Arquivo mensal: julho 2022

Carta aberta ao presidente da Câmara, por Orlando Silva

23-07-2022 Sábado

Finda a semana do mais grave atentado à democracia de nossa história recente, o presidente Arthur Lira não se manifestou, nem sequer uma postagem nas suas redes sociais. Não é esse o papel institucional e legal do chefe do Poder Legislativo.

Já se passaram alguns dias, mas confesso que ainda sigo impactado pelo deprimente espetáculo protagonizado por Jair Bolsonaro na última segunda-feira. Achei que já tivesse visto de tudo, mas um presidente da República – que, por força de nossa Constituição, acumula as funções de Chefe de Estado – convocar diplomatas de diversos países para desmoralizar a si próprio e à Nação que governa diante do mundo foi demais até para quem dele só espera o pior.

A repercussão do ato foi a negativa possível, aqui e alhures. Jornais de grande credibilidade internacional, como o americano The New York Times e o britânico The Guardian, apontaram que os embaixadores ficaram estarrecidos com o comportamento do brasileiro, que não cansa de apresentar acusações infundadas sobre o sistema eleitoral, prenúncio de sua possível tentativa de desestabilizar o país em caso de derrota.

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Entre os poucos que se pronunciaram, Pietro Lazzeri, embaixador da historicamente neutra Suíça, disse em bom diplomatês que deseja que as próximas eleições “sejam mais uma celebração da democracia e das instituições”. O torpedo mais direto e incisivo veio em nota oficial da embaixada dos Estados Unidos que, sem meias palavras, reafirmou confiança nas urnas eletrônicas e nas instituições: “As eleições brasileiras, conduzidas e testadas ao longo do tempo pelo sistema eleitoral e suas instituições democráticas, servem como modelo para as nações do hemisfério e do mundo”, disse o comunicado.

Uma verdadeira avalanche de lideranças, entre as quais se destacam o presidente do Senado e do Supremo Tribunal Federal, veio a público repudiar os ataques e manifestar confiança na democracia brasileira. De igual modo, procuradores da República, entidades representativas de delegados e de peritos criminais da Polícia Federal e um sem-número de magistrados e membros do Ministério Público Eleitoral saíram em defesa da confiabilidade das urnas eletrônicas e desmoralizaram as aleivosias proferidas por Bolsonaro.

Até mesmo os chefes das Forças Armadas, à sua forma, demonstraram contrariedade com o reiterado comportamento do presidente ao se negarem a comparecer na fatídica reunião e, segundo a imprensa, prestarem solidariedade aos ministros e ao STF.

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Jamais se viu um chefe do Executivo ser tão cabalmente desmascarado e isolado como nesse episódio. Pudera, trata-se de ato de traição nacional, com direito a crimes de responsabilidade e crimes eleitorais às escâncaras.

Finda a semana do mais grave atentado à democracia de nossa história recente, o presidente Arthur Lira não se manifestou, nem sequer uma postagem nas suas redes sociais.

Francamente, não é esse o papel institucional e legal do chefe do Poder Legislativo, expressão maior da soberania do voto popular. Não é mera questão de vontade, mas de dever, pois entre suas atribuições está a de zelar pela dignidade da Câmara e respeito a suas prerrogativas constitucionais.

Quando as agressões de Bolsonaro à democracia passam a questionar a própria legalidade do resultado eleitoral, coloca-se em questão a legitimidade não apenas do Executivo, mas também dos mandatos dos atuais e futuros parlamentares. Tanto mais porque agora, em sua cruzada golpista, passou a ameaçar até a realização das eleições.

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O presidente da Câmara dos Deputados tem o dever de se manifestar publicamente para defender a democracia e o poder Legislativo. Nesse momento, ele não representa apenas a si, mas o parlamento. Não lhe é dado o direito ao silêncio!

Por fim, lembro de um episódio quando a PEC do Voto Impresso foi derrotada na comissão especial e deveria ter sido arquivada, na minha leitura do Regimento. Entretanto, o parecer de rejeição da fatídica PEC foi para uma exótica votação em plenário.

