Nesta segunda-feira (29), dia em que caíram os ministros da Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e da Defesa, general Fernando Azevedo, lideranças do PCdoB se manifestaram, via redes sociais, sobre a situação do país que vive o pior momento da pandemia em meio à instabilidade do governo Bolsonaro, cuja tônica tem sido negar os efeitos da pandemia e negligenciar seu enfrentamento.
“Num mesmo dia, duas baixas no governo Bolsonaro. Já são 17 ministros substituídos nessa gestão. Só na Saúde, estamos no quarto titular. Não adianta trocar de ministro, precisamos trocar de presidente. Em meio à maior crise sanitária de nossa história, o Brasil está à deriva”, declarou a presidenta nacional do PCdoB e vice-governadora de Pernambuco, Luciana Santos.
Ela apontou ainda que “é crescente a percepção no conjunto da sociedade – à esquerda, à direita, entre economistas e banqueiros – de que o atual presidente conduz o país à ingovernabilidade. A tragédia de seu governo tem impacto direto na vida das pessoas. Fora Bolsonaro!”.
O governador do Maranhão, Flávio Dino, destacou ser “muito grave a desagregação do governo federal, que não vem de hoje. Está mais do que provado que, com Bolsonaro, só haverá instabilidade, agressões e incompetência. Democracia e Constituição são as nossas luzes para vencer essas trevas”.
A ex-deputada Manuela d’Ávila colocou: “Quantas vezes você sentiu vergonha por Ernesto Araújo representar o Brasil no mundo todo? Pois então, ele caiu mas a vergonha permanece. Quem tem que cair mesmo é o Genocida do Bolsonaro”.
A Diretoria de Comunicação da Assembleia Legislativa do Estado do Maranhão manifesta profundo pesar pelo falecimento da jornalista Rosenira Alves, aos 60 anos, na tarde desta segunda-feira (29), em São Luís.
Rosenira, atualmente, assinava a Coluna Vip do Jornal Pequeno, veiculada aos domingos, e também atuava nas mídias digitais.
Em São Luís, a jornalista, nascida no Piauí, passou também por jornais como O Debate e Atos e Fatos. Atuou como assessora na Câmara Municipal de São Luís e promovia vários eventos sociais na capital maranhense, a exemplo da Feijoada Vip.
Neste momento de dor, prestamos condolências aos familiares, amigos e colegas de profissão de Rosenira, desejando-lhes força para superar tão grande perda.
Edwin Jinkings
Diretor de Comunicação
Sílvia Tereza Pereira Diretora Adjunta de Comunicação
Ministro da Saúde tem a missão de livrar Bolsonaro da responsabilidade pelas mortes na pandemia. Para isso, vale dizer que falta oxigênio porque hospitais o utilizam de “maneira imprópria”
Há seis dias no cargo, o quarto ministro da Saúde do governo Bolsonaro, Marcelo Queiroga, já deixou clara a sua missão: tentar convencer a população de que seu chefe, Jair Bolsonaro, não é responsável pelas mortes de centenas de milhares de brasileiros em decorrência da Covid-19. Para isso, utiliza duas estratégias: pede para que se esqueça o passado e joga a culpa para os outros, até mesmo para os profissionais de saúde (veja vídeo abaixo).
Foi o que ele fez em entrevista nesta segunda-feira (29) à CNN Brasil. Primeiro, voltou a falar em esquecer o passado. “Vamos olhar pra frente, vamos deixar o passado para trás”, propôs, como se fosse possível ignorar as mais de 310 mil mortes que o governo do qual ele faz parte provocou. Em seguida, ao ser questionado sobre as sabotagens de Bolsonaro ao uso de máscaras e ao isolamento social, fugiu da resposta dizendo que não está no ministério para “fazer política na Saúde”. No entanto, política — e, pior, a política de Bolsonaro — é tudo que ele mostra que fará.
