Arquivo mensal: janeiro 2021

Crises sanitária, econômica e social exigem urgência, por Flávio Dino

31-01-2021 Domingo

“Em 2020, o Maranhão teve um dos melhores desempenhos no combate ao coronavírus e ao mesmo tempo gerou milhares de empregos”

Por Flávio Dino

As crises sanitária, econômica e social enfrentadas pelo Brasil exigem medidas práticas e urgentes. Somos instados a atuar com seriedade, coragem e determinação, sobretudo diante das graves consequências da inércia de algumas autoridades. Vidas estão sendo perdidas para a Covid-19, mas também para o descaso.

Ao divulgar os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) nesta semana, o Governo Federal revelou que o país perdeu quase 68 mil postos de empregos formais somente no último mês de dezembro. São números preocupantes e que apontam para o trágico cenário que se aproxima, principalmente diante da suspensão do auxílio emergencial, sobre o qual reforço a opinião de que deve ser retomado imediatamente.

No Maranhão, temos trabalhado na criação de alternativas para enfrentamento dos desafios causados pela pandemia do coronavírus. No campo do trabalho e emprego, destaco que optamos por manter fortemente os investimentos em obras públicas, no mesmo ritmo que imprimimos em períodos anteriores à crise sanitária. Com isso, e buscando ampla parceria da iniciativa privada, mantivemos saldos positivos de empregos formais, com incremento nos últimos 4 anos, chegando ao final de 2020 com o maior índice do Nordeste, segundo o Caged divulgado pelo Ministério da Economia.

Em outra vertente, temos fortalecido o apoio direto à população em situação de maior vulnerabilidade, a exemplo da ampliação da rede estadual de Restaurantes Populares, chegando a 54 unidades e mais de 6 milhões de refeições servidas ao longo de 2020, nas diversas regiões do Maranhão. Também ampliamos a distribuição de cestas básicas, passando de 305 mil já entregues e mais 100 mil cestas já em fase de aquisição para distribuição nos próximos meses. Esta semana, lançamos o “Aluguel no Centro”, no âmbito do programa Nosso Centro, com o objetivo de apoiar famílias nesse momento de crise e incentivar a ocupação do nosso patrimônio histórico, ao tempo em que melhoramos a mobilidade urbana por estimularmos moradia perto do local de trabalho. Por meio da ação, o Governo do Maranhão vai pagar 80% do aluguel para quem passar a morar no Centro de São Luís, com preferência aos trabalhadores que já desenvolvem atividades na região.

Não aceitamos falácias segundo as quais há incompatibilidade entre combater o coronavírus e proteger a economia. Em 2020, o Maranhão teve um dos melhores desempenhos no combate ao coronavírus e ao mesmo tempo gerou milhares de empregos. Com dados do Governo Federal, provamos isso objetivamente. E assim vamos seguir, com coragem e a favor da vida, sempre.

Flávio Dino é ex-juiz federal, ex-deputado federal e governador do Maranhão

Flávio Dino: “Nunca paramos de abrir leitos no Maranhão. Por isso que temos a maior rede de saúde pública da nossa história”

30-01-2021 Sábado

Em entrevista coletiva concedida na manhã de hoje, o governador Flávio Dino ratificou que o governo do Estado nunca parou de abrir leitos no Maranhão, mesmo quando, no segundo semestre, a pandemia da covid-19 teve recuo no número de casos.

“Por isso que temos a maior rede de saúde da nossa história. Mesmo no segundo semestre, quando antevemos uma possível segunda onda. fizemos várias obras”, afirmou o governador.

Ele citou como exemplos novos leitos de nos Hospitais Regionais de Imperatriz e de Barreirinhas, no Hospital Aquiles Lisboa e a inauguração da Policlínica de Açailância.

Morte de crianças com suspeita de Covid-19 revela abandono dos Yanomami

30-01-2021 Sábado

Os moradores temem mais mortes, já que outras pessoas dessas comunidades estão enfermas, e os principais sintomas são da Covid-19

Por Ana Lucia Montel

A morte de nove crianças de 1 a 5 anos com suspeita de Covid-19 das comunidades Waphuta e Kataroa, na Terra Indígena (TI) Yanomami, em Roraima, alerta para a falta de assistência médica. Conforme denúncia do Conselho Distrital Indígena Yanomami e Ye´Kuana (Condisi-YY), as crianças que morreram apresentavam sintomas como febre alta, de 38 a 40 graus e dificuldades de respirar. O primeiro óbito ocorreu em 2 de janeiro, e até o momento as comunidades não receberam equipes médicas, nem as doses da CoronaVac, segundo o Condisi.

No último dia 26, o Condisi-YY encaminhou um ofício à Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) e ao Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei) Yanomami, pedindo ajuda com o envio de profissionais de saúde. Os moradores temem mais mortes, já que outras pessoas dessas comunidades estão enfermas, e os principais sintomas são da Covid-19, conforme relatou à Amazônia Real o presidente do Condisi Yanomami e Ye´Kuana, Junior Hekuari. 

“Até agora não temos nenhuma resposta. As comunidades Waphuta e Kataroa estão sem assistência de saúde. Eu recebi uma informação das lideranças dessas comunidades que ainda tem muitas pessoas doentes. Umas faixas de 25 crianças estão com os mesmos sintomas e em estado grave, isso é muito sério”, disse o presidente do Condisi-YY, Júnior Hekuari Yanomami, à Amazônia Real.

Segundo Júnior Hekuari, as nove mortes ocorreram em janeiro: quatro na comunidade Waphuta, sendo duas no último dia 25, e outras cinco mortes em Kataroa, região do Surucucu, norte de Roraima. Há cerca de dois meses, os postos de saúde da região estão fechados.

“É muito descaso. Com toda essa onda de infecção nas comunidades, o povo indígena vem morrendo desde o início da pandemia. São crianças, jovens, lideranças que estamos perdendo por falta de responsabilidade com a vida humana. Como que deixam essas comunidades com os postos de saúde fechados?”, protestou Júnior Hekuari.