Na ocasião, o próprio deputado Arthur Lira disse taxativamente que a decisão da Casa colocaria fim à campanha difamatória contra as urnas eletrônicas. Chegou mesmo a afirmar que tinha esse acordo com o próprio Jair Bolsonaro e deu sua palavra como aval.

Não fosse pelo dever institucional já mencionado, será também em respeito à autoridade de seu cargo. Presidente Arthur Lira, Vossa Excelência precisa falar!

Orlando Silva é deputado federal pelo PCdoB/SP, presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados

Publicado originalmente por Congresso em Foco

Othelino e Ana Paula participam de atos políticos em Coroatá e Coelho Neto em apoio a Brandão e Dino

23-07-2022 Sábado

O presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, deputado Othelino Neto (PCdoB), esteve, nesta sexta-feira (22), nos municípios de Coroatá e Coelho Neto, para participar de mais encontros do movimento ‘O Maranhão não pode parar’, que reuniu uma multidão de apoiadores às pré-candidaturas do governador Carlos Brandão (PSB) à reeleição, de Flávio Dino (PSB) ao Senado e de Lula (PT) à Presidência da República.

Também estiveram presentes aos atos o ex-secretário e pré-candidato a vice-governador, Felipe Camarão (PT), a vice-prefeita de Pinheiro e pré-candidata à primeira suplência na chapa de Flávio Dino, Ana Paula Lobato (PSB), além de pré-candidatos a deputados estadual e federal.

Othelino Neto destacou a força que o movimento tem conquistado nos municípios pelos quais tem passado. “Esse é o projeto da continuidade para termos novos avanços. Em todos os lugares por onde passamos, a população tem abraçado nossas ideias porque sabe que não podemos retroceder agora. Vamos em frente, pois o Maranhão não pode parar”, afirmou o chefe do Legislativo maranhense.

Em Coroatá, o encontro foi organizado pelo prefeito Luís da Amovelar Filho e pelo vice Juscelino da Fazendinha, que falaram sobre a alegria em receber a comitiva, sob o comando do governador Carlos Brandão.

“Esse grupo político está trabalhando diuturnamente pelo povo do nosso estado. Somos muito gratos pelo trabalho que está sendo feito e, também, pelo que está por vir”, declarou o prefeito Luís da Amovelar Filho.

Nos atos, o governador Carlos Brandão disse que esses encontros com a população tem lhe proporcionado mais vigor ainda para continuar no caminho iniciado com Dino. “Viveremos dias mais prósperos ainda, porque temos disposição, vontade e sabemos como fazer. O apoio do povo nós já temos”, ressaltou.

Ana Paula Lobato falou dos propósitos pelos quais o grupo trabalha e destacou o engajamento e a força feminina, que têm somado ao movimento. “Sentir essa energia em cada lugar que vamos é muito entusiasmante. Estou muito feliz de participar dessas andanças e o meu desejo é colaborar com nosso estado, fazendo jus ao convite que recebi do ex-governador Flávio Dino para ser sua primeira suplente de senador”, afirmou ela.

Engajamento

Em Coelho Neto, uma multidão acompanhou o ato político, organizado pelo prefeito Bruno Silva. Ele ressaltou o engajamento da população ao movimento ‘O Maranhão não Pode Parar’. “São muitos os benefícios conquistados pelo nosso município. Por isso, tivemos essa bela resposta aqui, hoje. Coelho Neto está com Brandão porque acredita esse projeto de continuidade”, disse.

Desindustrialização acelerou no país com golpe e Bolsonaro

23-07-2022 Sábado

Pesquisa do IBGE aponta que 2.865 fábricas fecharam as portas no primeiro ano da pandemia. Em dez anos, o setor perdeu 9.579 empresas e um milhão de trabalhadores

A desindustrialização no Brasil se acelerou nos últimos sete anos, agravando-se ainda mais desde que Jair Bolsonaro e seu ministro-banqueiro Paulo Guedes abandonaram os setores da economia produtiva para privilegiar o capital financeiro. Concomitantes, financeirização e desmonte do parque industrial fecharam as portas de milhares de fábricas e desempregaram um milhão de trabalhadores nos últimos dez anos.