Seguindo a linha de livrar Bolsonaro da responsabilidade, Queiroga repetiu o mantra do governo de que todos os países sofrem com a pandemia. “Isso não acontece só aqui no Brasil”, disse, ignorando que, em nenhum outro lugar do mundo, a pandemia tem matado tanto quando no país depois de mais de um ano. Também apontou os dedos para os outros. Além de afirmar, repetidas vezes, que a gestão da crise é de responsabilidade também de estados e municípios, teve a audácia de sugerir que o colapso do sistema de saúde se deve ao mau uso dos recursos pelos profissionais de saúde, que trabalham além de suas capacidades físicas para reduzir o tamanho da tragédia.
Ao mencionar a falta de oxigênio para pacientes, Queiroga disse: “Existe um problema de crise de abastecimento de oxigênio. Então, precisamos trabalhar para mostrar para as pessoas o uso racional do oxigênio. Porque não tem sentido nenhum uma luta para buscar oxigênio para levar para todos os municípios desta grande nação, e às vezes o oxigênio ser utilizado de maneira imprópria. Pessoas que não precisam de oxigênio, as torneiras de oxigênio dos hospitais abertas, e nós tendo de buscar caminhões com tanques de oxigênio fora do país para distribuir para o país. Então, os profissionais de saúde também são parte nesse esforço para usar com racionalidade os insumos estratégicos necessários ao enfrentamento da pandemia de Covid-19”.
Fala de futuro, mas está no passado
Como se não bastasse, Queiroga, que adora falar em “olhar pra frente”, tem o discurso que seria adequado, na melhor das hipóteses, para um ministro que assumisse o cargo em março de 2020, um ano atrás. Prega, como medidas essenciais, o uso de máscaras e o distanciamento entre as pessoas, algo que há muito tempo se sabe e que seu chefe fez questão de sabotar. Porém, ao ser confrontado pelo entrevistador com os excelentes resultados obtidos pelo prefeito Edinho Silva (PT), em Araraquara (SP), se colocou contra o lockdown.
Também diz que o ministério quer ouvir especialistas e secretários estaduais e que buscará aumentar a oferta de vacinas. Ou seja, só agora, passado mais de um ano, quando é importante dividir a responsabilidade da tragédia, é que o governo Bolsonaro se diz disposto ao diálogo. E só agora, depois de recusar vacinas e fazer uma campanha para desacreditá-las, o governo Bolsonaro corre atrás de doses. No entanto, ao ser perguntado sobre um calendário de vacinação e quantidade de doses a serem aplicadas, mais uma vez, Queiroga fugiu: “Não vamos estabelecer datas”.
Enquanto isso as mortes se acumulam. No domingo (28), O Brasil voltou a bater recorde na média móvel de mortes por Covid: 2.598. Ou seja, hoje, é esse o número médio de pessoas que perdem a vida para a Covid-19. Na última sexta-feira (26), o país bateu o recorde de mortes registradas em um só dia: 3.600.
Deputados do PCdoB reagiram às postagens da deputada Bia Kicis (PSL-DF) incentivando um motim da Polícia Militar da Bahia. A parlamentar afirmou que o soldado “morreu porque se recusou a prender trabalhadores” e culpou “seus companheiros”. Na publicação, feita na madrugada desta segunda-feira (29), a deputada federal chamou o soldado, que estava em surto, de “herói”.
Horas depois, Kicis apagou a publicação e afirmou que o PM morto estava em surto e que aguarda investigações para se pronunciar sobre o caso, “inclusive diante do reconhecimento da fundamental hierarquia militar”.
Kicis, que é presidente da CCJ, disse que as ordens do governador Rui Costa são ilegais e não devem ser cumpridas. Na reação, os parlamentares destacam o desrespeito à Constituição na posição da parlamentar e defendem que ela não tem condições de permanecer na CCJ.
