Arquivo mensal: junho 2022

Lula: “Brasil precisa acabar com a fome, voltar a ser humanista e a ter paz”

30-06-2022 Quinta-feira

Em entrevista ao vivo no início da tarde de hoje à Rádio Educadora, de Piracicaba (SP), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a reafirmar seu compromisso com o combate à fome, a geração de emprego e a reconstrução do Brasil e defendeu que o país volte à normalidade, a ser humanista e a ter paz.

“Esse país não nasceu para ser pequeno e esse país não nasceu para que o povo passe fome. Não tem explicação alguém em Piracicaba, ou alguém em minha Caeté, lá em Pernambuco, ou alguém na capital de São Paulo ir dormir com fome porque não tem o que comer”, disse, indignado, declarando também que o que o entusiasma a voltar a se candidatar à Presidência é o compromisso de acabar com a fome outra vez e fazer o Brasil voltar a crescer, a se desenvolver, a gerar emprego e oportunidades para as pessoas.

“O que nós queremos na verdade é provar que esse país não precisa ter fome. Já fizemos isso uma vez. Não tem explicação econômica nem política do povo brasileiro ter fome, 33 milhões de pessoas passando fome e 105 milhões com algum problema de insegurança alimentar, sem conseguir as proteínas e calorias necessárias para sobrevivência’.

Desgovernança e irresponsabilidade

De acordo com o ex-presidente “desgovernança e irresponsabilidade” são o que explicam o fato de as pessoas voltarem a passar fome no país que é o terceiro maior produtor de alimentos e o maior produtor de proteína animal do mundo.

“Não tem sentido as pessoas não terem o que comer. Estou convencido de que podemos acabar com a fome. Já fizemos isso e vamos fazer outra vez. Cada brasileiro tem que ter direito a tomar café da manhã, almoçar e jantar. Nenhuma criança precisa ir dormir com fome. Temos condições de fazer isso”.

Lula afirmou que, num eventual novo governo, lançará um pacote de investimentos em infraestrutura para estimular a geração do emprego. Ele afirmou também ser preciso ter credibilidade para estimular investimentos interno e externo.

Reconstrução do Brasil

O ex-presidente afirmou também ser preciso ter credibilidade junto à sociedade para criar um novo Brasil, de paz e entendimento entre as pessoas.

“O país está desmontado, as instituições estão desacreditadas, brigando entre si. Precisamos fazer o pais voltar à normalidade. Ninguém precisa ter raiva de ninguém. Ninguém precisa ter ódio de ninguém. Esse país precisa voltar a ter paz, voltar a ser humanista para que a gente se trate bem e se respeite. E isso vai acontecer com muito investimento para gerar emprego e esperança. Estou convencido de que isso vai acontecer”.

Deputado Zé Inácio (PT) destina emenda para área da educação em João Lisboa

30-06-2022 Quinta-feira

O deputado Zé Inácio (PT) esteve na Secretaria de Estado da Educação (Seduc), ao lado do prefeito de João Lisboa, Vilson Soares, para garantir melhorias ao município nessa área. Eles foram recebidos pela titular da pasta, Leuzinete Pereira.

Na ocasião, foi assinado convênio referente à emenda destinada pelo parlamentar para a aquisição de equipamentos que servirão para estruturar e garantir melhorias nas escolas da cidade.

“Esse é um momento de valorização da educação e é gratificante poder contribuir. Para isso, contamos com o apoio do governador Carlos Brandão, por meio da Seduc, que tem investido, cada vez mais, para melhorar e ampliar a educação dos maranhenses. Parabenizo também o prefeito Vilson pelos investimentos feitos na educação de João Lisboa.”, disse Zé Inácio.

Othelino e Ana Paula participam de grande ato político em Paço do Lumiar em apoio a Dino e Brandão

30-06-2022 Quinta-feira

O presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, deputado Othelino Neto (PCdoB), e a sua esposa e vice-prefeita de Pinheiro, Ana Paula Lobato (PSB), participaram, na noite de terça-feira (28), do ato de apoio do empresário e advogado Fred Campos e seu grupo político, em Paço do Lumiar, às pré-candidaturas do governador Carlos Brandão (PSB) à reeleição e do ex-governador Flávio Dino (PSB) ao Senado.

O evento, que aconteceu no Sítio Grande, em Paço do Lumiar, contou com a participação de diversos pré-candidatos ligados ao movimento “O Maranhão não Pode Parar”.

No ato, Othelino pontuou avanços conquistados na gestão do ex-governador Flávio Dino e ressaltou a força política de Fred Campos.

