Arquivo mensal: março 2022

Ministro do TSE revoga liminar que resultou em censura no Lollapalooza

29-03-2022 Terça-feira

Raul Araújo dá entender que foi induzido ao erro pelo autor da ação: o PL de Bolsonaro. Parlamentares comemoraram a decisão

O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Raul Araújo revogou a própria liminar que resultou em censura às manifestações políticas no festival Lollapalooza, evento ocorrido em São Paulo no último final de semana. Na decisão, ele deu a entender que foi levado ao erro pelo PL, o partido de Bolsonaro.

De acordo com Araújo, sua decisão foi tomada “com base na compreensão de que a organização do evento promovia propaganda política ostensiva estimulando os artistas” a se manifestarem politicamente.

Na sua ação, diz Araújo, o PL deu a entender que a organização “supostamente estaria estimulando a propaganda eleitoral ostensiva e extemporânea no aludido evento”. Por fim, o ministro afirmou que os artistas, “individualmente”, têm a garantia à ampla liberdade de expressão prevista na Constituição.

No parlamento, a revogação da liminar foi bem recebida. “ATENÇÃO! Ministro do TSE voltou atrás na decisão que censurava artistas no Lolapalooza. Cala a boca já morreu! Censura nunca mais! E, principalmente, Fora Bolsonaro já!”, comemorou o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP).

“Cala boca já morreu! O ministro do TSE que censurou o Lollapalooza, a pedido do partido de Bolsonaro, derrubou sua própria liminar. Seguiremos na luta para derrubar esse governo e pela garantia da nossa liberdade de expressão! #ForaBolsonaro”, afirmou a ex-deputada Manuela D’Ávila (PCdoB-RS).

A deputada Luiza Erundina (PSOL-SP) também festejou a decisão: “O desgoverno começa a ser desmontado: O ministro do TSE voltou atrás e revogou a própria decisão de censura contra artistas do lollapalooza. Ontem, caiu o sinistro da educação. Tá chegando a sua hora Bolzonaro! Outubro tá logo aí!”, escreveu no Twitter.

Repercussão

Degastado com a polêmica, Bolsonaro já havia ordenado, nesta segunda-feira (28), ao presidente do PL, Valdemar Costa Neto, que o partido retirasse a ação contra o festival Lollapalooza. No entendimento dele, a repercussão da censura foi a pior possível.

Por Iram Alfaia

Bolsolão do MEC: Escândalo de corrupção derruba ministro Milton Ribeiro, o 4º a cair

29-03-2022 Terça-feira

Ministro da Educação pede demissão após vazamento de áudio em que ele afirma que atende pastores a pedido de Bolsonaro

O ministro da Educação, Milton Ribeiro, pediu demissão do cargo nesta segunda-feira (28), uma semana após as denúncias de corrupção e pedido de propina em troca de verbas para a educação, feito pelo gabinete paralelo formado por pastores evangélicos, que atuavam no Ministério da Educação (MEC). Ele foi o quarto ministro da pasta no governo de Jair Bolsonaro (PL). (Veja lista abaixo).   

Um áudio vazado publicado pelo jornal Folha de S. Paulo mostra o ministro dizendo priorizar repasse de verbas a municípios indicados por um pastor evangélico a pedido do presidente. De acordo com a reportagem, os pastores Arilton Moura e Gilmar Santos têm, ao menos desde janeiro de 2021, negociado com prefeituras essas verbas federais. Arilton é o mais citado pelos prefeitos que denunciaram o esquema.

Leia mais: Ministro da Educação diz priorizar amigo de pastor a pedido de Bolsonaro

Dez prefeitos denunciaram o esquema, que envolvia pedidos de propina de até R$ 40 mil, um quilo de ouro e bíblias com a foto do ministro na capa.