O líder da bancada do PCdoB, deputado Renildo Calheiros (PE) afirmou ser muito grave o fato de bolsonaristas e parlamentares estimularem motim na PM da Bahia. “É inaceitável que se aproveitem de uma situação extrema e triste dessas para ir contra medidas essenciais em um dos momentos mais graves da pandemia. Essa posição ameaça a vida, a democracia e a segurança nacional. A Câmara dos Deputados precisa averiguar o caso e punir excessos”, destacou.
“Dramático e triste o fato ocorrido na Bahia, que resultou na morte de policial militar. Inexplicável a postura da presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, deputada Bia Kicis, que, na prática, estimula insurreição da PM contra o governador”, destacou o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP).
Para a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), além de graves, as declarações de Bia Kicis comprometem o Parlamento.
“Basta, Bia Kicis. A senhora como presidente da CCJ, assume essas posições absurdas e compromete a democracia e todo o Parlamento. É preciso que a presidência da Casa tome medidas urgentes”, destacou a parlamentar.
A deputada Alice Portugal (PCdoB-BA) afirmou que Kicis politizou a morte do policial. “Lamentável a atitude da deputada Bia Kicis, que politizou a morte de policial na Bahia. A parlamentar ataca de forma frontal a democracia ao incentivar motim da PM-BA contra o governador Rui Costa e ao disseminar fake news sobre o caso. Tem que sair imediatamente do comando da CCJ”, cobrou.
O deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA) também condenou a postura da parlamentar. “A deputada Bia Kicis promove um desserviço divulgando fake news e estimulando motim contra o governador da Bahia. Isso se agrava por ela ser presidente da CCJ na Câmara, demonstrando sua incoerência com a função. É preciso uma rigorosa investigação!”, afirmou.
A vice-líder da bancada do PCdoB, deputada Perpétua Almeida (AC), afirmou que a ação bolsonarista é “grave ameaça à segurança nacional”.
Entenda o caso
O soldado Wesley Góes trabalhava PM de Itacaré. Na tarde de domingo, ele foi até a companhia, buscou um fuzil e partiu para o Farol da Barra, em Salvador (BA). Policiais já tinham percebido que ele estava descontrolado e o seguiram.
Góes parou no Farol da Barra. Assim que saiu do carro, fez disparos para o alto e gritou palavras de ordem. Ele estava com o rosto pintado de verde e amarelo. A polícia isolou o local e iniciou uma negociação que durou mais de três horas. Familiares do soldado foram chamados para ajudar.
Durante as tratativas, Góes arremessou bicicletas de banhistas e atirou isopores de ambulantes no mar. Ele chegou a empurrar motos de PMs e uma viatura. Por volta das 18h30, o soldado fez uma contagem regressiva e atirou ao menos dez vezes contra o Bope, que atirou de volta e baleou o soldado. Ele chegou a ser socorrido, mas morreu às 23h.
Na pior fase da pandemia, população desrespeita medidas de proteção contra a Covid-19 ignorando que se adoecer não vai conseguir leitos nas redes públicas nem privadas
Apesar da explosão de mortes e novos diagnósticos de Covid-19 no Brasil, de hospitais sem vagas, da fila de espera por leitos em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e falta de medicamento para intubação entre outros, o fim de semana foi de aglomerações em praias e até em supermercados, festas clandestinas, bailes funks e muita gente que ignorou as medidas de restrição na pior fase da pandemia.
O comportamento das pessoas é, também, como se os estados não estivessem na pior fase da pandemia, com UTIs acima de 90% e dezenas de mortes de pacientes aguardando por leitos.
Apenas em 24h, entre sábado (27) e domingo (28), foram registradas 1.605 mortes por Covid-19, e 43.402 novos casos da doença foram confirmados. O país chegou a 312.299 óbitos e a 12.532.634 casos da doença desde o início da pandemia.
