Arquivo mensal: janeiro 2021

Governador Flávio Dino dialoga com Embaixada do Reino Unido sobre temática ambiental

30-01-2021 Sábado

Nesta sexta-feira (29) o governador Flávio Dino reuniu, virtualmente, com representantes da Embaixada do Reino Unido no Brasil. Como presidente do Consórcio da Amazônia Legal, o governador do Maranhão destacou temas como a importância da cooperação internacional no combate à pandemia; o combate ao desmatamento ilegal da Amazônia e a importância da implementação da política nacional de serviços ambientais.

“Enfatizamos a importância da cooperação internacional para ajudar os estados da Amazônia com acesso a insumos, a vacinas. Além disso, a ideia de juntos combatermos o desmatamento ilegal da Amazônia e a importância de uma política nacional de serviços ambientais para manter a floresta em pé. Para isso, é vital que as populações da Amazônia tenham acesso a recursos econômicos e um dos caminhos é estimularmos a bioeconomia, a economia verde, com práticas produtivas sustentáveis e a cooperação internacional é muito importante para essa finalidade”, assegurou o governador Flávio Dino. 

Para a embaixadora Liz Davidson, encarregada de negócios da Embaixada do Reino Unido, esse é um diálogo importante porque há um alinhamento nas questões relacionadas à defesa do meio ambiente e ao conjunto de ações que já estão sendo implementadas pela embaixada do Reino Unido no Brasil. “Apoiamos a agricultura sustentável, por meio de oportunidades para o setor privado e terceiro setor ao incentivar projetos inovadores. Estamos investindo nas cadeias sustentáveis, trabalhando no plano concreto de ações para que o Brasil possa receber mais investimentos que garantam o desenvolvimento de forma sustentável”, pontuou a embaixadora Liz. 

Ao final, o presidente do Consórcio da Amazônia Legal dialogou sobre a importância de uma regulamentação do artigo 6º do Acordo de Paris, que é um acordo internacional que viabiliza que os países que prestam serviços ambientais ao mundo, como o Brasil, tenham possibilidade de auferir recursos financeiros por conta desses serviços ambientais. 

“O artigo 6º do Acordo de Paris vai ser objeto de um debate importante que acontecerá na COP-26, que é a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, que será em Glasgow, na Escócia, em novembro. O artigo 6º é um dos itens principais desta conferência, que será presidida pelo Reino Unido, por isso é muito importante esse diálogo entre o Consórcio da Amazônia Legal e a Embaixada do Reino Unido no Brasil”, assegurou o governador.

Secretário de Saúde, Carlos Lula, cobra do Ministério da Saúde compra de 54 milhões de doses da CoronaVac

29-01-2021 Sexta-feira

“A nossa preocupação agora tem de ser imunizar, no menor tempo possível, a maior quantidade de pessoas”, alertou o secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula, durante a 1ª reunião ordinária da Comissão Intergestores Tripartite (CIT), na última quinta-feira (28). A preocupação do gestor da saúde do Maranhão é com 54 milhões de doses da CoronaVac oferecidas pelo Instituto Butantan ao Ministério da Saúde, sem previsão de compra imediata. 

Na quinta-feira (28), o Brasil atingiu 1.386 mortes em 24 horas causadas pela Covid-19. Para o secretário e presidente do Conass, quanto mais célere a vacinação, mais rapidamente o país vencerá a pandemia. “O relato dos estados sobre o crescimento de casos e a velocidade de transmissão tem trazido grande preocupação. É muito ruim este momento de incerteza sobre a aquisição de novas vacinas para dar continuidade à campanha e proteger a população desta nova onda”, disse Carlos Lula. 

Secretário Carlos Lula

Presente na reunião, o coronel Hélcio Franco, assessor executivo do Ministério da Saúde, informou que existe uma cláusula no contrato com o Instituto Butantan impedindo compras de novas doses. “O Butantã precisa entregar todas as 46 milhões de doses já adquiridas até 30 de abril. Segundo o contrato, após a entrega do último lote, o Ministério tem até 30 dias para se manifestar se ele fará a compra de mais 54 milhões de doses. Ou seja, em maio. Nós continuamos negociando com vários outros laboratórios. A gente conseguindo vacinas o quanto antes, será melhor”, informou.