A organização não-governamental Rede Pró-Yanomami e Ye´Kuana, que atua na defesa dos povos indígenas, informou nesta quinta-feira (28) que está apurando as informações sobre as mortes das crianças Yanomami.  “Antes mesmo da pandemia chegar a esse território, os Yanomami e Ye’kwana já sofriam com o atendimento de saúde ineficiente e que não leva em conta as especificidades socioculturais e linguísticas dos grupos indígenas atendidos”, Rede Pró-Yanomami e Ye´Kuana.

De acordo com levantamento da Rede Pró-YY, até o momento foram registrados no monitoramento da organização, 1.641 casos confirmados de Covid-19 na Terra Indígena Yanomami, entre eles 16 óbitos. Outros 14 óbitos foram registrados como suspeitos.

Estes números são maiores do que os registrados pela Sesai. Até o dia 28 de janeiro, o Dsei Yanomami notificou 1.255 casos de Covid-19 e 10 óbitos.

A primeira morte oficial por Covid-19 de um indígena no Brasil foi justamente entre o povo Yanomami. Em 9 de abril, um adolescente de 15 anos morreu por complicações no pulmão causadas pela Covid-19. Dias antes, ele chegou a ser transferido para diferentes unidades de saúde, sem um diagnóstico exato. A morte dele causou revolta entre os Yanomami porque seu corpo não passou pelos ritos tradicionais da etnia e foi enterrado em Boa Vista.

No fim de junho, três bebês recém-nascidos morreram com suspeitas de Covid-19 e seus corpos foram considerados “desaparecidos” pelas mães. Na ocasião, outros dois corpos de crianças Yanomami também estavam com paradeiro incerto. A notícia ganhou projeção nacional.

Falta de Planejamento

Atendimento em julho de 2020 aos Yanomami em pelotão de fronteira
(Foto: Alexandre Manfrim-MD)

“Ainda não mandaram vacinas para as regiões do território indígena com acesso mais difícil. Já faz duas semanas que as doses chegaram em Boa Vista (capital de Roraima). Então, já era para ter mobilizado as equipes, planejar tudo. Mas por causa da negligência do Dsei Yanomami as crianças e os povos dessas comunidades estão pagando caro, pelos erros e incompetência dos homens brancos”, afirmou Júnior Hekuari, presidente do Condisi-Y.

Procurado pela Amazônia Real, o coordenador do Dsei Yanomami e Yekuana, Rômulo Pinheiro, informou que encaminhou uma equipe para averiguar a situação de contaminação nas comunidades, e negou que os óbitos tenham sido por Covid-19.

“Está sendo encaminhado um helicóptero para os locais. As equipes já estão se deslocando para as comunidades. Somente com essa averiguação podemos saber de fato quais os motivos do óbito e o que ocorreu”, explicou. “Até hoje desde o início da pandemia não houve nenhum registro de criança por Covid, essa informação não deve ser levada por veracidade”, enfatizou Rômulo Pinheiro.

Após a declaração de Pinheiro, o presidente do Condisi Yanomami afirmou que a informação que eles receberam é a de que os profissionais da saúde só se deslocariam na próxima semana. “Eles responderam que estão esperando um helicóptero e só vão para as comunidades dia 1 de fevereiro. Nenhum profissional foi enviado ainda. Isso está acontecendo por falta de profissionais e planejamento, segundo os coordenadores que estão nas comunidades o helicóptero irá chegar provavelmente nessa sexta-feira à tarde em Boa Vista”, Júnior Hekuari.

Distribuição da vacina

Vacinação Yanomami em janeiro de 2021 (Foto: Condisi-Y)

Segundo o coordenador do Dsei Yanomami, o quantitativo total enviado pelo Ministério da Saúde foi de 23.480 vacinas, compreendendo primeira e segunda dose. A distribuição das vacinas nas comunidades indígenas iniciou no dia 20/01.

“Nossas equipes de saúde estão realizando a aplicação das vacinas. Até o momento já foram distribuídas para as comunidades mais de 5 mil vacinas. No entanto, o número exato de vacinas aplicadas somente quando forem enviados os relatórios dentro da nossa rotina, uma vez que a comunicação é realizada por radiofonia e muitas vezes o sinal está indisponível”, explicou o coordenador, Rômulo Pinheiro.

A previsão de chegada da vacina na Região Surucucu, local onde as crianças vieram a óbito, está prevista para 1º de fevereiro. “Nossa rotina de trabalho é dividida em duas rotinas no mês, 15 em 15 dias, onde é realizado o envio de insumos e troca de equipe, por exemplo, a região da surucucu rotinas do dia 1 e 16, e assim com as demais”, Rômulo Pinheiro.

O Distrito Yanomami informou à Amazônia Real que até o momento recebeu 23.480 doses.

A Sesai foi questionada pela Amazônia Real sobre a denúncia de mortes de 9 crianças por suspeita de Covid-19. Em nota, informou que recebeu a comunicação do Conselho Distrital de Saúde Indígena Yanomami e Ye´Kuana e está verificando junto ao Dsei Yanomami a veracidade das informações.

Um estudo feito pela Rede Pró-YY e pelo Fórum de Lideranças Yanomami e Ye’Kwara, apresentou que, atualmente, o Marauiá é a região da TIY com maior número de casos confirmados 9.322 e 9 óbitos, entre confirmados e suspeitos. Todas as 17 comunidades da região tiveram casos confirmados de Covid-19.

O presidente do Condisi Yanomami reiterou a situação dramática no território indígena. Ele afirma que, desde o início da pandemia, o povo indígena vem sofrendo e enfrentando sozinhos todo descaso de saúde dentro das comunidades.

