Arquivo mensal: abril 2021

Flávio Dino sobre mais de 400 mil mortos por Covid: “a maior tragédia de história brasileira”

30-04-2021 Sexta-feira

O governador Flávio Dino, através de sua rede social, classificou como “a maior tragédia de história brasileira” as mais de 400 mil mortes provocadas pela Covid-19 e se solidarizou com as famílias das vítimas.

“400 mil mortes por coronavírus. A maior tragédia da história brasileira. Minha solidariedade profunda e afetuosa com as famílias das vítimas”, postou o governador em sua página no Twitter.

O Brasil ultrapassou nesta quinta-feira (29) a marca dos 400 mil mortos sem ter sequer direito a velório e sem que o governo do presidente Jair Bolsonaro esboce qualquer comoção com as perdas.

Esta marca negativa, fruto do descaso, do negacionismo e de orientações equivocadas do governo federal em relação a pandemia, provavelmente será motivo de investigação da CPI da Covid instalada no Senado para apurar responsabilidades.

Prefeitura de São Luís vacina contra Covid profissionais da educação das redes municipal, comunitária e particular com 45 anos ou mais no sábado (1º de maio)

30-04-2021 Sexta-feira

A Prefeitura de São Luís realiza no sábado, 1º de maio, a vacinação para uma nova faixa etária de profissionais da educação das redes municipais, comunitária e particular. Nesta nova etapa podem vacinar profissionais com 45 anos ou mais.

Pela manhã será a vez dos nascidos de janeiro a junho e à tarde, de julho a dezembro. A vacinação será exclusiva no Centro de Convenções e no Drive Thru da UFMA. 

“Com planejamento e organização, temos avançado a cada dia com a vacinação em São Luís. Na proporção que recebemos novas doses temos ampliado o público-alvo e as faixas etárias. Para garantir agilidade no processo, as nossas equipes têm trabalhado nos finais de semana e em feriados, como no sábado, 1º de maio, Dia do Trabalhador”, destacou o prefeito Eduardo Braide.

Foto: DivulgaçãoSerão vacinados pela Prefeitura, neste sábado (1º), profissionais da rede municipal e comunitária da ativa que atuam na rede de educação básica de São Luís, conforme lista encaminhada pela Secretaria Municipal de Educação (Semed).

Da rede particular, também podem se vacinar profissionais com 45 anos ou mais, da ativa que atuem nas escolas ou instituições, conforme lista encaminhada pelos estabelecimentos de ensino à Semus.  Ao comparecer ao local de vacinação, os profissionais devem levar documento oficial com foto e último contracheque. 

“Vamos receber os profissionais de educação das redes municipal, comunitária e particular, da ativa, acima de 45 anos, no Centro de Vacinação e o drive-thru na UFMA, das 8h às 17h, para receber sua vacina”, reforçou o secretário de saúde, Joel Nunes, chamando a atenção que a vacinação segue de acordo com o mês de nascimento. 

Pela manhã, vacinam os profissionais da educação nascidos de janeiro a junho e à tarde de julho a dezembro.

Flávio Dino anuncia chegada de imunizantes e sobe meta para 80% de vacinas aplicadas para prefeituras receberem novas doses

30-04-2021 Sexta-feira

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB) realizou nesta sexta-feira, 30, mais uma coletiva sobre panorama e novas medidas de enfrentamento ao coronavírus no Estado.

Durante a apresentação, Flávio destacou a parceria da Federação dos Municípios do Estado do Maranhão na sensibilização e mobilização dos municípios. “Quero agradecer as prefeituras maranhenses, lideradas pela Famem, e agradecer as equipes do Governo do Estado lideradas pelo secretário de estado da saúde, Carlos Lula, pelas unidades regionais de saúde, que estão nos territórios, ajudando que nós tivéssemos, essa melhoria no desempenho na ação”, disse o governador Flávio Dino.