Leia mais: Pastores pediam dinheiro vivo, ouro e bíblias em troca da liberação de verbas do MEC

Bolsonaro aceitou o pedido de demissão após ter dito na live semanal da quinta-feira (24) que colocaria o rosto inteiro no fogo por Milton Ribeiro, que também é pastor evangélico. Analistas avaliam que o motivo é a eleição presidencial deste ano. Manter Ribeiro, mesmo acusado de corrupção, em um governo que diz não ter corrupção, apesar das evidências, é perda de votos na certa.

A exoneração, termo usado no serviço público em casos de desligamentos, oi publicada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU).

O secretário-executivo da Educação, Victor Godoy, que empossado em 22 de julho de 2020, no início da gestão de Milton Ribeiro, assume automaticamente como ministro substituto.

“Decidi solicitar ao presidente Bolsonaro a minha exoneração do cargo, com a finalidade de que não paire nenhuma incerteza sobre a minha conduta e a do governo federal”, escreveu o ministro em uma carta sobre sua saída.

Ribeiro é o 4º ministro da educação do governo Bolsonaro

Milton Ribeiro, o 4º ministro da Educação do governo Bolsonaro, ficou 20 meses no cargo. Ele tomou posse em 16 de julho de 2020, substituindo Abraham Weintraub.

Weintraub caiu após a crise causada por suas declarações contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Em reunião ministerial no dia 22 de abril de 2020, que foi tornada pública por ordem judicial, ele disse: “‘Eu, por mim, botava esses vagabundos todos na cadeia, começando no STF”.

Weintraub foi incluído no inquérito do STF sobre divulgação de notícias falsas e ofensas aos ministros da Corte, saiu e foi para o Banco Mundial indicado por Bolsonaro. Agora, deve deixar o cargo para disputar o governo de São Paulo nas eleições deste ano.

Antes de Milton Ribeiro, o último ministro ficou apenas cinco dias no cargo: Carlos Decotelli, nomeado em junho de 2020, pediu demissão quando vieram à tona denúncias de irregularidades em seu currículo lattes, desde acusações de plágio em sua produção acadêmica até questionamentos aos títulos que ele dizia ter.

O primeiro ministro da Educação sob Bolsonaro, Ricardo Vélez Rodríguez, foi demitido em abril de 2019, pouco mais de um ano depois de assumir, depois de uma disputa de poderes dentro do Ministério da Educação, entre as alas militares e ideológica – esta última ligada ao guru bolsonarista Olavo de Carvalho, morto em janeiro deste ano.

CUT

Lula: a defesa da Petrobras deve ser uma briga de todos os brasileiros

29-03-2022 Terça-feira

No Rio de Janeiro, Lula defendeu a criação de um movimento que explique à população como a defesa da Petrobras está relacionado com a vida de todos e é fundamental para o futuro do Brasil

Durante encontro com petroleiros, nesta terça-feira (29), no Rio de Janeiro, Lula convocou todos aqueles que sabem o valor e a importância da Petrobras para o futuro do Brasil a se empenharem em uma campanha de esclarecimento à população brasileira sobre a empresa. 

Segundo o ex-presidente, assim que souberem o que significa o desmonte que o governo de Jair Bolsonaro está fazendo na empresa, os brasileiros ficarão indignados. Hoje, porém, uma grande parte da sociedade ainda acredita na narrativa contada pela Lava Jato, que tinha o objetivo apenas de entregar o petróleo brasileiro às empresas estrangeiras

“O que fizeram com a Petrobras foi crucificar a mais importante empresa que tínhamos no Brasil. E, hoje, toda vez que vão falar da Petrobras, eles falam que tinha muito roubo, que tudo aconteceu por causa do roubo na Petrobras. É engraçado, porque foi nesse governo, que dizem que roubava a Petrobras, que fizeram a mais importante capitalização da Petrobras, a mais importante descoberta de petróleo da Petrobras e a mais importante regulação para que a Petrobras fosse efetivamente do povo brasileiro”, disse Lula.

O desafio, observou Lula, é combater essa narrativa. “A gente não consegue convencer as pessoas de que o petróleo é nosso de verdade. E, quando o petróleo é nosso, a gasolina é mais barata, o óleo diesel é mais barato, o gás é mais barato”, ressaltou. “Nós precisamos, e acho que há tempo, de fazermos um movimento nacional para criar uma indignação na sociedade brasileira”, defendeu.