“Dino fez muito como governador e, sem dúvida, será um grande senador para trazer mais benefícios ao nosso estado, destinando emendas para novas ações. Aqui está o grupo que ama e quer ver o Maranhão cada vez melhor. E o apoio do Fred é muito importante para concretizarmos esta vitória que estamos começando a construir”, disse o parlamentar.

Ana Paula Lobato, pré-candidata à primeira suplência na chapa de Flávio Dino ao Senado, destacou sua vontade em contribuir para que o Maranhão continue progredindo.

“Nosso futuro senador pode contar comigo. Estou pronta para seguir nesta missão de trabalhar pelo povo do nosso estado ao lado de Flávio Dino, melhor governador da história do Maranhão, que realizou tantos benefícios. Não tenho dúvidas de que será também um grande senador”, frisou Ana Paula.

O anfitrião do evento, Fred Campos, agradeceu a presença dos apoiadores ao ato político. “Uma honra receber todos esses amigos que confiam no nosso projeto de continuar trabalhando em prol dos maranhenses. Contem comigo”, enfatizou.

Desenvolvimento – Durante o ato, Flávio Dino afirmou que o Maranhão segue na direção certa. “Por isso, temos que continuar transformando o nosso estado como fizemos nos último anos, desenvolvendo obras e ações concretas, não com promessas. E Brandão está dando continuidade a esse trabalho e fará ainda mais”, disse.

O evento contou, ainda, com a participação do pré-candidato a vice-governador, Felipe Camarão, e de diversos outros postulantes a deputado estadual e federal aliados do grupo.

Governador Carlos Brandão deve receber alta nas próximas horas e retornar ao MA

30-06-2022 Quinta-feira

A expectativa é que o governador licenciado Carlos Brandão (PSB), nas próximas horas, recebe alta hospitalar em São Paulo e retorne ao Maranhão.

Assim que retornar ao estado, Brandão assume imediatamente o comando do Palácio dos Leões.

O titular do Blog encontrou, ocasionalmente, na quarta-feira (29), um familiar do governador num restaurante da capital maranhense, que confirmou a informação de alta de Brandão nas próximas horas e retorno ao Maranhão nos próximos dias.

O familiar do governador assegurou ainda que Brandão estaria já pronto para reassumir o comando do Maranhão e iniciar sua pré-campanha.

Jorge Aragão

Lula diz que é preciso resolver a dívida de 70 milhões de famílias brasileiras

30-06-2022 Quinta-feira

Endividamento da população e inadimplência são consequências do desemprego, inflação alta e empobrecimento da população no desgoverno Bolsonaro.

Em entrevista nesta quarta-feira, 29 de junho, à Rádio Educadora, de Piracicaba (SP), o ex-presidente Lula falou sobre o programa de sal pré-candidatura que ainda este em discussão com a sociedade. Ele apontou prioridades para reconstruir o Brasil, entre elas, a redução dos juros e a questão do endividamento das famílias brasileiras. O ex-presidente coloca esses dois temas como prioridades.

“Nós vamos restabelecer a democracia no Brasil, vamos restabelecer a civilidade e vamos fazer com que muita coisa aconteça.  É preciso reduzir a política de juros, é preciso resolver o problema da dívida de 70 milhões de famílias brasileiras que estão endividadas nos cartões, algumas porque estão utilizando o cartão para comprar comida”, afirmou.

Lula afirmou que no total das dívidas há muitos penduricalhos e sugeriu negociação com credores para que fique apenas o principal. “Tem muitos penduricalhos nessas dívidas. Então, é preciso afastar esses penduricalhos, para que a pessoa fique apenas com o principal”. Lula se referia aos juros compostos que fazem as dívidas crescerem duas, três vezes mais do que o valor contratado.

Endividamento da população e inadimplência são consequências do desemprego, inflação alta e empobrecimento da população no desgoverno Bolsonaro, que retirou direitos dos trabalhadores e não criou políticas de valorização do salário mínimo e de geração de emprego.

Mais cordialidade

Lula refletiu sobre a situação do país, que está “uma loucura”, sem entendimento entre as pessoas e disse haver muita coisa e conversa por fazer. “Conversa com os empresários, conversa com os trabalhadores, conversa com os professores e conversa com os alunos porque o Brasil foi tirado de sua normalidade. (…). O Brasil hoje está uma loucura, as pessoas não se entendem”.

