Arquivo mensal: setembro 2020

Bolsonarista denuncia Boulos, Sâmia, Glauber e Felipe Neto por defenderem a democracia

30-09-2020 Quarta-feira

Um deputado federal bolsonarista apresentou denúncia à Procuradoria Geral da República contra Guilherme Boulos, Sâmia Bomfim, Glauber Braga e Felipe Neto por apoiarem a manifestação antifascista que ocorreu em São Paulo no último dia 31 de maio. O deputado é ex-senador do Rio Grande do Norte cassado por crime eleitoral.

O bolsonarista pede à PGR que os parlamentares e o comunicador sejam enquadrados na Lei de Segurança Nacional. “Trata-se de um ataque político buscando intimidar a atuação parlamentar e o ativismo daqueles que se colocam como oposição a Jair Bolsonaro”, afirmou a deputada Sâmia Bomfim.

“Absurdo é ser facista! Ser antifascista é obrigação de quem não se rende!”, complementou o deputado federal Glauber Braga.

“Nossa melhor resposta é seguir denunciando os crimes de Bolsonaro. A reação mostra que estamos incomodando. Aqui em SP temos o desafio de derrotá-los também nas urnas. Fazer dessa cidade uma capital da luta democrática”, afirmou o candidato a prefeito de São Paulo, Guilherme Boulos.

PSOL

Sementinha discute retorno dos alunos da pré-escola às aulas presenciais durante reunião com pais

30-09-2020 Quarta-feira

A direção da Creche-Escola Sementinha, mantida pelo Grupo de Esposas de Deputados do Maranhão (Gedema), reuniu, na manhã desta quarta-feira (30), pais de alunos para articular o retorno das aulas presenciais da pré-escola I e II, que acontecerá na próxima semana, obedecendo ao limite de estudantes por sala e seguindo as medidas de biossegurança.

Na ocasião, a diretora pedagógica da creche, Cynthia Vieira, explicou detalhes da ampliação da flexibilização das regras para a educação infantil, determinadas em razão da pandemia de Covid-19. Conforme a Medida Provisória 934/2020, as instituições de educação infantil são dispensadas de cumprir os 200 dias obrigatórios do ano letivo e a carga mínima de 800 horas, como consta da Lei 9.394, de 1996.

Medidas de proteção

A diretora tratou, ainda, da Portaria 47, de 23 de julho de 2020, do Governo do Maranhão, que aprova o protocolo específico de medida sanitária segmentada para o retorno das aulas presenciais nas escolas e instituições da rede privada no Maranhão. Na reunião, foi ressaltada a estratégia de organização da escola no que diz respeito às questões referentes aos protocolos de proteção, além dos procedimentos que os pais precisarão adotar.

Os alunos terão a temperatura aferida e deverão higienizar as mãos antes de iniciarem as atividades. Um tapete com solução sanitizante foi colocado na porta do prédio, bem como na entrada das salas de aula. Os pais, por sua vez, terão de garantir que as crianças levem duas máscaras e sacos plásticos, para acondicioná-las após o uso, além de garrafa ou copo plástico.

Será responsabilidade dos pais comunicar à direção os casos suspeitos ou confirmados de Covid-19 na família, sendo necessário manter o isolamento domiciliar por 14 dias. Considerando o risco de acidentes, como ingestão e consequente intoxicação ou combustão (acidental ou provocada), as crianças não deverão levar álcool em gel nas mochilas.

Gilson Penha, pai da aluna Sara Isadora, da pré-escola I, garantiu que está tranquilo. “Já tenho um filho no 3° ano e, até então, não tivemos problemas. A escola está sempre passando muita segurança e ultrapassando nossas expectativas. Ainda que com restrições, acreditamos que será um retorno bem-sucedido”.

Aulas remotas

Foi informado que a escola permanecerá com as aulas virtuais caso os pais ainda não tenham segurança sobre o retorno dos filhos às atividades presenciais, além da possibilidade de ser adotado o ensino híbrido, que combina aulas presenciais e online.

 “As professoras continuarão disponíveis para os encontros online, de modo que continuem tendo contato visual com a criança, dialoguem e levem informações de cunho pedagógico”, explicou Cynthia Vieira.