São Paulo
Das 39 cidades da Grande São Paulo, 21 adotaram restrições, incluindo a capital, que antecipou vários feriados e parou por dez dias. Desde sexta-feira (26), a polícia interditou 454 aglomerações. Foram quatro festas clandestinas, feitas a portas fechadas em bares com mais de 300 pessoas, uma festa com 50 imigrantes bolivianos na zona leste de São Paulo e cenas de um baile funk lotado de jovens foram registradas em Paraisópolis. Foram vistoriados 298 estabelecimentos.
Além das festas, o povo foi para as ruas e também para o litoral. Muitos tomaram conta das ciclovias para se exercitar, gerando congestionamentos e tornando praticamente impossível a passagem das bicicletas. Várias pessoas estavam sem máscara pelos corredores lotados de ciclistas pela Avenida Sumaré e nos arredores do parque Ibirapuera.
Desabafo de médico em São Paulo revolta a internet
Na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Itaquera, zona leste de São Paulo, um desabafo do médico Nelson Muzel em seu Instagram na noite deste sábado (27) revoltou muita gente.
O medido denunciou no vídeo uma festa com som alto acontecendo ao lado da UPA com 73 pacientes internados com Covid-19, entre eles, vários em estado grave.
O desabafo do médico, em vídeo que cobrava providências urgente do governador João Doria (PSDB) e do prefeito Bruno Covas também do PSDB, repercutiu nas redes sociais neste domingo (28)
“Olha só, a gente não consegue falar com os pacientes no quarto porque o barulho é tão grande ali dentro que a gente não consegue se ouvir e nem ouvir o que o paciente está falando”, afirmou.
Praias de São Paulo
Em São Sebastião, apesar das barreiras colocadas para evitar a entrada de turistas nas praias, várias pessoas desrespeitaram o bloqueio.
Em Ubatuba, mais de 250 pessoas queimaram pneus na madrugada deste sábado (27) para criar um bloqueio para evitar a passagem de veículos oriundos de outras regiões.
Em Santos, 225 pessoas foram abordadas e 36 multas foram aplicadas pela prefeitura. Um total de 174 motoristas foram parados na Barreira Sanitária na entrada de Santos. Das outras abordagens registradas, 66 foram para pessoas que estavam circulando sem as medidas de proteção calçadão da orla da praia.
Já no Guarujá, uma aglomeração com mais de 60 pessoas no final da tarde de sábado (27) foi encerrada após a fiscalização da prefeitura chegar ao local, na Praia do Éden.
Rio de Janeiro
Na pior fase da pandemia e com falta de leitos para pacientes com Covid-19, uma festa clandestina que reunia cerca de 300 pessoas foi interditada na madrugada deste domingo (28) no Rio de Janeiro.
A pool party, festa eletrônica com piscina — foi anunciada de forma ilegal nas redes sociais. O evento foi realizado em comemoração ao aniversário de dois DJs. De acordo com o UOL, os organizadores do evento poderão pagar uma multa no valor de até R$ 15 mil.
O Rio de Janeiro também teve feriadão antecipado para ajudar a população a fazer o isolamento social em casa e reduzir o número de casos da Covid-19, porém não teve adesão total na zona Sul.
Na praia de Ipanema, banhistas foram flagrados desrespeitando as regras, tomando banho de mar e permanecendo na faixa de areia. Banhistas estavam sem máscaras e circulando ao lado de outras pessoas, os cariocas também caminharam pelo calçadão das praias do Leblon e Copacabana.
Espirito Santo
No Espírito Santo, o que era considerado essencial fica fechado – como rodoviárias, transporte público, casas lotéricas, comércio atacadista e lojas de materiais de construção. Nas praias é proibido colocar cadeiras e guarda-sóis, mesmo assim os banhistas desrespeitaram as regras.
A partir desta segunda-feira, 29, as medidas restritivas adotadas pelo Governo do Estado para conter o avanço do novo coronavírus no Maranhão ficam mais flexíveis.
