Arquivo mensal: julho 2020

Petistas decidirão neste final de semana o rumo do partido na sucessão municipal de São Luís

31-07-2020 Sexta-feira

Além da tese, filiados também irão decidir os nomes que representarão o PT nas eleições municipais de 2020


O fim da novela quanto ao caminho que o PT seguirá nas eleições municipais em 2020 chegará ao fim neste final de semana. No sábado(01), das 09:00 as 13:00, via plataforma zoom, os filiados do Diretório e Executiva Municipal, sob a presidência do vereador Honorato Fernandes, estarão reunidos no encontro de tática eleitoral e, ao final, decidirão se o partido irá lançar candidatura própria e/ou compor com outra sigla e qual seria.

Além dos membros do Diretório, que terão direito a voz e voto, também participarão do encontro convidados, dirigente nacional, os parlamentares petista na Assembleia Legislativa e Câmara dos deputados e, ainda, secretários e candidatos(a) a vereador(a).

Já no domingo(02), no mesmo horário e local, acontecerá a plenária para a escolha dos nomes que representarão a sigla tanto nas eleições majoritária quanto proporcional. Os filiados deverão aprovar os nomes do pré-candidato a vereador, podendo chegar ao número máximo de 47, bem como quem será o candidato(a) a prefeito(a)(candidatura própria) ou vice-prefeito(a)(aliança).

*Aliança com o PCdoB


Tudo indica que no sábado a tese da aliança com o PCdoB deverá ser vitoriosa. As principais correntes já se posicionaram neste sentido e o grande debate ficará em torno da indicação do vice. Nos bastidores, o nome de três filiados aparecem na disputa: do vereador Honorato Fernandes, da dirigente nacional Crisciele Muniz e do suplente de deputado estadual Henrique, entretanto, na disputa interna, o favoritismo recai sobre Honorato, pois agrada a chapa de candidatos à eleição proporcional.

Sedel divulga protocolo de retorno das atividades esportivas no Maranhão

31-07-2020 Sexta-feira

O secretário de Estado de Esporte e Lazer, Rogério Cafeteira, participará de uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira (3), às 10h, no perfil da Sedel no Instagram, @sedel_ma, para apresentar os detalhes do protocolo que regulamenta as atividades esportivas olímpicas no âmbito de escolinhas, lazer em espaços públicos, esporte educacional com treinamentos de seleções e modalidades automobilísticas.

O documento informa que o retorno das atividades esportivas acontece apenas em caráter de treinamento e em três ciclos, ficando suspensas as competições.

Rogério Cafeteira explica que as diretrizes do protocolo da Sedel para o retorno das atividades esportivas foram elaboradas com base nas determinações da Organização Mundial da Saúde (OMS), com o objetivo de evitar a contaminação de atletas e profissionais da área esportiva do Maranhão durante a pandemia da Covid-19.  

“Todo o trabalho foi desenvolvido pelos nossos técnicos da Sedel, com base na avaliação das autoridades sanitárias e, caso os índices epidemiológicos permaneçam favoráveis no Maranhão, as atividades esportivas seguirão de forma gradual, respeitando os ciclos e especificidades de cada modalidade. Essa é a nossa proposta para o momento”, enfatizou o secretário.

Os jornalistas que desejarem participar da coletiva devem entrar em contato por meio de um dos números de telefone abaixo: (98) 991626401, (98) 991706807 e (98) 988589123.

Bispos anti-Bolsonaro recebem apoio de intelectuais e de 1.058 padres

31-07-2020 Sexta-feira

Além de Bresser-Pereira, já aderiram ao manifesto nomes como Celso Amorim, Luiz Gonzaga Belluzzo e Fábio Konder Comparato

Intelectuais que integram o Projeto Brasil Nação estão colhendo adesões a um manifesto de apoio à Carta Ao Povo de Deus , assinada por 152 bispos e arcebispos brasileiros que se opõem à gestão Jair Bolsonaro. Considerada um dos mais fortes ataques de lideranças católicas ao governo de extrema-direita, a “Carta dos 152” nasceu no interior da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil). De modo corajoso, seus signatários rompem o silêncio da Igreja e acusam o presidente de “incapacidade e inabilidade” para enfrentar as crises vividas pelo País.