“O povo Yanomami enfrentou muito sozinho, sem apoio da Sesai, Dsei Yanomami, Governo Federal. Nas comunidades, a Sesai só fazia parte da remoção para levar pra Boa Vista. Estamos enfrentando e, agora mais fortes ainda, o vírus, que tem se espalhado muito nas comunidades. Onde não tinha casos desde o início agora já se espalhou, e essas comunidades estão enfrentando sozinhas. Os próprios profissionais de saúde não têm apoio”, finalizou Júnior Hekuari Yanomami.

Vacinação Yanomami em janeiro de 2021 (Foto: Dsei Yanomami)

Fonte: Amazônia Real

Agora, GM ameaça com encerramento de atividades no Brasil

30-01-2021 Sábado

Decisão de encerrar produção de veículos a combustão até 2035 levanta dúvidas sobre planos da montadora para o Brasil, onde mantém três fábricas. Ano passado, PDV da empresa não atraiu a adesão esperada. Saída da Ford vai exterminar mais de 118 mil mil postos de trabalho, entre diretos, indiretos e induzidos

Até 2035, a General Motors deverá encerrar a produção de veículos movidos a combustão e passar a produzir apenas veículos leves (incluindo picapes e SUVs) movidos por eletricidade ou outro combustível sem emissões, como hidrogênio. A fabricante norte-americana também ampliou o investimento em modelos elétricos e autônomos em 35%, ou US$ 27 bilhões (R$ 146 bilhões) nos próximos cinco anos.

Para o Brasil, a GM confirmou que a eletrificação irá se repetir no mesmo prazo, tornando-se assim a primeira fabricante no país a formalizar a aposentadoria de carros a combustão. Mas ainda não se manifestou se as medidas implicarão no encerramento integral da produção da GM no Brasil ou se a marca montará modelos elétricos nas unidades de São José dos Campos e São Caetano do Sul, em São Paulo, e Gravataí (RS).

Surpreendidos, trabalhadores do setor automotivo encaram o anúncio com preocupação, semanas após o anúncio da Ford de encerramento de sua linha de produção no Brasil. Embora a GM se encontre em situação muito mais sólida no país, desde agosto a montadora vem promovendo programas de demissão voluntária (PDV) nas fábricas de São Caetano e São José.

Segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano, Aparecido Inácio da Silva, o Cidão, no PDV aberto em agosto e reaberto em outubro, 339 pessoas aderiram e foram desligadas.

O número ficou abaixo da meta da GM, que desde o início da pandemia do coronavírus adotou ferramentas de afastamento temporário e de redução de jornada e salários, e alerta os funcionários que precisa reduzir seu quadro diante da redução da demanda e da produção sofrida em 2020. Agora, a montadora pode anunciar uma onda de demissões, caso o novo PDV siga em baixa entre os trabalhadores.

O grande problema de se produzir um veículo elétrico em série no Brasil é que isso jamais ocorreu. Houve apenas experimentos pontuais que começaram com a Gurgel e culminaram na montagem de algumas unidades do Renault Twizy no Paraná. A adaptação dos parques industriais exigiria investimentos pesados.

A cadeia de fornecedores seria outro problema, já que a maioria dos componentes do trem de força dos veículos elétricos é importada, incluindo a caríssima bateria de íon-lítio. Por conta dos valores, a nacionalização dessas peças só seria possível em um trabalho conjunto com governo, instituições de pesquisa e desenvolvimento, faculdades e empresas. Essa conjunção de esforços é improvável no momento em que a área nacional de pesquisa e inovação sofre séria ameaça com seguidos cortes de recursos federais por parte do desgoverno Bolsonaro, que sequer possui política industrial.

As políticas globais de mobilidade elétrica das grandes empresas são ajustadas para cada região, considerando limitações de investimento, linhas de montagem e valor médio dos veículos novos. Por isso a surpresa da GM oferecer no Brasil só carros elétricos em 14 anos. O único elétrico da marca vendido no país é o Bolt, por altíssimos R$ 260 mil.

Considerando que o hatch é o elétrico mais barato da GM também nos Estados Unidos, a melhor alternativa para oferecer um modelo eletrificado por um valor mais atraente seria montá-lo no Brasil — ou trazê-lo do México e Argentina, para evitar os 35% de imposto de importação. Ou, na pior das hipóteses, encerrar a produção de veículos no Brasil, seguindo o caminho da Ford.

Para deputados e sindicalistas, Ford é “ponta do iceberg”

Na quarta (27), partidos de Oposição na Câmara dos Deputadoscentrais sindicais, instituições e entidades do setor se reuniram para discutir a saída da Ford do Brasil. O encontro foi uma iniciativa dos deputados Carlos Zarattini (PT-SP) e Vicentinho (PT-SP).

Para o líder da Bancada do PT na Câmara, Enio Verri (PR), o episódio revela a desindustrialização do Brasil. “O debate que nós fazemos aqui sobre a Ford é a ponta do iceberg. Na verdade, aquela declaração do presidente Bolsonaro na semana passada, dizendo que o melhor caminho para o Brasil é não ter mais indústrias, defendendo o processo de desindustrialização, mostra a maneira como esse governo pensa o futuro do Brasil. Quando um governo defende uma proposta como essa, dá para entender qual o futuro do Brasil e, principalmente, qual o futuro da classe trabalhadora”, criticou.

Luís Paulo Bresciani, diretor do Dieese, afirmou que as cinco mil demissões anunciadas pela Ford significam a perda de mais de 118 mil postos de trabalho (diretos, indiretos e induzidos). Para ele, as demissões podem resultar em perda potencial de massa salarial da ordem de R$ 2,5 bilhões/ano, considerando-se os empregos diretos e indiretos.

O representante do Dieese alertou também que haverá queda de arrecadação de tributos e contribuições em torno de R$ 3 bilhões/ano. “O processo de desindustrialização tende a se agravar, caso esse processo não seja interrompido rapidamente”, avisou Bresciani, que classificou como “pífias” as mobilizações industriais do governo.