O presidente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Williames Bezerra, chamou atenção para medidas a serem adotadas por estados e municípios caso o Ministério não adquira as novas doses. “O que nós precisamos destes dois Institutos [Butantan e Fiocruz] é carga máxima na produção de vacinas. Se o Governo Federal decidir que não vai comprar 54 milhões de doses de vacinas, os estados e os municípios compram. Mas nós acreditamos que a palavra do general Pazuello, o ministro da Saúde, será cumprida que é toda produção do Butantan ser adquirida pelo Ministério da Saúde e vir para o Sistema Único de Saúde [SUS], a produção da Fiocruz também”, relembrou.

A CIT é mensal e reúne Ministério da Saúde, Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems) para discussão das principais pautas do Sistema Único de Saúde.

Produção agropecuária maranhense ultrapassa a marca de R$ 12 bi e é a segunda maior do Nordeste em 2020

29-01-2021 Sexta-feira

O Valor Bruto da Produção Agropecuária (VPA) maranhense atingiu o valor histórico de R$ 12,08 bilhões em 2020. O dado integra levantamento divulgado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e revela o maior valor da produção agropecuária do Maranhão nos últimos dez anos. 

Além disso, a pecuária maranhense teve o segundo melhor desempenho entre os estados da região Nordeste, ficando atrás apenas da Bahia.

O resultado positivo foi destacado pelo secretário de Estado da Agricultura, Pecuária e Pesca (Sagrima), o engenheiro agrônomo Sérgio Delmiro, que publicou os números em uma rede social. 

“VPA do Maranhão atinge maior valor dos últimos 10 anos. De acordo com o relatório do MAPA o Estado ultrapassou os R$ 12 bilhões de reais, 32% a mais quando comparado a 2019, consolidando a segunda posição no Nordeste”, comemorou.

Soja e bovinos na frente

Os grandes destaques foram as produções de soja (R$ 6,3 bilhões) e de bovinos (R$ 2,4 bilhões). Mas a produção maranhense também apresentou saldo positivo em milho (R$ 1,8 bilhão), algodão pluma (R$ 349 milhões), mandioca (R$ 308,6 milhões), cana de açúcar (R$ 257,6 milhões), arroz (R$ 242,3 milhões) e banana (R$ 134,6 milhões).  

De acordo com o Ministério da Agricultura, o valor real da produção, descontada a inflação, é obtido pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) da Fundação Getúlio Vargas. A periodicidade é mensal com atualização e divulgação até o dia 15 de cada mês.

Em coletiva, Flávio Dino anuncia ampliação de leitos e medidas contra pandemia no Maranhão

29-01-2021 Sexta-feira

Em entrevista coletiva concedida nesta sexta-feira (29), o governador Flávio Dino (PCdoB) anunciou a ampliação da quantidade de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para tratamento de pacientes com Covid-19 no Maranhão. Dentre os assuntos abordados, Dino também fez referência a dados mundiais do novo coronavírus, além de anunciar medidas preventivas adotadas pelo Governo do Estado. Ao confirmar as medidas, ele pediu às prefeituras que voltem a ampliar a rede de atendimento.

O governador enfatizou que “até aqui, não houve, em nível federal, o enfrentamento adequado à pandemia do novo coronavírus”, referindo-se ao ranking elaborado por instituto australiano e divulgado pela agência francesa AFP, que elenca os países com melhor e pior desempenho no enfrentamento do coronavírus e apresenta o Brasil na posição 98. 

A ocupação de leitos exclusivos para tratamento da Covid-19 no Maranhão apresenta índices bem abaixo dos de outros estados do país. Na Região Metropolitana de São Luís, a taxa de ocupação chegou a 82,88% dos leitos de UTI ocupados e 73,33% dos leitos clínicos. Imperatriz também acompanha o aumento no caso dos leitos de UTI e se mantém abaixo dos 40% nas demais regiões. 

Além dos investimentos na Grande Ilha, o Governo também está ampliando o número de leitos de UTI em municípios do interior do estado. Nesta semana, uma nova ala de leitos de UTI foi entregue no Hospital Macrorregional de Imperatriz. Também no início deste ano, a gestão estadual entregou 12 leitos de UTI no Hospital Regional de Barreirinhas.

Ao final da coletiva, Dino enumerou medidas da gestão a serem executadas em 2021 para enfrentamento da doença, entre elas a criação de novos leitos de UTI, de novas unidades hospitalares; medidas preventivas como a suspensão das festas de carnaval, reforço das fiscalizações para uso da máscara e diálogo com os segmentos econômicos.