Como exemplo das anormalidades do país hoje, o ex-presidente citou o fato de o Congresso tomar conta do Orçamento da União, atribuição do Presidente da República.   “O Congresso tomou conta do orçamento da união, que era de administração o presidente da República. O poder judiciário está fazendo mais política do que o Congresso Nacional, o Congresso nacional está judicializando a política”. (…). Nós vamos ter que parar, pensar e fazer as coisas acontecerem, com mais cordialidade, com mais civilidade, com mais democracia e com mais participação da sociedade”.

Com o site lula.com.br

Osmar Filho comemora o sucesso do arraial “Festa na Praça”

30-06-2022 Quinta-feira

Milhares de pessoas prestigiaram o arraial “Festa na Praça”, organizado pelo presidente da Câmara Municipal de São Luís, Osmar Filho (PDT), nesta semana, no bairro do São Francisco. Realizado nos dias 28 e 29, na Praça Frei Antônio Sinibaldi, na Av. Ferreira Gullar, o arraial contou com apresentações de quadrilhas, grupos de cacuriá e bumba meu boi e shows de forró, além de disponibilizar espaço kid’s para a criançada que compareceu ao local.

Entre as apresentações folclóricas que animaram o público presente estiveram o grupo Lamparina, Boi Barrica, Boi de Maracanã, Boi da Maioba, Boi de Santa Fé, entre outros. “É uma alegria participar desta festa promovida pelo vereador Osmar”, afirmou o presidente do Boi Pirilampo, Renato Dionísio.

Morador do bairro, o pedreiro Joenilson Santos, disse que adorou o arraial: “Estou achando maravilhoso, porque saí do serviço e vim pra cá me divertir”. Da mesma forma, a dona de casa Domingas Jansen destacou, particularmente, a programação e, ainda, o fato de o arraial estar localizado perto de sua casa, o que descartou a possibilidade do seu deslocamento para outros pontos da cidade.

Osmar Filho falou da sua alegria em poder proporcionar ao bairro do São Francisco esse momento de exaltação à cultura do Maranhão. “Nós sabemos o quanto os moradores do São Francisco gostam e precisam de momentos de lazer como este. Sem falar que eventos dessa natureza ajudam a impulsionar a economia local. Agradeço a Deus por eu poder oportunizar isto ao bairro”, disse o pedetista, lembrando que há dois anos a festa não era realizada devido a pandemia do Covid.

O senador Roberto Rocha (PTB), o deputado federal Josimar Maranhãozinho (PL) e diversas outras autoridades também passaram pelo arraial, como os vereadores Álvaro Pires (PMN) e Silvana Noely (PTB) e, o secretário municipal de Agricultura, Pesca e Abastecimento (Semapa), Liviomar Macatrão. O vereador agradeceu ao apoio de todos, sobretudo, do senador Weverton (PDT), de Josimar Maranhãozinho e da Prefeitura de São Luís, que abraçaram esse projeto focado em valorizar a cultura do estado.

Governador do MA em exercício, Paulo Velten, é condecorado durante Jornada Científica do Judiciário Piauiense

30-06-2022 Quinta-feira

Nesta quinta-feira (30), o governador em exercício do Maranhão, desembargador Paulo Velten, foi condecorado com diploma e medalha do mérito do judiciário durante a III Jornada Científica do Judiciário Piauiense, promovida pela Escola Judiciária do Estado do Piauí.

A honraria, criada em 1994 para homenagear pessoas físicas ou jurídicas, nacionais ou estrangeiras que tenham prestado relevantes serviços à cultura jurídica ou à justiça de modo geral, foi entregue a Velten pelo presidente do Tribunal de Justiça do Piauí, desembargador José Ribamar Oliveira.

“Essa comenda eu recebo com especial apreço. Nós temos aqui, desde a Escola de Magistratura, trabalhado em um sistema de parcerias permanente com o Judiciário do Piauí. Para mim, esse reconhecimento público é de especial significado, só aumenta, ainda mais, o compromisso com o Poder Judiciário”, frisou Paulo Velten.

O presidente do TJ/MA e governador em exercício do Maranhão recebeu, ainda, medalha da Escola Judiciária Desembargador Tomáz Campelo e placas de agradecimento.

“O desembargador Paulo Velten recebe, hoje, a nossa maior comenda do Tribunal de Justiça, a medalha do mérito do judiciário piauiense, tendo em vista os inúmero serviços prestados ao Poder Judiciário do Piauí como palestrante, conferencista, e como professor convidado aqui da Escola Judiciária”, afirmou o presidente do Tribunal de Justiça do Piauí, desembargador José Ribamar Oliveira.