Nova remessa ao Maranhão está prevista para sábado, 1, com um carregamento de 10 mil doses de Pfizer para São Luís. O novo público-alvo no estado está incluído grávidas com comorbidades e pessoas com síndrome de down.

O chefe do executivo anunciou que os municípios só receberão novas doses se alcançarem 80% de doses aplicadas, medida que começa a valer na próxima segunda-feira, 3. As outras medidas continuam em vigor.

Bolsonaro volta a criticar medidas de combate à Covid-19 mesmo com 400 mil mortes

30-04-2021 Sexta-feira

Brasil registrou em 24 horas 3.074 mortes, totalizando 401.417 óbitos desde o início da pandemia. Apesar da tragédia, presidente continua contra lockdown, única medida que pode conter transmissão do vírus

No mesmo dia em que o Brasil ultrapassou a triste marca de 400 mil vidas perdidas para a Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro (ex-PSL) voltou a criticar o isolamento social, que governadores e prefeitos de várias capitais  têm adotado para conter a transmissão do vírus e salvar vidas. Para ela, o que importa é salvar a economia.

“Ninguém tem dúvida que acabou com o emprego”, disse na live desta quinta à noite. “Uma população na miséria vai passar a depender mais do Estado e a tendência é dar o voto para quem dá muleta”, acrescentou. 

Bolsonaro criticou também a imprensa e evitou comentar sobre a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, que vai investigas ações e omissões do seu governo na condução da maior crise sanitária do século.

Sobre as mortes, disse apenas: “Lamentamos as mortes. Chegou um número enorme de mortes”, afirmou se referindo ao número que um assessor colocou sobre a mesa.

Bolsonaro é crítico das medidas de isolamento social, recomendadas por especialistas, alegando temer efeitos negativos na economia. O seu governo ignorou desde o início o que vários países fizeram para conter o avanço da doença, como o lockdown de até 40 dias, como Nova Zelândia, não só controlaram a pandemia como reaqueceram a economia.

 “Tá de brincadeira! Tinha que orientar que não era para pagar a folha e não era para comprar respirador em Marte e não chegar? É o fim da picada, realmente”, esbravejou Bolsonaro nesta quinta.

Fiocruz comenta a pandemia

Enquanto o presidente esbraveja, a pandemia no Brasil continua sem controle, apesar de ter desacelerado um pouco neste momento, está em patamares críticos e com números elevados de mortes.

Pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) recomendam manter o distanciamento físico e social para que a doença não volte a ter um ritmo acelerado de transmissão.

Segundo a pesquisadora da Fiocruz, Margareth Dalcolmo, maio também será um mês triste para o Brasil por causa da Covid-19. Ela afirmou, em entrevista ao O Globo, que “todos os indicadores sinalizam que a matança continuará em maio e junho”, disse ao comentar a marca de 400 mil mortes por causa da doença.

Dalcomo relembra que em quatro meses de 2021 morreram mais pessoas do que em todo o ano de 2020. Para ela, a marca alcançada de 400 mil mortos escancara o que o país não fez para conter a pandemia.

“Muitas dessas mortes poderiam ter sido evitadas com vacinação e com medidas não farmacológicas, isto é, distanciamento social, uso de máscaras e testagem em massa”, afirmou.

Números da pandemia

Nas últimas 24 horas, o Brasil registrou 3.074 mortes pela doença e totalizou 401.417 óbitos desde o início da pandemia. Com isso, a média móvel de mortes no Brasil nos últimos 7 dias chegou a 2.523.

A marca foi alcançada 19 dias depois de o país contar 350 mil vítimas da pandemia e pouco mais de um ano após o primeiro óbito confirmado. Desde ontem às 20 horas foram registradas mais 1.678 vidas perdidas, totalizando 400.021 mortes em decorrência do novo coronavírus.

O Brasil é segundo país do mundo com maior número de óbitos em decorrência da doença, atrás apenas dos Estados Unidos, com mais de 500 mil mortes, segundo o levantamento da Universidade Johns Hopkins.

