Arquivo mensal: outubro 2020

Governo do Estado empossa 81 novos integrantes da Polícia Civil do Maranhão

28-10-2020 Quarta-feira

Novos delegados, investigadores, peritos e escrivães tomaram posse e passam a compor o quadro efetivo da Polícia Civil do Maranhão. Na solenidade, realizada na manhã desta quarta-feira (28), na Igreja Batista, bairro Angelim, foram empossados 81 policiais, que integram a turma formada em 2018, aprovados em concurso público do Governo do Estado. A posse coletiva é mais uma etapa do plano de estruturação da Segurança Pública e reforça a política da gestão pela garantia das condições adequadas de atuação policial e aumento gradual do efetivo. 

“Este ingresso de novos policiais civis representa aquilo que temos de mais importante dentro do sistema de Segurança, que é o aumento do contingente. São as pessoas que movimentam os equipamentos e que prestam o serviço. É um reforço significativo e uma renovação ao agregar novos policiais. Agradecemos ao governador Flávio Dino, pois, em um momento de crise econômica e sanitária, a gestão investe com muita coragem para somar com os serviços públicos na área de segurança. É importante e histórico”, pontuou o secretário de Estado de Segurança Pública (SSP-MA), Jefferson Portela, que na solenidade representou o governador Flávio Dino.

O delegado geral de Polícia Civil, Armando Pacheco, destacou que a posse representa um impacto direto na qualidade das investigações da Polícia Civil, refletindo na maior indicação de autoria e prisão de mais autores de crimes. “Certamente, o resultado que teremos é a redução dos índices criminais. Esse reforço à corporação reflete também o compromisso que vem sendo concretizado pelo Governo, no aumento do efetivo, na qualificação e na estruturação das polícias”, destaca. 

Foram empossados 81 policiais, que integram a turma formada em 2018 (Foto: Karlos Geromy)

Passam a integrar o quadro efetivo da Polícia Civil, mais 10 delegados, 10 peritos, 16 escrivães e 45 investigadores. Com este incremento, somam 193 novos policiais civis no efetivo da Segurança Pública, na gestão Flávio Dino. De 2015 a 2020, nos concursos realizados na gestão, foram inseridos mais de 5,4 mil novos servidores no sistema de Segurança, incluindo policiais civis e militares, efetivo no Corpo de Bombeiros, legistas e agentes penitenciários. 

Escrivã Luara Cristina dos Santos Reis (Foto: Karlos Geromy)

A posse significa um importante reforço no combate à criminalidade. Empossado como delegado, Wagner Vitor Costa, 32 anos, de São Luís, enfatizou sua satisfação com o momento de poder exercer a profissão que tanto almejava. “Agradeço esse momento a Deus e me sinto grato, pois terei a oportunidade de ajudar no combate ao crime no meu Estado e contribuir para reduzir a violência. Me sinto muito honrado e grato por fazer parte desse sistema”, disse.

Na função de escrivã, Luara Cristina dos Santos Reis, 23 anos, do município de Coelho Neto, a ocasião representa “o maior objeto de proteção por ter a chance de servir minha terra natal, além de realizar um sonho pessoal”. A jovem ressaltou saber dos desafios que a aguardam e no cargo, pretende aplicar todo o conhecimento adquirido no curso de formação e “garantir mais segurança para a população com ações de conciliação, reforçando os direitos humanos e sempre protegendo o cidadão”. 

Participaram da cerimônia o presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão (Alema), Othelino Neto; o subsecretário da SSP-MA, Leonardo Diniz; o comandante da Polícia Militar do Maranhão (PMMA), coronel Pedro Ribeiro; o comandante geral do Corpo de Bombeiros do Maranhão (CBMMA), coronel Célio Roberto de Araújo; a titular da Secretaria de Estado da Gestão, Patrimônio e Assistência dos Servidores (Segep), Flávia Alexandrina; demais autoridades policiais e políticas; familiares dos empossados.