Na oportunidade, Paulo Velten abriu a III Jornada Científica do Judiciário Piauiense, com a palestra Magna ”O Judiciário na Era das Inovações”, que contou com a presença da governadora do Piauí, Maria Regina Sousa.

“O desembargador Paulo Velten é palestrante, professor de direito e é, inclusive, professor da Escola do Piauí. Hoje, ele é uma liderança da magistratura, é nosso colaborador e vai dar aula, a palestra magna na abertura do nosso evento de hoje”, pontuou o diretor da Escola Judiciária do Piauí, desembargador Sebastião Ribeiro Martins.

Dez milhões de pessoas tornaram-se pobres em dois anos de Bolsonaro

30-06-2022 Quinta-feira

Mapa do FGV Social revela que quase uma população de Portugal decaiu socialmente entre 2019 e 2021. “A pobreza nunca esteve tão alta”, diz o pesquisador Marcelo Neri

A catastrófica condução socioeconômica do desgoverno Bolsonaro fez quase dez milhões de pessoas cruzarem para baixo a linha da pobreza no Brasil entre 2019 e 2021. “Foram 9,6 milhões de pessoas que cruzaram a linha. É quase a população de Portugal”, assusta-se o diretor do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV Social), Marcelo Neri.

“Os maiores nível e incremento da pobreza na pandemia são robustos. Eles pintam o mapa da pobreza brasileiro em tons mais fortes de tinta fresca”, afirma o pesquisador na apresentação do Mapa da Nova Pobreza. Segundo ele, “a pobreza nunca esteve tão alta no país quanto no ano passado, desde o início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, em 2012”.

Divulgado nesta quarta-feira (29), o estudo coordenado por Neri revela que o contingente de pessoas com renda domiciliar per capita de até R$ 497 mensais atingiu 62,9 milhões de brasileiros em 2021. São 29,6%, ou quase um terço da população total de brasileiros, tentando sobreviver com menos de meio salário mínimo a cada mês.

“A pobreza nunca esteve tão alta no país quanto no ano passado, desde o início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, em 2012”, segundo o diretor do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV Social), Marcelo Neri.

“Demonstramos neste trabalho que 2021 é ponto de máxima pobreza dessas séries anuais para uma variedade de coletas amostrais, conceitos de renda, indicadores e linhas de pobreza testados”, explica o economista. Foram analisados dados de pobreza entre os 146 estratos geográficos nacionais e todas as Unidades da Federação.

A pesquisa avaliou o nível e a evolução espacial da pobreza durante os últimos anos com base em microdados da Pnad Contínua Anual, divulgados recentemente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Santa Catarina (10,16%) foi o estado com a menor taxa de pobreza registrada, e o Maranhão (57,90%), com a maior.

“Aquele com maior pobreza em 2021 é o Litoral e Baixada Maranhense, com 72,59%. Já a menor está no município de Florianópolis, com 5,7%. Uma relação de 12,7 para um, refletindo a conhecida desigualdade geográfica brasileira”, conclui Neri.

Montanha-russa de ascensão e decadência em três anos

Em meados de junho, a FGV Social publicou outro estudo (A Montanha-Russa da Pobreza), revelando que a mudança da proporção de pobres se acelerou entre 2020 e 2021. De um ano para outro, o salto foi de 42,11%, correspondendo a 7,2 milhões de novos pobres em relação a 2020 e 3,6 milhões de novos pobres em relação ao pré-pandemia.

“Em termos da última fotografia anual da pobreza, 10,8% da população estava abaixo da linha de pobreza de R$ 210 per capita em 2021, ou cerca de 23 milhões de pessoas. Em termos relativos ou absolutos, é o nível mais alto da série histórica”, afirma Neri na apresentação. “Esta linha, embora baixa para suprir necessidades básicas, é usada como critério de elegibilidade a algum benefício pelo Auxílio Brasil.”

https://pt.org.br/brasil-ganha-72-milhoes-de-miseraveis-em-apenas-um-ano/embed/#?secret=7PL5q0HTF9

Neri diz que “os brasileiros mais pobres têm de fato vivido uma montanha-russa nos três últimos anos”. Conforme o pesquisador, a renda mensal dos 10% mais pobres já vinha em queda antes da chegada da covid-19, despencando a menos da metade no início do isolamento social (R$ 114 em novembro de 2019 a R$ 52 em março de 2020).

A renda do grupo foi mais do que quadruplicada até o pico histórico em agosto de 2020 (R$ 215), que Neri considera “a fase mais generosa do Auxílio Emergencial”. Mas daquele pico, o valor desabou novamente, ficando 15,8% abaixo do nível pré-pandemia (R$ 96) em novembro de 2021.