INSS: para Márcio Jerry, Bolsonaro devia aceitar ajuda de Flávio Dino

30-09-2020 Quarta-feira

O deputado Márcio Jerry (PCdoB-MA) disse, nesta terça-feira (29), que Jair Bolsonaro (sem partido) deveria ter humildade e aceitar a ajuda ofertada por Flávio Dino (PCdoB) para tentar solucionar a crise causada pela falta de atendimento de perícia médica nas agências do INSS.

“O INSS atravessa grave problemas, filas, falta de atendimento, precarização, é um desrespeito inaceitável ao povo brasileiro, aos aposentados e pensionistas. Então, espero que Bolsonaro tenha humildade de aceitar essa mão generosa de auxílio do Governo do Maranhão para resolver o problema neste momento”, disse o parlamentar.

Dino encaminhou para o presidente da República ofício propondo uma parceria para resolver o problema no estado enquanto “os burocratas de Brasília tentam se organizar na Previdência”, como destacou a Revista Veja.

Entre as propostas, Dino sugere a experiência alcançada nos 54 postos avançados do Viva/Procon para garantir o “atendimento às pessoas com deficiência, idosos, doentes e gestantes que postulam benefício junto à Previdência Social”, além de “auxiliar na destilação ou contratação emergencial de pessoal”, diz parte do documento. A oferta de ajuda ainda não foi respondida por Bolsonaro.

Fonte: PCdoB na Câmara

Em 2019, terras indígenas foram invadidas de modo ostensivo de norte a sul do Brasil

30-09-2020 Quarta-feira

Relatório do Cimi evidencia alarmante aumento da violência contra povos indígenas no primeiro ano do governo Bolsonaro

O Relatório Violência Contra os Povos Indígenas do Brasil – dados de 2019, publicado anualmente pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi), reitera o retrato de uma realidade extremamente perversa e preocupante do Brasil indígena no primeiro ano do governo de Jair Bolsonaro na Presidência do país. A intensificação das expropriações de terras indígenas, forjadas na invasão, na grilagem e no loteamento, consolida-se de forma rápida e agressiva em todo o território nacional, causando uma destruição inestimável.

Para além de materializar o reconhecimento de um direito originário, as terras indígenas são, comprovadamente, as áreas que mais protegem as matas e os seus ricos ecossistemas. Historicamente, a presença dos povos dentro de seus territórios faz com que eles funcionem como verdadeiras barreiras ao avanço do desmatamento e de outros processos de espoliação. No entanto, os dados de 2019 revelam que os povos e seus territórios tradicionais estão sendo, explicitamente, usurpados.

A “explosão” de incêndios criminosos que devastaram a Amazônia e o Cerrado em 2019, com ampla repercussão internacional, deve ser inserida nessa perspectiva mais ampla de esbulho dos territórios indígenas. Muitas vezes, as queimadas são parte essencial de um esquema criminoso de grilagem, em que a “limpeza” de extensas áreas de mata é feita para possibilitar a implantação de empreendimentos agropecuários, por exemplo. De modo resumido, assim funciona esta cadeia: os invasores desmatam, vendem as madeiras, tocam fogo na mata, iniciam as pastagens, cercam a área e, finalmente, com a área “limpa”, colocam gado e, posteriormente, plantam soja ou milho.

Infelizmente, as violências praticadas contra os povos indígenas fundamentam-se em um projeto de governo que pretende disponibilizar suas terras e os bens comuns nelas contidos aos empresários do agronegócio, da mineração e das madeireiras, dentre outros.

O Relatório aponta que, em 2019, houve o aumento de casos em 16 das 19 categorias de violência sistematizadas pela publicação. Chama especial atenção a intensificação de registros na categoria “invasões possessórias, exploração ilegal de recursos e danos ao patrimônio” que, de 109 casos registrados em 2018, saltou para 256 casos em 2019.

Afinados com a realidade, esses dados explicitam uma tragédia sem precedentes no país: as terras indígenas estão sendo invadidas de modo ostensivo e pulverizado de Norte a Sul. Em alguns episódios descritos no Relatório, os próprios invasores mencionavam o nome do presidente da República, evidenciando que suas ações criminosas são incentivadas por aquele que deveria cumprir sua obrigação constitucional de proteger os territórios indígenas, patrimônio da União.