Othelino participa da solenidade de posse dos novos servidores da Polícia Civil do Maranhão

28-10-2020 Quarta-feira

O presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, deputado Othelino Neto (PCdoB), participou, nesta quarta-feira (28), da solenidade de posse coletiva dos novos servidores da Polícia Civil, entre eles delegados, peritos criminais, escrivães e investigadores. No evento, o chefe do Legislativo destacou que a posse dos policiais civis, no Dia do Servidor Público, é um momento marcante para o fortalecimento do sistema de segurança do Estado.

Othelino Neto falou, também, sobre a satisfação do Poder Legislativo em participar do ato, que demonstra o investimento permanente do Governo do Maranhão na segurança pública, o que tem se traduzido em números positivos para o Estado, como a redução dos indicadores da criminalidade.

“A nomeação de novos policiais civis reforça o nosso sistema de segurança. Agora, eles se somam aos policiais militares, muitos destes nomeados também nos últimos cinco anos. Isso evidencia a segurança pública como uma prioridade de governo, que vem sendo aperfeiçoada e melhorada significativamente, fazendo com que nós, que aqui residimos, tenhamos uma sensação de segurança cada dia maior”, ressaltou Othelino.

Representando o governador Flávio Dino, o secretário de Estado da Segurança Pública, Jefferson Portela, afirmou que a posse dos novos servidores faz parte da política de fortalecimento do sistema estadual de segurança, que tem como uma das ações prioritárias o aumento do contingente policial. Kristiano Simas / Agência AssembleiaDelegados, peritos criminais, escrivães e investigadores de polícia estão entre os empossadosDelegados, peritos criminais, escrivães e investigadores de polícia estão entre os empossados

Reforço 

“São 106 novos policiais civis, entre delegados, peritos, investigadores e escrivães. É um reforço expressivo, que possibilita o encaminhamento de alguns deles também para o interior do estado. É um grande dia para a Polícia Civil e para o nosso planejamento de segurança”, assinalou Portela.

O delegado-geral de Polícia Civil, Armando Gomes Pacheco, destacou que a posse dos novos servidores torna a instituição mais efetiva e, certamente, trará mais resultados para a sociedade.

“Praticamente 5% do efetivo da Polícia Civil está entrando agora. São 12 delegados de polícia, 20 escrivães e 60 investigadores. A iniciativa terá um impacto direto na vida de cerca de 3,5 milhões de pessoas do Maranhão. Agradecemos ao secretário de Segurança Pública, que intercedeu junto ao governador Flávio Dino pela nomeação desses novos servidores da Polícia Civil”, concluiu o delegado.

Flávio Dino refuta agressão de Bolsonaro

27-10-2020 Terça-feira

Num encontro com apoiadores, o presidente Jair Bolsonaro criticou o governador do Maranhão, Flávio Dino, e disse que era preciso tirar o PCdoB daquele estado. Em resposta, Dino afirmou que ele precisa disputar as eleições com um candidato bolsonarista assumido em 2022, deixando a entender que nas atuais eleições os concorrentes escondem o nome do presidente. O governador ainda lembrou que, em 2018, os bolsonaristas não chegaram a 10% naquele estado.

“Tem que tirar o PCdoB de lá, pelo amor de Deus. Só aqui no Brasil mesmo comunista falando que é democrático”, disse Bolsonaro a apoiadores.

“Se Bolsonaro quer me tirar do governo do Maranhão, um bom caminho é lançar um bolsonarista assumido na eleição de 2022. Em 2018, não chegaram a 10% no Maranhão”, respondeu o governador no Twitter.

Segundo Dino, desde a semana passada, Bolsonaro cria confusão com uma suposta visita ao Maranhão. “No que depender de mim, ele pode ir onde quiser, não enfrentará protestos e terá a proteção da polícia do Maranhão. Não precisa ter medo. Aqui somos sérios e temos muito trabalho que nos ocupa”, afirmou.