Desde 2011 até 2020, a indústria perdeu 9.579 empresas, ou 3,1% do total, aponta a Pesquisa Industrial Anual (PIA): Empresa e Produto 2020. Apenas entre o primeiro e o segundo ano de Bolsonaro (2019/2020), 2.865 empresas encerraram as atividades enquanto Guedes cortejava seus pares no mercado financeiro.

O estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revela ainda que, em 2020, o país tinha 303,612 mil empresas com uma ou mais pessoas ocupadas. Com 6,3 mil indústrias extrativas e 297,3 mil indústrias de transformação.

Em comparação a 2019 (306.477 empresas), a queda do número de empresas foi de 0,9% – 0,8% nas indústrias extrativas e 0,9% nas indústrias de transformação. Após esse sétimo recuo anual consecutivo, o setor atingiu o menor patamar da série histórica desde 2010, quando 299.862 empresas industriais mantinham suas atividades.

O maior patamar foi atingido sob o Governo Dilma Rousseff, em 2013, quando o setor bateu recorde, tanto do número de indústrias quanto de mão de obra ocupada (334,9 mil empresas e 9 milhões de empregados). Desde 2013, a queda é de 9,4% no número de empresas (31,4 mil) e de 15,3% das vagas oferecidas.

Em 2020, a indústria ocupava 7,652 milhões de pessoas, das quais 97,4% operavam nas indústrias de transformação. Entre 2011 e 2020, o setor perdeu um milhão de trabalhadores (-11,6% do total), sendo 5.747 vagas nas indústrias extrativas e 998.200 nas indústrias de transformação. Das 29 divisões da Indústria, nove perderam pessoal.

Nesses dez anos, foram mais atingidos os “setores que provavelmente enfrentam de forma mais intensa mudanças estruturais relacionadas, por exemplo, à evolução da tecnologia, à forte concorrência com o setor externo e à dependência do consumo interno”, afirma o texto de apresentação do relatório.

Porte médio e salários das empresas sofreram queda

O porte médio das empresas caiu de 28 para 25 empregados. As indústrias extrativas permaneceram com a média de 32 pessoas em 2011 e em 2020. Nas indústrias de transformação, a média caiu de 28 para 25 pessoas.

O salário médio na Indústria também caiu, de 3,5 salários mínimos para 3,0 s.m, nesses dez anos. Ante 2019, o salário médio caiu de 3,2 para 3,0 s.m. Nas indústrias extrativas, se manteve em 4,6s.m. e nas indústrias de transformação, caiu de 3,1 para 2,9 s.m.

Mesmo pagando salários mais elevados, as Indústrias extrativas sofreram redução no salário médio, de 6,1 s.m. em 2011 para 4,6 s.m. em 2020. Nas Indústrias de transformação, o salário médio caiu de 3,5 s.m. em 2011 para 2,9 s.m. em 2020.

As empresas geraram R$ 4,0 trilhões de receita líquida de vendas (R$ 274,6 bilhões na indústria extrativa e R$ 3,7 trilhões na indústria de transformação) em 2020. Já a participação da fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias na receita líquida da indústria (7,1%) caiu 4,9 pontos percentuais em 2020. Com isso, o ramo caiu da segunda para a quarta posição no ranking.

“O comportamento do setor automobilístico está relacionado ao fato de que outros setores cresceram mais, além da própria redução do setor. É uma atividade que já vem enfrentando crises sucessivas com motivações diferentes desde 2009”, explica a gerente de Análise Estrutural do IBGE, Synthia Santana.

“Em 2011, tinha uma participação de 12%, mas foi tendo reduções, especialmente no biênio 2015/2016 em que chegou a 8,2 e 8,1%, até cair ao ponto mais baixo da série para 7,1% em 2020”, arremata a pesquisadora.

