito. Se a gente for ver, as agências reguladores custam mais do que ministros”. 

Cultura

“A cultura será muito importante. Além de recriar o ministério, vamos criar comitês estaduais de cultura, para ver se gente consegue nacionalizar a cultura, para mostrar o que acontecendo do ponto de vista cultural em Roraima, no Amapá, no Amazonas, no Pará, no Vale do Jequitinhonha, em Minas, no interior de São Paulo, do Rio Grande do Sul”, declarou.

“É preciso que a gente dê à cultura uma indústria, que é inclusive geradora de milhões de empregos. É preciso tratar isso com muito carinho, porque a riqueza cultural do Brasil é excepcional. É só andar o Brasil para se conhecer”, enfatizou.

Teto de Gastos

Lula voltou a criticar o teto de gastos e lembrou que suas gestões foram marcadas pela responsabilidade fiscal. “De todos os países do G20, o Brasil foi o único país que teve superávit primário todo ano. Eu não preciso de lei de teto de gastos. Quando você faz, é porque é irresponsável, porque não confia no seu taco, não tem segurança do que vai fazer”, desafiou.

“Quem obrigou o governo a fazer o teto de gastos? Foi a Faria Lima?”, perguntou. “Foi o sistema financeiro, que queria garantir o seu? Sem se importar que o povo tem direito a uma parte, que é preciso investimentos na saúde, na geração de emprego, para acabar com a fome, para melhorar as coisas no país”, sentenciou Lula.

Educação

Por isso o teto de gastos deve ser revisto, defendeu Lula, para investimentos sociais possam ser retomados. “Saúde, educação, ciência e tecnologia não é gasto na minha concepção, é investimento”, afirmou Lula. “Formar um engenheiro é tão importante quanto emprestar dinheiro para uma empresa, com juro baixo e dez anos de carência. Formar um médico, um pesquisador, é muito importante ao país”, justificou.

“Precisamos parar de discutir quanto vamos gastar e nos perguntar quanto custou ao país não fazer as coisas na hora certa. Quanto custou não investir em educação no começo do século passado? Quanto custou não investir na saúde, não melhorar a vida do povo trabalhador  no momento em que todo o mundo melhorou?”, indagou.

“Sempre ficamos para trás, fomos o último país a abolir a escravidão, a ter independência, o último a ter universidade. Como se explica a Argentina ter quase 40% dos jovens de 19 a 24 anos na universidade, o Chile, e o Brasil, somente no nosso governo, e que chegou a 17%, porque era menos do que 11%?”

Petrobras e soberania

Lula voltou a criticar a sanha entreguista do governo ao planejar privatizar setores estratégicos para o desenvolvimento nacional, especialmente no setor de energia. “Quando nós encontramos a mais importante jazida de petróleo no século 21, resolvemos destruir a Petrobras”, criticou, referindo-se a Bolsonaro.

“Revolvem privatizar a BR, gasoduto, vender refinaria. Hoje, um país que poderia ser a sexta economia mundial, é a décima terceira. Um país que é autossuficiente em petróleo, que poderia estar exportando derivado, não tem capacidade de refinar a quantidade que precisamos para consumir”, disse, indignado.

“Isso aqui não é república de bananas, o Brasil pode estar no mesmo patamar da China, dos EUA, da Alemanha, somos grandes. O que não podemos é pensar pequeno, achar que tem que vender porque o Estado não tem competência para nada”. Lula anunciou ainda que, se eleito, irá mudar a atual política de preços da Petrobras, que hoje penaliza a população com a inflação gerada pelo governo.

Estado e bancos públicos

Lula salientou o papel dos bancos públicos no desenvolvimento nacional e também na solução de crises, como a de 2008/2009. “Quem salvou a economia brasileira? Foram os bancos públicos. Quando a coisa tá feia, quem resolve é o Estado. Quando tá boa, todos falam, é o mercado, é mercado”, zombou.

“Quando o Lehman Brothers quebrou, quem salvou a economia foi o Estado, gastaram trilhões de dólares para recuperar a economia americana”, comparou o ex-presidente.

Democracia

Lula voltou a defender o processo eleitoral e elogiou as iniciativas da sociedade civil para rechaçar o golpismo de Bolsonaro, inclusive com a adesão de empresários às trincheiras da luta democrática. “Todos os brasileiros, homens e mulheres, precisam brigar muito para que a gente mantenha a consolidação do processo democrático no país”, afirmou Lula.