“No contexto da pandemia temos uma mobilização industrial zero. Não ouve esforço desse governo em mobilizar a indústria para o enfrentamento a crise. As iniciativas tomadas foram absolutamente pífias” afirmou. “Então, o fechamento da Ford é a ponta de um iceberg gigantesco e desastroso em que nós estamos colocados.”

No entendimento do presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM), Paulo Cayres, a decisão da Ford, além de desrespeitosa, “é canalha”. “Na nossa visão, a Ford está querendo enfrentar a nova revolução industrial fechando empresas, e na nossa visão como dirigentes sindicais, equivocadamente. Até porque toda vez que não se ouve os dirigentes sindicais, não se senta na mesa, não se discute, é isso que acontece”, concluiu.

Representante do Ministério Público do Trabalho (MPT), Ronaldo Santos criticou a falta de transparência da empresa, que pegou a todos de surpresa. Segundo ele, a saída da Ford não é só uma questão de “fechar as portas”, mas de um processo que está ocorrendo no setor automotivo que pode ocasionar “uma desindustrialização grande”.

Santos contou que o Ministério Público já pediu dados ao BNDES sobre a situação da Ford, e que está solicitando dados também para os governos estaduais. “A transparência é muito importante, nós precisamos dos dados dos subsídios, das subvenções, e os compromissos da empresa Ford e de outras no Brasil”, defendeu.

O representante do MPT sugeriu como encaminhamento que, a partir da audiência pública, se verifique a legislação, que foi alterada em 2017 pelo usurpador Michel Termer. “Antes, para uma empresa conduzir veículos no Brasil ou importar veículos, ela tinha que ter uma planta industrial aqui, e isso não precisa mais. Então, é um processo de desindustrialização, embora seja algo global, a política nacional, evidentemente, facilita”, esclareceu.

A deputada Erika Kokay (PT-DF) reforçou uma sugestão do deputado Alexandre Padilha (PT-SP). “Nós temos um segmento que está engordando o seu lucro na sombra absolutamente frondosa do próprio Estado. Acho que nós deveríamos construir, a partir dos partidos de Oposição, o que foi sugerido pelo deputado Padilha: comissão geral ou uma comissão externa para discutir a desindustrialização”.

PT com informações do PT na Câmara

EMAP celebra 20 anos e deve fechar janeiro com crescimento de 21% na movimentação de cargas do Porto do Itaqui

30-01-2021 Sábado

A Empresa Maranhense de Administração Portuária (EMAP), gestora do Porto do Itaqui, completa 20 anos nesta segunda-feira, 1º de fevereiro, e celebra a data compartilhando resultados que vêm tornando-a cada vez mais uma referência em gestão portuária no país.

“É uma honra fazer parte da história da EMAP e contribuir com os resultados que estamos construindo juntos, nossa equipe e todos os parceiros, sob a liderança do governador Flávio Dino. Vamos guardar as comemorações e os abraços para um momento mais seguro”, afirma o presidente da EMAP, Ted Lago.

O dia do aniversário da empresa marca o fechamento da movimentação de janeiro no Porto do Itaqui, que registra um total de 1,4 milhão de toneladas de cargas movimentadas, volume 16% maior do que foi registrado no mesmo período de 2020 e 24% acima do planejado.

As cargas de granéis líquidos devem fechar o mês com mais de 700 mil toneladas movimentadas, uma alta de 12% sobre janeiro passado e de 35% em relação ao planejado para o período. Também houve crescimento nas operações com celulose (40%), fertilizante (34%), trigo e carga geral (23% cada). A movimentação de contêineres subiu 50% em relação a janeiro de 2020, ano em que foi retomada a linha regular, com escala semanal.

“Nos próximos meses o volume de cargas no Porto do Itaqui deve ficar ainda mais robusto, com o início do escoamento da produção de grãos, a partir de março. Nos preparamos para a super safra, com três berços dedicados, dois operados pelo Tegram e outro pela VLI”, informa Ted Lago.

A nova safra deve superar a marca de 2020, com mais de 260 milhões de toneladas, de acordo com o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), divulgado neste mês pelo IBGE. Caso esse número se confirme, este será um novo recorde na série histórica iniciada em 1975, com crescimento de 2,5% sobre o ano passado. A estimativa final para a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas de 2020 é de 254,1 milhões de toneladas. 

Para a soja, a estimativa inicial do IBGE neste ano é de 129,7 milhões de toneladas, um aumento da produção em 6,8% sobre o que foi colhido no ano passado. 

Referência

Em 2020, a EMAP conquistou o selo da Norma ISO 27.001, da Segurança da Informação, alcançando tripla certificação ISO: com os selos ISO 9.001 e 14.001, que conferem, respectivamente, a excelência na gestão da qualidade e do meio ambiente, obtidos anteriormente.

Também no último ano, a EMAP foi reconhecida no Prêmio Portos + Brasil, instituído pelo Ministério da Infraestrutura (MInfra), que coloca o Itaqui no top 3 dos portos brasileiros, em IGAP (Índice de Gestão das Autoridades Portuárias) e Execução dos Investimentos Planejados. O porto público do Maranhão também integra o top 3 no ranking de desempenho ambiental da ANTAQ.

Esse trabalho de gestão vem sendo reconhecido por outros portos e empresas públicas e privadas que, ao longo do ano que passou, buscaram informações, principalmente, sobre planejamento estratégico e gestão portuária, compliance, gestão ambiental, saúde e segurança do trabalho.

Em ações de benchmarking – compartilhamento de melhores práticas – a EMAP recebeu equipes dos portos do Espírito Santo, Paraná, Bahia e Pernambuco, e também da Secretaria da Fazenda do Estado, das empresas CAEMA (Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão), EMSERH (Empresa Maranhense de Serviços Hospitalares), Maranhão Parcerias e EPL – Empresa de Planejamento e Logística, com sede em Brasília. 