Sílvia Tereza

Leonardo Boff: “Desde 2018 o nome de Deus vem sendo emporcalhado no Brasil por Bolsonaro e seus apoiadores”

29-01-2021 Sexta-feira

Leonardo Boff e outros religiosos explicam as razões que os levaram a assinar pedido de impeachment contra Bolsonaro na última terça

Em uma semana marcada pela apresentação de dois pedidos consecutivos de impeachment contra Jair Bolsonaro (sem partido) na Câmara dos Deputados, ambos justificados pela negligência do governo no enfrentamento à pandemia de Covid-19, o teólogo Leonardo Boff destacou, com exclusividade para o Socialismo Criativo, o papel dos religiosos na ruptura iminente da era bolsonarista.

Boff, que junto com outros 380 líderes religiosos ligados a entidades cristãs do Brasil protocolaram um pedido de afastamento contra o presidente na última terça (26), destacou o papel dos religiosos, que como pastores, perceberam seus fiéis sendo devorados por um lobo assassino que ocupa o centro do poder, e argumentou porque defende a imediata ruptura com a atual gestão.

“A partir de sua missão de bispos, como pastores, são obrigados a denunciar e pedir para afastar essa pessoa criminosa que está deixando morrer mais de 200 mil brasileiros, isso corresponde a cinco guerras do Paraguai”, comparou o escritor.

Congregando padres católicos, anglicanos, luteranos, metodistas e também pastores, a petição dos religiosos também acabou configurando como uma espécie de resposta à afirmação feita pelo mandatário no último dia 11 de janeiro, de que “só papai do céu” o tiraria da cadeira de presidente e “mais ninguém”. A declaração foi feita a apoiadores na saída do Palácio da Alvorada.

“Esse pedido de impeachment tem especial significado porque vem de bispos, representantes das igrejas que em função de sua missão de pastores, curam da alma veem seu povo sendo dizimado, a obrigação deles é defender esse povo, e a forma de defendê-los é usar meios democráticos disponíveis, que é o impeachment para crime de responsabilidade”, destacou Boff.

Conhecido internacionalmente por sua defesa dos direitos dos pobres e excluídos, Boff assinala, no entanto, que Bolsonaro ultrapassou os limites das ilegalidades públicas e foi além. Expoente da teologia da libertação no Brasil, ele também lamentou a postura das instâncias responsáveis pela apuração dos delitos presidenciais.

“Essa pessoa não cometeu só crimes de responsabilidade, cometeu inúmeros crimes comuns. Nós esperamos que em um ou outro, seja levado avante. Lamento que a PGR [Procuradoria-Geral da República] não cumpra com seu dever. O presidente dificultou a distribuição da vacina, facilitou aglomeração, incentivou o não uso da máscara. Cometeu crimes de responsabilidade e crimes comuns. Então eu acho que esse impeachment tem um significado especial, pelo peso que essas pessoas tem com a religião, que não podem ver os seus fiéis sendo devorados por um lobo feroz e assassino”, reforçou.

“Nome de Deus foi emporcalhado”

Signatário do pedido, o monge beneditino Marcelo Barros reforçou as palavras de Leonardo Boff. Para ele, representantes das mais diversas tradições espirituais tinham, desde 2018, um compromisso de avisar ao povo que a forma como Bolsonaro usou o nome de Deus nas eleições foi vergonhosa:

“Desde 2018, o nome de Deus foi emporcalhado, foi enxovalhado, foi instrumentalizado para fake news, para destruir adversários, espalhar todo tipo de ódio, de violência e de preconceitos”, disse ao Socialismo Criativo. Então, as religiões e os representantes das mais diversas tradições espirituais tinham, desde 2018, um compromisso moral, uma obrigação de vir ao povo pra dizer que isso não está correto. A gente não pode ficar em silêncio, concordar. Woody Allen dizia: ‘Deus deve ser um cara bom, mas os amigos dele eu não recomendaria a ninguém’. E isso é muito triste pra quem representa uma igreja, pra quem é ministro de alguma religião: seja budista, islâmica, ou afrobrasileira, como de igrejas cristãs também.

Ex-assessor de Dom Helder Câmara, Ramos afirmou que o pedido de impeachment encaminhado à Câmara acabou sendo uma reação natural de religiosos a essa utilização indevida e equivocada da religião, levando a uma manifestação conjunta.