Parlamentares do PCdoB repudiam fala elitista de Guedes sobre Fies

30-04-2021 Sexta-feira

Deputados do PCdoB reagiram, pelas redes sociais, às declarações elitistas e preconceituosas do ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). O ministro disse que a iniciativa foi um “um desastre” e que abriu a universidade a quem “não tinha a menor capacidade”, usando como suposto exemplo o filho de seu porteiro. A declaração foi feita em reunião na terça-feira (27), mas foi tornada pública em reportagens publicadas nesta quinta-feira (29).

O vice-líder do PCdoB na Câmara, deputado federal Orlando Silva (SP), destacou: “No Brasil, o ruminante Paulo Guedes, filhote do cruzamento de banqueiro com pinochetista, é contra todo investimento público e política social, principalmente colocar gente na universidade. Tem medo de ter que encarar o filho do porteiro”.

Orlando classificou Guedes como “figura desprezível” e acrescentou: “Uma pessoa tão pobre que só o que tem é dinheiro. Covarde, gosta de humilhar trabalhador pobre, o ‘porteiro de prédio’ a que ele se referiu. Mas é tchutchuca de miliciano. Que nojo!”.

A deputada federal Professora Marcivânia (PCdoB-AP) declarou: “Se dependesse do ministro Guedes, só entrariam nas universidades os filhos de ricos e apenas teriam chance de uma vida mais longa também somente os ‘bem nascidos’…Esse governo não serve ao Brasil e nem aos mais pobres”.

O deputado federal Daniel Almeida (PCdoB-BA) colocou: “Esnobar pobre e trabalhador é a especialidade de Paulo Guedes, que despreza o Fies, programa que abriu oportunidade para milhares de jovens ingressarem no ensino superior. O filho do porteiro pôde ser médico, engenheiro, jornalista e ter muito orgulho de suas raízes”.

A deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ) apontou: “Depois do ódio aos chineses, Paulo Guedes voltou sua ira aos filhos dos porteiros que acessam a universidade através do Fies. O que explica um Ministro da Economia ter tempo para dar uma declaração preconceituosa por dia num momento em que milhões passam fome?”.

Por Priscila Lobregatte

1º Maio pela Vida reúne Lula, Dilma, FHC, Dino, Ciro, Boulos e Manuela

30-04-2021 Sexta-feira

Artistas como Chico Buarque e Elza Soares também marcarão presença no Dia do Trabalhador

Nove centrais sindicais brasileiras – CUT, Força Sindical, UGT, CTB, NCST, CSB, Intersindical, Pública e CGTB – promovem neste sábado (1/5) uma comemoração unitária e virtual do Dia do Trabalhador. O 1º de Maio pela Vida, Democracia, Emprego, Vacina para Todos e pelo Auxílio Emergencial de R$ 600 – Live do Trabalhador começa às 14 horas, com transmissão ao vivo no Vermelho, na TVT e nas redes das centrais.

Cada central terá dois participantes na live – seu presidente e uma representante das mulheres sindicalistas: Sérgio Nobre e Carmem Foro (CUT); Miguel Torres e Maria Auxiliadora (Força Sindical); Ricardo Patah e Santa Regina (UGT); Adilson Araújo e Ivânia Pereira (CTB); José Reginaldo Inácio e Sônia Maria Zerino (NCST); Antônio Neto e Antonieta “Tieta” (CSB); Edson Carneiro Índio e Nilza Pereira (Intersindical), Ubiraci Dantas de Oliveira e Vivian Queiroz (CGTB); José Gozze e Silvia Helena de Alencar (Pública). O sindicalismo rural terá como porta-voz o presidente da Contag, Aristides dos Santos.

A programação contará com depoimentos dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Dilma Rousseff (PT) e Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Também participarão da live o governador Flávio Dino (PCdoB-MA), o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), o líder do MTST e do PSOL, Guilherme Boulos, e a ex-deputada Manuela D’Ávila (PCdoB). O presidente da UNE, Iago Montalvão, representará o movimento estudantil, enquanto João Paulo Rodrigues, da direção nacional do MST, falará em nome da Frente Brasil Popular.