“Este último valor projeta tendência negativa, pois incorpora os valores nominais fixados do novo Auxílio Brasil face o cenário prospectivo de inflação alta, especialmente para baixa renda”, ressalta o pesquisador. “Além de prosperidade e igualdade, estabilidade é um atributo fundamental para o bem estar social. Tal como as duas primeiras, ela se encontra em falta no caso brasileiro”, finaliza.

Golpe e Bolsonaro destruíram conquistas da população

O diretor do FGV Social coordenou um estudo apresentado em 2008 sobre a “nova classe média”. A pesquisa, hoje clássica, abordou a parte da população anteriormente classificada como classe de renda D que, na segunda metade da década de 2000, ascendeu à classe de renda C.

Entre 2003 e 2008, o número de brasileiros estatisticamente considerados como pobres se reduziu em três milhões. Segundo pesquisa do Instituto Data Popular, mais de 42 milhões de brasileiros ascenderam à nova classe média até 2014.

O consumo dessa classe que finalmente ascendera socialmente injetou anualmente cerca de R$ 1,1 trilhão na economia brasileira, ajudando o país a minimizar os impactos da crise internacional de 2008-2011. Em 2014, com pleno emprego, alta taxa de formalização do trabalho e 92% dos reajustes de data-base superiores à inflação, a classe C brasileira, isoladamente, tornou-se o 18º maior mercado de consumo do mundo.

https://pt.org.br/classe-media-perde-conquistas-garantidas-nos-governos-do-pt/embed/#?secret=nlK6lqj0xN

Após a reeleição de Dilma Rousseff, a crise promovida pelos derrotados em 2014 fez com que seis milhões de brasileiros deixassem essa faixa de renda entre 2015 e 2018. Em 2014, as pessoas que viviam na pobreza eram 9,8% da população, menor índice da série histórica. Pelos cálculos de Marcelo Neri, mesmo que o Brasil crescesse, em média, 2,5% ao ano, só voltaria a ostentar índices de pobreza semelhantes a 2014 em 2030.

Da Redação, com informações da FGV

A catastrófica condução socioeconômica do desgoverno Bolsonaro fez quase dez milhões de pessoas cruzarem para baixo a linha da pobreza no Brasil entre 2019 e 2021. “Foram 9,6 milhões de pessoas que cruzaram a linha. É quase a população de Portugal”, assusta-se o diretor do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV Social), Marcelo Neri.

“Os maiores nível e incremento da pobreza na pandemia são robustos. Eles pintam o mapa da pobreza brasileiro em tons mais fortes de tinta fresca”, afirma o pesquisador na apresentação do Mapa da Nova Pobreza. Segundo ele, “a pobreza nunca esteve tão alta no país quanto no ano passado, desde o início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, em 2012”.

Divulgado nesta quarta-feira (29), o estudo coordenado por Neri revela que o contingente de pessoas com renda domiciliar per capita de até R$ 497 mensais atingiu 62,9 milhões de brasileiros em 2021. São 29,6%, ou quase um terço da população total de brasileiros, tentando sobreviver com menos de meio salário mínimo a cada mês.

“A pobreza nunca esteve tão alta no país quanto no ano passado, desde o início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, em 2012”, segundo o diretor do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV Social), Marcelo Neri.

“Demonstramos neste trabalho que 2021 é ponto de máxima pobreza dessas séries anuais para uma variedade de coletas amostrais, conceitos de renda, indicadores e linhas de pobreza testados”, explica o economista. Foram analisados dados de pobreza entre os 146 estratos geográficos nacionais e todas as Unidades da Federação.

A pesquisa avaliou o nível e a evolução espacial da pobreza durante os últimos anos com base em microdados da Pnad Contínua Anual, divulgados recentemente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Santa Catarina (10,16%) foi o estado com a menor taxa de pobreza registrada, e o Maranhão (57,90%), com a maior.

“Aquele com maior pobreza em 2021 é o Litoral e Baixada Maranhense, com 72,59%. Já a menor está no município de Florianópolis, com 5,7%. Uma relação de 12,7 para um, refletindo a conhecida desigualdade geográfica brasileira”, conclui Neri.

Montanha-russa de ascensão e decadência em três anos

Em meados de junho, a FGV Social publicou outro estudo (A Montanha-Russa da Pobreza), revelando que a mudança da proporção de pobres se acelerou entre 2020 e 2021. De um ano para outro, o salto foi de 42,11%, correspondendo a 7,2 milhões de novos pobres em relação a 2020 e 3,6 milhões de novos pobres em relação ao pré-pandemia.