Além do economista e ex-ministro Luiz Carlos Bresser-Pereira, idealizador Projeto Brasil Nação, diversos nomes já aderiram ao manifesto em solidariedade aos bispos anti-Bolsonaro. É o caso de Celso Amorim, Luiz Gonzaga Belluzzo, Fábio Konder Comparato, Fernando Morais, Margarida Genevois, Luciano Coutinho, Eleonora de Lucena e Maria Victoria Benevides.

Na quinta-feira (30), a Carta Ao Povo de Deus já havia recebido o contundente apoio de 1.058 padres, o que expôs o crescente racha entre as chamadas alas “progressista” e “conservadora” na Igreja Católica. Segundo os bispos, o Brasil atravessa um dos momentos mais difíceis de sua História e vive uma “tempestade perfeita”. Há uma combinação de crises sem precedentes na saúde e um “avassalador colapso na economia”, com questionadas e polêmicas ações do presidente da República que resultam “numa profunda crise política e de governança”

Ao manifestarem apoio aos bispos, os padres afirmam que a Carta Ao Povo de Deus tem “profunda comunhão com o papa Francisco e seu magistério”, bem como com a CNBB, oferecendo ao povo “luzes para o discernimento dos sinais nestes tempos tão difíceis”. O texto não poupa Bolsonaro: “Estamos profundamente indignados com ações do presidente da República em desfavor e com desdém para com a vida de seres humanos e também com a da ‘nossa irmã, a Mãe Terra’, e tantas ações que vão contra a vida do povo e a soberania do Brasil”.

Na opinião dos 1.058 padres, os governantes “têm o dever de agir em favor de toda a população, de maneira especial os mais pobres”. Mas “não tem sido esse o projeto do atual governo”, que “não coloca no centro a pessoa humana e o bem de todos, mas a defesa intransigente dos interesses de uma economia que mata, centrada no mercado e no lucro a qualquer preço”.

Portal Vermelho

Governo do Maranhão conquista na justiça antecipação da entrega do Residencial José Chagas

31-07-2020 Sexta-feira

O secretário das Cidades e Desenvolvimento Urbano, Raimundo Reis Neto, anunciou por meio de uma rede social nesta quinta-feira (30), que  foi autorizada a entrega antecipada do Residencial José Chagas, com data para os dias 05, 06 e 07 de agosto.

O deferimento da entrega prognosticada foi resultado da reunião da última terça-feira (28), liderada pela Secid com a Caixa Econômica e beneficiários.

O titular da Secid explicou que a Caixa Econômica Federal exigiu o mínimo documental: matrículas das unidades, justificativa sobre a dificuldade da construtora conseguir a CND e planejamento da entrega, o que foi cumprido pelas partes.

Responsabilidades

A Caixa necessitará de três dias úteis para “rodar” os contratos. Já a Secretaria das Cidades ficará responsável pela assinatura dos contratos e entrega de chaves, o que ocorrerá a partir de quarta-feira (06).

A entrega será feita de forma simbólica na sede da Secretaria. Será disponibilizado estrutura física e servidores com todos os cuidados referente a Pandemia, (horário marcado, pontos de atendimento, máscaras, álcool em gel e respeito ao distanciamento social), às famílias que vivem em vulnerabilidade social na região da Ilhinha.

*O Residencial José Chagas*

Empreendimento executado pelo Governo do Estado, de interesse social, no âmbito do programa Minha Casa, Minha Vida com contrapartida do Estado. Esta é mais uma marca indelével deixada pelo Governador Flavio Dino na vida daqueles que mais precisam. Serão 256 famílias que sairão de palafitas para um teto digno e terão seu destino definitivamente transformado.

O residencial é construído por 8 blocos de 32 apartamentos de 45,6 m² e vai abrigar famílias que moravam em palafitas na área que compreende a Ilhinha, Portelinha e Vila Jumento, em São Luís.

“Vale mencionar o trabalho da ex-Secretária Flávia Alexandrina, que plantou a semente desse sonho, do ex-Secretário Rubens Pereira Jr , que entregou a obra física pronta, e de todos os servidores da Secid . O José Chagas é obra do esforço de todos nós,” Raimundo Reis Neto.