Artistas como Chico Buarque e Elza Soares também marcarão presença. Estão confirmados ainda Chico César, Paulo Betti, Gregório Duvivier, Tereza Cristina , Odair José, Sílvio Almeida, Osmar Prado ,Lirinha, Tereza Seiblitz , Joana Maranhão e Marcelo Jeneci.

O programa será ancorado pela cantora, compositora e apresentadora Ellen Oleria, que comanda o programa Estação Plural, na TV Brasil. Também no estúdio, a atriz, cantora e multi-instrumentista paraibana Lucy Alves fará a apresentação artística que encerrará o ato do 1º de Maio Unitário das Centrais Sindicais. Todos os protocolos sanitários serão seguidos.

Portal Vermelho

País pode ser varrido por 3ª onda de Covid, temem especialistas

30-04-2021 Sexta-feira

Vacinação lenta, exposição a novas cepas do vírus e relaxamento do isolamento social são combinação explosiva. No ritmo atual, o Brasil ruma para acumular mais de um milhão de fatalidades até 2022, alerta Miguel Nicolelis

Enquanto Jair Bolsonaro estiver ocupando o Palácio do Planalto, o pesadelo brasileiro está longe do fim. Em meio ao cenário de guerra que resultou em 400 mil mortes, especialistas antecipam a possibilidade de uma terceira onda de Covid-19 varrer o país e aprofundar ainda mais a crise. Enquanto a vacinação engatinha, a população continua exposta a novas cepas do vírus, que aumentam o risco de infecção e morte. Pesquisadores temem que os dois fatores, associados ao relaxamento das regras de distanciamento social, possam ter um efeito devastador.

“O Brasil está se especializando no método sanfona de controle da pandemia”, critica o neurocientista Miguel Nicolelis, em entrevista à BBC. “Fecham quando está altíssimo por uma, talvez duas semanas, e aí, quando cai 4 pontos, abrem tudo de novo e volta (a subir)”.

Militante em favor da adoção urgente de um lockdown nacional, Nicolelis prevê meses duríssimos para o país, consequência da irresponsabilidade do governo federal ao atuar na crise. Ele antevê a marca de 500 mil vítimas fatais, a ser atingida em 40 dias. Pior: o país ruma para acumular mais de um milhão de fatalidades até 2022.

“No ritmo atual, nós não vamos nem conseguir vacinar as pessoas antes que alguma variante brasileira, ou da África do Sul, ou da Índia, ou da Inglaterra, escape às vacinas”, ressalta Nicolelis. “Essa variante indiana é assustadora. Se as variantes entrarem aqui e passarem a competir com a P-1 (variante brasileira), e as vacinas que temos não derem conta, podemos ter um milhão de óbitos até 2022”, adverte.

Celeiro de variantes

“O Brasil virou celeiro de novas variantes. Com a atual política adotada [em nível nacional], não há perspectiva de a pandemia rescindir em menos de dois ou até três anos”, observou o biólogo, pesquisador e doutorando do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Lucas Ferrante, em entrevista ao Valor. Ferrante calcula que uma nova onda de infecções pode castigar o Brasil em até 45 dias.

“A falta de coordenação nacional é responsável por três de cada quatro mortes no Brasil”, definiu o epidemiologista Pedro Hallal, ex-reitor da Universidade de Pelotas, em depoimento ao Portal IG. “Hoje saiu um comentário na (revista científica britânica) Nature falando em uma de cada duas. Acho que ainda é conservador, acho que três de cada quatro, com os dados que eu vejo”, considerou Hallal.

”Não há dúvida de que muito mais gente morreu e seguirá morrendo hoje no Brasil do que seria o naturalmente esperado pelo curso natural da pandemia”, disse.

Lockdown + vacina

Hallal sustenta que o Brasil só terá condições de sair do ciclo de infecções e morte se adotar um lockdown sério por pelo menos três semanas e acelerar as vacinações para 1,5 milhão de doses por dia. É a combinação das duas medidas que poderá dar um respiro aos sistemas de saúde, ainda sobrecarregados pelo elevado número de internações, especialmente de doentes mais jovens.

