Arquivo mensal: outubro 2020

Bolsonaro ofendeu os maranhenses e será processado, afirma Flávio Dino

30-10-2020 Sexta-feira

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), anunciou nesta quinta-feira (29), em suas redes sociais, que entrará com uma ação judicial contra Jair Bolsonaro por usar dinheiro público para fazer propaganda política no Maranhão além de ofender e fazer chacota com produtos da região.

“Bolsonaro veio ao Maranhão com sua habitual falta de educação e decoro. Fez piada sem graça com uma de nossas tradicionais marcas empresariais: o guaraná Jesus. E o mais grave: usou dinheiro público para [fazer] propaganda política. Será processado”, escreveu o governador maranhense.

Enquanto se encaminhava para o segundo compromisso do dia, saindo da capital São Luís rumo à cidade de Imperatriz (MA), Bolsonaro zombou dos maranhenses após beber um copo de guaraná Jesus, bebida típica do estado.

Em meio a uma aglomeração e sem usar máscara, Bolsonaro se divertiu com a cor rosa da bebida. Logo após tomar os primeiros goles, ele começou a fazer piadas com as pessoas próximas enquanto fazia uma transmissão ao vivo em suas redes sociais.

“Agora eu virei boiola. Igual maranhense, é isso?”, disse o presidente entre risos. “Guaraná cor-de-rosa do Maranhão aí, quem toma esse guaraná aqui vira maranhense”, emendou depois Bolsonaro, mostrando a bebida. “Guaraná cor-de-rosa. Foda, foda”, disse ele, ignorando as medidas de prevenção à contaminação pelo novo coronavírus.

As ofensas de Bolsonaro ao Maranhão já haviam começado no início da semana, com ataques descabidos ao governador do estado. “Tem que tirar o PCdoB de lá, pelo amor de Deus. Só aqui no Brasil mesmo comunista falando que é democrático”, disse Bolsonaro.

Flávio Dino rebateu dizendo que “em vez de vir cuidar de trabalho sério, que o governo federal deve fazer imediatamente, Bolsonaro diz que vem ao Maranhão para esse tipo de agenda: agressões e campanha eleitoral. Tudo com dinheiro público”. As previsões de Flávio Dino se confirmaram.

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Governo do Maranhão investe R$ 16 milhões em obras educacionais entregues nesta quinta-feira (29)

30-10-2020 Sexta-feira

Em solenidade virtual, o governador Flávio Dino entregou nesta quinta-feira (29) um conjunto de obras educacionais para os estudantes maranhenses. O novo campus da UEMA na cidade de São Bento, as reformas do Centro de Ensino Frei João Rodrigues Moreira no município de Lagoa Grande do Maranhão e do Centro de Ensino Newton Neves em Timbiras foram oficializados nesta quinta-feira (29) pelo chefe do Executivo Estadual.

Durante o evento, o governador anunciou ainda a autorização para construção de uma unidade da UEMA na cidade de São João dos Patos. “Estamos conseguindo enfrentar todas essas intempéries porque temos preocupações em aplicar com seriedade e transparência o dinheiro público. Por isso, temos conseguido fazer tanto, em pouco tempo, apesar da conjuntura hostil e das dificuldades enfrentadas em todo o país”, pontuou Flávio Dino.

Novo campus da UEMA na cidade de São Bento (Foto: Rafaela Gonçalves)

UEMA São Bento

O novo campus da UEMA no município de São Bento conta com 10 salas de aula, dois blocos de laboratórios, biblioteca, fazenda-escola, auditório e oferece seis cursos de graduação. A nova estrutura universitária recebeu um investimento de mais de R$ 13 milhões, e, agora, possui capacidade para atender até 1.050 estudantes nos três turnos de funcionamento e a sua localização beneficia diretamente estudantes de 21 municípios da Baixada Maranhense.

“Nosso propósito é consolidar a presença da Universidade Estadual do Maranhão na Baixada Maranhense, a partir do município de São Bento”, afirmou o reitor da universidade, Gustavo Pereira da Costa. “Era uma fazenda escola experimental de pesquisa, e, agora, temos um Campus com grande estrutura e que vai oferecer as melhores condições de salas de aula, auditório, laboratórios, alojamentos e biblioteca para nossos estudantes”, concluiu o reitor.