Fonte: PCdoB

“Bolsonaro é personagem miúdo da história”, diz Márcio Jerry sobre novo ataque a Dino

27-10-2020 Terça-feira


Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a despejar seu ódio contra o Nordeste nesta terça-feira (27) ao afirmar, diante de apoiadores, que ‘é preciso tirar o PCdoB do governo do Maranhão’. Em resposta ao mandatário, o vice-líder da sigla na Câmara, o deputado federal maranhense Márcio Jerry, reforçou a pequenez do mandatário, que dá sinais claros de alcançar a reeleição, enquanto a crise econômica, social e sanitária segue fazendo vítimas no Brasil.


“Bolsonaro é mesmo um personagem miúdo da política brasileira. Não há na história do Brasil nenhum que tenha ocupado a Presidência da República tão desqualificado quanto ele. Na ‘preparação’ à vinda ao Maranhão agride o povo maranhense de forma acintosa”, destacou o deputado.

De olho nas eleições de 2022 e na tentativa de reverter a baixa popularidade na região, na fala desta terça, o chefe de Estado apelou para o caricato “fantasma do comunismo” para justificar o ataque. “Tem que tirar de lá, cara, pelo amor de Deus. Só aqui no Brasil mesmo, comunista falando que é democrático. Eu estou fazendo pesquisa aqui”, disse diante de eleitores.


Em uma prévia do clima que marcará a visita ao estado – prevista para ocorrer entre os dias 29 e 30 deste mês –, na semana passada, Bolsonaro já havia divulgado uma fake news que lhe rendeu uma denúncia no Supremo Tribunal Federal (STF).  À rádio Jovem Pan, o ex-capitão afirmou que tinha viagem prevista para participar de evento evangélico na cidade de Balsas, no interior do estado, mas como o governo do Maranhão havia lhe negado efetivo da Polícia Militar para fazer esquema de segurança, teve de desistir do encontro.


Na última quinta (22), o governador do estado, Flávio Dino (PCdoB), acionou a Corte para denunciar a calúnia. No documento enviado ao Supremo, Dino disse que não recebeu qualquer solicitação para a segurança presidencial. Ele também exigiu que Bolsonaro apresentasse provas da suposta recusa de colocar a polícia à disposição de sua segurança no município maranhense.

Edivaldo paga salário dos servidores nesta sexta-feira (30)

27-10-2020 Terça-feira


Os servidores municipais de São Luís terão dois bons motivos para comemorar na sexta-feira (30). É que além do feriado do dia do servidor público, o salário do mês de outubro também estará na conta neste dia.


“Pagamento antecipado mais uma vez. A antecipação é reflexo do nosso compromisso, respeito e valorização aos profissionais que nos ajudam a construir São Luís”, destacou o prefeito Edivaldo Holanda Junior em suas redes sociais.

Este é mais um legado de Edivaldo para São Luís e um desafio para o próximo prefeito já que com uma gestão fiscal equilibrada e financeiramente ajustada os servidores municipais não tiveram um pagamento atrasado ao longo dos últimos oito anos, incluindo o pagamento do 13º salário.


Neste momento de crise gerada pela pandemia da Covid-19, que ainda se estenderá pelo menos nos primeiros meses de 2021, além de ser uma política de valorização do servidor, esta é uma importante medida para injetar recursos na economia.

Abertas inscrições para especialização em Direito Público fruto de parceria entre Alema, Esmam e Uema

27-10-2020 Terça-feira

Estão abertas as inscrições para o curso de especialização Lato sensu em Direito Público, promovido pela Universidade Estadual do Maranhão (Uema), em parceria com a Assembleia Legislativa do Maranhão e a Escola Superior da Magistratura (Esmam). Serão ofertadas 25 vagas para os servidores da Casa. As inscrições são gratuitas e os interessados têm até o dia 13 de novembro para se inscrever. 

A especialização é destinada a profissionais graduados em qualquer área do conhecimento, vinculados aos quadros funcionais do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA) e da Assembleia Legislativa. A duração é de 18 meses. 