“Vamos precisar construir uma inteligência epidemiológica para monitorar o número de caso e o tipo de vírus que está circulando, porque no momento que se encontre novas cepas, é fundamental tomar medidas para bloquear essas variantes” avalia o pesquisador Adriano Massuda.

“O que aconteceu em Manaus, por exemplo, com a identificação de uma nova cepa e a transferência de pacientes para outras regiões do país, ajudou a disseminar a variante para todo o Brasil”, criticou.

Relaxamento do distanciamento

“Se flexibilizar geral, o risco é muito grande”, advertiu a professora titular de epidemiologia do Instituto de Medicina Social da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) Gulnar Silva. Ela também defende um lockdown em todo o país para frear o vírus. “Quando a curva baixar bastante podemos fazer testagem, rastrear os casos, isolar os doentes e os suspeitos, fazer quarentena dos contatos, o que deveria ter sido feito desde o início”, recomendou.

PT, com informações de BBCValor e IG

Maranhão apresenta queda na quantidade de casos da Covid-19 em grupos já vacinados e redução na ocupação hospitalar

30-04-2021 Sexta-feira

O Maranhão registrou queda no número de mortes por Covid-19 nas faixas etárias acima de 70 anos. A queda é resultado dos avanços na vacinação e das medidas de restrições aplicadas pelo Governo do Estado. A diminuição reflete ainda na ocupação hospitalar, que saiu da média de 90% para 70% (leitos de Unidade de Terapia Intensiva) e de 70% para média de 55% (leitos clínicos). 

Os dados foram divulgados pelo governador Flávio Dino, em coletiva, nesta sexta-feira (30), no Palácio dos Leões. Dino pontuou, ainda, a manutenção das medidas restritivas e ações de gestão para controle da doença. 

“Temos um quadro tendencialmente de estabilidade, com viés de queda. Mas, ainda é rigorosamente imprescindível a manutenção das medidas preventivas. Uso de máscaras, higiene das mãos e distanciamento social. Esse trinômio salva vidas”, frisou o governador. Ele pontuou que “a vacinação faz diferença”, sendo que no Maranhão reduziram os casos da doença e óbitos na faixa etária acima dos 70 anos.

Outro dado positivo mostra que o Maranhão se mantém como o estado de menor número de mortes pela doença, no país. “Sinal que nossos esforços conjuntos, governo e sociedade, estão produzindo os efeitos, comparativamente possíveis, diante dos desafios enfrentados”, pontuou o governador. No que se refere às vacinas, o estado já recebeu 1,58 milhão de doses e aponta melhoria no desempenho da imunização. Atualmente, há 153 municípios com aplicação acima de 80%.

O governador anunciou nova remessa de vacinas, sendo 10 mil doses da Pfizer, para a próxima semana. A dose da Pfizer deve ser conservada em baixíssimas temperaturas e para garantir a conservação, o Governo do Estado adquiriu congelador adequado para a guarda. “Vamos entregar e seguir o Plano Nacional de Imunização, no que se refere ao público prioritário”, disse Flávio Dino. O novo público inclui grávidas com comorbidades e pessoas com síndrome de Down.  

Sobre a compra da vacina russa Sputnik, o Governo do Maranhão submeteu novo procedimento à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e aguarda definição. O contrato de compra permanece em vigor. “Nos confirmaram que há vacinas para entregar, mas precisamos da autorização da Anvisa. Nada foi pago pelo Maranhão, o que será feito ao recebermos os imunizantes”, pontuou o governador. 

Restrições

Flávio Dino anunciou ainda manutenção das medidas restritivas em vigor. Escolas públicas manterão aulas na modalidade online; escolas privadas no modelo híbrido (on-line e presencial); comércio, incluindo academias, das 9h às 22h; supermercados de 6h à 0h; delivery até 23h; atividades religiosas presenciais ficam suspensas no período; pessoas do grupo de risco afastadas do trabalho no setor público e privado. “Vamos manter este regime e acredito que, em 15 dias, teremos condições de alterar o cenário”, avaliou.