Os ensinamentos da pandemia e os efeitos sobre o SUS: o Estado ‘voltou’?

31-07-2020 Sexta-feira

Em artigo, Bruno Moretti e Ana Paula Sóter defendem que os progressistas deveriam apostar em reformular o antagonismo e convertê-lo na luta entre elites e ‘os de baixo’. É fundamental recuperar a ideia de que, num país desigual, o ato antissistêmico deve induzir a democratização do Estado, dizem

Muito se tem falado sobre a retomada do papel do Estado. Laura Carvalho[1] se refere à “volta do Estado” para designar a explicitação das funções estatais durante a pandemia. Em que condições o pós-pandemia poderia marcar esta retomada? A maior presença do Estado é atestada pelo orçamento da pandemia, de R$ 500 bilhões. Metade do valor se refere ao auxílio emergencial. Segundo a Pnad Covid-19, referente a maio de 2020, os domicílios mais pobres receberam 49% de sua renda habitual do trabalho, mas, com o auxílio emergencial, alcançaram 99% de sua renda usualmente recebida[2].

Outra política que sai da crise com mais reconhecimento é a saúde. O SUS, mesmo diante dos ataques nos últimos anos, vem cumprindo papel essencial. Os gestores habilitaram mais de 10 mil leitos de UTI para o enfrentamento da pandemia.

Contudo, os resultados não revertem automaticamente em mais financiamento do gasto social a partir de 2021. Dando um passo atrás, o ano de 2016 foi decisivo no desmonte de políticas sociais. A EC 95 foi aprovada sob o pressuposto do Estado como raiz da crise. E aí vem o ponto chave: a política econômica está imersa em elementos discursivos que, inscrevendo-se nas práticas institucionais, tendem a moldar o Estado. Em 2016, cristalizou-se a ideia de que a crise se devia a um Estado corrupto e gastador, convertendo-se no que Laclau chama de significante vazio[3].

Em momentos de crise, em que o Estado não é capaz de processar demandas, elas funcionam como excedente ao sistema, suscitando a ideia do todo harmônico perdido. Neste contexto, um elemento passa a expressar e constituir as demandas, integrando-as em uma cadeia de equivalências. No caso brasileiro, este signo foi o combate ao Estado corrupto e gastador, transformando a corrupção e a ineficiência estatais em razão do desemprego, das filas do SUS e assim por diante.

golpe parlamentar de 2016 ocorre em nome do combate à crise causada pelo Estado. Para tanto, foram decisivas a Operação Lava Jato e a economia conservadora, que atribui a retração do PIB aos gastos. O Estado patrimonialista seria também um Estado que gasta excessivamente. Num aparente paradoxo, os movimentos por melhores serviços públicos, iniciados em junho de 2013, se convertem na EC 95. Ela não é uma regra pró-cíclica, como a Lei de Responsabilidade Fiscal.

O teto induz a redução do Estado pelo menos até 2026. O congelamento do piso de aplicação de saúde poderá levar o gasto do setor de 15,8% da Receita Corrente Líquida em 2017 para menos de 10%, em 2036. Outros países são afetados pelas políticas de austeridade. Na Itália, o gasto público de saúde passou de 7% para 6,4% do PIB entre 2010 e 2019. Todavia, em nenhum país as regras de gasto implicam a constitucionalização por até vinte anos do decréscimo da despesa em relação ao PIB, como no Brasil.

A EC 95 coloca a política fiscal “a salvo” dos pleitos populares, reforçando a “desdemocratização” do Estado[4]. É aqui o terreno no qual se trava a luta política, pois os defensores da austeridade apontarão a ampliação da dívida como motivo para a defesa do teto. Para melhor compreensão, é preciso examinar as posições do governo Bolsonaro.

Na Europa, o fortalecimento da extrema direita resulta dos efeitos do neoliberalismo sobre a população. O discurso antissistêmico da extrema direita aparece como crítico das políticas liberais e pró-globalização. Já no Brasil, a extrema direita se valeu da ideia do Estado em contraposição à sociedade, articulando austeridade e crítica às instituições. Não se trata de misturar duas forças diversas, mas apontar suas convergências. Marcos Nobre lembra que a união de Bolsonaro e Paulo Guedes reside na busca da desconstrução do pacto social da Constituição[5].