Também é lamentável notar que o aumento de casos quase dobrou, em comparação com 2018, em outras 5 categorias, para além de “invasões/exploração ilegal/danos”. É o que pode se constatar em: “conflitos territoriais”, que passou de 11 para 35 casos em 2019; “ameaça de morte”, que passou de 8 para 33; “ameaças várias”, que foi de 14 para 34 casos; lesões corporais dolosas”, que quase triplicou o número de registros, de 5 para 13; e “mortes por desassistência”, que de um total de 11, em 2018, foi para 31 casos, em 2019

Violência contra o Patrimônio

Em relação aos três tipos de “Violência contra o Patrimônio”, que formam o primeiro capítulo do Relatório, foram registrados os seguintes dados: omissão e morosidade na regularização de terras (829 casos); conflitos relativos a direitos territoriais (35 casos); e invasões possessórias, exploração ilegal de recursos naturais e danos diversos ao patrimônio (256 casos registrados); totalizando o registro de 1.120 casos de violências contra o patrimônio dos povos indígenas em 2019.

Cabe ressaltar que das 1.298 terras indígenas no Brasil, 829 (63%) apresentam alguma pendência do Estado para a finalização do seu processo demarcatório e o registro como território tradicional indígena na Secretaria do Patrimônio da União (SPU). Destas 829, um total de 536 terras (64%) não teve ainda nenhuma providência adotada pelo Estado.

Além de ter cumprido sua promessa de não demarcar um centímetro de terra indígena, o governo Bolsonaro, através do Ministério da Justiça, devolveu 27 processos de demarcação à Fundação Nacional do Índio (Funai), no primeiro semestre de 2019, para que fossem revistos. Esta ação, certamente, implica em maiores obstáculos, senão no próprio impedimento, ao cumprimento dos direitos constitucionais dos indígenas que reivindicam seus territórios ancestrais.

No ano passado houve um aumento de 134,9% nos casos relacionados às invasões, em comparação com os registrados em 2018

A comunidade Huni Kuī do Centro Huwá Karu Yuxibu, em Rio Branco, no Acre, teve 100 de seus 200 hectares queimados em 2019. Foto: Denisa Sterbova/Cimi

A comunidade Huni Kuī do Centro Huwá Karu Yuxibu, em Rio Branco, no Acre, teve 100 de seus 200 hectares queimados em 2019. Foto: Denisa Sterbova/Cimi

Como já mencionado, em 2019 houve o registro de 256 casos de “invasões possessórias, exploração ilegal de recursos e danos ao patrimônio” em pelo menos 151 terras indígenas, de 143 povos, em 23 estados. Confirmando antecipação feita pelo Cimi, em setembro do ano passado, por ocasião do lançamento do seu relatório anterior, esses dados revelam uma realidade extremamente preocupante: somente no ano passado houve um aumento de 134,9% dos casos relacionados às invasões em comparação com os registrados em 2018. Isso representa mais que o dobro dos 109 casos registrados em 2018.

Uma análise mais minuciosa das fichas descritivas de cada um destes 256 casos revela que na maioria das situações de invasão/exploração/dano houve o registro de mais de um tipo de dano/conflito, totalizando 544 ocorrências.  Desse modo, é possível verificar um desdobramento dos 256 casos consolidados de acordo com as seguintes motivações:208 para invasão;
89 para exploração ilegal de madeira/desmatamento;
39 para garimpo e exploração mineral;
37 para fazendas agropecuárias (gado, soja e milho);
31 para incêndios;
31 para pesca predatória;
30 para grilagem/loteamento ilegal;
25 para caça predatória;
25 para empreendimentos de infraestrutura (rodovia, ferrovia, energia elétrica);
14 para exploração ilegal de recursos (areia, mármore, piçarra, palmito);
7 para contaminação da água e/ou de alimentos por agrotóxicos;
5 para empreendimentos turísticos;
3 para rota para tráfico de drogas;

Cabe ainda ressaltar que estes 256 casos incluíram 107 ocorrências de danos ao meio ambiente (77) e danos ao patrimônio (30), denunciados pelos povos indígenas em suas terras.