Medidas

Na saúde, o governador anunciou a fase final das obras da Policlínica no bairro Liberdade, que vai atender principalmente idosos; obras na UTI do hospital em Grajaú; e, em fase de conclusão, obras de ampliação e implantação de UTI no hospital de Porto Franco (funcionamento previsto para maio).

No social, ações pelo emprego e renda das famílias. O programa Comida na Mesa vai distribuir 12 mil cestas de alimentos a 10 municípios, na próxima semana; por meio da rede de Restaurantes Populares, mais de 180 mil jantares, no valor de R$ 1, foram servidos em um mês. Outras medidas incluem a distribuição de máscaras; sorteios de R$ 600 pelo programa Minha Casa Melhor, que atenderá 45,5 mil famílias maranhenses.

Famem discute parceria para campanha de prevenção às drogas no Maranhão

30-04-2021 Sexta-feira

A Federação dos Municípios do Estado do Maranhão (Famem) iniciou, na tarde desta quarta-feira (28), tratativas visando a assinatura de termo de apoio e adesão à Campanha de Prevenção às Drogas no Maranhão, intitulada “Semeando Vidas: da infância pra Vida toda, porque droga mata!”.

Realizada pela Associação dos Funcionários da Justiça do Estado do Maranhão (Asfujema), a campanha envolve diversas instituições, como Tribunal de Justiça do Maranhão, Ministério Público estadual, Secretaria de Segurança Pública do Estado, Associação dos Magistrados, entre outras e tem como objetivo realizar palestras sobre drogas e drogadição para jovens, estudantes, profissionais de educação e saúde, gestores municipais, lideranças comunitárias, assistentes sociais, entre outros, de todo o estado.

O presidente da Asfujema, Carlindo Barros Chaves Filho, destacou a importância da parceria com a Famem para a o desenvolvimento da campanha. “Tendo em vista seu caráter assistencial, bem como a capacidade que a Famem tem de integrar todos os municípios, além de ter em seu corpo, uma estrutura administrativa organizada e pessoal capacitado, é de suma importância essa parceria, para o pleno êxito do nosso projeto”, enfatizou.

Representando o presidente Erlanio Xavier, o secretário-geral e prefeito de São Bernardo, João Igor, ressaltou que a Famem tem interesse em apoiar a iniciativa e ampliar o combate preventivo às drogas em todo o Maranhão.

“Essa parceria é de grande importância, uma vez que é um projeto que pretende abranger os municípios maranhenses levando orientações visando o combate preventivo às drogas, que é um problema que, infelizmente, está presente em todos os municípios do nosso estado. Então, a Famem vai continuar estreitando os laços com a Asfujema para que possamos levar esse projeto tão importante para mais municípios do Maranhão”, destacou.

Para o assistente de Relações Institucionais da Asfujema, Sandro Barbosa, o caráter mobilizador da Famem é fundamental para a ampliação do alcance da campanha. “Pela importância que a Famem tem hoje no estado, essa parceria vai permitir que a nossa campanha chegue a mais municípios do Maranhão, através da mobilização com os gestores para que estes venham a aderir ao projeto”, pontuou.

Participaram da reunião também o assistente de Relações Institucionais, Sandro Barbosa e o diretor de Esporte da Associação, Lindomar Queiroz, além do assessor e consultor jurídico da Famem, Ilan Kelson.

Rodrigo Pilha é torturado na prisão. Comissão de Direitos Humanos pede apuração

30-04-2021 Sexta-feira

De acordo com matéria publicada pela Revista Fórum, Rodrigo Pilha, ativista político, teria sido agredido por policiais penais com chutes, pontapés e murros ao chegar à prisão e sentado no chão

A Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados (CDHM) vai apurar a denúncia de que o ativista Rodrigo Pilha, preso desde 18 de março por estender uma faixa chamando Jair Bolsonaro (ex-PSL) de genocida, foi espancado e torturado na prisão e tem dormido no chão desde que foi injustamente privado de sua liberdade.