“Em termos da última fotografia anual da pobreza, 10,8% da população estava abaixo da linha de pobreza de R$ 210 per capita em 2021, ou cerca de 23 milhões de pessoas. Em termos relativos ou absolutos, é o nível mais alto da série histórica”, afirma Neri na apresentação. “Esta linha, embora baixa para suprir necessidades básicas, é usada como critério de elegibilidade a algum benefício pelo Auxílio Brasil.”

Neri diz que “os brasileiros mais pobres têm de fato vivido uma montanha-russa nos três últimos anos”. Conforme o pesquisador, a renda mensal dos 10% mais pobres já vinha em queda antes da chegada da covid-19, despencando a menos da metade no início do isolamento social (R$ 114 em novembro de 2019 a R$ 52 em março de 2020).

A renda do grupo foi mais do que quadruplicada até o pico histórico em agosto de 2020 (R$ 215), que Neri considera “a fase mais generosa do Auxílio Emergencial”. Mas daquele pico, o valor desabou novamente, ficando 15,8% abaixo do nível pré-pandemia (R$ 96) em novembro de 2021.

“Este último valor projeta tendência negativa, pois incorpora os valores nominais fixados do novo Auxílio Brasil face o cenário prospectivo de inflação alta, especialmente para baixa renda”, ressalta o pesquisador. “Além de prosperidade e igualdade, estabilidade é um atributo fundamental para o bem estar social. Tal como as duas primeiras, ela se encontra em falta no caso brasileiro”, finaliza.

Golpe e Bolsonaro destruíram conquistas da população

O diretor do FGV Social coordenou um estudo apresentado em 2008 sobre a “nova classe média”. A pesquisa, hoje clássica, abordou a parte da população anteriormente classificada como classe de renda D que, na segunda metade da década de 2000, ascendeu à classe de renda C.

Entre 2003 e 2008, o número de brasileiros estatisticamente considerados como pobres se reduziu em três milhões. Segundo pesquisa do Instituto Data Popular, mais de 42 milhões de brasileiros ascenderam à nova classe média até 2014.

O consumo dessa classe que finalmente ascendera socialmente injetou anualmente cerca de R$ 1,1 trilhão na economia brasileira, ajudando o país a minimizar os impactos da crise internacional de 2008-2011. Em 2014, com pleno emprego, alta taxa de formalização do trabalho e 92% dos reajustes de data-base superiores à inflação, a classe C brasileira, isoladamente, tornou-se o 18º maior mercado de consumo do mundo.

Após a reeleição de Dilma Rousseff, a crise promovida pelos derrotados em 2014 fez com que seis milhões de brasileiros deixassem essa faixa de renda entre 2015 e 2018. Em 2014, as pessoas que viviam na pobreza eram 9,8% da população, menor índice da série histórica. Pelos cálculos de Marcelo Neri, mesmo que o Brasil crescesse, em média, 2,5% ao ano, só voltaria a ostentar índices de pobreza semelhantes a 2014 em 2030.

PT, com informações da FGV

Câmara de São Luís reúne ativistas para celebrar Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+

30-06-2022 Quinta-feira

A Câmara Municipal de São Luís promoveu, nesta terça-feira (28), Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+, um café da manhã cultural para refletir sobre a importância do respeito e da igualdade. A programação foi realizada na Casa, por iniciativa do Coletivo Nós (PT), com o objetivo de dar visibilidade a esta parcela da população e fomentar a diversidade.

O co-vereador Jhonatan Soares, do Coletivo Nós (PT), destacou a importância de celebrar a data e afirmou que sua luta no Legislativo ludovicense vai sempre prezar pela igualdade de direitos, pela diversidade, pela tolerância e combate a qualquer tipo de discriminação ou violência contra homossexuais e pessoas trans.

“O café da manhã, que reuniu vários ativistas, militantes, pesquisadores e gestores da politica LGBTQIA+, serviu para celebrar o dia 28 de junho, uma data que é fundamental para dar voz e visibilidade para essa causa, além de colocar nossas pautas em debate e conscientizar a sociedade sobre nossa luta diária por sobrevivência”, declarou o parlamentar.

Luta por direitos

A ação, realizada na Sala de Atos da Câmara, também contou com a presença do presidente da Aliança Nacional LGBTI e da Associação Brasileira de Famílias Homo Trans Afetivas, Toni Reis, ativista da causa que briga desde os anos 1990 para garantir direitos às pessoas e famílias LGBTQIA+.