A enorme repercussão do assassinato de Paulo Paulino Guajajara, a partir de uma emboscada feita por invasores na Terra Indígena Arariboia, no Maranhão, expôs mais uma vez que a situação de tensão naquele estado atinge níveis alarmantes

Manifestação de indígenas do Pará e Amapá em Brasília, em 2019, em denúncia às invasões a seus territórios e aos assassinatos de lideranças indígenas como Paulino Guajajara e Emyra Wajãpi. Foto: Tiago Miotto/Cimi

Manifestação de indígenas do Pará e Amapá em Brasília, em 2019, em denúncia às invasões a seus territórios e aos assassinatos de lideranças indígenas como Paulino Guajajara e Emyra Wajãpi. Foto: Tiago Miotto/Cimi

Violência Contra a Pessoa

Invariavelmente, as violências praticadas contra os indígenas e suas comunidades estão associadas à disputa pela terra. Em relação ao segundo capítulo “Violência contra a Pessoa”, foram registrados os seguintes dados em 2019: abuso de poder (13); ameaça de morte (33); ameaças várias (34); assassinatos (113); homicídio culposo (20); lesões corporais dolosas (13); racismo e discriminação étnico cultural (16); tentativa de assassinato (24); e violência sexual (10); totalizando o registro de 276 casos de violência praticadas contra a pessoa indígena em 2019. Este total de registros é maior que o dobro do total registrado em 2018, que foi de 110.

O total de 113 registros de indígenas assassinados em 2019, de acordo com dados oficiais da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), é um pouco menor do que o total sistematizado em 2018, que foi de 135. Os dois estados que tiveram o maior número de assassinatos registrados foram Mato Grosso do Sul (40) e Roraima (26). Importante ressaltar que os dados fornecidos pela Sesai sobre “óbitos resultados de agressões” não permitem análises mais aprofundadas, porque não apresentam informações sobre a faixa etária e o povo das vítimas, e nem as circunstâncias destes assassinatos. Eles ainda estão sujeitos à revisão, o que significa que a quantidade de casos pode ser maior.

Infelizmente, constata-se que em 2019 a população indígena do Mato Grosso do Sul (2ª maior do país) continuou sendo alvo de constantes e violentos ataques, em que há até mesmo o registro de práticas de tortura, inclusive de crianças.

A enorme repercussão nacional e internacional do assassinato de Paulo Paulino Guajajara, a partir de uma emboscada feita por invasores na Terra Indígena Arariboia, no Maranhão, em novembro de 2019, expôs, mais uma vez, que a situação de tensão naquele estado atinge níveis alarmantes. Invadidos e saqueados há décadas, os territórios tradicionais do Maranhão refletem uma realidade que se espalha e se agrava em todo o país.Sobrevoo regista áreas de garimpos ilegais dentro da Terra Indígena Munduruku, no Pará, em setembro de 2019. Foto: Christian Braga/Greenpeace

Sobrevoo regista áreas de garimpos ilegais dentro da Terra Indígena Munduruku, no Pará, em setembro de 2019. Foto: Christian Braga/Greenpeace

Violência por Omissão do Poder Público

Houve um aumento de registros em todas as categorias deste terceiro capítulo, sendo que o total registrado de casos de “violência por omissão do poder público” foi de 267 casos.

Com base na Lei de Acesso à Informação, o Cimi obteve da Sesai dados parciais de suicídio e mortalidade na infância indígena. Foram registrados 133 suicídios em todo o país em 2019; 32 a mais que os casos registrados em 2018. Os estados do Amazonas (59) e Mato Grosso do Sul (34) foram os que registraram as maiores quantidades de ocorrências.

Também houve aumento nos registros de “mortalidade na infância” (crianças de 0 a 5 anos), que saltaram de 591, em 2018, para 825 em 2019. Chamam atenção os registros de 248 casos no Amazonas, 133 em Roraima e 100 no Mato Grosso. Assim como os dados de assassinato, as informações da Sesai sobre os registros relativos a suicídio e mortalidade na infância são parciais e estão sujeitos a atualizações. Ou seja, estes dados podem vir a ser ainda mais graves.

Os registros nas outras categorias deste capítulo em 2019 foram: desassistência geral (65); desassistência na área de educação escolar indígena (66); desassistência na área de saúde (85); disseminação de bebida alcóolica e outras drogas (20); e morte por desassistência à saúde (31).