De acordo com o jornalista Renato Rovai, editor da Revista Fórum, tudo começou quando Rodrigo chegou ao Centro de Detenção Provisória II de Brasília. Ele estava  sentado no chão, quando policiais penais o teriam agredido com chutes, pontapés e murros. De acordo com a matéria, a família e advogados de Pilha teriam a identificação dos policiais penais.

Segundo ainda a reportagem, enquanto esteve na Polícia Federal prestando depoimento, Pilha foi tratado de forma respeitosa, mas ao chegar no Centro de Detenção Provisória II, área conhecida como Covidão, em Brasília, alguns agentes já o esperavam perguntando quem era o petista e incitando outros presos a bater no rapaz, o que não aconteceu. Pelo contrário, os presos até o ajudaram doando cuecas e bermudas, já que Pilha não pode receber visita da família.

Assim que tomou conhecimento da denúncia, a presidência da  Minorias da Câmara dos Deputados (CDHM) solicitou, nesta sexta-feira (30), que o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) instaure imediatamente apuração da denúncia de agressões contra Rodrigo Grassi Cadermatori, conhecido como Rodrigo Pilha.

Conforme consta no trecho do documento assinado pelos deputados Carlos Veras (PT/PE), presidente da CDHM, e Érika Kokay (PT/DF), 2ª vice-presidente, é competência da CDHM fiscalizar e acompanhar programas governamentais relativos à proteção dos direitos humanos.

“E a fim de assegurar o respeito à integridade física e moral do preso e a efetividade das garantias constitucionais vinculadas à execução penal, como a proibição da tortura e do tratamento desumano, a presidência da Comissão de Direitos Humanos solicitou a imediata apuração da denúncia, “com as consequentes responsabilizações administrativas, cíveis e criminais, prestando as informações pertinentes para que esta Presidência siga acompanhado o assunto”.

Para Roni Barbosa, secretário nacional de Comunicação da CUT, Pilha é um preso político e sua prisão se agravou mais ainda pela tortura que vem sofrendo dentro da cela.

É totalmente execrável o que está acontecendo. É inadmissível que, no Estado Democrático de Direito, alguém que está nas mãos do Estado, esteja sofrendo tudo que esse companheiro está sofrendo. Vamos exigir reparação e liberdade imediata para Pilha. Os culpados pelas torturas devem pagar o que estão fazendo- Roni Barbosa

Enquanto Pilha estava praticamente desmaiado, o agente que o agredia perguntava se ele com 43 anos não tinha vergonha de ser um vagabundo petista, de acordo com a reportagem da Fórum, que segue relatando que o tal policial dizia que Bolsonaro tinha vindo para que gente como ele tomasse vergonha na cara.

Pilha foi recebido pelos outros presidiários com solidariedade e respeito. Mas durante à noite esses mesmos agentes voltaram para  fazer uma blitz na cela e deixaram todos pelados e os agrediram  com chutes e pontapés. Com Pilha, foram mais cruéis. Esparramaram um saco de sabão em pó na sua cabeça, jogaram água e depois o sufocaram com um balde. Todos foram avisados que estavam sendo agredidos por culpa de Pilha. Do petista que não era bem-vindo na cadeia.

Atualmente, Pilha está trabalhando por 6 horas todos os dias e com isso consegue ficar fora do presídio das 14h30 às 20h30. Mas tem que voltar para a cela todas as noites, onde convive com outros colegas, com baratas e escorpiões, por exemplo. Seus advogados estão tentando conseguir progressão de pena com base em leituras e cursos, mas têm tido dificuldade.

Sem essa progressão, Pilha permanecerá como preso político até o dia 4 de julho e sua vida continuará em risco até esta data.

CUT com informações da Revista Fórum