“É um prazer para nós esse intercâmbio, aprendemos muito e estamos sempre de portas abertas para compartilhar nossas boas práticas de gestão e governança com parceiros tanto do setor público quanto da iniciativa privada”, diz Ted Lago. “O benchmarking é uma excelente forma de fazer circular o conhecimento, levando ganho a todos os envolvidos”, destaca gerente de Compliance da EMAP, Rodrigo Desterro. 

A EMAP integra diversos fóruns locais e nacionais de estudo e relacionamento profissional, a exemplo da ABEPH, Pacto Global das Nações Unidas, Hub de Inovação do MA, Comitê de responsabilidade Social da área Itaqui Bacanga, grupos de profissionais de comunicação e recursos humanos dos portos públicos, proteção de dados, dentre outros.

Cuidar da economia e da pandemia: MA tem crescimento número de empregos e menor letalidade pela doença

30-01-2021 Sábado

Mais um mito foi desconstruído no Maranhão. Desta vez, caiu por terra a teoria de que “quem se preocupa com o coronavírus não está preocupado com a economia”, tão explorada por alguns segmentos que entendiam a pandemia como uma “gripezinha”. Dados apresentados pelo governador Flávio Dino durante coletiva virtual, realizada na manhã de sexta-feira (29), mostram o Maranhão entre os estados da federação com a maior geração de empregos formais em 2020.

Em paralelo, o Maranhão é o estado com a menor taxa de letalidade pelo Covid-19 no país. “O nosso estado, em 2020, teve um dos melhores desempenhos no enfrentamento da pandemia e ao mesmo tempo gerou empregos, esta é a prova definitiva de que é uma mentira que há incompatibilidade entre cuidar do coronavírus e da economia. Está provado, objetivamente, que enfrentar o coronavírus com responsabilidade e seriedade é a forma de preservar empregos, foi isso que fizemos no Maranhão em 2020”, defendeu Flávio Dino durante a entrevista transmitida pelas redes sociais.

O Maranhão registrou, apesar da pandemia, a 4ª maior alta de empregos formais do Brasil, o 7º melhor saldo do país e o melhor desempenho do nordeste segundo levantamento do Governo Federal, como fez questão de frisar o governador Flávio Dino. Os números foram divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) na última quinta-feira (28), e mostram que o Maranhão o Maranhão criou 19.753 postos de trabalho com carteira assinada em 2020.

Taxa de letalidade

Dino apresentou dois mapas divulgados pela imprensa que mostram que o Maranhão tem, no momento, a menor taxa de letalidade por coronavírus no Brasil. É o estado com a menor quantidade de mortes por milhão de habitantes e está, neste momento, segundo o Consórcio de Imprensa, apresentando queda no número de óbitos, apesar do crescimento da quantidade de pessoas com a doença.

“É fruto do esforço de ampliação da rede assistencial, ou seja, da oferta de leitos, e também, naturalmente, da dedicação de qualidade dos nossos recursos humanos, dos nossos profissionais de saúde. E quero mostrar isso porque esses são números acumulados desde o início da crise, não foi ontem, esse indicador mostra objetivamente um reconhecimento da qualidade do atendimento hospitalar prestado pelo Governo do Estado e pela nossa equipe”, relatou o governador, alertando que, apesar desses números satisfatórios é necessário seguir com as medidas sanitárias para diminuir a curva de contágio pela doença.

Clodoaldo Corrêa

Márcio Jerry certifica alunos dos cursos de culinária regional e atendimento comercial do Plano Técnico de Trabalho Social

30-01-2021 Sábado

Em evento realizado na manhã desta sexta-feira (29), o secretário das Cidades e Desenvolvimento Urbano, Márcio Jerry, promoveu a certificação dos alunos dos cursos de culinária regional e atendimento comercial do Plano Técnico de Trabalho Social (PTTS). O projeto integra o PAC 2, promovido em Ponta do São Francisco, a partir do investimento feito pelo governo federal ainda durante a gestão da presidente Dilma Rousseff (PT).


O Plano busca promover o desenvolvimento de ações coletivas voltadas às família contempladas com a entrega de apartamentos no residencial José Chagas:
“Estamos certificando hoje os alunos das primeiras turmas destes cursos que integram um projeto ainda maior, de cidadania. Essa é uma forma de buscar alternativas e fazer com que os conhecimentos adquiridos e aprimorados possam se transformar em atividades permanentes de geração de trabalho e renda para as pessoas que participaram da capacitação”.


De acordo com Jerry, mesmo diante de um período de recessão e dos impactos causados pela pandemia da Covid-19, o governo está avançando com projetos e ações estruturantes.
“Entregamos dois grandes residenciais: um no São Francisco, que é o José Chagas, e o outro no Parque Pindorama, que é o Jomar Moraes. Os empreendimentos beneficiaram aproximadamente 1.400 famílias maranhenses que viviam em situação precária de habitação” relatou o secretário.


Beneficiada pela iniciativa,  Elineuda da Conceição falou sobre q importância da formação.
“Esse curso foi de extrema importância para nós, mulheres, mães de famílias que estão desempregadas. Este curso serviu para aperfeiçoar nosso conhecimento e abrir novos horizontes e oportunidades. Quero agradecer à Secid e todos aqueles que promovem essa capacitação”, disse a aluna do curso de culinária regional e moradora do residencial.


Além do chefe da secretaria, participaram do evento a presidente do Instituto Superior de Continuada (Isec), Leuda da Silva; a coordenadora pedagógica Ana Karine Sampaio; a coordenadora do PAC Social da Secid, Daniele Ferreira, e demais técnicos. Os cursos foram realizados no Centro de Obras Sociais no São Francisco.

Mensagens confirmam que Moro e Dallagnol tramaram denúncia contra Lula

30-01-2021 Sábado

A mensagem mostra que Sérgio Moro e os procuradores tramavam a denúncia antes mesmo de abrir o processo contra Lula

Em petição ao ministro Ricardo Lewandowski, a defesa do presidente Lula apresentou trechos inéditos das mensagens conhecidas como Vaza Jato revelando de forma contundente que o juiz Sergio Moro tramou com os procuradores de Curitiba na denúncia contra Lula, antes mesmo de ela ser formalizada. A revista Veja teve acesso à petição e publicou as conversas, antes que todo o material fosse posto em sigilo de Justiça pelo ministro Lewandowski.