Uma luta de todos

Na avaliação do ex-presidente, os brasileiros precisam entender que só mantendo a Petrobras e o petróleo na mão do Estado brasileiro que o país terá condições de garantir acesso da população a combustíveis e gás a um preço justo, como ocorria em seu governo, que manteve o litro da gasolina a R$ 2,50 mesmo quando o preço do barril de petróleo passou dos US$ 140.  

“A Petrobras tem que se transformar em uma briga nacional. Hoje, para defender a Petrobras, é preciso construir o discurso para que a pessoa que está cozinhando com lenha na calçada, porque não tem gás, perceba que essa briga é dela. Aquele cara que tem um carrinho que ele não pode mais colocar gasolina no tanque, ele tem que saber que essa luta é dele. O caminhoneiro que não pode mais encher o tanque de óleo diesel, ele tem que saber que essa luta é dele”, enfatizou Lula.

O que é soberania

Para Lula, as eleições serão uma oportunidade de mostrar para os brasileiros o que é soberania nacional e por que se desfazer da Petrobras não é uma forma de combate à corrupção, mas sim um ataque à soberania do Brasil.

“O povo tem que aprender o que é soberania. Eu quero soberania dentro deste país como qualquer brasileiro quer soberania dentro da sua casa. Na casa dele, ele é soberano, ele que decide. E nós queremos isso para o Brasil, porque o Brasil é nossa casa”, explicou o ex-presidente.

E o momento de fazer isso é agora, quando a farsa da Lava Jato caiu por terra na Justiça. “Agora que está ficando provado quem é quem na história do país, quem é que está roubando a Petrobras, de quem é o interesse de destruir a Petrobras, nós temos de fazer a nossa tarefa.”

Um lobista no comando da Petrobras

Só assim, argumentou Lula, o povo deixará de aceitar as mentiras de Bolsonaro sobre os preços do combustível e que entreguistas do patrimônio e do futuro do Brasil sejam colocados na direção da empresa, como vem fazendo o ex-capitão. “O que li de notícia sobre o cara que assumiu hoje a Petrobras (Adriano Pires) é que ele é lobista. E muito mais ligado a empresas estrangeiras do que às nossas. De que faz parte de um grupo seleto de personalidades brasileiras que não aceita que o petróleo é nosso.” 

Ao falar antes de Lula, tanto a presidenta nacional do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), quanto o ex-senador Lindbergh Farias (PT-RJ), alertaram sobre a raposa que Bolsonaro colocou para presidir a Petrobras. “É um lobista de petroleira, representante de petroleiras estrangeiras”, definiu Lindbergh.

“Bolsonaro faz a troca do presidente não para resolver o problema dos preços”, alertou Gleisi. “Pelo perfil de quem entrou, dá para ver que agora vai ser negócio sem intermediário, ou seja, já está na mão do mercado mesmo. E isso é muito preocupante. A Petrobras é a grande empresa brasileira, criada na década de 1950 com o objetivo não só de explorar o petróleo, mas ser um instrumento do desenvolvimento do Brasil. Infelizmente, hoje está cumprindo um papel de agressão ao povo e à economia”, completou. 

A presidenta do PT disse ser injustificável a política de preços adotada pela Petrobras atualmente. “Na realidade, é um roubo ao povo brasileiro. A Petrobras está sendo expropriada, o povo brasileiro está sendo expropriado. Não tem justificativa essa política.” 

Lucro deve ser repartido com brasileiros

O presidente da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar, reforçou o que disse Gleisi. “Hoje, o problema do preço dos combustíveis não é o ICMS, não é a guerra entre a Rússia e a Ucrânia, mas sim a política de preços que temos na Petrobras desde outubro de 2016, implementada pelo Temer e mantida por Bolsonaro, que sangra a nossa população”, apontou.