Como causa principal do recuo geral da indústria na última década, Synthia resume: “Foi uma sucessão de crises”. A começar pela recessão de 2015 e de 2016, que desacelerou a economia nos anos seguintes. “Vimos uma tendência de redução do número de empresas desde 2014, início da crise”, prossegue a pesquisadora.

Aquele também foi o ano do início da operação Lava Jato, que fez o Brasil perder R$ 172,2 bilhões em investimentos e 4,4 milhões de empregos, conforme pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Em 2015, os derrotados no ano anterior reforçaram a depauperação econômica com as pautas-bomba e outras ações de sabotagem oriundas do Congresso Nacional. As medidas do usurpador Michel Temer e o completo descaso de Bolsonaro/Guedes com a indústria completaram o serviço.

Lula: “Não existe política de desenvolvimento, o que existe é política de venda”

O abandono de bem-sucedidas políticas organizadoras da atividade produtiva dos governos petistas afugentou investidores e afundou a indústria nacional em um atoleiro. Gigantes multinacionais do setor se despediram do Brasil nos últimos três anos.

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Após a supressão de iniciativas e investimentos federais ocorrida sob Michel Temer, o desgoverno Bolsonaro agravou deliberadamente o abandono da indústria transferindo responsabilidades para o mercado. A ausência do Estado levou ao vácuo de propostas e projetos para o país que marca o último ano de Jair Bolsonaro no Planalto. Como “legado”, a transformação do Brasil em “patinho feio” dos investidores estrangeiros.

O alto desemprego e o arrocho salarial criados pela “reforma trabalhista” de 2017 também se agravaram sob Bolsonaro. Como resultado, foi afetada a capacidade de consumo das famílias, reduzida a demanda da sociedade, aniquilada o dinamismo da atividade produtiva e retroalimentada a queda de empregos e de renda.

Ao fim do primeiro trimestre de 2022, a produção industrial ainda patina em patamares inferiores aos já medíocres níveis pré-pandemia. Em março deste ano, o setor ficou 2,1% abaixo do patamar de fevereiro de 2020 e 18,5% abaixo do nível recorde registrado em maio de 2011, sob Dilma Rousseff, aponta a Pesquisa Industrial Mensal (PIM) do IBGE.

Em suas entrevistas, Luiz Inácio Lula da Silva vem destacando a importância dos investimentos públicos para reativar a depauperada economia nacional. “Para se transformar em um país industrial, é preciso que você faça investimento em ciência e tecnologia, é preciso que você faça mais universidades, mais escolas técnicas. Isso acabou”, lamentou Lula em entrevista para a Rádio Conexão 98 de Palmas (TO).

“Não existe política de desenvolvimento do Bolsonaro, o que existe é uma política de venda daquilo que foi construído ao longo de tantos e tantos anos porque não tem política de desenvolvimento, não tem projeto industrial. O problema é que como não tem governo, não tem projeto, então não tem investimento”, finalizou Lula.

PT, com informações de Agência IBGE

Advogado Tarcísio Araújo alerta sobre os riscos das fake news na campanha eleitoral

22-07-2022 Sexta-feira

Durante entrevista ao Bom Dia Mirante, nesta sexta-feira (22), o procurador-geral da Assembleia Legislativa do Maranhão, advogado Tarciso Araújo, falou sobre a cartilha de ‘Condutas Vedadas e Lei das Eleições’, lançada pela Alema, e o ciclo de debates sobre a ‘Nova Lei de Licitações’, que objetiva capacitar gestores e assessores das Câmaras Municipais e Prefeituras de todo o Maranhão.

No bate-papo com o jornalista Clovis Cabalau, do quadro ‘Bastidores’, Tarcisio informou que a cartilha tem como base as disposições da Lei Federal n° 9.504/97 (Lei das Eleições), além de resoluções do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e jurisprudências dos diversos Tribunais Eleitorais do país.