Com o novo decreto, podem voltar a funcionar presencialmente os bares, restaurantes e similares com apenas 50% de sua capacidade e sem oferecer o serviço de música ao vivo. Festas e eventos de qualquer natureza permanecem proibidas.
Na rede privada de ensino, as aulas híbridas estão autorizadas. Na rede estadual de ensino o modelo permanece o remoto.
Segundo a nova medida, o funcionamento do comércio continua sendo das 9h às 21h.
O expediente presencial nas secretárias e órgãos do Estado continua suspenso por mais uma semana.
O Governo do Estado deu início, nesta segunda-feira (29), ao serviço de drive-thru de vacinação contra Covid-19. A ação, que está acontecendo no estacionamento do Pátio Norte Shopping, atende exclusivamente idosos entre 70 e 74 anos residentes dos municípios de Paço do Lumiar e São José de Ribamar. O atendimento acontece das 8h às 16h.
O secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula, acompanhou o primeiro dia do serviço e destacou a importância da união entre estado e municípios para acelerar o processo de imunização da população.
“Neste primeiro momento, a parceria está sendo realizada com os municípios de Paço do Lumiar e São José de Ribamar. O objetivo é dar mais tranquilidade para a população que poderá se vacinar tanto aqui no drive, quanto no próprio município. Essa iniciativa é fruto da preocupação do Governo em acelerar a vacinação em todo o estado e, assim, proteger a população o quanto antes”, afirma o secretário Carlos Lula.
De acordo com o cronograma de vacinação do drive-thru, na segunda-feira (29) foram vacinados os idosos de 74 anos.
A superintendente de Epidemiologia e Controle de Doenças da SES, Tayara Pereira explica como funciona o fluxo de atendimento no drive-thru de vacinação contra Covid-19. “As pessoas do público-alvo de vacinação que chegarem ao drive passarão por uma pré-triagem, onde será verificada a faixa etária e se ele é morador de um dos dois municípios parceiros na ação. Logo após, será feita a triagem, onde é verificada a temperatura e aplicado um questionário para saber se a pessoa não apresenta sintomas gripais e está apta, ou não, para tomar a vacina. Passando por esta etapa, ele será encaminhado para o procedimento de imunização”, explica a superintendente, Tayara Pereira.
O serviço de drive-thru está sendo executado pela Empresa Maranhense de Serviços Hospitalares (Emserh). “O Governo do Estado, além de realizar a distribuição dos insumos e imunizantes, sentiu a necessidade de auxiliar os municípios no processo de vacinação. É um sistema muito seguro do ponto de vista do isolamento, pois a pessoa não precisa sair de dentro do carro para passar pelo processo de imunização. Trazendo toda a documentação, nosso objetivo é que esse idoso passe pela vacinação o mais rápido possível e volte para a sua casa de maneira protegida”, destacou o presidente da Emserh, Marcos Grande.
Para realizar a vacinação, além de estar dentro da faixa etária do público-alvo, o idoso precisa apresentar documento de identificação com foto; cartão do SUS; cartão de vacinação; e comprovante de residência.
Valdomiro Viana aproveitou o primeiro dia de imunização do drive-thru (Foto: Julyane Galvão)
Dona Luzia da Luz Ferreira, 74 anos, foi uma das primeiras idosas do município de Paço do Lumiar a serem imunizadas no drive-thru de vacinação montado pelo Estado. “Há muito tempo esperava por esse momento, graças a Deus estou me sentindo muito bem. Estou muito feliz e espero que esse momento chegue para todo mundo assim como chegou para mim”, diz a aposentada, emocionada.
Quem também aproveitou o primeiro dia de imunização foi o aposentado Valdemiro Viana. Morador do município de São José de Ribamar, o idoso chegou ao drive de moto e destacou a importância dos cuidados. “Me cuidei direitinho e não peguei a Covid, evitei ao máximo sair de casa e quando saía era com a máscara no rosto. Hoje não perdi tempo e vim logo me imunizar”, conta seu Valdomiro Viana.