Entre os especialistas presentes, a unanimidade é a de que a Petrobras tem sido usada apenas para aumentar os lucros que são repassados para os acionistas às custas do alto preço cobrado da população brasileira. Algo, que, segundo o deputado federal Marcelo Freixo (PSB), também presente no encontro, precisa acabar: “A Petrobras não pode ser extraordinária para seus acionistas e abrir mão do interesse popular, do interesse de seu povo Esse é o debate central”.

PT

Assembleia Legislativa do Maranhão promove debate sobre formação política para mulheres

29-03-2022 Terça-feira

A Procuradoria da Mulher da Assembleia Legislativa do Maranhão promoveu, nesta segunda-feira (28), debate sobre o tema “Formação Política para Mulheres”. O evento aconteceu no Auditório Neiva Moreira, sob o comando da deputada Daniella (DEM), atual procuradora da Mulher no Parlamento Estadual.

A palestra de Daniella teve como tema “Políticas Públicas de Combate à Violência Contra a Mulher”. Para discutir o assunto, foi convidada a juíza Lavínia Coelho, que falou sobre “Direitos Políticos para as Mulheres”, e a subsecretária da Secretaria do Trabalho e da Economia Solidária (Setres), Patrícia Carlos, que discutiu a “Atuação Feminina no Legislativo maranhense”.

O objetivo era instruir sobre as formas de participação da comunidade na formulação e fiscalização dessas políticas, formando mulheres que desejam atuar ativamente na vida pública.

“Faremos o que estiver ao nosso alcance para introduzir cada vez mais mulheres na disputa por pleitos eleitorais. Elas estão sempre sendo subjugadas e vítimas de violência política. Pretendemos mostrar que podemos estar onde quisermos”, disse Daniella.

Participação política

Segundo Patrícia Carlos, as mulheres são mais da metade da população brasileira e a maior parte do eleitorado, mas quando o assunto é participação política, os índices reduzem significativamente.

“Precisamos de uma força-tarefa para incentivar a formação política de mulheres na vida pública e encorajá-las a serem candidatas realmente competitivas. As candidaturas das mulheres precisam de um investimento real e não serem somente de fachada, como normalmente acontece”, declarou a subsecretária da Setres.

Lavínia Coelho ressaltou a importância de incentivar os homens a participarem desses debates. “As ações promovidas por mulheres são, de modo geral, voltada apenas para o público feminino. Essa barreira precisa ser quebrada, de forma que eles possam aprender com mulheres que sabem o que fazem e o que falam”.

Câmara de São Luís define regras para a eleição da Mesa Diretora no dia 4 de abril

29-03-2022 Terça-feira

Durante a sessão dessa segunda-feira, 28, foram definidas as regras para a eleição da Mesa Diretora da Câmara de São Luís. O pleito será realizado na próxima segunda-feira, dia 4, e terá como candidato único o vereador Paulo Victor (PCdoB).

No primeiro dia de cada legislatura (o 1º de janeiro logo após as eleições municipais), os vereadores se reúnem para eleger a Mesa Diretora da Câmara para o mandato de dois anos que começará logo após essa eleição.

Já a eleição da Mesa Diretora para o mandato dos dois últimos anos da legislatura é realizada na primeira quinzena de abril, conforme Regimento Interno e a Lei Orgânica do Município.

Para a escolha da próxima composição da Mesa, o processo foi agendado para a próxima segunda-feira, dia 4 de abril. No entanto, a posse só acontece no dia 1º de janeiro do ano que vem.

Ainda segundo o regimento da Casa, a eleição da Mesa deve acontecer por chapa, completa ou não, inscrita até a hora da eleição por qualquer vereador. É assegurada, tanto quanto possível, a participação proporcional das representações partidárias ou dos blocos parlamentares com atuação na Câmara. A votação é aberta, por voto da maioria dos membros da Casa.