“A cartilha tem como principal objetivo orientar os candidatos e agentes públicos no desempenho de suas atividades, de maneira que sejam praticadas dentro dos limites previstos na legislação eleitoral”, explicou o advogado.

Tarcísio Araújo destacou, ainda, que as fake news serão um dos principais problemas da campanha eleitoral deste ano, ressaltando a importância de combater a desinformação.

“Levando em consideração que a Internet se tornou um indispensável meio de comunicação, ela se torna mais propícia à propagação de notícias falsas, visto que qualquer cidadão tem autonomia para publicar o que quiser. A internet não é terra sem lei, existe uma série de medidas válidas para redes sociais e usuários, com a intenção de coibir o compartilhamento de desinformações na internet”, pontuou.

Ciclo de palestras

Tarcisio também comentou sobre o ciclo de palestras que tem como tema a ‘Nova Lei de Licitações’ que está sendo realizado pela Assembleia Legislativa nos munícipios do estado.

“Estamos compartilhando técnicas para interiorizar e disseminar as informações sobre as novidades da Nova Lei de Licitações, a fim de capacitar o corpo técnico das assessorias das Casas Legislativas municipais, Prefeituras e o público em geral que tenha interesse em relação à temática. Já estivemos em Balsas, Estreito, Imperatriz e pretendemos estender para todo o Maranhão ”, concluiu.

Othelino determina contratação de nova banca organizadora do concurso público da Alema

22-07-2022 Sexta-feira

O presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, deputado Othelino Neto (PCdoB), informou, na tarde desta sexta-feira (22), em suas redes sociais, que a Mesa Diretora da Casa, por meio da Resolução Administrativa 594/2022, decidiu rescindir contrato com a Fundação Centro Estadual de Estatística, Pesquisa e Formação de Servidores Públicos do Rio de Janeiro (CEPERJ), responsável pelo último concurso público da Alema.

Othelino informou, ainda, que determinou a contratação de uma nova banca organizadora, garantindo a manutenção de todas as inscrições deferidas no concurso público.

“Reafirmamos nosso compromisso com a transparência e isonomia na condução do concurso da Assembleia Legislativa, a fim de selecionar os candidatos mais capacitados para integrar o quadro de pessoal deste Poder”, afirmou Othelino.

A Resolução Administrativa 594/2022 está publicada no Diário Oficial desta sexta-feira, disponível no site www.al.ma.leg.br

Prefeito Eduardo Braide anuncia retirada das rotatórias da Avenida dos Holandeses

22-07-2022 Sexta-feira

O prefeito de São Luís, Eduardo Braide, anunciou intervenção no trânsito da Avenida dos Holandeses. Ele informou que todas as rotatórias da via serão retiradas.

As obras fazem parte do programa Trânsito Livre e segundo o prefeito, “será o maior programa de mobilidade urbana que São Luís já viu”. Ele ressaltou ainda que “a série de intervenções é para garantir melhor mobilidade”.

Nesta primeira etapa, serão retiradas todas as rotatórias da Avenida dos Holandeses, iniciando pelo Caolho. As obras já estão em andamento. Posteriormente, outras rotatórias devem ser retiradas.

Para 42% dos brasileiros, Bolsonaro estimula a violência

22-07-2022 Sexta-feira

Associação entre Bolsonaro e violência é ainda maior entre os eleitores mais jovens

O presidente Jair Bolsonaro (PL) é responsável pela onda de violência política que tem tomado o País nas últimas semanas. Esta é a opinião de 42% do eleitorado brasileiro, conforme pesquisa PoderData realizada entre os dias 17 a 19 de julho.

Na visão desses eleitores, as declarações de Bolsonaro estimulam seus apoiadores a cometer atos de violência. Para 48%, as falas do presidente não induzem episódios de agressão. Outros 10% não sabem ou não responderam.

Essa associação entre Bolsonaro e violência é ainda maior entre os eleitores mais jovens. Nada menos que 51% dos brasileiros de 16 a 24 anos atribuem essa responsabilidade ao presidente da República.