Centro de Ensino Frei João Rodrigues Moreira no município de Lagoa Grande do Maranhão (Foto: Gilson Teixeira)

Escolas reformadas

Os alunos do Ensino Médio do município de Lagoa Grande precisavam ir até Lago da Pedra, município vizinho, para assistir aulas, já que a escola funcionava em prédios cedidos pela Prefeitura Municipal. O Ensino Médio era ofertado apenas no período noturno, algo que dificultava ainda mais o rendimento escolar dos estudantes.

“Uma importante obra para Lagoa Grande e uma importante obra para o Maranhão. É muito simbólico para o governador Flávio Dino entregar o primeiro prédio próprio na sede do município”, afirmou o secretário de Estado da Educação, Felipe Camarão.

“Antes a nossa escola era anexo do CE Cristóvão Colombo, que fica em Lago da Pedra – município vizinho à Lagoa Grande, e, hoje, nós estamos recebendo o maior presente que poderíamos como comunidade e cidadãos e cidadãs que somos. A primeira escola de Ensino Médio aqui, é o maior presente que o governador Flavio Dino poderia dar para a nossa comunidade. E eu, enquanto diretora, agradeço por esse presente tão sonhado e tão esperado por todos nós, gestão, professores, pais e alunos”, disse Vânia Sousa, gestora da escola.

O novo prédio escolar conta com seis salas de aula, biblioteca, ala administrativa e pedagógica e banheiros. O Ensino Médio regular poderá funcionar no período diurno e noturno – ampliando ainda para a Educação de Jovens e Adultos (EJA).

Centro de Ensino Newton Neves em Timbiras (Foto: Handson Chagas)

Em Timbiras, foi entregue o Centro de Ensino Newton Neves, reformado, após 27 anos de espera por toda a comunidade escolar. Por meio do programa Escola Digna, mais de 900 estudantes agora poderão contar com espaços escolares adequados para a prática do ensino. No prédio escolar, foram realizados serviços de infraestrutura, alvenaria e divisórias, cobertura e revestimento cerâmico, pavimentação, forro de PVC, pintura em geral, climatização, instalações elétricas e hidrossanitárias, dentre outros serviços.

Flávio Dino: Bolsonaro agride porque não tem o que oferecer ao Maranhão

30-10-2020 Sexta-feira

O governador, que vai processar o presidente, disse que os insultos têm origem nas eleições de 2018. Na ocasião, Bolsonaro venceu em três das 217 cidades do estado

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), voltou a comentar a visita de Bolsonaro a São Luís nesta quinta-feira (29) quando agrediu os moradores fazendo piada homofóbica com o guaraná Jesus, uma marca tradicional naquele estado. Após consumir a bebida cor de rosa, o presidente disse que virou boiola igual aos maranhenses. O governador, que vai processar o presidente, disse que os insultos têm origem nas eleições de 2018. Na ocasião, Bolsonaro venceu apenas em três das 217 cidades.

“Para entender as agressões constantes de Bolsonaro contra mim, voltemos a 2018. Ele só venceu em 3 das 217 cidades do Maranhão. Em 2 anos de governo, não tem nada para inaugurar no nosso Estado. Aí o jeito é ofender, passear e falar ‘piadas’ das quais ninguém ri”, escreveu o governador no Twitter.

Nesta sexta-feira (30), Dino receberá a visita da jornalista Roberta Gomes, bisneta do criador do guaraná Jesus. “Vai contar para mim a história de sucesso de uma marca maranhense. Será uma forma de também homenagear a memória do Sr. Jesus Gomes, ofendido por um presidente sem decoro e sem educação”, disse o governador.