Manter a lógica de outsider é incompatível com o ato de governar, que envolve agir junto ao sistema. A tônica do governo é a destruição[6], ainda que ele possa capitalizar efeitos de medidas aprovadas pelo Congresso. Do caos se tentará reforçar a crítica às instituições, atribuindo ao distanciamento social a razão da piora econômica. A extrema direta renova os termos do antagonismo para a pandemia: o establishment, que impõe restrições à liberdade, versus o cidadão simples, afetado pelas medidas sanitárias.

Está em aberto saber se o antagonismo, nos termos postos, seguirá eficaz. O Brasil já ultrapassa dois milhões de casos e 80 mil óbitos por Covid-19. Sob a lógica governista, a pandemia não produzirá mudanças no financiamento do sistema de proteção. Os encadeamentos entre discurso antissistema e austeridade levam à retomada das regras de gastos em 2021. Se o orçamento for encaminhado no piso de aplicação da EC 95, a saúde perderá R$ 35 bi em relação aos valores de 2020.

Os progressistas deveriam adotar uma estratégia populista de esquerda, nos termos de Ernesto Laclau, apostando em reformular o antagonismo e convertê-lo numa luta entre as elites e “os de baixo”. É fundamental recuperar a ideia de que, num país desigual, o ato antissistêmico deve induzir a democratização do Estado, começando por regras fiscais que viabilizem políticas sociais universais. Eis a tarefa que os defensores do SUS têm pela frente.

Bruno Moretti é economista pela UFF, mestre em economia pela UFRJ, doutor e pós-doutor em sociologia pela UnB

Ana Paula Sóter é médica, doutoranda em Saúde Coletiva pela Unifesp

PT

Prefeitura entrega Mercado do Coroadinho, o primeiro de dez que estão sendo reconstruídos em São Luís

31-07-2020 Sexta-feira

A Prefeitura de São Luís entregou nesta quinta-feira (30) o novo Mercado do Coroadinho, o primeiro de um pacote de dez mercados que estão sendo reconstruídos por meio do programa São Luís em Obras. Os feirantes que trabalham no local e consumidores receberam o novo espaço com muita alegria já que agora terão condições dignas de trabalho e a certeza de que os produtos vendidos estarão dentro das condições sanitárias.Também estão sendo reformados pelo gestor os equipamentos do Monte Castelo, Cohab, Santo Antônio, Bom Jesus, Vila Bacanga, Anil, São Francisco, Santa Cruz e Tulhas (Praia Grande).  

“Estamos entregando um novo mercado aos feirantes e consumidores. O antigo mercado estava totalmente insalubre. É um equipamento que garante condições mais dignas de trabalho aos feirantes e produtos com mais qualidade à população do bairro. O Mercado do Coroadinho é o primeiro de um conjunto de dez que estamos reconstruindo. Os próximos a serem entregues serão os mercados das Tulhas (Praia Grande) e do Anil e, até o fim do ano, iremos entregar todos os demais. Esta é mais uma frente importante do programa São Luís em Obras, por meio do qual estamos reestruturando os mercados da cidade e levando diversas obras de infraestrutura para todas das regiões de São Luís”, disse o prefeito Edivaldo acrescentando que esta é a maior intervenção, em mercados, da história da cidade de São Luís e que está sendo feita em sua gestão. 

Durante a entrega ele esteve acompanhado da primeira dama, Camila Holanda; do vice-prefeito, Julio Pinheiro; dos secretários municipais de Agricultura, Pesca e Abastecimento, Emerson Macedo; de Obras e Serviços Públicos, Antonio Araújo; Relações Parlamentares, Nonato Chocolate; e dos vereadores Ivaldo Rodrigues e Nato Junior.

De acordo com o vice-prefeito, Julio Pinheiro, a entrega do mercado é um dos compromissos da gestão do prefeito Edivaldo. “A falta de estrutura dos mercados de São Luís era um problema que precisava ser enfrentado e superado. O prefeito Edivaldo assumiu este compromisso com a cidade e hoje entrega o primeiro dos dez que estamos reconstruindo. Todos estão recebendo obras estruturantes que vão garantir mais dignidade aos feirantes e mais saúde à população na compra do seu alimento”, afirmou.