“Nós da comunidade LGBTQI+ temos muita história para contar. Desde a Idade Média nós éramos considerados pecadores e merecíamos a morte na fogueira, depois fomos tratados como criminosos e até como doentes. E foi com muita luta que nós conseguimos nossos direitos no Brasil através da suprema corte”, afirmou o ativista.

A ativista Keila Simpson, presidente da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA), também destacou que o café da manhã é “símbolo de resistência, principalmente neste momento da vida brasileira, quando temos um governo que estimula o ódio, a violência e a discriminação”.

Ela destacou ainda o compromisso do Legislativo Municipal, que deve ser um espaço permanente para ouvir a sociedade ludovicense. “Sabemos o quanto as vulnerabilidades ficaram ainda mais visíveis. A população LGBTQIA+ ficou mais exposta que antes. E esse café da manhã é um encontro para estimular o diálogo”, completou.

Quem participou?

Além dos já citados, estiveram presentes no ato o Gestor da Política LGBT NA SEDIHPOP, Betinho Lima; o superintendente de Promoção dos Direitos Humanos na SEDIHPOP, Airton Ferreira, que estava representando a secretária; a ativista Rosana Lima, integrante da Executiva Estadual do Fórum de ONGs LGBTs do Maranhão; a psicóloga Rayssa Mendonça, presidente do Instituto Rayssa Mendonça e da Casa Florescer; do presidente do Conselho Estadual LGBT do Maranhão, Ricardo Lima; e do ativista Kaio Mendonça, do Coletivo Área T.

Sequelas da Covid-19 podem atingir mais de 5 milhões de pessoas no Brasil

30-06-2022 Quinta-feira

CUT lança cartilha com diretrizes que orientam trabalhador doente a buscar seus direitos

Cerca de 5 milhões brasileiros estão sofrendo com os efeitos prolongados da Covid-19 e milhares de trabalhadores e trabalhadoras com dificuldades para cumprir suas tarefas não sabem que isso é resultado das  sequelas da doença.

A estimativa sobre o total de sequelados é de estudo da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (ESPSP)Não existem dados oficiais sobre o número de trabalhadores que ainda sentem os efeitos da Covid-19, muito menos informações sobre os seus direitos.  

“Não existe um número consolidado dos que sofrem com as sequelas da Covid no Brasil. Considerando as estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) a respeito da incidência de Covid longa entre os curados, as sequelas persistentes de Covid-19, que envolve uma lista de mais de 200 sintomas, podem estar atingindo a vida de 2,8 milhões a 5,6 milhões de pessoas no Brasil, grupo que representa 10% a 20% de infectados que se curaram”, disse à publicação a médica sanitarista Karina Calife, coordenadora do Instituto Walter Lesser ( IWL-ESPSP), que tem consultório no Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest).

O presidente do Conselho Estadual de Saúde e diretor executivo da CUT Nacional, Cláudio Augustin, é uma das vítimas da doença. Após passar 9 meses no hospital entre a vida e a morte, hoje convive com sequelas há mais de um ano. Ele acusou o governo do estado do Rio Grande do Sul, onde vive, de  conduzir o setor da saúde “como se nada estivesse acontecendo”.

Augustin relatou que estudos de várias instituições nacionais e internacionais apontam que 70% das pessoas infectadas pelo coronavírus apresentam alguma sequela e 20% apresentam sequelas graves.

“Ocorre que de 30% a 50% dos recuperados apresentam sequelas. Se tivemos dois milhões de infectados no Rio Grande do Sul, cerca de 700 mil apresentam danos. A maioria dessas pessoas não conta com qualquer tipo de assistências”, denunciou Augustin, salientando que o governo ignorou sugestões feitas pelos Conselhos na adoção de medidas de prevenção, de atendimento à saúde e instituição de protocolos.

Seu depoimento foi dado em maio passado durante uma audiência pública que deu início à cruzada a ser realizada pela Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul para verificar a situação dos gaúchos que convivem com as sequelas de infecções  causadas pelo novo coronavírus.

Leia mais Audiência pública no RS defende mais investimentos para atender vítimas da Covid-19

O desemparo aos sequelados da doença piora a partir do momento em que  o atual governo federal dificulta a relação de nexo da casualidade entre a Covid e o trabalho efetuado, ou seja, que o trabalhador pegou a doença em seu local de trabalhopor isso que a CUT Nacional em conjunto com o Escritório de Advocacia LBS, que atende a entidade, produziu a cartilha “Promoção e Proteção da Saúde dos Trabalhadores e Trabalhadoras com Sequelas da Covid-19 e a Garantia de Direitos”. 