Para aprofundar a reflexão

Esta edição do Relatório do Cimi, que traz os dados de 2019, apresenta ainda artigos sobre temas específicos que estimulam a compreensão dessa complexa e violenta realidade enfrentada pelos indígenas em todo o Brasil, seja nas cidades seja nos territórios demarcados ou reivindicados. Dentre estes temas estão: as queimadas em terras indígenas; a importância do julgamento realizado pela Corte Interamericana sobre o caso do povo Xukuru; a população encarcerada indígena no Brasil; uma análise orçamentária da política indigenista; reflexões sobre a prática de suicídio entre os indígenas; as atuais ameaças aos povos indígenas livres ou isolados; e, por último, uma análise sobre a utilização, feita pelo atual governo, de conceitos já superados para restringir os direitos indígenas.

Cartografias de Ataques Contra Indígenas

Caci: 1.193 assassinatos mapeados

plataforma Caci, mapa digital que reúne as informações sobre os assassinatos de indígenas no Brasil, foi atualizada com os dados sistematizados pelo novo Relatório Violência contra os Povos Indígenas no Brasil. A palavra Caci significa “dor” em Guarani e também serve de sigla para Cartografia de Ataques Contra Indígenas. Com a inclusão dos dados de 2019, a plataforma agora abrange informações georreferenciadas sobre 1.193 assassinatos de indígenas, reunindo casos compilados desde 1985.

Por Assessoria de Comunicação do Cimi

Assembleia aprova projeto do Executivo que concede aluguel social para vítimas de violência doméstica no Maranhão

29-09-2020 Terça-feira

O plenário da Assembleia Legislativa do Maranhão aprovou, na sessão desta terça-feira (29), o Projeto de Lei 306/2020, do Poder Executivo, que institui o programa “Aluguel Maria da Penha”, cujo objetivo é promover a proteção da mulher e a igualdade substancial no âmbito doméstico e das relações familiares. Aprovado por unanimidade, o projeto seguiu à sanção do governador Flávio Dino (PCdoB).

A proposta legislativa aprovada é fruto de Indicação de autoria da deputada Daniella Tema (DEM), instituindo um aluguel social mensal, no valor de R$ 600,00, durante 12 meses, destinado a amparar mulheres vítimas de violência doméstica que estejam impedidas de retomar para seus lares, em virtude do risco de sofrer qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe possa causar morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial.   

Na tribuna, Daniella Tema destacou a iniciativa do governador, que “com muita sensibilidade vem atendendo às importantes Indicações encaminhadas pela Casa Legislativa”.

 “Nós sabemos que um dos motivos de muitas mulheres continuarem no ciclo de violência é a dependência financeira. Foi pensando nisso que nós elaboramos mais essa Indicação para o Governo do Estado”, ressaltou a parlamentar.

Subsídio

A deputada acrescentou que o “Aluguel Maria da Penha” cria um subsídio para as mulheres vítimas de violência doméstica e que estão em situação de vulnerabilidade.

A importância social do PL 306/2020 também foi destacada pela deputada Valéria Macedo (PDT), que elogiou a sensibilidade do governador. “Com a pandemia, tem aumentado o número de violência doméstica e esse benefício vai ajudar as mulheres a terem condições de se manterem fora desse ciclo e buscar, com esse apoio, a sobrevivência da sua família e até um trabalho”.

A procuradora da Mulher no Legislativo Estadual, deputada Helena Duailibe (Solidariedade), também elogiou a iniciativa do projeto encaminhado pelo Poder Executivo, ressaltando várias outras ações implementadas pelo Governo do Estado para coibir a violência contra a mulher. “Nós precisamos melhorar a autoestima dessa mulher e dar condições para que ela se liberte dessa situação. E essa lei vem exatamente dar a dignidade que a mulher merece”.

Em sua manifestação favorável ao projeto, o líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado Rafael Leitoa (PDT), parabenizou a luta das mulheres que integram o Parlamento Estadual maranhense por políticas públicas, cuja atuação tem sido fundamental para a ampliação dos direitos femininos.