“Formou-se grupos padres contra o fascismo, frente de evangélicos progressistas, formaram-se várias entidades nessa direção e agora na pandemia, e com as atitudes não somente irresponsáveis, mas verdadeiramente genocidas do desgoverno que o Brasil tem, era fundamental que essas entidades, esses diversos grupos viessem a público pedir o impedimento do presidente”, explicou.

‘Frente pelas necessidades do povo’

Sobre a recente declaração do ministro Paulo Guedes, de que o ‘impeachment seria uma ‘sabotagem à democracia’, o monge é categórico ao comentar sobre os limites já ultrapassados por Bolsonaro e representantes de seu governo.

“O verdadeiro atentado à democracia é uma pessoa que se sente eleito de uma forma escúria de desinformações, a partir do aproveitamento da instrumentalização de um atentado que nunca foi devidamente esclarecido. Essa pessoa, esse governo se sente descomprometido com o povo que o elegeu, como se a democracia representativa não fosse assim, e sim substitutiva”, analisou.

“A democracia é representação e tem que estar sempre sob o controle do povo e o paradigma disso é a Constituição. Então um presidente da República que desrespeita diariamente a Constituição e revela sinais que está pouco se lixando para a Carta Magma que rege a organização do estado brasileiro. Então é lógico que pedir a destituição dele é que é democrático. Fazer isso é uma questão de salvar vidas, não é partidário, não é direita ou esquerda. É uma frente ampla que representa os interesses e necessidades do povo brasileiro”, destacou.

“Democracia esmagada”

Ainda sobre a entrega do documento de 74 páginas à Câmara, o diácono Jaime Bonfim, da Comissão Regional Pastoral para a Ação Sociotransformadora Nordeste II, em Recife (PE), disse que o impeachment “não é uma questão ideológica, é uma questão social. Eu não quero marcar minha história como ausente ou do ministério de Pilatos, e lavar as mãos”, declarou.

Portal Vermelho

Flávio Dino: “Temos um ambiente muito perigoso para o Brasil”

29-01-2021 Sexta-feira

Em entrevista à revista Época desta semana, o governador do Maranhão, Flávio Dino, falou sobre a política para a Amazônia e o Consórcio de Governadores da Amazônia Legal, sobre o cenário nacional e o governo Bolsonaro.

Questionado sobre se o consórcio buscaria dialogar com o presidente dos EUA, Joe Biden, Flávio Dino respondeu:  “Sem dúvida! Temos um ambiente muito perigoso para o Brasil e para o interesse de nossa economia e de nossos produtores. Pode-se criar um cenário em que se conjuguem interesses diversos, todos convergindo na direção de impor sanções de algum modo a nosso país e nossos produtos. Isso é ainda mais preocupante tendo em vista que, em larga medida, a agricultura americana é concorrente da brasileira”.

O governador salientou ainda que é objetivo do consórcio “ter projetos bem-sucedidos que mostrem que, mais do que possível, é imprescindível viabilizar condições de sustentação econômica para as populações da região. Não se pode fazer apenas um discurso santuarista. Isso é incompatível com o fato de que existem pessoas que precisam comer e viver. É preciso buscar essa nova matriz econômica, aquilo que é mundialmente chamado de green new deal”.

Com relação às eleições de 2022, o governador opinou:”Eu acho que eleição de 2022 muito provavelmente será uma disputa como na música de João Bosco e Aldir Blanc: Dois para lá, dois para cá. Dois candidatos mais do campo da esquerda e dois mais à direita. Não é o cenário que eu desejo. Defendo candidatura única. Mas é mais realista imaginar que serão dois-dois”.

Com informações da revista Época

Maranhão é o estado que mais criou empregos no Nordeste em 2020

29-01-2021 Sexta-feira

De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) divulgados nesta quinta-feira (28), o Maranhão criou 19.753 postos de trabalho com carteira assinada em 2020. 

Entre as cinco regiões do país, quatro apresentaram saldo positivo no acumulado de 2020. No Nordeste, o Maranhão lidera o ranking, seguido pelo Ceará, que criou 18.546 postos – juntos, os estados apresentaram o saldo positivo de 34.689.