Em 9 de julho, um apoiador do presidente, o policial penal Jorge José da Rocha Guaranho, assassinou em Foz do Iguaçu (PR) o guarda municipal e militante do PT Marcelo Aloizio de Arruda, que comemorava seu aniversário de 50 anos com uma festa temática petista. Antes da execução, Guaranho gritou “aqui é Bolsonaro”.

O PoderData ouviu 3 mil eleitores, por telefone, de 17 a 19 de julho, em todos os estados. A margem de erro é de dois pontos percentuais.

Por André Cintra

Governador Brandão agradece o apoio do MDB e de Roseana à sua reeleição

22-07-2022 Sexta-feira

Assim que soube da decisão da convenção partidária do MDB, o governador do Maranhão, Carlos Brandão (PSB), fez questão de ir pessoalmente agradecer ao partido e a ex-governadora Roseana Sarney, comandante da legenda no estado, o apoio para as eleições de 2022.

Brandão participou da reta final da convenção e fez questão de citar o nome da ex-governadora, por entender que ela teve influencia na escolha do seu nome como o candidato ao Governo do Maranhão nas eleições deste ano.

“Roseana, eu quero agradecer você que é o grande nome desse partido, porque eu tenho certeza de que você influenciou essa decisão […]. E pode ter certeza que nosso governo em parceria com o Governo Lula, será um grande governo no estado do Maranhão. Eu tenho gratidão a todos vocês que vieram dos seus municípios, que sabiam que eu estaria aqui para receber esse apoio. Esse é um momento histórico. Minha gratidão a todos vocês que fazem o MDB. Nosso estado continuará crescendo e o MDB fará parte dessa nova página que está sendo escrita”, afirmou.

A ex-governadora e pré-candidata a deputada federal agradeceu a presença de Brandão e pediu ao governador, que se reeleito for, priorize os programas sociais criados na sua gestão sejam mantidos e garantiu participação ativa e efetiva na campanha eleitoral.

O MDB só ainda não fechou questão na escolha do candidato ao Senado.

Fiesp enfatiza compromisso com a democracia e o Estado de Direito

22-07-2022 Sexta-feira

A entidade empresarial se posiciona após o discurso golpista de Bolsonaro colocando sob suspeita, para embaixadores de outros países, o sistema eleitoral

Depois de quatro dias da fala golpista de Bolsonaro desacreditando o sistema eleitoral brasileiro numa reunião com embaixadores de outros países, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) divulgou documento direcionado aos candidatos a presidente da República enfatizando o compromisso com a democracia e o Estado de Direito.

O documento “Diretrizes prioritárias – governo federal 2023-2026” recomenda aos presidenciáveis que é preciso garantir um sistema eleitoral com regras claras de financiamento, que assegurem a isonomia entre os concorrentes.

“Dentre todos os elementos de segurança jurídica, ressaltam-se, com maior ênfase, o compromisso com a democracia, o Estado de Direito e a solidariedade social, as principais vítimas das crises econômicas e institucionais. O compromisso com a segurança jurídica é premissa essencial para o futuro de qualquer país na contemporaneidade”.

Além da segurança jurídica, os empresários tratam sobre outros temas como ambiente macroeconômico, reforma tributária, política industrial, inovação e tecnologia, comércio exterior, infraestrutura, educação, política social, construção civil e habitação, agronegócio, economia verde e modernização trabalhista.

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Economia

De acordo com a entidade, o baixo e instável crescimento econômico brasileiro tem afastado o país dos padrões necessários para redução da desigualdade e transição para uma economia desenvolvida.

“Seus entraves estão vinculados tanto a eventos conjunturais adversos quanto a problemas estruturais, como é o caso da desindustrialização. Nesse sentido, vale lembrar que a indústria de transformação liderou o crescimento da economia brasileira até a década de 1980, quando sua participação foi superior a 20% do PIB”, lembrou.