Segundo o Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho, foram concedidos 162.820 benefícios referentes aos afastamentos nos anos de 2020 e 2021 por Covid-19.  Estes números refletem apenas os trabalhadores formais de carteira assinada e que tiveram à emissão de Comunicado de Acidente de Trabalho (CAT), sendo por isso subnotificado.

“Por isso, é importante que ele saiba quais os seus direitos e como os sindicatos podem ajudá-lo neste momento”, diz a secretária da Saúde do Trabalhador da CUT Nacional, Madalena Margarida da Silva.

Segundo ela, a cartilha é uma importante ferramenta que os sindicatos devem utilizar para orientar os trabalhadores que procuram seus direitos relacionados à doença.  

Faça o download da cartilha aqui 

Ministério da Saúde não orienta o SUS

Outro problema apontado pelos profissionais de saúde é a falta orientação do Ministério da Saúde para que os serviços possam identificar os quadros de covid longa ou de efeitos tardios da doença.

“É preciso fortalecer o SUS, garantir que ele tenha condições de atender as necessidades de atenção à saúde das pessoas com sequelas da Covid-19 de possibilitando que elas possam retomar sua vida pessoal e laboral plenamente”, avalia Madalena.

Para a médica Maria Maeno, pesquisadora em saúde do trabalhador da Fundacentro e do Grupo de Saúde e Trabalho do IWL-ESPSP, seria fundamental uma ação coordenada do Sistema Único de Saúde (SUS), com injeção de recursos humanos e materiais desde a atenção primária até os centros de reabilitação, e houvesse planos de recuperação e reabilitação.

“Milhares de trabalhadores podem estar com dificuldades na sua atividade de trabalho sem saber que pode ser sequela da covid”, lamenta a médica

Sintomas das sequelas da Covid

Caso o trabalhador tenha um desses sintomas deve procurar a rede de atendimento da saúde para avaliação e tratamento da doença.

Os sintomas mais comuns são:

– fadiga, cansaço;

– falta de ar ou dificuldade para respirar; tosse, coriza, dor de garganta, presença de muco no nariz e/ou garganta;

– fibrose nos pulmões ou rins;

– perda de paladar e olfato;

– dores de cabeça, dor pelo corpo;

– dor e/ou fraqueza muscular;

– dor nas articulações;

– dificuldades de linguagem, raciocínio, concentração e memória;

– distúrbio do sono (insônia), olhos vermelhos;

– alteração da pressão arterial, dor no peito, taquicardia e tonturas;

– depressão e ansiedade;

– falta de apetite;

– perda de mobilidade;

– diarreia e;

– mancha vermelha na pele

Quarta onda da Covid?

O Brasil registrou 316 mortes e 76.638 casos de covid-19 nas últimas 24 horas, de acordo com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). Assim, em todo o país, a média móvel de óbitos calculada em sete dias ficou em 208. É a primeira vez desde 1º de maio que esse índice ultrapassa a média de 200 mortes. Em um mês, a média de óbitos registrou aumento de 69%.

Leia mais: Brasil tem média de óbitos por Covid-19 acima de 200, maior marca em três meses

Esses números acendem o alerta de uma quarta onda da covid-19 no Brasil disse o neurocientista Miguel Nicolelis, em seu Twitter.

  Para quem ainda duvida da existência da Quarta Onda da Pandemia de Covid19: dados de hj são mais que óbvios. https://t.co/nDnXCGFy8B

— Miguel Nicolelis (@MiguelNicolelis) June 28, 2022

 Respondendo a um seguidor que disse que a covid está sendo tratada como uma gripezinha, Nicolelis, considerado um dos 20 maiores cientistas em sua área de atuação pela revista Scientific American, alertou: “E é aí que mora o problema: a Covid 19 crônica está afetando milhões de pessoas mundo afora. Só no Reino Unido são 2 milhões de pessoas sofrendo com os efeitos a longo prazo deste vírus.

De acordo com o Boletim Atualizado Covid 19 Brasil que utiliza como fonte as Secretárias de Saúde dos Estados (CONASS), na última terça-feira (28/06), até às 18 horas, o número de infectados era de 32.206.954. Os mortos chegam a 670.848. Nas últimas 24 horas foram 76.638 casos e 316 mortes. As doses aplicadas da vacina somam 452.418.559

CUT Por Rosely Rocha