28-02-2022 Segunda-feira
Uma liminar da desembargadora Nelma Sarney cassando liminar dela própria resolveu, pelo menos no campo judicial, o ensaio de crise que tomou de conta dos bastidores da Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa.
A demanda judicial partiu da base governista, que tem larga maioria na Casa, e não aceitou que o PDT tivesse o controle da CCJ por meio do presidente e do vice-presidente, deputado Ricardo Rios.
A desembargadora concedeu liminar desmanchando a eleição, mas logo em seguida foi alertada de que sua decisão seria uma intromissão indevida nos assuntos internos de outro Poder, o que a fez escrever outra liminar cassando a primeira e devolvendo o que o presidente do Poder Legislativo, deputado Othelino Neto (PCdoB migrando para o PDT), avaliou como uma correção de rumo.
O mal-estar continua, um pouco mais ameno, entre a maioria governista e a Mesa da Assembleia Legislativa. Só que agora num outro clima, com amplo espaço para o que há de mais eficiente em casos como esse, a negociação, que é a razão de ser da política e do parlamento.