Cronograma
O cronograma de imunização continua nesta terça-feira (30), com a vacinação de idosos de 73 anos. Sendo que das 8h às 12h, serão atendidos os nascidos entre janeiro e junho, e das 12h às 16h os nascidos de julho a dezembro.
Já na quarta-feira (31), será a vez dos idosos de 72 anos, seguindo o mesmo cronograma, das 8h às 12h os que nasceram nos meses de janeiro, fevereiro e março, e das 12h às 16h os nascidos em abril, maio e junho.
E na quinta-feira (1º), serão vacinados os idosos de 71 anos, sendo os nascidos em julho, agosto e setembro atendidos de 8h às 12h, e os que nasceram em outubro, novembro e dezembro, das 12h às 16h.
Com mais de 3 mil mortes por dia, a imagem negativa do Brasil ganhou destaque na mídia internacional, que fala da sabotagem do governo Bolsonaro às medidas restritivas de combate à pandemia de Covid-19
Por Walber Pinto
O colapso no sistema hospitalar do Brasil, a disparada do número de mortes e novos diagnósticos de Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus, está assustando o mundo. Vários jornais internacionais destacaram em reportagens e análises a situação gravíssima da pandemia no país e culparam o governo de Jair Bolsonaro (ex-PSL) pelo descontrole do vírus, o que transforma o país em uma ameaça global.
E não é para menos. O Brasil atingiu a marca de 300 mil mortos por Covid-19 na última semana e, segundo dados diários das secretarias estaduais de Saúde, mais de 3 mil pessoas estão morrendo por dia. Apenas em 24h, entre sábado (27) e domingo (28), foram registradas 1.605 mortes por Covid-19, e 43.402 novos casos da doença foram confirmados. Lembrando que nos fins de semana os números costumam ser menores porque as equipes trabalham em esquema de plantão.
Com os registros do fim de semana, o país chegou a 312.299 óbitos e a 12.532.634 casos da doença desde o início da pandemia.
Também neste domingo, o país bateu mais um recorde na média móvel de mortes, que é de 2.598. É o maior número desde o início da pandemia e um crescimento de 42% se comparado com a última semana.
Apenas os Estados Unidos tiveram mais mortes pela doença — no entanto, com as medidas de prevenção reforçadas e à rápida vacinação, os números vêm despencando nos últimos meses.
Manchetes negativas
O descontrole da pandemia no Brasil, consequência da falta de um comando nacional de combate a Covid-19, das fakes news e das sabotagens de Bolsonaro contra as medidas restritivas decretadas por governadores, dos remédios sem eficácia, que Bolsonaro insiste em indicar, afetam seriamente a imagem do país no mundo e viraram destaque em três dos principais jornais dos Estados Unidos, país que ocupava o ranking mundial desde o início da pandemia.
New York Times
O jornal The New York Times, The Wall Street Journal e The Washington Post, destacaram em suas reportagens o avanço da Covid-19 no país, diante da nova variante descoberta em Manaus, e responsabilizam as falhas do governo Bolsonaro, a divulgação de fake news sobre tratamentos sem eficácia, a exaustão dos profissionais de saúde e a escassez de oxigênio e medicamentos para intubação, entre outros que estão em falta na rede hospitalar.
Porto Alegre no NYT
A reportagem do The New York Times, deste sábado (27), destacou “a epidemia de Covid-19 no Brasil e a sobrecarregou hospitais” e abordou a situação dos hospitais em Porto Alegre.
De acordo com o jornal, é o pior momento da pandemia no país e poderia ter sido evitado se o governo brasileiro tivesse incentivado as pessoas a usarem máscara e praticarem o distanciamento social. O jornal mostrou ainda que muitas pessoas insistem em negar as descobertas da ciência sobre a pandemia.