PCdoB

PSOL denuncia à Procuradoria curso preparatório para policiais que exalta chacinas

30-10-2020 Sexta-feira

O PSOL encaminhou, na última quinta-feira (29), um ofício à Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC), ligada à Procuradoria-Geral da República (PGR), para pedir a investigação do curso AlfaCon, que prepara alunos para concursos da Polícia Militar, Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal. Recentemente, voltaram a circular nas redes sociais vídeos das aulas em que professores do curso defendem o extermínio de supostos criminosos e seus filhos, sugerem a tortura e disseminam transfobia.

O documento, assinado pela bancada do PSOL na Câmara, cita as aulas gravadas em que os “professores” ensinam os alunos a agir de forma bárbara. Em um deles, um homem diz aos alunos o que fazer em ação policial, baseado em sua experiência: “Uma vagabunda criminosa só vai gerar o que? Um vagabundinho criminoso. Por isso quando entrava chacinando, eu matava todo mundo: mãe, filho, bebê”.

Antes, o “mestre” apresenta as credenciais, dizendo que no curso foi ele quem mais matou e mais torturou em seus 28 anos na polícia.

Foi em uma sala de aula desse mesmo curso que o filho do presidente, Eduardo Bolsonaro, disse que seria possível fechar o STF “usando um soldado e um cabo”. Um vídeo gravado em 2018, que voltou a circular nas redes sociais, tem também o atual presidente Jair Bolsonaro recomendando o curso aos estudantes. Uma propaganda com direito a logotipo e telefone de contato.

No texto enviado à PFDC, os dirigentes do PSOL argumentam que “apesar das denúncias amplamente divulgadas pela imprensa, não houve até o momento nenhum tipo de responsabilização dos atos criminosos pelas autoridades competentes”.

Os parlamentares pedem à Procuradoria “a requisição de informações e acompanhamento das eventuais investigações e/ou procedimentos análogos em curso sobre o caso junto ao Ministério Público de São Paulo e do Paraná, à Corregedoria de Justiça da Polícia Militar de São Paulo e à Ouvidoria da Polícia do Estado de São Paulo”.

PSOL com informações do UOL

Flávio Dino afirma que irá processar Bolsonaro

30-10-2020 Sexta-feira

O governador do Maranhão Flávio Dino (PCdoB) informou, por meio de postagem em rede social, que irá processar o presidente Jair Bolsonaro por uso da estrutura do Governo Federal para fazer campanha política.  Em sua primeira visita oficial ao Maranhão, Bolsonaro prometeu “eliminar o comunismo do estado”. “Bolsonaro veio ao Maranhão com sua habitual falta de educação e decoro. Fez piada sem graça com uma de nossas tradicionais marcas empresariais: o guaraná Jesus. E o mais grave: usou dinheiro público para propaganda política. Será processado”, disse Flávio Dino, na tarde desta quinta-feira (29).

Flávio Dino respondeu ainda à uma piada preconceituosa de Bolsonaro. Mais cedo, após provar Guaraná Jesus, refrigerante local de cor rosa, o presidente perguntou se teria “virado boiola, igual aos maranhenses”.“Vamos todos hoje à noite comemorar essas conquistas tomando guaraná Jesus, o guaraná do povo do Maranhão. Faz bem, é uma coisa boa. A gente serve guaraná Jesus até pros visitantes mal-educados, pra quem não tem Jesus no coração. Vamos comemorar com farinha d’água, cuxá e guaraná Jesus”, disse Flávio Dino, durante evento virtual que inaugurava duas escolas e um novo campus da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA).

Fonte: Ascom Flávio Dino

“Preconceito e desrespeito”: Márcio Jerry resume visita de Bolsonaro ao Maranhão

30-10-2020 Sexta-feira


Não foi preciso muito tempo na cronometrada agenda de pouco mais do que oito horas a ser cumprida em território maranhense nesta quinta-feira (29) para que Jair Bolsonaro (sem partido) se envolvesse em outra das suas frequentes polêmicas. Em meio a uma grande aglomeração de pessoas e sem usar máscara, o presidente se divertiu com a cor rosa de um Guaraná Jesus, a bebida típica do estado, e aproveitou para fazer mais uma piada homofóbica que agora passa a contar na sua lista de gafes.
“Agora eu virei boiola. Igual maranhense, é isso?”, disse o presidente entre risos. “Guaraná cor-de-rosa do Maranhão aí, quem toma esse guaraná aqui vira maranhense”, emendou depois Bolsonaro, mostrando a bebida a apoiadores.