Unidade

Em pronunciamento nesta segunda-feira (28), o vereador Dr. Gutemberg Araújo (PSC) abriu mão de sua candidatura à presidência da Câmara Municipal de São Luís em favor do vereador Paulo Victor (PCdoB), que será candidato único ao mesmo cargo. O parlamentar destacou que a decisão foi em prol da união e da paz no Legislativo.

“Reunido com o nosso grupo, entendemos que era o momento de trazer para esta Casa a paz e a união, para que ela pudesse funcionar de acordo com os preceitos que todos nós acreditamos que ela precisa resgatar. Decidimos pela composição em prol da união e da paz nesta Casa”, afirmou.

Dr. Gutemberg agradeceu individualmente aos que lhe apoiaram nesta caminhada. Em sua fala, o líder do PSC na Casa agradeceu a cada colega que esteve ao seu lado nos últimos meses e afirmou que a decisão foi tomada em conjunto com seu grupo político.

“Percebi pela experiência e vivência que esta Casa Legislativa corria risco. Por isso, juntamente com meu grupo político, decidimos em conjunto que o melhor seria abdicar da disputa prezando a harmonia”, completou.

Vereadores elogiam postura

Após o discurso, vários vereadores elogiaram a postura de Dr. Gutemberg. O primeiro a se manifestar foi Paulo Victor que, visivelmente emocionado, pediu cinco minutos para que os parlamentares se cumprimentassem e agradecessem ao gesto do colega de plenário.

“Vossa Excelência sai grande desse processo. Esse ato é de unidade pela cidade de São Luís, pelos servidores e pelos vereadores”, frisou o vereador do PCdoB que deverá ser aclamado sucessor do presidente Osmar Filho (PDT).

Em seguida, os demais vereadores também se manifestaram, a exemplo de Antônio Marcos – o Marquinhos (União Brasil), Umbelino Júnior (PL), Marcial Lima (Podemos), Raimundo Penha (PDT), Astro de Ogum (PCdoB), Francisco Chaguinhas (Podemos) e outros.

O líder do Governo na Câmara, vereador Raimundo Penha (PDT), parabenizou Paulo Victor e declarou seu apoio ao colega destacando sua persistência, com as suas qualidades, que para muitos eram defeitos.

“É chegada a hora do parlamento se unificar e fazer uma luta pela cidade. Hoje eu quero reconhecer a vitória do vereador Paulo Victor. Ele foi muito humilde na fala dele. Essa vitória aqui começou com a sua persistência, com as suas qualidades, que para muitos eram defeitos. Eu achei que não faria essa fala declarando apoio pra você, porque achei que venceríamos, mas você foi um gigante”, disse. 

Brasileiros apontam Bolsonaro como culpado pela inflação e esperam piora na economia

28-03-2022 Segunda-feira

50% dos brasileiros esperam piora na economia, 75% culpam Bolsonaro pela inflação alta que corrói o poder de compra e 50% apostam no crescimento do desemprego, diz Datafolha

Mais inflação, desemprego e piora da economia é o que esperam os brasileiros, que culpam o presidente Jair Bolsonaro (PL) pela carestia, esperam para os próximos meses, segundo pesquisa Datafolha, realizada na terça (22) e na quarta-feira (23) com 2.556 eleitores em 181 cidades de todo o país.

Entre dezembro do ano passado e março, aumentou de 20% para 40% o número de brasileiros que espera piora na economia.  

Preços altos, culpa de Bolsonaro

Para 75% dos brasileiros, Bolsonaro é o culpado pela disparada da inflação, diz o Datafolha.

Nem os eleitores de Bolsonaro acreditam no discurso do governo de que a culpa é da guerra da Rússia contra a Ucrânia, pandemia ou crise mundial. O presidente é o culpado pela carestia por 72% dos evangélicos, 75% dos moradores do Centro-Oeste e 79% dos moradores da região Sul, que votaram em peso para  elegê-lo.

Entre dezembro e março, aumentou de 46% para 74% o número de brasileiros que esperam inflação ainda mais alta nos próximos meses.