Para se inscrever, os candidatos deverão preencher e enviar o formulário de inscrição online disponível no endereço eletrônico <sis.sig.uema.br/sigaa/public>, no Menu “Processos Seletivos – Lato sensu”. Deverão ser anexados ao formulário, em formato PDF, os seguintes documentos: 

– Cópia do diploma de graduação reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC) ou declaração/certidão de conclusão de curso expedida pelo setor competente; 

– Cópia do histórico escolar de graduação; 

– Cópia da carteira de identidade e CPF; 

– Cópia do comprovante de residência; 

– Curriculum vitae atualizado; 

– Cópia de comprovante de vínculo profissional nos quadros funcionais do TJMA ou da ALEMA e declaração de tempo de efetivo exercício; 

– Memorial descritivo elaborado pelo candidato, com até três laudas, apresentando uma síntese do percurso profissional e acadêmico, além da exposição de motivos para participar da especialização. 

Nas ruas e no Parlamento, PT defende justiça para Lula e “fora Bolsonaro”

27-10-2020 Terça-feira

Em pronunciamento no plenário da Câmara, a presidenta da PT, Gleisi Hoffman, celebra os 75 anos do ex-presidente e defende o impeachment de Bolsonaro. Militantes em todo o país e no exterior vão às ruas para celebrar o aniversário do maior líder político brasileiro do século 21

Em pronunciamento no plenário da Câmara dos Deputados, a deputada federal (PR) e presidenta nacional do PT destacou o aniversário de 75 anos, a história e o legado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e cobrou a abertura do pedido de impeachment de Jair Bolsonaro. Da tribuna, Gleisi destacou o legado de Lula na área de saúde e nos demais setores da vida nacional – áreas social, econômica e na defesa da soberania nacional. Ela cobrou justiça para Lula, denunciando a condenação sem crime e sem provas por parte do ex-juiz Sergio Moro.

Em duro pronunciamento, a presidenta do PT advertiu para a necessidade da Câmara se posicionar sobre os vários pedidos de impeachment de Bolsonaro que tramitam no Congresso Nacional. Entre os muitos crimes já cometidos, Gleisi destacou a posição do líder da extrema-direita de impedir o acesso ao povo brasileiro à vacina contra o Covid-19. “Quanto mais tempo nós vamos esperar esse irresponsável atentar contra o povo e o Brasil”, questionou. “É preciso parar Bolsonaro, que empurra o povo à morte”, alertou.

Homenagens no Brasil e no exterior

Acompanhando a posição e o sentimento da presidenta nacional do PT, militantes e ativistas políticos no Brasil e  no exterior foram às ruas nesta terça-feira para celebrar o aniversário de 75 anos de Lula. As atividades, que também tomaram conta das campanhas eleitorais, coloriram as ruas de dezenas de cidades, com bolos, bandeiras, bonecos e discursos. Os registros fotográficos nas redes sociais traduzem a dimensão da importância e da presença de Lula na vida política, social e afetiva dos brasileiros. Logo pela manhã, o aniversário do ex-presidente já era o principal destaque mundial no Twitter.

Programa especial para Lula

Lula completa 75 anos e, diante da responsabilidade com o isolamento social em função do coronavírus, a comemoração foi pela internet. Um programa especial irá ao ar a partir das 18h30 com depoimentos de amigos, familiares, artistas e uma entrevista especial com o aniversariante.

O especial contará com histórias contadas por lideranças políticas que vivenciaram diversos momentos com Lula, como a ex-presidenta Dilma Rousseff, o ex-ministro Fernando Haddad, o ex-diretor geral da FAO José Graziano e os jornalistas Fernando Morais e Ricardo Kotscho. E também por familiares de Lula.

As eleições de 1989, 1994 e 1998 também terão suas histórias contadas por quem as vivenciou ao lado de Lula. E para falar sobre a perseguição política e jurídica, participam a advogada Valeska Zanin e o jurista italiano Luigi Ferrajoli.

Os cantores Aline Calixto, Marcelo Jeneci, Tereza Cristina e Flávio Renegado vão entoar algumas das músicas prediletas de Lula. Os amigos Chico Buarque, Odair José e José de Abreu também mandaram recados ao aniversariante. Por meio do Instituto Lula, centenas de vídeos foram encaminhados ao ex-presidente desejando os parabéns, enviados de todo o Brasil.