MERCADO

O novo mercado do Coroadinho tem área total de 656 metros quadrados e entre boxes e bancas e vai beneficiar 112 feirantes que trabalham no local e agora contam com uma estrutura totalmente nova, seguindo todos os padrões de segurança e sanitários. O espaço conta com pias em todas as entradas para que os consumidores possam higienizar as mãos antes de comprarem os produtos. Os boxes e bancas também contam com pias, revestimento em cerâmica, instalações elétricas, iluminação. Os que manipulam alimentos contam ainda com tubulação de gás. Todos os espaços são padronizados para garantir que cada feirante possa comercializar seus produtos com conforto e de forma organizada.

O mercado ganhou novo piso e cobertura, ventilação natural, saídas de emergência e sistema contra incêndio, monitores de videomonitoramento, área administrativa, banheiros para uso pelos públicos masculino e feminino. O projeto também respeita as normas de acessibilidade, por isso, foram feitas rampas de acesso para pessoas com mobilidade reduzida ou em cadeira de rodas, piso táctil para deficientes visuais e banheiro para uso por pessoas com mobilidade reduzida ou em cadeira de rodas.

Também foi feita a recuperação das vias do entorno com a execução de serviços de recuperação das tampas de drenagem da Avenida Amália Saldanha e ruas de acesso ao mercado. As ruas ao redor receberam nova pavimentação. Serviços necessários para garantir o acesso de consumidores e feirantes ao local. “Todo o projeto foi pensado para entregar à comunidade um mercado moderno e que atendesse a todas as necessidades de feirantes e consumidores. Por isso, demolimos toda a antiga estrutura e construímos um novo mercado da fundação ao teto”, disse o titular da Semosp, Antonio Araújo.

O novo mercado do Coroadinho trará diversos benefícios para feirantes e consumidores, pois se trata de um equipamento moderno feito respeitando as normas de segurança e sanitárias. Isso dará mais dignidade para o trabalho dos feirantes, mais conforto para os consumidores, vai incentivar o comércio local, além de ser um espaço para escoamento da produção da agricultura familiar.

“A gestão do prefeito Edivaldo não está apenas reconstruindo os mercados, mas também implantando uma nova política de abastecimento na cidade, valorizando os mercados como espaço de empreendedorismo, promoção da saúde pública e convívio social”, informou o titular da Semapa, Emerson Macedo.

SATISFAÇÃO

Os feirantes e consumidores receberam o novo mercado com muita satisfação, pois ele representa o fim de uma espera de décadas. “Eu faço parte deste mercado há 34 anos. Comecei como feirante e agora faço parte da administração. O que a gente tinha era um local totalmente insalubre para trabalhar. Agora, temos um mercado que foi construído exatamente do jeito que os feirante precisavam. Com certeza teremos mutos benefícios, o principal será o aumento das vendas já que muita gente deixou de vir aqui por causa da sujeira”, disse Maria Lucimar Almeida, gerente do mercado do Coroadinho.

João Lindoso, que já foi feirante do mercado e agora é apenas consumidor, disse estar muito grato ao trabalho feito pela Prefeitura de São Luís.

“Eu vendi meu box muitos anos atrás porque a gente não tinha condição de trabalhar aqui. Agora os feirantes estão no céu. Como consumidor eu fico muito grato porque a gente vai ter segurança para fazer compras aqui sem medo de levar para casa um produto contaminado”, disse.

Maranhão reduz mortes por coronavírus e aumenta geração de empregos, aponta levantamento nacional

31-07-2020 Sexta-feira

Em meio ao cenário de prejuízos causados pela pandemia do novo coronavírus, o Maranhão está entre os estados do país que teve queda nas mortes pela doença, segundo levantamento nacional. O estado apresentou 33% de redução nos óbitos, apontam dados de pequisa do G1/Consórcio de Veículos de Imprensa. Paralelamente, é o primeiro do Nordeste e o quarto estado do país na geração de empregos, segundo o Governo Federal, por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Outro dado positivo se refere aos leitos para atendimento da doença, com apenas 46% ocupados, que significa alta na oferta de leitos para outros atendimentos. 