Sem deixar passar, o presidente do PCdoB Maranhão, deputado federal Márcio Jerry (MA) repudiou o comportamento do mandatário e recordou a falta de obras a serem inauguradas pelo governo federal na região.


“Na agenda de Bolsonaro aqui no Maranhão tinha inauguração de tapa buracos e de  um panelódromo.  Aí ele aproveitou a vinda para proferir piada homofóbica contra maranhenses. Escolheu o estado para agredir com homofobia. Preconceito e desrespeito”, definiu o parlamentar, antes de emendar sua avaliação da visita: “As fotos de Bolsonaro no Maranhão o mostram em total desrespeito ao nosso povo. Sem máscara e fazendo piadinha preconceituosa. Um estúpido, nosso repúdio”, finalizou Jerry, atual vice-líder do partido na Câmara.


Comitiva bolsonarista


Ciceroneado pelo senador Roberto Rocha (PSDB), que já foi sarneyzista, tucano, socialista e agora é bolsonarista, o ex-capitão reformado do Exército visitou quatro municípios onde teve expressiva votação nas eleições de 2018.  Apesar do pouco tempo, a visita mobilizou um enorme aparato de segurança. Em campanha antecipada para 2022, durante a passagem, a “caravana” bolsonarista também intensificou o apoio a Eduardo Braide (Podemos), candidato à prefeitura de São Luís.


Além de Rocha, a comitiva de “boas-vindas” a Bolsonaro foi formada pelos deputados federais Aluísio Mendes (PSC), Cléber Verde (Republicanos), Edilázio Júnior (PSD), Juscelino Filho (DEM) e Pastor Gildenemyr (PL).


Enquanto isso…


Paralelamente, o governador Flávio Dino, a quem Bolsonaro costuma atacar, não foi convidado pelo presidente para agendas conjuntas. Dino aproveitou o dia para inaugurar um campus da Universidade Estadual do Maranhão na cidade de São Bento e duas escolas. Também lançou as obras da universidade em outro município, São João dos Patos.

Incompetência do governo deixa 68% da indústria sem acesso à matéria-prima

30-10-2020 Sexta-feira

Apesar de o Brasil ser grande produtor mundial de minério de ferro e também de algodão, arroz, óleo, entre outros, mercado nacional registra falta dos produtos, que estão sendo exportados

Sem política industrial nem política de segurança alimentar desde o golpe de 2016, que destituiu a presidenta Dilma Rousseff, o Brasil, grande produtor mundial de aço, algodão, arroz e soja, sofre com a falta desses produtos no mercado nacional e com a alta dos preços dos alimentos.

O governo de Jair Bolsonaro (ex- PSL) assumiu há quase dois anos e até agora a equipe econômica, liderada pelo banqueiro Paulo Guedes, não apresentou uma proposta sequer em áreas essenciais para o desenvolvimento econômico e sustentável do país. Todas as propostas são de retirada de direitos sociais, trabalhistas, previdenciários e aceleração do processo de privatização.

Até o Sistema Único de Saúde (SUS), eles querem privatizar. Esta semana, Bolsonaro recuou da privatização das Unidades Básicas de Saúde (UBS) depois de uma onda de reprovação em todos os setores da sociedade.

Enquanto o governo anuncia e recua de propostas inviáveis, mal elaboradas e não discutidas de forma transparente, que prejudicam a população brasileira, em especial a mais pobres, as dificuldades com a falta de matéria-prima paralisam a indústria nacional.

De acordo com pesquisa feita pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), 68% das empresas estão com dificuldades de comprar matéria-prima para retomar a produção. Além disso, 82% perceberam alta nos preços dos insumos, sendo que para 31% o aumento foi acentuado.  O levantamento foi feito com 1.855 empresas no país no período de 1 a 14 de outubro.