O deputado Roberto Costa (MDB) também fez uma avaliação positiva do projeto do governo e considerou que esta foi uma das mais importantes políticas públicas efetuadas no Maranhão. Segundo ele, o “Aluguel Maria da Penha” resgata a dignidade da mulher no instante em que ela mais precisa, por estar enfrentando instabilidade emocional e física, necessitando do aparato do Estado, que passa a ajudá-la nesse momento de grande dificuldade.

O programa

O “Aluguel Maria da Penha” corresponde à concessão mensal do valor de R$ 600,00 às mulheres que estejam sob medida protetiva expedida de acordo com a Lei Federal 11.340, de 7 de agosto de 2006, e que comprovem, dentre outros critérios, sua situação de vulnerabilidade econômica e que não possuem parentes até segundo grau, em linha reta, no mesmo município de sua residência.

O benefício será concedido pelo período de até 12 meses, podendo ser suspenso a qualquer tempo, caso a beneficiária deixe de atender quaisquer dos requisitos necessários para figurar como participante do programa, a exemplo do retorno ao convívio do agressor e da cessação dos efeitos da medida protetiva de urgência.

Terão prioridade na concessão do  “Aluguel Maria da Penha” as mulheres em situação de vulnerabilidade que possuam filhos menores de idade.

A execução do programa será feita por meio da Secretaria de Estado da Mulher (SEMU), que utilizará as Casas da Mulher, bem como os Centros de Referência da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Social e das Secretarias Municipais da Mulher e de Assistência Social. 

Deputados enumeram ilegalidades envolvendo Flávio Bolsonaro

29-09-2020 Terça-feira

Vice-líder do PCdoB, o deputado Márcio Jerry (MA) usou as redes sociais nesta terça-feira (29) para “recordar” as ilicitudes envolvendo o primogênito do presidente do país, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ).

“Só pra lembrar! O Flávio Bolsonaro, de acordo com o Ministério Público cometeu vários crimes: peculato, organização criminosa e lavagem de dinheiro”, listou o parlamentar. “Bolsonaro só se dedica à balbúrdia ideológica, à proteção dos filhos e amigos milicianos e ao projeto de enganar a Nação para tentar reeleição em 2022. Não trabalha, só atrapalha o Brasil prejudicando os brasileiros”, disse o parlamentar maranhense, em crítica ao clã presidencial.

Nesta segunda-feira (28), depois de mais de dois anos, o Ministério Público do Rio (MP-RJ) concluiu a investigação sobre o suposto esquema de ‘rachadinha’ montado no gabinete de Flávio, no período em que foi deputado estadual no Rio.

“Flávio Bolsonaro movimentou 2,7 milhões de reais em dinheiro com suas rachadinhas. Dá pra comprar chocolate para umas 10 gerações. Bandidos!”, afirmou o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP).

O senador e o ex-assessor Fabrício Queiroz serão denunciados pelos crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Flávio será apontado como líder da organização criminosa, e Queiroz, como o operador do esquema de corrupção que funcionava no antigo gabinete na Assembleia Legislativa (Alerj). A denúncia, com aproximadamente 300 páginas, já está pronta e deve ser entregue ao Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ).

Por Nathalia Bignon

Candidatos vão às ruas e usam mensagens fortes na largada da corrida à Prefeitura de São Luís

29-09-2020 Terça-feira

Por Ribamar Corrêa

Intensa e animada, mesmo com as limitações impostas pelo novo coronavírus, a largada das campanhas dos agora 11 candidatos – Adriano Sarney (PV) desistiu – para a Prefeitura de São Luís. Os candidatos mais fortes – Eduard Braide (Podemos), Duarte Júnior (Republicanos), Neto Evangelista (DEM), Rubens Júnior (PCdoB) e Bira do Pindaré (PSB) – foram às ruas em coloridas e estridentes caminhadas, carreatas e bandeiraços. Os candidatos menos favorecidos pela preferência do eleitorado, segundo as pesquisas – Carlos Madeira (Solidariedade), Jeisael Marx (Rede), Yglésio Moises (PROS), Franklin Douglas (PSOL), Hertz Dias (PSTU) e Silvio Antônio (PRTB) –, e duramente limitados pela falta de suporte político e partidário, se movimentaram como puderam – com caminhadas, cafés da manhã com apoiadores, reuniões comunitárias e recados em redes sociais. Os primeiros momentos da corrida confirmaram o desenho, que agora ganha cores mais fortes com a chegada ao público dos motes de campanha, enfatizados nas peças que começam a chegar ao conhecimento do eleitor.