The Wall Street
O jornal The Wall Street Journal destacou que a nova variante do coronavírus P1 tem devastado o Brasil e representa “uma ameaça à saúde pública global”.
O texto afirma ainda a faixa etária dos mortos na atual onda de infecções no país, com uma proporção de menores de 60 anos em torno de 30%, ante os 26% na onda anterior em meados de 2020.
Washington Post
Já a reportagem do Washington Post retrata a falta de medicamentos, oxigênio e profissionais de saúde para as UTIs lotadas no Rio de Janeiro. O jornal cita estudos que trata da exaustão e do impacto psicológico em profissionais de saúde da linha de frente do combate à pandemia, que apontam abalos emocionais em 90% deles, além de depressão, ansiedade, insônia e pensamentos suicidas.
CNN Internacional
A CNN Americana, em seu site, também destacou neste sábado (27) que o Brasil tem “sinais de colapso” nos hospitais por causa do descontrole da pandemia.
A reportagem também critica Bolsonaro por falta de uma resposta à crise de saúde, mencionando as brigas políticas do Planalto com governadores que decretaram isolamento mais rígido para tentar conter os números do coronavírus.
The Economist
A revista The Economist, do Reino Unido, alertou sobre a variante P1, que vem se tornando dominante no Brasil e que preocupa por se mostrar mais contagiosa. A revista cobra a responsabilidade de Bolsonaro no colapso da saúde no Brasil e fala da “má gestão da Covid-19 pelo Brasil ameaça o mundo”.
A Economist diz ainda que as ações de Bolsonaro “são ruins para o Brasil e para o mundo”.
The Guardian
O jornal britânico “The Guardian” afirma em sua reportagem que o Brasil vive “o mês de março mais triste” da vida dos brasileiros. Assim como os demais jornais, o The Guardian critica também o presidente Jair Bolsonaro pelo caos da saúde no país.
O jornal fala também da história de profissionais da saúde esgotados com a situação nos hospitais do país, a preocupação com as variantes e a falta de ação coordenada do governo brasileiro para combater a crise sanitária.
Além da agência de notícias americana, o caos na saúde pública brasileira também ganhou destaque neste sábado (27) na agência de notícias Associated Press.
A reportagem cita que as medidas de restrição são capengas e “consistentemente sabotadas pelo presidente Jair Bolsonaro”.
O presidente da Câmara Municipal de São Luís, vereador Osmar Filho (PDT), anunciou nova prorrogando, até o dia 04 de abril, a suspensão das atividades presenciais no Palácio Pedro Neiva de Santana.
A medida visa zelar pela saúde dos servidores da Casa, vereadores e do público em geral, além de contribuir para conter o avanço do novo coronavírus.
“Devido ao constante aumento de casos de covid-19 no Estado, determinei a prorrogação mais uma vez da suspensão das atividades presenciais da Câmara de São Luís até o dia 04 de abril. Continue se cuidando! Vamos superar tudo isso”, anunciou Osmar Filho.
A partir das 18h desta segunda-feira (29), serão disponibilizadas as notas finais do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020, versão impressa e digital. Os participantes poderão conferir os resultados das provas na Página do Participante ou no aplicativo do Enem.
Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão realizador da prova, também estarão disponíveis as notas dos participantes do Exame Nacional do Ensino Médio para adultos privados de liberdade e jovens sob medida socioeducativa que inclua privação de liberdade (Enem PPL).
Para ter acesso às notas, os participantes devem utilizar o login único do governo federal. Caso o aluno tenha esquecido a senha, o sistema permite recuperá-la. Basta inserir o CPF no campo indicado, selecionar avançar e clicar no link “Esqueci minha senha”. O sistema apresentará diversas formas para recuperar a conta (validação facial, bancos credenciados, internet banking, e-mail e celular), escolha uma das opções para receber o código de verificação e, em seguida, gere uma nova senha.