Leia mais: Inflação tem maior alta em 7 anos, puxada pelos preços dos alimentos, gás e gasolina

Desemprego

Datafolha também ouviu os brasileiros sobre suas expectativas de geração de emprego e descobriu que, entre dezembro e março, aumentou de 35% para 50% o número dos que acreditam que o desemprego vai aumentar.

Em dezembro, o contingente (35%) que previa alta na desocupação chegou a empatar com a parcela que projetava melhora na oferta de empregos. Agora, 20% ainda acreditam que pode haver melhora.

Othelino prestigia lançamento de livro de Carlos Lula sobre a pandemia

28-03-2022 Segunda-feira

Diversos deputados prestigiaram, na noite desta segunda-feira (28), o lançamento do livro “Inumeráveis – A história da pandemia que ninguém contou”, de autoria do secretário de Estado da Saúde e presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Carlos Lula. O evento aconteceu no hall do Plenarinho da Assembleia Legislativa do Maranhão, com a presença do presidente da Casa, deputado Othelino Neto.

A obra reúne mais de 70 artigos publicados pelo gestor, em que ele retrata momentos de tormenta, esperança e caminhos para o combate à pandemia da Covid-19.

Carlos Lula lançou sua primeira coletânea de artigos, em 2018, com o livro ‘O SUS (s)em nós’, que narra os desafios enfrentados para conduzir o sistema público estadual de saúde e os resultados alcançados em sua gestão.

Deputados Roberto Costa e Othelino Neto prestigiaram o lançamento do livro do secretário Carlos Lula

Presidente da Assembleia recebe um exemplar do livro das mãos de Carlos Lula, autor da obra

O presidente do Parlamento Estadual, Othelino Neto, destacou a importância da obra para contar a árdua missão que o autor enfrentou no combate à pandemia. “Ele vivenciou de perto experiências dolorosas. No início, era só incertezas e ele teve de comandar essa operação aqui no estado. Muitas vidas foram salvas em razão desta grande imobilização”, disse o parlamentar.

De acordo com o autor, o livro conta as histórias dos profissionais de saúde. “Eu escrevi com o coração, quis passar tudo o que vivemos, sofremos e construímos nesses últimos dois anos. O Maranhão tem uma excelente história para contar, temos o menor número de mortos por Covid-19 no Brasil. O leitor pode esperar algumas lágrimas e muita emoção”, afirmou Carlos Lula.

Lula disse, também, que o apoio da Assembleia Legislativa foi fundamental no enfrentamento ao coronavírus. “Sempre esteve ao lado do Poder Executivo apoiando as ações da Secretaria de Saúde no combate à doença. Juntos, mostramos a necessidade de unir todos os poderes para enfrentar a pandemia”. enfatizou.

Dney Justino / Kristiano Simas – Agência Assembleia

Deputado Rafael recebendo o livro das mãos do secretário de Saúde Carlos Lula

Deputado Rafael recebendo o livro das mãos do secretário de Saúde Carlos Lula

Também presente ao evento, o deputado Roberto Costa parabenizou o autor pela iniciativa. “O relato do secretário Lula é extremamente importante para contar uma das maiores tragédias da história.  Ele tem fortes depoimentos por ter comandado a linha de frente do combate à pandemia e isso é  muito relevante para a sociedade para que nunca se esqueça desse fato e das lições que vamos tirar dele”, disse.

Para evitar mais danos a Bolsonaro, ministro da Educação vai entregar cargo

28-03-2022 Segunda-feira

De acordo com imprensa, Bolsonaro já resolveu aceitar o pedido de demissão que está sendo aguardado até o dia 1º

O ministro da Educação, Milton Ribeiro, resolveu entregar o cargo como forma de evitar um desgaste ainda maior na pré-campanha eleitoral de Bolsonaro. Na semana passada, após os escândalos envolvendo liberação de verbas na pasta para prefeitos acompanhados de pastores, o presidente afirmou que colocaria “a cara no fogo” pelo ministro.

De acordo com imprensa, Bolsonaro já resolveu aceitar o pedido de demissão que está sendo aguardado até o dia 1º. Trabalha-se por uma “saída honrosa” para o ministro.