O programa foi pensado e está sendo organizado pelo PT, Comitê Lula Livre e suas entidades e Instituto Lula.

Serviço

Programa de Aniversário do Lula #Lula75Anos
Data: 27 de outubro
Horário: das 18h30 às 20h30

Fonte: PT Foto: Ricardo Stuckert

PSOL cobra explicações do governo sobre proposta de acabar com aumento real em salário de professores

27-10-2020 Terça-feira

A bancada do PSOL apresentou um requerimento que cobra informações do Ministério da Educação sobre a decisão de acabar com o aumento real do piso salarial dos professores e professoras. A medida está sendo elaborada a portas fechadas pelo governo federal.

A proposta do governo Bolsonaro é vincular o reajuste salarial dos professores à inflação, alterando a lei do piso na regulamentação do Fundeb. A Emenda Constitucional 108, que trata do Fundeb, representa um avanço significativo ao prever o aumento da complementação da União, destinando mais recursos para a educação básica pública, e a alteração no mecanismo de distribuição desses recursos, de modo a ampliar o rol de municípios contemplados. Além disso, a Emenda inscreve na Carta Magna o conceito de Custo Aluno-Qualidade (CAQ), de fundamental importância para a elevação da qualidade da educação básica pública no Brasil.

Para a bancada do PSOL, a alteração no cálculo do reajuste do piso dos professores pode significar um achatamento da renda desses servidores, sem aumento real e mantendo a defasagem dos seus rendimentos em relação aos de outros profissionais com mesmo nível de escolaridade, em descumprimento à Meta 17 do Plano Nacional de Educação.

O requerimento de informações 1349 foi protocolado no último dia 21 de outubro.

PSOL

Postura antivacina de Bolsonaro é genocida, dizem parlamentares

27-10-2020 Terça-feira

Presidente questionou a corrida pela vacina quando Brasil ultrapassa os 157 mil mortos pela doença

“Não sei por que correr”, disse Jair Bolsonaro sobre a vacina contra a Covid-19. A declaração dada a apoiadores nesta segunda-feira (26) na porta do Palácio da Alvorada repercutiu entre os parlamentares do PCdoB.

Vice-líder da Minoria, a deputada Alice Portugal (BA) voltou a classificar o presidente como “genocida”, após a fala. “Mais de 157 mil pessoas já morreram pela Covid-19 no Brasil e Bolsonaro continua fazendo disputa política em cima da vida das pessoas. Nenhum presidente que se preocupa com seu povo falaria que não sabe por que correr com a vacina para a doença. Bolsonaro irresponsável e genocida”, declarou.

O deputado Daniel Almeida (BA) também respondeu o questionamento do presidente enfatizando número de mortos causado pelo novo coronanírus. “Bolsonaro disse que não vê motivos para correr com a vacina preventiva da Covid-19. As mais 150 mil mortes no Brasil respondem esse questionamento sem noção do presidente. No mundo, já passamos de 1,1 milhão de mortes, e ainda há pessoas se contaminando”, afirmou.

Já a deputada Jandira Feghali (RJ) usou a ironia em suas redes para rebater Bolsonaro. Ao postar fotos emblemáticas do impacto da pandemia na vida da população brasileira, como as inúmeras covas abertas em Manaus, a parlamentar escreveu: “Bolsonaro: “Não sei pra que essa pressa pra vacina”. Pois é, gente, tá tudo tão tranquilo…”.

Segundo a Universidade Johns Hopkins, o coronavírus já infectou mais de 43 milhões de pessoas no mundo e matou mais de 1,1 milhão. No Brasil, são mais de 157 mil óbitos.

Aos seus apoiadores, Bolsonaro declarou que, de acordo com as informações que chegaram até ele, a vacina mais rápida até hoje levou quatro anos entre o desenvolvimento das pesquisas e o processo de aprovação. Disse que, diante disso, não entende a pressa por um imunizante contra a Covid-19.

“Nós queremos é buscar uma solução para o caso. Todo mundo diz que a vacina que menos demorou até hoje foram quatro anos. Eu não sei por que correr em cima dessa presidente”, disse Bolsonaro.