“É impossível esperar mais pelo julgamento da suspeição de Moro, com as descobertas da defesa de Lula nos arquivos da Vaza Jato. Juiz tramou denúncia com procuradores desde o início. Combinaram até delações. Credibilidade da Justiça está nas mãos do STF”, cobrou a presidenta do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR).

As mensagens secretas do Telegram escancaram acertos entre Moro e Dallagnol em atos processuais, na formulação de acordos sobre como proceder em denúncias, meses antes da apresentação formal dos casos, o que evidencia a estratégia de primeiro condenar e, depois, construir processos, obter delações e produzir “provas”.

“Em uma das mensagens, trocadas em 16 de fevereiro de 2016 e incluída pela defesa de Lula na ação, o então magistrado pergunta se os procuradores têm uma “denúncia sólida o suficiente”, afirmou a revista na reportagem, fato que comprova a suspeita urgência de Moro no processo contra Lula.

Naquele momento, a Lava Jato de Curitiba estava disputando com a Justiça Estadual de São Paulo a jurisdição sobre o caso do triplex, o que explica a cobrança de celeridade que o juiz Sérgio Moro demonstra em sua primeira frase no diálogo com o procurador Deltan Dallagnol.

A mensagem mostra que Sérgio Moro e os procuradores tramavam a denúncia antes mesmo de abrir o processo contra Lula, planejando antecipadamente a escolha de futuros delatores, do que teriam a dizer, como revela Dallagnol.

A troca de mensagens ocorreu uma semana antes da condução coercitiva ilegal de Lula, que já estava sendo grampeado ilegalmente, assim com seus advogados, assessores e, inclusive, seus familiares, em especial Dona Marisa.

Em mensagens trocadas entre 28 de novembro e 1º de dezembro de 2015, Dallagnol e Moro comentam sobre reunião com “os suíços, que vêm pra cá pedindo extremo sigilo quanto à visita”. situação depois negadas por eles.

Os trechos enviados pela defesa ao STF na petição não haviam sido revelados nas diversas reportagens da Vaza Jato e, a exemplo do registro das conversas realizadas no dia 23 de fevereiro, são mais comprometedores do que tudo que já foi divulgado.

Para os advogados de Lula, citados na reportagem da Veja, “é possível desde já constatar, para além da escancarada ausência de equidistância que deveria haver entre juiz e partes.

Eles apontam como exemplos, a efetiva existência de troca de correspondência entre a “Força Tarefa da Lava Jato” e outros países que participaram, direta ou indiretamente, do Acordo de Leniência da Odebrecht, como, por exemplo, autoridades dos Estados Unidos da América e da Suíça.

A defesa de Lula também adverte para a existência de documentos e informações que configuram quebra da cadeia de custódia relacionados aos sistemas da Odebrecht.

E, ainda, a busca selvagem e a lavagem de provas pelos órgãos de persecução, com a ciência e anuência do juízo de piso”.

Fonte: Agência PT

Neste domingo (31), carreatas, atos de protesto e debates avançam mobilização pelo impeachment

30-01-2021 Sábado

Mobilização terá carreatas e diversos atos já confirmadas nas periferias e bairros populares de capitais e cidades brasileiras, organizadas pelos partidos de Oposição, pelas Frentes Brasil Popular e Brasil sem Medo, movimentos populares e entidades sindicais e estudantis. Manifestações do #StopBolsonaro ocorrerão em dezenas da capitais do mundo. Os atos têm como bandeiras prioritárias a defesa da vacinação para toda a população, retomada do pagamento do auxílio emergencial e a abertura imediata do processo de impeachment contra Bolsonaro. Também ocorrerão debates e uma plenária de militantes nacionais e internacionais

Neste domingo (31), no Brasil e em dezenas de capitais do mundo, serão realizadas manifestações de protesto conta o governo Bolsonaro, pedindo seu impeachment  em defesa da vida, da vacinação em massa, do auxílio emergencial e empregos. A quarta edição do ato “Stop Bolsonaro” mobilizará brasileiros e apoiadores para denunciar a ação genocida de Bolsonaro no combate à pandemia. O objetivo é aumentar a pressão popular para que a Câmara dos Deputados abra o processo de impeachment de Bolsonaro. 

No Brasil, as manifestações populares deverão ocorrer principalmente através de carreatas e das chamadas “Bicicletadas da Juventude” nas periferias de capitais como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Fortaleza, Porto Alegre, Brasília e de diversas outras cidades do país.

Os atos do último dia 23 de janeiro marcaram o início da mobilização nacional em defesa da vacinação para toda a população, retomada do pagamento do auxílio emergencial e do “Fora, Bolsonaro” que são bandeiras prioritárias do movimento encabeçado pelas frentes populares, partidos de oposição, centrais sindicais e organizações sociais.

Dentro da programação internacional do Stop Bolsonaro também serão realizados durante todo o domingo vários debates sobre temas importantes, com a participação de parlamentares do PT e da oposição, ambientalistas, cientistas, economistas e ativistas. Às 17 horas será realizada uma Plenária Stop Bolsonaro – Fora, Bolsonaro! com a participação da miitância nacional e internacional, além de lideranças religiosas.

Ilustração: Site do PT

Programação da 4ª Edição do Stop Bolsonaro Mundial

Veja abaixo a programação e os links para acompanhar as manifestações e assistir os debates que serão realizados no domingo.

Painel 1 – Racismo  8 às 9 h

Painel 2- Crise econômica e social 9 às 10 h

Painel 3-  Crise socioambiental 11 às 12 h

Painel 4- Desconstrução do Patriarcado 12:30 às 13:30

Painel 5- Do Pandemônio à Pandemia  14 às  15:30 h

Painel 6 – Plenária Fora Bolsonaro  16 às 17:30

Painel 7 – Encerramento 18 às 19 h

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Foto: Adriano Machado

Carreatas e bicicletaços

Veja a seguir o mapa da mobilização em todo o país.