“Isso significa a confirmação de uma trajetória conquistada arduamente, e faço o convite para que continuemos com a atitude que tivemos até aqui, com menos danos que em outros locais. É um  indicador altamente relevante e que levamos alguns meses para conquistar. A expectativa é que essa curva continue declinante para agosto”, pontuou o governador Flávio Dino em coletiva de imprensa pelas redes do Governo do Estado, na manhã desta sexta-feira (31). 

A tendência de redução se repete ainda na utilização dos leitos exclusivos para coronavírus. A ocupação destes leitos está em apenas 46%, representando alta oferta destes, disponibilizados para outros procedimentos que a rede estadual de saúde atende. “Com isso, pode-se pensar na plena retomada destes leitos para outros atendimentos médicos”, reforça o governador.

A queda reflete também no setor da economia. Em levantamento do Governo Federal, por meio do Caged, referente a junho, o Maranhão teve a maior geração de empregos formais do Nordeste e é o quarto do Brasil em maior geração de empregos, com 3.907 postos de trabalho gerados. “Queremos que o Brasil vença as dificuldades, e o Maranhão em particular. Nosso governo apoia o empreendedorismo e em nome dessa geração de empregos, precisamos cumprir as normas sanitárias vigentes”, alerta o governador. 

O governador ressaltou que o Estado está em um processo de abertura econômica, iniciado em maio. São quase R$ 2 bilhões de investimentos em andamento no Maranhão, o que significa milhares de empregos, citou o governador. “Estamos conseguindo avançar na flexibilização da economia, conforme atesta o Governo Federal”, reforça. Dino lembra que a medida foi corajosa e bastante criticada. “Porém, sustentamos essa posição e os resultados positivos estão aqui”, enfatizou.

Flávio Dino lembrou a impossibilidade, no cenário atual, da promoção de eventos que causem aglomerações e que estes serão fiscalizados pelos órgãos competentes. “Este não é o momento ainda. O que se discute aqui é o cumprimento das normas sanitárias. É um processo contínuo. Estamos analisando tecnicamente pleitos diversos e veremos o que é razoável liberar”, informou. 

No esporte, os procedimentos são pactuados entre a Secretaria de Estado de Desportos e Lazer (Sedel) e as agremiações esportivas. Dino ressalta que estão mantidos pagamentos referentes às leis de incentivo ao esporte. 

Na educação, o governador pontuou a proposta tratada com a comunidade escolar e gestores do retorno das aulas no dia 10 de agosto, para alunos 3º ano do Ensino Médio. O prazo foi alterado, devido solicitação de pais e comunidade escolar. “Tivemos um fato novo, não de ordem sanitária, mas de insegurança das famílias dos estudantes. Insegurança essa que foi justificada e é compreensível. Portanto, vamos aguardar um pouco mais para este retorno”, informa o governador. O cronograma da rede pública de ensino se mantém com as aulas não-presenciais (vídeos, rádios e internet). 

Para a rede escolar privada, a orientação do governador é que as possibilidades sejam avaliadas entre a escola e as famílias; e no município, fica a critério do gestor municipal, diante da avaliação das condições. Dino lembra que, por se tratar de relação de consumo, havendo retorno, haverá também fiscalização dos órgãos competentes, para constatar o cumprimento das normas sanitárias. “Vamos nos proteger do coronavírus até que a ciência encontre uma vacina e consigamos debelar essa doença”, concluiu Flávio Dino.

PSOL cobra explicações do Ministério da Justiça após dossiê que persegue policiais antifascistas

31-07-2020 Sexta-feira

A bancada do PSOL na Câmara enviou um extenso e detalhado requerimento de informações ao Ministério da Justiça e da Segurança Pública, chefiado por André Mendonça, para cobrar informações sobre o dossiê realizado pela pasta com informações pessoais de pelo menos 579 agentes de segurança pública e outros quatro professores universitários que são caracterizados como opositores do governo de Jair Bolsonaro e que poderiam integrar o movimento dos Policiais Antifascismo.

A peça protocolada pelo PSOL nesta semana tem 13 páginas de solicitações de informação. “É com extrema preocupação que recebemos a informação de que o Ministério da Justiça e da Segurança Pública vem conduzindo uma ação sigilosa que mira justamente esse movimento de trabalhadores e trabalhadoras da segurança pública que defendem uma política de segurança democrática e pautada na garantia dos direitos humanos. É grave que o governo utilize o Ministério da Justiça como polícia política para perseguir seus opositores”, diz o requerimento.