Líder na preferência do eleitorado, segundo as pesquisas feitas até aqui, Eduardo Braide, que tem como base partidária a aliança Podemos-PSD-PSC-PMN, aposta num discurso para sensibilizar o eleitorado de que, por não o ter elegido em 2016, deve fazê-lo agora. “Não deu na outra vez, mas vai dar agora”, diz o seu jingle, que o indica recorrendo ao verso mais comum em mensagens eleitorais em todo o País: “… é o prefeito que a gente espera pra gente ser feliz”. A primeira peça de campanha é simples, sem afetação e sem exagero, com música e refrão que tem tudo para pegar.

Seu adversário mais próximo – também segundo pesquisas -, Duarte, que disputa pela coligação Republicanos-PL-Patriotas-Avante, tirou o Júnior para consolidar uma identidade política sem ligação familiar. Sua música de campanha tem por base um mote diferenciado, a convocação “Bora resolver”. Duarte se apresenta como “filho do povo”, estocando seus adversários mais próximos ao declarar que não é filho de político, que trabalhou desde cedo para vencer na vida, e que tem experiência administrativa demonstrada nos resultados da sua badalada gestão à frente do Procon e do Viva Cidadão com a qual se destacou na equipe do governador Flávio Dino. Ele também recorre a um mote surrado: “Duarte prefeito, São Luís tem jeito”.

O candidato Neto Evangelista, embalado pela coligação DEM-PDT-MDB-PSL, surpreendeu ao recorrer ao mais antigo apelo utilizado por candidatos à Prefeitura de São Luís nas últimas décadas: registrar em cartório um documento contendo as suas principais promessas de campanha, que chamou de “Carta de Compromissos”. O ato é uma estratégia nacional do DEM. Ao mesmo tempo, Neto Evangelista toca num ponto sensível: lembra que agora é a vez da sua geração ter a oportunidade, mas dedicando “todo respeito aos que vieram antes”. E arremata afirmando que pretende fazer a cidade “como a gente sonha de verdade”.

Por seu turno, Rubens Júnior, que está na corrida liderando a aliança PCdoB-PT-Cidadania-PMB-DC, municia sua candidatura com três símbolos, dois políticos e vivos e um espiritual, sendo os dois primeiros suas fontes de apoio e de inspiração. A primeira referência é o governador Flávio Dino, que destaca como o líder que segue o no qual se inspira como político e como gestor. A segunda é o ex-presidente Lula, que o ensinou a governar para os mais pobres. E a referência espiritual é o Divino Espírito Santo. Nas suas manifestações, Rubens Júnior tem feito questão de deixar claro que nasceu e cresceu em São Luís, que apresenta como “a minha cidade”.

Entre os demais candidatos, destaca-se o mote de campanha de Carlos Madeira (Solidariedade), que pede aos seus simpatizantes que convençam “mais um” a segui-lo, certo de que esse somatório pode gerar uma onda a seu favor. Por sua vez, Yglésio Moises (PROS) divulgou um forte e comovente vídeo no qual pessoas do povo, sem maquiagem, se identificam, até que o candidato diz: “Eu sou Yglésio e quero ser você na Prefeitura de São Luís”.

Salvo as manifestações de pré-campanha, os demais candidatos não trouxeram – até ontem – peças de campanha. Mas ninguém duvida que elas estão a caminho e que trarão recados fortes para seduzir o escolado eleitorado de São Luís.

Polícia Militar segue com operação de segurança em bairros e grandes avenidas de São Luís

29-09-2020 Terça-feira

Abordagens a ônibus, pessoas e monitoramento de bairros da Região Metropolitana de São Luís foram o alvo da mega operação de segurança, na noite da segunda-feira (28). A ação permanente tem objetivo de combate a criminalidade com a prisão de líderes de quadrilhas e apreensão de drogas, armas e outros. Desde seu início, na última sexta-feira, a operação contabiliza mais de 50 pessoas presas e várias apreensões. O trabalho é permanente e envolve efetivos das polícias Civil, Militar e demais da Segurança Pública.