NORTE

PA – Belém – Na Escadinha da Estação das Docas | 8h30

NORDESTE

AL – Maceió – Estacionamento Jaraguá (em direção a Cruz das Almas) | 9h

BA – Feira de Santana – Feira da Cidade Nova | 8h

BA – Salvador – Calçada para Paripe (Muro da leste- subúrbio ferroviário) | 9h

CE – Fortaleza – Igreja de Santa Edwiges (Av. Leste Oeste) | 9h

PB – Campina Grande – Instituto São Vicente de Paulo, às margens do Açude Velho | 10h

PB – João Pessoa – Praça do Coqueiral, Mangabeira (em direção à Praia do Cabo Branco) | 9h

PI – Teresina – Centro Administrativo | 7h

RN – Natal – Parque da Cidade (Prolongamento da Av. Prudente de Morais) | 8h

SE – Aracaju – Orlinha do Bairro Industrial | 9h

CENTRO-OESTE

DF – Brasília – Praça do Cruzeiro, em direção a Esplanada dos Ministérios | 9h

MS – Campo Grande – Lateral do Atacadão Costa e Silva | 10h

SUDESTE

Minas Gerais

MG – Belo Horizonte – Av. Contorno | 10h

MG – Juiz de Fora – Faculdade Estácio de Sá | 9h

MG – Uberlândia – Anselmo Alves dos Santos (Portão de entrada do Parque do Sabiá) | 15h

MG – Varginha – Alto da CEMIG | 10h

MG – Teofilo Otoni – Av. Luís Boali | 9h

Rio de Janeiro

RJ – Duque de Caxias – Início da Av. Brigadeiro Lima e Silva, perto do espaço de alistamento militar | 9h

RJ – Niterói – Praça Leoni Ramos, próx. ao Reserva, entrada do Campus do Gragoatá/UF | 9h30

RJ – Nova Friburgo – Via Expressa, próx. ao CIEP | 9h

RJ – São João do Meriti –  Concentração na ciclovia indo até a Praça da Prefeitura | 9h

RJ – Rio de Janeiro – Av. Augusto Severo, entre Praça Paris e Feira da Glória | 10h

RJ – Campos – Praça São Salvador – 15h

São Paulo

SP – Guarulhos – Concentração no Bom Clima, ao lado da Prefeitura | 9h

SP – Ilha Bela – Praça Alan Kardec, na Barra Velha até a Praça da Bandeira na Vila | 10h

SP – Osasco – SESI Piratininga | 8h30

SP – Ribeirão Preto – Rua Arthur de Jesus Campos, Avelino Palma – Ao lado do Campo de Futebol | 9h

SP – Santos – Sambódromo | 15h

SP – São Paulo – Praça Charles Miller, Estádio do Pacaembu | 9h

SUL

PR – Apucarana – UTFPR Campus Apucarana | 16h

PR – Cascavel – Clube Tuiuti | 9h

PR – Cianorte – Paço Municipal | 16h

PR – Colombo – Rua dos Antúrios, Monte Castelo | 14h

PR – Curitiba – Praça Nossa Senhora de Salette | 15h

PR – Foz do Iguaçu – Saída da Av. Tancredo Neves com Rua C | 9h

PR – Guarapuava – Fórum da Comarca de Guarapuava | 15h

PR – Maringá – Aeroporto Velho | 14h30

PR – Matinhos – Concentração no Restaurante Universitário ‐ Rua Jaguariaíva, esquina com a JK (em frente ao Super Rede) | 10h

PR – Pato Branco – Em frente ao antigo destaque (Zona Azul) | 14h30

PR – Paranaguá – Praça Tupi | 16h

PR- Paranavaí – Praça dos Pioneiros | 9 h

PR – Pinhais – Pracinha da Maria Antonieta | 13h

PR – Piraquara – Câmara de Vereadores | 13h

PR – Pitanga – Marginal da Rodovia PR 466 (Pitanguinha) | 14h

PR – Ponta Grossa – Lago de Olarias | 15h

PR – Sarandi – Praça dos Três Poderes – Av. Maringá, 1513 | 14h30

PR – Toledo – Parque Ecológico Diva Paim Barth | 14h

PR – Umuarama – Av. São Paulo, Praça do Japão | 10h

RS – Porto Alegre – Estacionamento ao lado do Beira-Rio | 10h

RS – Porto Alegre – Bicicletada Arcos da Redenção | 16h

PT

O Brasil precisa respirar! Derrotar Bolsonaro, salvar vidas e reconstruir o país

30-01-2021 Sábado

A Executiva Nacional do PSOL se reuniu, de forma virtual, nesta sexta-feira (29) para discutir o agravamento da crise sanitária, econômica e social pela qual passa o Brasil em pleno novo pico da pandemia no país, com o fim do auxílio emergencial e o persistente negacionismo criminoso do governo federal de Jair Bolsonaro.

Entre as principais propostas e iniciativas do partido estão a luta pelo impeachment de Bolsonaro após um novo pedido de afastamento do presidente realizado pelos partidos de oposição na Câmara dos Deputados, a retomada do auxílio emergencial até o controle da pandemia, com vistas à criação de uma Renda Justa permanente, e a imunização urgente da população brasileira através das vacinas disponíveis contra a Covid-19.

A brusca queda na aprovação popular do presidente após sua atuação catastrófica que tenta sabotar o Plano Nacional de Vacinação diariamente e o fim do auxílio emergencial que deixou milhões de brasileiros à própria sorte é, na visão do PSOL, um dos principais fatores que podem levar à queda de Jair Bolsonaro do cargo.

A direção do partido também definiu que incentivará sua militância e seus apoiadores a participar das carreatas e outras iniciativas e mobilizações pelo #ForaBolsonaro que acontecem por todo o país. Uma campanha partidária será lançada para engrossar este caldo de mobilização por um novo rumo para o Brasil.