Nas conversas gravadas e divulgadas, o ministro admitiu atender aos pedidos dos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura.  “Minha prioridade é atender primeiro os municípios que mais precisam e, em segundo, atender a todos os que são amigos do pastor Gilmar, porque foi um pedido especial que o presidente fez para mim”, declarou o ministro envolvendo Bolsonaro no caso.

Reportagens do Estadão revelaram que ministro dividiu o comando do MEC com os dois pastores acusados de cobrar propina de prefeitos em troca de liberar recursos na pasta. “O Estadão mostrou com vídeos, fotos e agendas que o ministro recebia prefeitos a pedido dos pastores em seu gabinete e participava de eventos organizados por eles”, diz reportagem.

No Congresso, a saída do ministro também já é comentada. “A imprensa já dá como certa a demissão do ministro Milton Ribeiro, que transformou o MEC em balcão de negociatas de pastores propineiros. O problema é que, em se tratando de Bolsonaro, sempre pode piorar. A ver quem será o próximo. Que pesadelo sem fim”, afirmou o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP).

O deputado Alessandro Molon (PSB-RJ) lembrou que Milton Ribeiro é o quarto ministro que Bolsonaro colocou no comando da Educação e que, segundo notícias, cairá em breve. “É o povo quem mais sofre com essas péssimas escolhas do presidente da República, que colecionam uma série de desastres na Educação do país. Fora Bolsonaro!”, protestou.

“Não dá mais para o ministro da Educação, Milton Ribeiro, fingir que o problema não é com ele. Distribuíram até a Bíblia, em evento do MEC, com a fotografia do ministro e dos pastores que negociavam a liberação de verba pública no MEC em troca de propina”, criticou o senador Humberto Costa (PT-PE).

Lula: soberania também significa desenvolver a indústria nacional

28-03-2022 Segunda-feira

Ao falar na festa de 100 anos do PCdoB, Lula disse que o Brasil precisa, urgentemente, reconstruir a soberania nacional

Para se reerguer, o Brasil terá de reconstruir sua soberania. E isso significa não só proteger seu território e suas riquezas, mas também se desenvolver industrialmente para dar uma vida melhor aos brasileiros. Foi o que defendeu Lula ao discursar no evento que marcou os 100 anos do PCdoB, no último sábado (26), no Rio de Janeiro. 

“Nós vamos ter que reconstruir uma coisa chamada soberania nacional. Soberania nacional significa que nós precisamos de democracia, mas também precisamos ser donos do nosso nariz”, afirmou Lula, destacando a necessidade de os brasileiros tomarem conta do espaço aéreo, das fronteiras e da biodiversidade.

E prosseguiu: “(Soberania) Também significa a gente tomar conta das nossas riquezas minerais. E isso significa que a Petrobras vai ter voltar a ser do povo brasileiro. Significa que vamos ter que ter a coragem de não deixar privatizar os Correios, o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal… Significa que o BNDES vai ter que voltar a ser um banco de investimento no desenvolvimento industrial. Significa que a gente vai ter que ter nova política industrial. Vamos ter que discutir que nicho de indústria vamos querer neste país”. 

Lula lembrou que, desde o golpe de 2016, que tirou Dilma Rousseff do poder, os governos Temer e Bolsonaro atuaram apenas para entregar o patrimônio nacional e destruir os direitos e a qualidade de vida do povo trabalhador, sempre com base em mentiras. Uma dessas mentiras é o ataque à Petrobras, que tem tido seu patrimônio vendido e fatiado em nome da “livre concorrência” e em prejuízo da população, que hoje paga preços absurdos pelos combustíveis e pelo gás de cozinha

“Quando eles começaram a fatiar a BR Distribuidora, o que eles diziam? ‘Nós vamos precisar da livre iniciativa porque, se nós tivermos mais empresas, vai ter mais concorrência, e a concorrência vai baixar o preço’. Pois eu vou dar números para vocês. Em 2008, com a crise econômica, o preço do barril de petróleo chegou a US$ 147, e o preço da gasolina no meu governo era apenas R$ 2,60. (…) Hoje, tem 392 empresas importando gasolina dos Estados Unidos, pagando em dólar”, observou Lula.