Pesquisa Pulso Empresa – Impacto da Covid-19, da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), mostrou que no Estado de São Paulo a situação é a mesma: 51,8% das indústrias tiveram dificuldades na compra de matérias-primas. A pesquisa foi feita com 414 indústrias paulistas dos dias 7 a 13 de outubro. Dessas, 81,4% apontaram aumento nos preços dos insumos.

Entre os motivos da falta de matéria-prima apontados pelo estudo da Fiesp está a forte retomada da economia chinesa, que pressionou o mercado de matérias-primas no mundo. Outro motivo é o câmbio. De janeiro a setembro, a valorização do dólar em relação ao real foi de 30,1%.

“A falta de matéria-prima no Brasil agrava o processo de desindustrialização que o país vem sofrendo e o país caminha a passos largos para virar uma nação apenas produtora de commodities e importadora de bens manufaturados”, alerta o diretor administrativo do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC (SMABC), Wellington Messias Damasceno.

Os produtores primários estão ganhando dinheiro com exportação por conta do dólar alto – esta semana um dólar americano bateu na casa dos R$ 5,766 -, enquanto a indústria brasileira deixa de produzir por falta destes insumos e a população brasileira sente no bolso o aumento do custo da alimentação, analisa o dirigente.

A diferença é que esses países [importadores] têm políticas agressivas de Estado para aquisição de produtos para sua produção e industrialização, inclusive voltados à exportação. Já o Brasil enfraquece sua indústria, trabalhadores perdem empregos e renda, com empobrecimento ainda maior das famílias. Assim não teremos condições de comprar os produtos que nós mesmos produzimos.– Wellington Messias Damasceno

Comida na mesa

É inadmissível o país bater recordes na safra de alimentos e na extração de minério de ferro e esses produtos estarem em falta no Brasil, critica o dirigente, preocupado com a escala dos preços da cesta básica que, entre janeiro e outubro deste ano, subiram 9,75%, de acordo com Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA–15). No período, o IPCA-15 subiu 2,31%.

E se forem considerados apenas os alimentos consumidos no domicílio, aqueles comprados em supermercados, o aumento nos preços no ano foi de 12,69%, segundo estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgado no Estadão esta semana .

“O que vem acontecendo na indústria é o mesmo em relação aos produtos básicos da alimentação, entre eles o arroz e o óleo de soja. O Brasil bate recordes nas safras de arroz e soja, mas vende para os mercados chineses e europeus, que estão retomando seu poder de compra e fazendo estoques de alimentos por conta da preocupação com a segunda onda da pandemia”, diz o diretor administrativo do SMABC.

“Isso faz com que o Brasil exporte alimentos baratos enquanto os brasileiros sofrem com a alta no preço, tornando cada vez mais escassa a alimentação na mesa dos trabalhadores e aumentando a miséria da população. Tudo é reflexo da falta de uma política estratégica do governo federal, que impacta nos empregos, na indústria, na cesta de alimentos das famílias”, concluiu.

Do site da CUT

Pouca representação política na recepção a Bolsonaro no Maranhão

30-10-2020 Sexta-feira

De todas as visitas presidenciais ao Maranhão desde a volta da democracia, a do presidente Jair Bolsonaro, ontem, foi, de longe, a mais desconectada da realidade, sem importância nem estatura.

Nas suas inúmeras visitas entre 1985 e 1990, o presidente José Sarney sempre foi recebido com festa por multidões, tendo trazido na sua companhia o colega português Mário Soares, vários mandatários da África lusófona, o colombiano Virgílio Barco e o uruguaio Juan Maria Sanguinetti, além de visitantes importantes, como escritor francês Maurice Druon, o célebre autor de “O Medido do Dedo Verde”, entre outros. Depois dele, o presidente Fernando Collor (PRN) veio duas vezes ao Maranhão, uma delas para declarar apoio a João Castelo, então inimigo do Grupo Sarney, mas o então governador João Alberto foi devidamente comunicado da visita presidencial. Nos seus oito anos de governos, o presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) visitou o Maranhão três vezes, dando grande dimensão a cada visita. O presidente Lula da Silva (PT) fez várias visitas ao estado ao longo dos seus dois mandatos, o mesmo acontecendo com a presidente Dilma Rousseff (PT).