Leia a resolução na íntegra:

O BRASIL PRECISA RESPIRAR

Após dez meses desde o início da pandemia do novo coronavírus, o governo Bolsonaro segue colocando em risco a vida de brasileiros e brasileiras. Em janeiro, vivemos o aprofundamento da crise sanitária, tendo sua maior expressão na cidade de Manaus, onde dezenas de pessoas morreram devido à falta de oxigênio na cidade provocada pelo descaso, omissão e negacionismo de Bolsonaro e Eduardo Pazuello. Não é mera coincidência que Manaus, no Norte do país e região de abrigo da floresta amazônica, seja nesse momento o epicentro da pandemia, onde não apenas o discurso anti-isolamento de Bolsonaro contribuiu para a propagação do vírus, mas também a região de maior presença de povos indígenas do país, a quem Bolsonaro negou até mesmo água potável. Por isso afirmamos: o Brasil precisa voltar a respirar e isso só será possível com fim imediato deste governo e de seu projeto genocida.

Apesar de Bolsonaro e Pazuello trabalharem para que a imunização da população brasileira fosse a mais tardia possível, fazer propaganda contra a vacinação, distribuir – via Ministério da Saúde – medicamentos comprovadamente ineficazes como parte de um suposto “tratamento precoce” contra o coronavírus e politizar o uso vacina; a aprovação pela Anvisa dos imunizantes desenvolvidos pelos institutos Butantan, em parceria com a Sinovac; e Fiocruz, em parceria com a Astrazeneca/Oxford, foi uma vitória da ciência e de todos brasileiros e brasileiras. Em recente pesquisa, após o início da imunização 79% dos entrevistados manifestaram desejo de se vacinar. Bolsonaro se tornou o único líder político do mundo que foi derrotado politicamente pela vacina. O resultado é a queda na aprovação do governo, de 37% para 26% segundo pesquisa publicada na revista Exame.

O início da imunização trouxe esperança, mas também demonstrou enormes desafios, sendo o principal deles a oferta de vacina e o estrito cumprimento do programa de vacinação, de forma transparente, sem desperdício ou desvio de imunizantes. A política externa desastrosa de Ernesto Araújo atrapalha a chegada de imunizantes e também de insumos para a produção nacional. O país tem capacidade de imunização em massa, nosso Sistema Único de Saúde (SUS) possui uma das maiores redes de vacinação do mundo, mas a incompetência do Governo Federal mais uma vez ameaça a vida de milhares de cidadãos e cidadãs brasileiras.

A crise sanitária também aprofundou a crise econômica brasileira. A agenda ultraliberal de Paulo Guedes de retirada de direitos, privatizações, arrocho salarial, redução do papel do Estado, combinada com o aumento dos preços de alimentos e combustíveis, vai na contramão do que as maiores economias do mundo tem feito diante da crise econômica causada pela Covid-19. Para superar essa situação, a agenda econômica tem que passar pelo fim do teto dos gastos, por maiores investimentos nas áreas sociais e a continuidade do Auxílio Emergencial para assegurar que milhares de trabalhadores e trabalhadoras não sejam vítimas da fome, que infelizmente voltou a fazer parte da realidade brasileira. Recursos não faltam: com a mudança da política fiscal e tributária, a taxação de grandes fortunas, lucros e dividendos; a cobrança de caloteiros da União e a revisão da política de desonerações, é possível financiar mais e melhor as políticas sociais.

Desde o início da pandemia no Brasil, em março de 2020, o principal compromisso do PSOL é salvar vidas. Por isso, defendemos que as prioridades nesse momento são: imunização da população por meio da vacinação; retorno do Auxílio Emergencial até o controle da pandemia, com vistas à criação de uma Renda Justa permanente, e o impeachment de Bolsonaro. Não são tarefas excludentes. Os incontáveis crimes cometidos contra a saúde pública – que foram determinantes para que hoje o país chegasse a marca de mais de 220 mil mortos, o segundo país do mundo em número de vítimas – justificam a combinação de medidas para salvar vidas e, ao mesmo tempo, livrar o Brasil do pior governo de sua história democrática.

O aumento da repulsa popular ao governo Bolsonaro aumenta exponencialmente neste início de 2021, razão pela qual devemos apoiar todas as medidas que busquem ampliar seu desgaste e chegar ao impeachment ou outra saída constitucional que coloque fim ao governo da extrema-direita. As lutas dos trabalhadores da Ford contra o fechamento de seus postos de trabalho e dos trabalhadores do Banco do Brasil, contra o projeto de desmonte de Bolsonaro, mostram que há resistência. A candidatura de Luiza Erundina, única deputada de esquerda a disputar a presidência da Câmara dos Deputados, tem justamente este propósito: consolidar as bandeiras da mudança e dar voz àqueles que não querem apenas trocar Bolsonaro para assegurar o avanço da agenda neoliberal. Da mesma forma, a apresentação de um novo pedido de impeachment unificado de toda a oposição, protocolado na última semana, bem como a exigência de criação de uma CPI da saúde são importantes iniciativas no âmbito parlamentar.

No âmbito social, nos somaremos a todas as iniciativas promovidas pelos movimentos sociais para reforçar a campanha pelo #ForaBolsonaro e convocamos toda a nossa militância a se somar às carreatas e outras mobilizações convocadas para as próximas semanas em calendário consolidado na Plenária Nacional dos movimentos sociais, realizada na última semana. Devemos impulsionar uma campanha partidária, com materiais próprios, que estimule o engajamento de um número cada vez maior de pessoas na luta para derrotar Bolsonaro, salvar vidas e reconstruir o Brasil.

#ForaBolsonaro
#ImpeachmentJá
#VacinaParaTodas
#AuxílioEmergencial
#EmDefesaDaVida

Executiva Nacional do PSOL
29 de janeiro de 2021