“As estratégias executadas pela Seinc e pelo Governo do Estado de enfrentar esta crise, como criar protocolos sanitários importantes para a população maranhense, visou, também, buscar ações que possibilitassem a criação de empregos ao cidadão maranhense”, analisa o secretário da Secretaria de Indústria, Comércio e Energia (Seinc), Simplício Araújo.

Ainda segundo os dados revelados, o Caged informou que Brasil fechou dezembro de 2020 com saldo de -67.906 postos de trabalho com carteira assinada. No total, foram registradas 1.239.280 admissões e 1.307.186 desligamentos no último mês do ano passado.

Em 2020, mesmo com a pandemia do coronavírus, foram criados 142,6 mil postos de trabalho no Brasil, afirma o levantamento. Entre outros dados, está que o salário médio de admissão em dezembro foi de R$ 1.735,39, considerando o conjunto do território nacional.

Orlando Silva: interferência de Bolsonaro na eleição da Câmara é ilegal

29-01-2021 Sexta-feira

O deputado federal do PCdoB, Orlando Silva (SP), classificou como “absurdo e ilegal” o fato de Jair Bolsonaro ter admitido, nesta quarta-feira (27), que está interferindo na eleição para a Presidência da Câmara. A declaração do parlamentar foi feita por meio de suas redes sociais.

“ABSURDO E ILEGAL!!! Bolsonaro admitiu hoje a apoiadores que está mesmo interferindo na eleição para a Presidência da Câmara. Que o presidente está desesperado, utilizando todos os meios para forçar votos em favor de seu aliado, já se sabia. Só que agora tem confissão gravada!”, indignou-se Orlando.

O parlamentar apontou ainda que “isso é CASO DE IMPEACHMENT! Diz expressamente o Art. 4º, II, da Lei 1.0798/50, que são crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentarem contra ‘o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário e dos poderes constitucionais dos estados’”.

Orlando Silva defendeu que “é preciso reação firme e enérgica do Legislativa e do Judiciário para salvaguardar a independência e a harmonia de poderes prevista na Constituição. Do contrário, caminharemos para um regime autocrático!”.

E concluiu: “Caso vire um puxadinho do Planalto, subscreverá a condução catastrófica que já custou a vida de quase 220 mil brasileiros. A eleição da Câmara virou, literalmente, questão de vida ou morte! À vitória!”.

Por Priscila Lobregatte

Vacina contra Covid para indígenas no Brasil: entre fake news e discriminação, a esperança

29-01-2021 Sexta-feira

Dom Roque Paloschi, presidente do Cimi, pede “urgência” no reconhecimento de todos os indígenas como prioritário

Por Andressa Collet– Vatican News

Muitos indígenas no país já comemoram a chegada do Plano Nacional de Vacinação contra a Covid-19 nas aldeias, apesar da desinformação que desestimula indígenas a se vacinarem, mas como “um sinal de esperança para ter o povo vivo por mais tempo”, declara uma indígena Guajajara do Maranhão. Isso nas aldeias, porque os indígenas que vivem em contexto urbano são excluídos do cronograma prioritário de imunização – cerca de 46% da população indígena no Brasil. Dom Roque Paloschi, presidente do Cimi, pede “urgência” em “reconhecer o total desse grupo prioritário e alcançá-lo em sua totalidade”.Os indígenas fazem parte dos grupos prioritários para receber a vacina contra a Covid-19 no Brasil, segundo o Plano Nacional de Vacinação apresentado pelo governo federal. Porém, dom Roque Paloschi, presidente do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), organismo vinculado à CNBB que atua em defesa dos direitos dos povos indígenas, recorda que o cronograma de imunização prioritária que contempla pouco mais de 410 mil indígenas “não inclui a totalidade da população indígena que vive no Brasil” porque exclui quem vive nas aldeias urbanas:.

“O critério adotado demonstra racismo institucional, uma vez que define como indígenas apenas povos que vivem em aldeias de terras indígenas homologadas, ignorando os povos que vivem em contexto urbano que, segundo dados do Censo IBGE, de 2010, são cerca de 46% da população indígena no Brasil. O termo usado pelo ministro da Saúde, ‘indígenas aldeados’, nos remete ao período da ditadura militar que representa uma discriminação, onde o governo pretende definir de forma arbitrária quem é e quem não é índio, estabelecendo assim um conflito com a Constituição Brasileira, com os marcos legais nacionais e internacionais, e com o Movimento Indígena. O Censo populacional de 2010 indica a existência de quase 900 mil indígenas no Brasil. O Plano Nacional de Vacinação, portanto, precisa reconhecer o total desse grupo prioritário e alcançá-lo em sua totalidade.”