A visita do presidente Jair Bolsonaro diferiu de todas. Para começar, seu desembarque se deu sem um traço sequer do que o ex-presidente José Sarney (MDB) chama de “liturgia do cargo”. Suado, de manga de camisa e mostrando os contornos de um colete à prova de balas, não usava máscara e parecia comandar uma tropa caótica. Acompanhado do senador Roberto Rocha (PSDB), seu ativo porta-voz, o presidente foi recebido por nove dos 18 deputados federais Edilázio Júnior (PSD), Aluízio Mendes (PSC), Juscelino Filho (DEM), André Fufuca (PP), Pedro Lucas Fernandes (PTB), Cléber Verde (Republicanos), Pastor Gildenemyr (PL), Júnior Lourenço (PL) e Merreca Filho (Patriotas). Não houve registro da presença de deputados estaduais, nem o deputado Pará Figueiredo (PSL), que num dos raros discursos que fez declarou apoio ao Governo Bolsonaro, e a deputada Mical Damasceno (PTB), que vez por outras discursa apoiando posições bolsonaristas do Governo Federal. Não foi registrada também a presença de prefeitos da região nem de vereadores de São Luís.

Dos candidatos a prefeito de São Luís, o único que esteve no aeroporto foi Silvio Antônio (PRTB), mas não teve acesso à comitiva e só conseguiu um aperto de mão depois de haver atropelado apoiadores escanchado no pescoço de um partidário. O presidente provavelmente o cumprimentou sem saber que ele o candidato do partido do vice-presidente Hamilton Mourão à Prefeitura de São Luís.

Repórter Tempo

Bolsonaro tropeça na prudência e transforma sua viagem ao Maranhão num desastre político

30-10-2020 Sexta-feira

Um desastre político. É a definição mais adequada para a visita do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ao Maranhão ontem, com escalas em São Luís e Imperatriz. Durante sua incursão de algumas horas no estado, onde foi recebido por aliados políticos e por grupos de seguidores fantasiados de verde-amarelo – todos sem máscara e confinados em cercadinhos iguais aos do Palácio da Alvorada -, o presidente protagonizou momentos que certamente entrarão para a crônica do seu período reforçando sua estranha noção de política e o seu agressivo desprezo pelas regras de convivência institucional. Escudado pelo senador Roberto Rocha (PSDB), o seu principal aliado no estado, e por vários deputados federais, Jair Bolsonaro exercitou sua verve belicosa ao atacar o governador Flávio Dino, seu Governo e seu partido, o PCdoB, pelo viés ideológico, e fazer piada grosseira com o Guaraná Jesus, afirmando que, ao ingeri-lo, se tornaria “boiola, como os maranhenses”. Com seu comportamento desregrado e seu discurso agressivo, o presidente da República transformou o que seria uma visita de trabalho, para inaugurar, inspecionar e anunciar obras, num inacreditável imbróglio político de repercussão nacional.

Na primeira etapa da viagem – que não foi comunicada ao governador Flávio Dino nem ao prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT), num gesto espantoso de descortesia – o presidente Jair Bolsonaro desembarcou em São Luís, de onde seguiu para a BR-135, onde inaugurou um trecho de 3,5 quilômetros de duplicação. Depois rumou para Imperatriz, onde também foi recebido por apoiadores, e inaugurou dois quilômetros restaurados da BR-10 e anunciou a criação de uma universidade federal na região. Quase nada além disso, o que confirmou a suspeita inicial de que o propósito não admitido que o propósito da viagem era essencialmente político.

Em São Luís, sua estada passaria em branco, sem qualquer expressão, se o presidente não tivesse chocado os maranhenses com uma piada de mau gosto, preconceituosa e de natureza claramente homofóbica sobre o Guaraná Jesus, um dos símbolos do Maranhão. Ao ingeri-la, gracejou agressivamente: “Agora eu virei boiola. Igual maranhense, é isso? Guaraná cor-de-rosa do Maranhão aí, quem toma esse guaraná aqui vira maranhense”. A piada sem graça causou perplexidade, principalmente pelo de que alguns maranhenses do seu grupo de acompanhantes tenham achado graça. O senador Roberto Rocha, ciente da repercussão, tentou minimizar, mas não conseguiu. O governador Flávio Dino, por seu turno, protestou contra a opereta presidencial de ofensa aos maranhenses.