O ministério terá 30 dias para responder oficialmente os pedidos de informação, sob pena de cometer o crime de improbidade administrativa.

O dossiê foi elaborado por uma unidade pouco conhecida do ministério, a Seopi (Secretaria de Operações Integradas) e distribuído a diversos órgãos da Esplanada dos Ministérios. Lista todos os subscritores de dois manifestos divulgados pelos policiais em 2016 e 2020.

“Não é a primeira vez que o governo Bolsonaro tenta interferir nas instituições para perseguir oponentes políticos e aliviar investigações contra familiares e investigados. É importante relembrar que segundo o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, o presidente da República tentou ‘colher’ informações dentro da Polícia Federal, como relatórios de inteligência. Sergio Moro afirmou ter dito ao presidente Jair Bolsonaro que tais movimentações em instituições seriam consideradas interferências políticas nas corporações. Ele afirmou que o presidente admitiu isso: ‘Falei para o presidente que seria uma interferência política. Ele disse que seria mesmo’, revelou”, descreveu o requerimento do PSOL.

PSOL

Pesquisa aponta que 67% aprovam governo Flávio Dino no Maranhão

31-07-2020 Sexta-feira

De acordo com pesquisa Exata/TV Difusora, o governo Flávio Dino (PCdoB) segue bem avaliado entre os maranhenses, com a grande maioria da população aprovando a atual gestão estadual.

Segundo o estudo, que ouviu 1.406 maranhenses de todo o Maranhão entre os dias 21 e 25 de julho de 2020, 67% dos entrevistados disseram aprovar a gestão Dino. 29% dos entrevistados não aprovam a administração do comunista e 4% não souberam ou não responderam.

Dino melhor avaliado que Bolsonaro no combate à pandemia

O levantamento divulgado nesta quinta-feira (30) também aponta que, para a maioria dos maranhenses Flávio Dino teve desempenho superior ao do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no combate à pandemia de Covid-19.

De acordo com pesquisa estimulada, ao serem perguntados qual gestor tomou as medidas mais acertadas para o enfrentamento da pandemia do novo coronavírus no Maranhão, 55% dos maranhenses disseram que Flávio Dino teve o melhor desempenho.

Já para 20% dos entrevistados, o presidente Jair Bolsonaro tomou as decisões mais eficazes no controle da doença. 15% disseram que os prefeitos de suas cidades adotaram as melhores medidas. 6% disseram que nenhum deles e 4% não souberam ou não responderam.

A margem de erro da pesquisa Exata/TV Difusora é de 3,3 pontos percentuais para mais ou para menos e o intervalo de confiança é de 95%.

Fonte: Ascom

Julgamento no STF, nesta segunda (3/8), pode decidir destino de indígenas na pandemia

31-07-2020 Sexta-feira

Para movimento indígena, manutenção de liminar de Luís Roberto Barroso é fundamental para manter diálogo com governo e construir uma política eficaz

Assessoria de Comunicação do Cimi

Um julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) pode decidir o rumo da pandemia entre os povos indígenas, um dos grupos populacionais mais afetados pelo novo coronavírus no país. Está prevista para a próxima segunda (3/8) a análise pelo plenário da corte da liminar do ministro Luís Roberto Barroso, de 8/7, que obrigou o governo a apresentar soluções para a crise de saúde nessas comunidades.

O julgamento é o primeiro no tribunal após o recesso do Judiciário, começa às 15h e será transmitido pelas redes sociais do STF e da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib).

De acordo com a Apib, manter a liminar é fundamental para evitar uma catástrofe sanitária. Também é importante contemplar o único ponto da ação original não atendido por Barroso: a retirada de invasores de áreas criticamente afetadas pela epidemia – as Terras Indígenas (TIs) Karipuna e Uru-Eu-Wau-Wau (RO); Kayapó, Munduruku e Trincheira Bacajá (PA); Araribóia (MA); e Yanomami (AM/RR).