“Essa mega operação reúne várias que a Polícia Militar já executa no trabalho de rotina e temos feito o reforço, tendo os bairros e grandes avenidas como pontos focais de atuação. Todos os grupamentos militares estão envolvidos e vamos permanecer, por tempo indeterminado, em toda a Grande Ilha”, pontua o subcomandante da Polícia Militar do Maranhão, coronel Nilson Ferreira.

O foco da noite de segunda-feira foi a abordagem nos ônibus, monitoramento e vistorias de bairros na capital e em São José de Ribamar. Entre estes, Vila Embratel, Vila Filho, São Francisco, Alto Turu, Chácara Brasil, Parque Jair, Parque Vitória, Maiobão, Cohatrac, Cohab, Cidade Olímpica, Cidade Operária, Tajaçuaba, Ipade de Cima,  Bequimão/Poeirão. Com operações como Cerco Total e Ilha Segura, mais de 160 policiais militares cobriram os bairros.

Viaturas e policiamento ostensivo em grandes avenidas, entre estas, Guajajaras, Jerônimo de Albuquerque, Daniel de La Touche e Avenida dos Africanos. Efetivo do Batalhão de Choque da Polícia Militar prestou apoio na operação. Ainda, todo o efetivo policial da Patrulha Maria da Penha foi mobilizado, sob o comando da coronel Augusta Andrade, que passou em vários bairros. O efetivo tem atuações também em alguns interiores do Estado, ocorrendo de forma simultânea.

Flávio Dino: saúde, proteção social e desenvolvimento são prioridades

29-09-2020 Terça-feira

O governador do Maranhão, Flávio Dino, do PCdoB, publicou nesta terça-feira (29), em suas redes sociais, vídeo com trecho de sua participação em debate promovido pela Federação dos Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs). Em sua fala, Flávio abordou a saúde, a proteção social e a política de desenvolvimento como as três principais prioridades que um governo deve ter para assegurar os direitos do povo em todos os níveis da administração.

“A saúde em primeiro lugar e, junto com ela, o cuidado com as pessoas, a rede de proteção social, e uma política de desenvolvimento que abranja investimentos públicos e privados, que gere confiança e seja capaz de impulsionar um novo crescimento da economia”, explicou, ressaltando que estas questões são vitais  “como agenda para os 210 milhões de brasileiros e, claro, para que as gestões públicas municipais consigam implementar suas propostas”.

Por fim, apontou: “Temos, agora, as eleições municipais. E se mantivermos este nível de desorganização a que nós estamos assistindo, haverá uma imensa dificuldade e uma frustração de esperanças e nós não queremos isso”.

Por Priscila Lobregatte

Cleide Coutinho destaca entrega do Hospital da Criança em Colinas pelo Governo do Maranhão

29-09-2020 Terça-feira

Em pronunciamento na sessão plenária desta terça-feira (29), a deputada estadual Cleide Coutinho (PDT) destacou a entrega do Hospital da Criança de Colinas, implantado pelo Governo do Estado. A parlamentar participou da solenidade virtual de inauguração da nova unidade de saúde, na segunda-feira (28), comandada pelo governador Flávio Dino.

Segundo Cleide Coutinho, o Hospital da Criança em Colinas beneficiará, também, outros municípios da região do Alto Sertão maranhense, disponibilizando atendimento em emergência pediátrica 24 horas por dia, com cerca de 150 profissionais atuando na unidade.

“Estamos muito felizes em ver concretizada essa grande obra naquela região com tantas cidades que também poderão ser beneficiadas pelo serviço”, disse a parlamentar. 

Na ocasião, Cleide Coutinho destacou também a instalação de dez novos leitos de UTI neonatal na Maternidade Humberto Coutinho. A parlamentar parabenizou o Governo do Maranhão pela iniciativa.

“Uma iniciativa louvável e que muito nos alegra. Quero aproveitar para agradecer, mais uma vez, a homenagem feita ao meu saudoso marido, Humberto Coutinho, ao darem à Maternidade de Caxias o seu nome.  Eu sou muito grata por isso”, concluiu.