A declaração de dom Roque é um reforço à uma nota divulgada pelo Cimi em 18 de janeiro quando se posiciona sobre essa “exclusão de indígenas” do Plano de Vacinação do país e, assim, ao acesso à saúde pública. O texto ainda recorda que indígenas que vivem no contexto urbano, em grande parte, foram expulsos dos seus territórios por invasores, o que não justificaria a exclusão no cronograma de vacinação: “o fato do indígena estar fora da aldeia não faz com que ele deixe de ser indígena”, salienta a nota do Cimi.

O conselho também traz dados de um estudo da Universidade Federal de Pelotas em que aponta que a prevalência do coronavírus entre a população indígena urbana (5,4%) é cinco vezes maior do que a encontrada na população não indígena (1,1%). Por isso, o presidente do Cimi fala em nome do Movimento Indigenista e pede “urgência na vacinação de toda a população indígena do país”.

O lado mais vulnerável da pandemia
Em quase um ano de pandemia, de acordo com os dados do Comitê Nacional pela Vida e Memória Indígena, integrado por lideranças indígenas, 46.508 indígenas foram contaminados pela Covid-19 e 929 faleceram em decorrência da doença, afetando diretamente 161 povos em todo o Brasil. A vacina, portanto, através da imunização em massa, vai ajudar a combater a disseminação do coronavírus sobretudo nos grupos mais vulneráveis, como dos indígenas.

“Essa vacina é a esperança da nossa sobrevivência”

Tomar a vacina também é combater a desinformação nas aldeias | Fotos: Vatican News

A vacina da sobrevivência
No interior do Maranhão, no Território Indígena do Rio Pindaré, que fica no município de Bom Jardim, a mais de 200 Km de São Luís, a vacina já é uma realidade para o povo Guajajara, apesar dos desafios enfrentados dentro das aldeias para combater um outro vírus, o da desinformação que desestimula indígenas a se vacinarem. Em depoimento a Genilson Guajajara, que participa do Coletivo de Comunicação Pinga-pinga das comunidades tradicionais do Maranhão, a Arlete Viana dos Santos Guajajara contou sobre o momento histórico e de esperança vivido na terra indígena. Ela é a atual presidente da Associação Indígena Comunitária Mainumy:

“Pra mim e acredito que para muitos parentes, a chegada dessa vacina dentro dos territórios indígenas é sinal de esperança de ter o nosso povo vivo por mais tempo. Porque, essa maldita doença, ela já matou muitos e muitos parentes. Então, para gente é uma esperança muito grande de ter o nosso povo vivo por mais tempo. É uma pena que existe muito fake News. Tem pessoas que acham que estão vivendo somente para espalhar essas fake News, tanto no Brasil quanto no mundo inteiro. Então, isso acaba atrapalhando muita a questão da vacinação dentro dos territórios. Mas, assim, nós enquanto lideranças, temos esse papel de, na verdade, fazer articulação e desmentir essas fake news dentro dos territórios. Como podemos fazer isso? Chamando os parentes, conversando e explicando como é que funciona a vacina. Enfim, fazendo a nossa parte mesmo para o bem de toda a nossa população, porque essa vacina ela é a esperança de sobrevivência nossa.”

Cimi

Ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, teme megaepidemia no Brasil em 60 dias

29-01-2021 Sexta-feita

Em entrevista a um programa da TV Cultura, o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou que o Brasil pode ter uma megaepidemia causada pela nova variante do coronavírus, em aproximadamente 60 dias. Mandetta também fez um alerta sobre a falta de cuidados na transferência de pacientes com Covid-19 para outros Estados.

Na avaliação do ex-ministro, a transferência de pacientes da capital amazonense para outros estados e a falta de controle podem “plantar” a nova cepa em todo o território brasileiro, agravando a situação da pandemia no Brasil. Há indícios de que a variante aumenta a transmissibilidade do vírus.

A cepa brasileira tem origem ligada a Manaus, cidade que vive um colapso do sistema de saúde devido à explosão no número de casos. Ela foi identificada pela primeira vez em viajantes que chegaram ao Japão depois de passarem pela capital amazonense, no dia 9 de janeiro.

Sílvia Tereza