“Para Apib, o governo é omisso no combate à crise de saúde e estimula invasões aos territórios indígenas, um dos principais vetores da Covid-19”

Para o movimento indígena, o governo é omisso no combate à crise de saúde e estimula invasões aos territórios indígenas, um dos principais vetores da Covid-19. A administração federal paralisou operações de fiscalização, exonerou os responsáveis pelas poucas ações realizadas nas TIs e, agora, ameaça os servidores com processos administrativos.

Barroso determinou a elaboração de um plano de enfrentamento à Covid entre os povos indígenas e a implantação de barreiras sanitárias em territórios de grupos isolados, entre outros (saiba mais no fim do texto). Mais de três semanas após a liminar, o plano ainda está em elaboração e as barreiras não foram implementadas, embora o prazo definido para esta última medida seja de dez dias (a contar da notificação da decisão). Uma análise preliminar de especialistas apontou erros conceituais e de informação no esboço de planejamento apresentado pelo governo para a ação. Locais estratégicos para a proteção de territórios foram ignorados e bases da Fundação Nacional do Índio (Funai), alguma desativadas, foram consideradas a priori como barreiras, mesmo sem equipamentos e protocolos implantados.

Conforme levantamento independente do Comitê Nacional de Vida e Memória Indígena da Apib, mais de 600 indígenas morreram e 21 mil foram infectados pelo novo coronavírus até o fim de julho. Enquanto a taxa de mortalidade nacional é de 43 por 100 mil habitantes, entre essas comunidades ela alcança mais de 66 por 100 mil ou um número 54% maior (considerando a população indígena de quase 900 mil pessoas do Censo 2010 do IBGE).

Embora a epidemia esteja aparentemente estabilizada ou até decrescendo em alguns estados, deu um salto entre os povos originários. O número de mortes e casos entre eles aumentou 54% e 115%, respectivamente, entre junho e julho, ainda segundo a Apib. O número de povos atingidos pelo vírus cresceu de 118 para 143, no mesmo período. 

“Barroso determinou a elaboração de um plano de enfrentamento à Covid entre os povos indígenas e a implantação de barreiras sanitárias em territórios de grupos isolados”

Foto: Ricardo Stuckert

Foto: Ricardo Stuckert

Saiba mais sobre a decisão de Barroso e o julgamento desta segunda 

A decisão de Luís Roberto Barroso atendeu parcialmente a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) nº 709/2020 movida pela Apib. Esse tipo de ação busca evitar ou reparar dano a algum princípio básico da Constituição resultante de ato ou omissão do Poder Público. O ministro reconheceu a entidade, que congrega as organizações indígenas regionais e locais nacionalmente, como parte integrante e legítima do processo. É a primeira vez que isso acontece.

Não é possível prever quando e como será o resultado final do julgamento desta segunda. Sua conclusão pode ser marcada para outra data, se algum ministro pedir vistas ou o plenário do STF não conseguir terminar a análise do caso no mesmo dia. O fim do processo pode acontecer ainda na próxima semana, daqui semanas ou meses, dependendo da agenda da corte e da decisão de seu presidente. Os ministros podem votar a favor ou contra a liminar, total ou parcialmente. Nesse último caso, podem acatar ou rejeitar itens específicos da ação original. Representantes de organizações indígenas e indigenistas e órgãos de governo poderão falar a favor e contra a ação na qualidade de amici curiae (defensores da causa).

Veja quais são as medidas determinadas na liminar

  • Instalação de grupo de trabalho, com participação de representantes do governo e dos indígenas, para acompanhar o andamento das ações gerais de combate à pandemia;
  •  Instalação de sala de situação para a gestão de ações para os povos indígenas em isolamento e de recente contato;
  • No prazo de 10 dias contados a partir da notificação da decisão, o governo deve criar barreiras sanitárias em terras de povos isolados;
  • Em 30 dias a partir da notificação da decisão, o governo deve elaborar um Plano de Enfrentamento da Covid-19;
  • Estabelecer, no âmbito do Plano de Enfrentamento, medidas de contenção e isolamento de invasores em relação a terras indígenas;
  • Garantir que indígenas em aldeias tenham acesso ao Subsistema Indígena de Saúde, independente da fase de demarcação da TI;
  • Indígenas não aldeados (urbanos) também devem acessar o subsistema de Saúde Indígena caso não haja oferta no SUS.