Nas últimas semanas, ele já havia atacado a produção da coronavac, vacina que vem sendo desenvolvida pelo Instituto Butantan, um dos maiores centros de pesquisa biomédica do mundo, localizado em São Paulo, em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac Biotech. Após o Ministério da Saúde afirmar que havia solicitado 46 milhões de doses da vacina, Bolsonaro rebateu e afirmou que “o povo brasileiro não seria cobaia da vacina chinesa”.

O veto de Bolsonaro à aquisição da vacina levou partidos da Oposição a acionarem o Supremo Tribunal Federal para impedir que o governo federal adote medidas que possam dificultar a colaboração entre os órgãos competentes no desenvolvimento e aquisição de vacinas visando o controle da disseminação do novo coronavírus.

Fonte: Liderança do PCdoB na Câmara dos Deputados

Há 45 anos, assassinato de Vladimir Herzog desmascarava a ditadura

27-10-2020 Terça-feira

“O Vlado não tinha ideia do que poderia acontecer com ele. Com uma militância amena, ele era de um grupo de jornalistas que jamais imaginava que poderia ser preso”, conta Fernando Pacheco Jordão, melhor amigo do jornalista Vladimir Herzog e seu colega na redação do Estadão e da BBC de Londres. “Não que achássemos que isso justificasse, mas as pessoas presas eram de militância pesada, gente ligada à luta armada. Quem só militava intelectualmente jamais poderia imaginar que seria submetido a tortura e até morreria por causa disso.”

Aconteceu. E justamente em 1975, ano que começa sepultando a censura prévia dos jornais e termina com a tortura e morte de um jornalista sem nenhuma conexão com movimentos armados. Na manhã do sábado, 25 de outubro, há 45 anos, a ditadura militar (1964-1985) fazia mais um prisioneiro.

Procurado na noite anterior, Herzog, diretor de jornalismo da TV Cultura, conseguira adiar para o dia seguinte sua apresentação ao temido DOI-Codi (Destacamento de Operações e Informações-Centro de Operações e Defesa Interna). O órgão era subordinado ao comando do II Exército, de São Paulo, que tinha à frente o general Ednardo D’Ávila Mello.

Vlado compareceu às 8 da manhã. No meio da tarde, já estava morto, vítima de tortura que os agentes do DOI tentaram acobertar com a usual farsa do suicídio – era o 38º suicida produzido pelos porões da ditadura. Fotos do cadáver de Herzog dentro de uma cela, enforcado com um cinto preso a uma grade a 1,63 metro do chão, foram mostradas aos demais presos.

Foi enorme a repercussão da morte do jornalista de 38 anos, nascido em 1937, na cidade de Osijek, antiga Iugoslávia, hoje a quarta maior cidade da Croácia. Vlado era casado com Clarice Herzog e pai de dois filhos. Segundo o Laudo de Encontro de Cadáver expedido pela Polícia Técnica de São Paulo, ele havia se enforcado com a cinta que era usada em seu macacão.

Mas o que contraria essa afirmação é o simples fato de que os prisioneiros do DOI-Codi não dispunham de cintos e, tampouco, sapatos com cordões, o que faria ser impossível ele ter se suicidado. Além disso, no laudo foram anexadas fotos que mostram os joelhos de Herzog dobrados com seus pés tocando o chão, o que torna o enforcamento impossível. Seu pescoço, de resto, tinha duas marcas típicas em casos de estrangulamento. Tudo isso, mais uma vez, derrubava a falácia dos militares.

O caso abriu uma crise no governo Ernesto Geisel, penúltimo general-presidente da ditadura. Em 1975, o regime planejava uma abertura que incluía a extinção da tortura e do assassinato de opositores do regime militar – crimes de Estado frequentes desde 1968. Ficou exposta aos olhos do país a cisão no poder militar ditatorial. Manifestações populares, principalmente de estudantes paulistas, começam a eclodir, como não ocorria desde 1968.