Contudo, a Fiesp reconhece que o setor perdeu protagonismo, chegando a 11,3% de participação em 2021, dificultando o crescimento econômico. “Ademais, a agenda contemporânea de política industrial agrega novos desafios, dado que essa industrialização precisa ser sustentável, inclusiva e capaz de incorporar rapidamente os novos paradigmas tecnológicos”, defendeu.

Para isso, a entidade defende acelerar a transição para a Indústria 4.0 com a definição de um marco legal, adequando incentivos e reduzindo custos de financiamentos para todo o setor industrial.

“Deve-se, ainda, fomentar o desenvolvimento produtivo e tecnológico de fornecedores e startups, além de especializar e criar instrumentos para as Médias, Pequenas e Micro Indústrias (MPMIs)”, propôs.

Por Iram Alfaia

Bolsonaro zomba dos milhões de desempregados no país: “Tem de correr atrás”

22-07-2022 Sexta-feira

Ironia presidencial teve endereço certo, os  jovens, grupo que tem mais dificuldade de recolocação no mercado de trabalho e, em suas maioria (52%) declara intenção de voto em Lula

Com mais de 10,6 milhões de trabalhadores e trabalhadoras desepregados, sendo 7,6 milhões na faixa etária dos 14 a 29 anos, o presidente Jair Bolsonaro (PL) zomba do drama das famílias brasileiras dizendo que jovens “têm de correr atrás” de emprego e dá a entender que não tem nada a ver com isso.

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A fala ocorreu durante encontro de Bolsonaro com apoiadores na saída do Palácio da Alvorada na manhã desta quinta-feira (21). Ele ironizou a dificuldade dos brasileiros de conseguir emprego, especialmente os jovens que, segundo o IBGE,  passam mais tempo tentando uma colocação ou recolocação no mercado de trabalho do que os demais trabalhadores.

Ele associou a dificuldade a uma suposta doutrinação durante as gestões do PT. De acordo com o presidente, estudantes jovens “têm que correr atrás” de empregos.

Segundo Bolsonaro, “o ensino foi de mal a pior no governo do PT”, e “interessa a juventude ser doutrinada, ser um boca aberta”. Por isso, estariam culpando o governo por não conseguir inserção no mercado de trabalho. “Eu não crio emprego, quem cria emprego é o setor privado. Eu não atrapalho o empreendedor, como fizemos várias leis”, declarou.

Como sempre faz, a fala Bolsonaro é confusa e distorcida. O presidente da República é, sim, responsaável pela geração de emprego e renda, com propostas efetivas para aquecer a economia, como investimentos pesados em infraestrutura e construção de casas populares, entre mutias outras que estão no programa de governo do ex-presidente Lula (PT), como focar na reindustrialização nacional em novas bases tecnológicas e ambientais; estimular a reforma agrária e a economia solidária, à economia criativa e à economia verde inclusiva, baseada na conservação, e na restauração e no uso sustentável da nossa biodiversidade.

A sequência da fala sobre doutrinação não tem nada a ver com a geração de empregos, uma questão mais relacionada a eficiência de gestão e decisão política, propostas concretas, coisa que este governo não tem.

Em 2014, durante o governo da ex-presidenta Dilma Rousseff, não se discutia doutrinação política, eram colocadas em prática propostas efetivas. Resultado: havia pleno emprego – a taxa de desemprego chegou a apenas 4,3%.

“Os jovens, principalmente de escolas técnicas já saiam empregados e os aposentados eram convidados a retornar ao trabalho”, afirmou em entrevista ao PortalCUT o ex-diretor-técnico do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e atual assessor do Fórum das Centrais Sindicais, Clemente Ganz Lúcio.

Eleições 2022

A nova rodada da pesquisa Exame/Ideia, publicada nesta quinta-feira (21), mostrou que Lula tem ampla vantagem sobre seu principal adversário no primeiro turno entre jovens.

Entre os eleitores com idade entre 16 e 24 anos, o petista marcou 52% das intenções de voto, enquanto Bolsonaro apareceu com 21%.

Vídeo do Congresso em Foco.