“Não podemos permitir que uma mentira, contada por um bronco que todo dia conta seis ou sete mentiras, tenha força nesse país”, reagiu Lula. “Estou muito feliz porque os intelectuais e os empresários resolveram se mexer, nos anos 70 e 80 foi assim, para consolidar a democracia”.

Lula alertou ainda que não é papel das Forças Armadas cuidar do processo de votação no país. “Discutir urna eletrônica é uma questão da sociedade civil, dos partidos, dos políticos e da Justiça Eleitoral, é assim que deve ser”, advertiu.

Orçamento secreto e centrão

Lula classificou o orçamento secreto como uma “excrescência” da política atual, um instrumento de manipulação do atual presidente pelo centrão. “O relator tem mais poder que o ministro, que o presidente da República? Onde aconteceu isso na história? Acontece agora, porque o presidente não tem poder, ele é uma marionete”.

“Eu era deputado quando vi o centrão ser criado. E foi criado para evitar o avanço da sociedade civil nas conquistas sociais da nossa Constituição”, observou Lula.

Violência política e Marcelo Arruda

Lula demonstrou preocupação com a escalada da violência política patrocinada por Bolsonaro, algo inédito na história da democracia brasileira, e que foi a causa do assassinato do petista Marcelo Arruda. “Existe uma frente bolsonarista que é frente do ódio, da violência, que quer atirar, matar”, lamentou Lula.

“Bolsonaro tem responsabilidade na morte do Marcelo”, frisou Lula. “É ele quem está instigando [a violência] no discurso dele, nas lives, no chiqueirinho onde fala todo dia”.

Lula insistiu que a polarização deve se dar no âmbito do debate político, como sempre ocorreu, historicamente, com partidos rivais, caso do PSDB. “Ele não sabe o que é polarização, ele é o ódio ao bom senso”, apontou. “Marcelo foi vítima do ódio”. E prometeu uma campanha sem ódio, com propostas claras para a reconstrução e transformação do Brasil.

PT

Simplício Araújo oficializa campanha ao Governo do Maranhão nesta quarta-feira (27), em São Luís

27-07-2022 Quarta-feira

“Eu acredito em um Maranhão com mais empregos e crescimento econômico. Vamos ampliar serviços públicos reduzindo gastos e ajudar a iniciativa privada a crescer para fortalecer o Maranhão”! Essa foi a declaração do pré-candidato do Solidariedade ao Governo do Maranhão, Simplício Araújo, sobre o início da jornada rumo a campanha para o Palácio do Leões, que será oficializada nesta quarta-feira (27), durante convenção do partido.

Com as bandeiras da geração de emprego e renda, o ex-secretário de indústria, comércio e energia, deve anunciar seu apoio ao senado, apresentar seu candidato a vice e sua chapa para deputado federal.

O evento será realizado no Rio Poty Hotel, na Ponta d’Areia, na capital. Está prevista além da executiva estadual do partido, a vinda de lideranças de várias cidades do interior do estado.

Projeto de Lei de Hildo Rocha quer reduzir desperdício de alimentos no Brasil

27-07-2022 Quarta-feira

O Projeto de Lei 1736/2022, do deputado Hildo Rocha, que está em tramitação na Câmara, estabelece a adoção de ações públicas e privadas para prevenir e reduzir o desperdício de alimentos. A proposta também aponta meios para fortalecer o combate à fome.

Segundo dados divulgados em junho de 2022, extraídos do 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, realizado pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional, cerca de 33,1 milhões de brasileiros não realizam todas as refeições necessárias diariamente, quase o dobro do contingente em situação de fome estimado em 2020.

Hildo Rocha argumenta que o combate ao desperdício de alimentos poderia contribuir para a melhoria desse quadro.

“Pesquisa divulgada recentemente pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura apresentou uma informação alarmante: aproximadamente um terço dos alimentos produzidos no mundo são desperdiçados. Estima-se que, apenas na América Latina e no Caribe, aproximadamente 220 milhões de toneladas de alimentos são desperdiçados a cada ano. No Brasil, estima-se que o desperdício médio anual seja de 41 quilos de alimentos por pessoa. Por esse motivo, inspirado em uma lei aprovada na XXXVI Assembleia ordinária do Parlatino, colegiado do qual faço parte, apresentei essa proposta legislativa, que poderá contribuir muito para reduzir o desperdício de alimentos no nosso País”, explicou Hildo Rocha.