Além das falsas provas de suicídio, a tese da infiltração comunista nas instituições era alardeada até no cárcere. “Os agentes nos diziam que, no comando do Partido Comunista, acima dos tais dirigentes que já estavam presos, viriam pessoas insuspeitas, como um cardeal, um governador e um general”, afirma o jornalista Paulo Markun, colega de Herzog na TV Cultura e também detido naquela época. “Era uma referência clara a dom Paulo Evaristo Arns, ao governador de São Paulo, Paulo Egydio Martins, e ao general Golbery.”

Clarice, mulher de Herzog, conta que ele começou a frequentar as reuniões de discussão do PCB dois anos antes, por não ver outra forma de contestar a ditadura. “Ele identificava duas forças organizadas: a Igreja Católica e o Partido Comunista. Como era judeu, não teve outra opção.”

Em 29 de outubro de 1975, no enterro de Herzog, o rabino Henry Sobel contestou a versão oficial para a morte, negando-se a enterrar o jornalista na área do Cemitério Israelita destinada aos suicidas. Ao marcar posição contrária à ditadura, Sobel mobilizou não apenas importantes setores da oposição – mas até o conservador empresariado paulista.

Dois dias depois, na sexta-feira 31 de outubro, mais de 8 mil pessoas participaram de um culto ecumênico na Catedral da Sé, no centro de São Paulo. Barreiras bloqueavam o acesso à praça. A força policial era ostensiva e o clima, tenso. “Antes de começar, chegaram três homens para dizer que eu deveria desistir e que havia 500 agentes na praça para atirar em que quer que dissesse ‘abaixo a ditadura’”, relatou dom Paulo Evaristo Arns, que realizaria o culto ao lado do rabino Sobel e do reverendo James Wright. “Eu disse: Vocês usam a arma, nós usamos o coração.”

Sob a presidência de Audálio Dantas, o Sindicato dos Jornalistas de São Paulo lançou uma nota tão diplomática quanto desafiadora: “Perante a lei, a autoridade é sempre responsável pela integridade física das pessoas que coloca sob sua guarda e reclama um fim a essa situação, em que jornalistas profissionais, cidadãos com trabalho regular e residência conhecida, permanecem sujeitos ao arbítrio de órgãos de segurança”.

“Todos os cuidados eram necessários para que a gente denunciasse o crime, sem dar pretexto para fecharem o sindicato”, disse Audálio. A entidade já denunciara as prisões que se sucederam ao Discurso de Pá de Cal. A imprensa noticiou a morte de Herzog com destaque, indo muito além das notas oficiais secas que costumavam registrar suicídios e mortes em confronto de vítimas da repressão.

Era a primeira vez que isso acontecia desde que foi instalada a censura prévia nos jornais. Apesar das barreiras policiais, o ato na Sé se tornou memorável. “Foi uma cerimônia comovente, todo mundo que estava na catedral chorou”, disse dom Paulo, que já atuava ostensivamente na defesa de presos políticos desde novembro de 1970.

Nas altas esferas do poder ditatorial, estava claro que se tratava de um “golpe dentro do golpe”, pela insubordinação à autoridade do presidente Geisel. Os setores mais radicais da linha dura seguiam, então, ordens do general Sílvio Frota, aspirante preterido à Presidência da República.

No final, o que poderia ter se transformado em um tumulto sangrento entrou para a História como a primeira grande manifestação popular desde o AI-5. A missa em memória de Herzog foi uma peça importante no quebra-cabeças da abertura brasileira.

Em 1978, num processo aberto pela família Herzog, sentença judicial condenou a União como responsável pela prisão, tortura e morte do jornalista, desfazendo a falsa versão de suicídio. Em junho de 2013, passados 38 anos do covarde assassinato, a Comissão da Verdade questionou a versão de suicídio e reabriu investigações. A família de Vlado recebeu, então, um novo atestado de óbito, no qual o motivo da morte foi trocado – de “asfixia mecânica por enforcamento” para “lesões e maus-tratos”.

Com informações da Aventuras na História e do Acervo O Globo

Edição: André Cintra