– Bolsonaro veio ao Maranhão com sua habitual falta de educação e decoro. Fez piada sem graça com uma de nossas tradicionais marcas empresariais: o Guaraná Jesus. E o mais grave: usou dinheiro público para propaganda política. Será processado – reagiu o governador nas suas redes sociais.

Em Imperatriz, ao falar para simpatizantes, Jair Bolsonaro escancarou a motivação política da viagem. Além de não comunicar sua visita ao governador Flávio Dino, mesmo tendo ele atendido solicitação do ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno e autorizado a PM a se integrar ao esquema de segurança presidencial, Jair Bolsonaro recorreu ao seu extremismo de direita e atacou duramente o dirigente maranhense, dizendo que o Maranhão vive sob “uma ditadura comunista” e que o PCdoB “deve ser varrido” do Maranhão. Ataque foi gratuito, sem qualquer justificativa. O governador Flávio Dino deu troco imediatamente, disparando: “Não tenho medo de ditador, nem de projeto de ditador e nem de ditadura. Não tenho medo de Bolsonaro”.

O caráter político da visita do presidente Jair Bolsonaro ao Maranhão não surpreendeu. O simples fato de não comunicar sua vinda ao governador, como manda a praxe, mesmo sendo eles adversários políticos, e a desenvoltura do senador Roberto Rocha como uma espécie de dono da agenda, foram evidências de que não havia maiores propósitos de governo na viagem. Só que os fatos ocorridos, a reação a eles e a repercussão fora do Maranhão demonstraram que o presidente dificilmente colherá bons frutos políticos dessa empreitada.

Repórter Tempo

Em Dom Pedro, Othelino reitera apoio a Gelego Mota

30-10-2020 Sexta-feira

O presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, deputado Othelino Neto (PCdoB), reafirmou, nesta quinta-feira (29), o seu apoio a Galego Mota (Solidariedade), candidato a prefeito de Dom Pedro, e ao seu companheiro de chapa, Lucyan Rezende (PP), candidato a vice, durante ato de campanha na cidade, onde o parlamentar participou também de uma caminhada pelas ruas do município, reunindo uma multidão de apoiadores da chapa que pretende transformar a atual realidade de Dom Pedro.

No ato político, Othelino disse que Galego Mota é um homem simples, da cidade, que decidiu se candidatar ao mandato de prefeito depois de perceber o quanto o município estava sendo mal cuidado. Afirmou, ainda, que Galego e Lucyan já têm o apoio principal, que é o da população, mas contam, também, com um grupo politico que está empenhado em ajudá-los a reconstruir o município.

“Eu sei que a população vai saber fazer a opção correta e eleger alguém da cidade para governar o município. O Galego e o Lucyan têm muito a contribuir para o futuro de Dom Pedro e, por isso, contam com o meu apoio e o do governador Flávio Dino para a destinação de recursos e a realização de projetos visando à transformação da realidade da cidade. Mas, o maior apoio o Galego já tem, que é o da população, que hoje mostra a sua força”, declarou o chefe do Legislativo Estadual.

Parcerias

Galego Mota afirmou que a presença de Othelino no ato engrandece a sua campanha e o motiva a firmar ainda mais parcerias para trabalhar em prol de Dom Pedro. “Eu tenho ao meu lado este grande homem e a força do povo, que está nos apoiando. Tenho certeza que Dom Pedro me dará essa oportunidade e, juntos, faremos um grande trabalho”, assinalou.

“Agradecemos a presença do deputado Othelino Neto, que, assim como povo de Dom Pedro, acredita em Galego Mota. Estamos empenhados em colocar Dom Pedro no rumo certo. Contamos com a sua lealdade e serenidade para que, juntos com Galego Mota, possamos trabalhar por nossa gente”, completou Lucyan Rezende, candidato a vice-prefeito.