Outro ataque à soberania se deu por meio do desmonte da indústria naval e do petróleo e gás, que estava diretamente atrelado ao uso da Petrobras em favor dos interesses nacionais, lembrou o ex-presidente. “Nós tomamos a decisão de que todos os navios, plataformas e sondas tinham que ter 70% de componente nacional para a gente desenvolver a engenharia, a tecnologia e a indústria brasileira. Eles acabaram com isso. (…) Por isso eu tenho dito: se preparem. Brasileiras e brasileiros, se preparem, porque nós vamos abrasileirar o preço do combustível, do gás de cozinha e do óleo diesel neste país” (assista ao discurso de Lula no vídeo abaixo).

O preço que o Brasil paga

Com a guerra entre a Rússia e a Ucrânia, o Brasil se tornou um trágico exemplo de como uma país que abre mão de sua soberania deixa seu povo totalmente indefeso diante das incertezas internacionais. O desmonte e entrega da Petrobras, como bem detalhou Lula, é o caso mais evidente. 

Se, em 2008, os brasileiros continuaram pagando preços razoáveis pelos combustíveis apesar da grande crise econômica que se abateu sobre o globo, é porque havia no país um governo que fortalecia a estatal e a dirigia de forma a sempre priorizar os interesses nacionais. Bolsonaro, ao contrário, enfraqueceu a empresa, dolarizou os preços e paralisou as refinarias, tornando o Brasil dependente da importação de gás e combustíveis. Resultado: os preços não param de subir e impactam também no preço dos alimentos, pois o frete para transportá-los fica mais caro.

E há mais exemplos. Nos governos do PT, a Petrobras ampliava suas fábricas de fertilizantes, e o motivo era muito simples: um país como o Brasil não poderia jamais correr o risco de ter sua produção de alimentos interrompida, pois esse fato representaria uma grave ameaça à economia e à segurança alimentar da população. 

Pois Temer e Bolsonaro passaram a fechar essas fábricas com o argumento de que era mais barato importar, e o Brasil, que chegou a produzir 42% do fertilizantes que utiliza, hoje não produz nem 5%, segundo o Sindicato Nacional das Indústrias de Matérias-Primas de Fertilizantes (Sinprifert). Agora, com as sanções que os Estados Unidos impuseram sobre a Rússia, o país tem suas safras ameaçadas. 

PT

Helena Duailibe participa de inaugurações de escolas em São José de Ribamar

28-03-2022 Segunda-feira

A deputada Helena Duailibe (Solidariedade) participou, ao lado do secretário de Estado de Educação, Felipe Camarão, da inauguração do Centro Educa Mais Salustiano Trindade, no bairro da Mata, em São José de Ribamar.  A instituição de ensino foi completamente reformada e beneficiará mais de 300 estudantes com educação integral e de jovens e adultos (EJA).

“Estou muito feliz em fazer parte deste dia histórico para a educação no Maranhão. Só neste domingo, foram sete obras educacionais entregues, disponibilizando ambientes saudáveis e adequados para o aprendizado dos alunos”, disse Helena Duailibe

Parque Vitória

A parlamentar prestigiou, também, a inauguração da primeira escola de ensino médio do bairro Parque Vitória, no município de São José de Ribamar.  O Centro de Ensino Poeta Cunha Santos tem oito salas de aula, secretaria, sala de professores, refeitório e quadra poliesportiva.  A obra foi realizada pelo Governo do Estado em parceria com a iniciativa privada. 

Estiveram presentes na inauguração o governador Flávio Dino; o prefeito de São José de Ribamar, Dr. Julinho; o secretário de Estado de Educação, Felipe Camarão; o padre Bita, pároco da paróquia onde está localizada a escola, entre outras autoridades.