Arquivo mensal: maio 2020

Alema emite nota de pesar pelo falecimento do ex-deputado estadual Luiz Osmani

31-05-2020 Domingo

  NOTA DE PESAR

A Assembleia Legislativa do Estado do Maranhão lamenta o falecimento do ex-deputado estadual e ex-prefeito de Lago Pedra, Luiz Osmani Pimentel de Macedo, ocorrido sexta-feira (29), em São Luís.

Luiz Osmani foi prefeito do município de Lago da Pedra por dois mandatos e deputado estadual. Sua atuação política e presença constante junto aos mais humildes o transformaram em uma das lideranças de maior influência e prestígio na região, cuja memória servirá de exemplo para gerações futuras.  

Neste momento de luto, a Assembleia Legislativa solidariza-se com os familiares, amigos e admiradores de Luiz Osmani, desejando forças para que superem a tristeza causada por tão significativa perda.

São Luís, 30 de maio de 2020

Deputado Othelino Neto

Presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Maranhão

Artigo do senador Weverton: Nossa voz grita por um Brasil mais estável e mais justo

31-05-2020

Quando comecei a escrever esse artigo, o Brasil contava mais de 26 mil mortos e perto de 500 mil casos confirmados de Covid-19. São números sobre os que não consigo falar sem me sentir chocado, porque vejo nomes por trás deles. Mas quem vê o noticiário político do Brasil, tem a impressão de que o país não está vivendo essa terrível crise sanitária. O presidente, que deveria ser o líder máximo da nação, está preocupado com apoiadores, fake news, possíveis opositores nas eleições de 2022, mas não emite uma palavra de apoio às famílias vitimadas pelo coronavírus, nem uma frase que traga um norte de como vamos vencer essa batalha. Não dá para continuar aceitando isso como normal.

Esta semana, os líderes de partido de oposição no Senado e na Câmara se reuniram para organizar um posicionamento frente à crise. Tivemos uma reunião produtiva que, na minha avaliação, apresenta um caminho para toda a sociedade: não vamos nos calar. A intenção, obviamente, não é ampliar a crise. Mas não é razoável que, a pretexto de não atiçar ainda mais a sanha autoritária do presidente, continuemos normalizando atitudes que são inaceitáveis.

Não é aceitável que a imprensa seja impedida de trabalhar e tratada com hostilidade – por isso apresentei um projeto aumentando em dois terços a pena para quem agredir jornalistas quando estiver trabalhando ou em função da profissão; não é aceitável que instituições, como Congresso e STF, sejam atacados diariamente – embora estejam trabalhando como nunca para ajudar a combater a pandemia; não é aceitável que o país seja ameaçado semanalmente com a possibilidade de uma saída autoritária; e, principalmente, não é aceitável que o país não tenha um plano nacional de enfrentamento ao Covid-19.

Quando o coronavírus chegou ao Brasil, assumimos que seria o maior desafio a ser enfrentado pela nossa geração. De lá para cá, dois ministros da saúde se demitiram por não suportar a falta de respeito à ciência, uma reunião ministerial se notabilizou por, além de inúmeros desmandos, não dar importância ao tema e o Brasil ganhou destaque na imprensa internacional por frases ultrajantes do presidente, como “E daí?”, para o número de mortos. Hoje, a Saúde tem um ministro interino e o foco do presidente está totalmente voltado para a política, a má política. O presidente precisa deixar de ser agente do caos e passar a ser pelo menos presidente, já que dificilmente será líder da nação.

Nós, da oposição, não somos maioria no Congresso. Mas nossa voz será ouvida e será uma voz de cobrança, de representação do povo brasileiro. Não cederemos às chantagens contra a democracia e nem vamos continuar fazendo de conta que nada demais está acontecendo.

Vamos continuar trabalhando para aprovar as medidas que são necessárias para o enfrentamento à pandemia. Mas cobraremos de saída da crise, baseada em dados médicos e científicos. Cobraremos um ajuste da postura do presidente Bolsonaro ao cargo que ocupa. Cobraremos o respeito ao estado democrático de direito. Cobraremos mais cuidado com o Brasil.

Uma hora nossa voz será ouvida. E encontrará eco nas vozes dos brasileiros que também querem um país melhor. Lutamos por um Brasil mais estável, mais tranqüilo e com mais justiça social. Esse é um Brasil possível, só precisamos lutar por ele, sem calar nossas vozes.

Weverton, senador e líder do PDT no Senado

Unidade em defesa da democracia e contra Bolsonaro

31-05-2020 Domingo

Manifestos da sociedade civil e de juristas correm o país em apoio à democracia e à vida, cobrando do Supremo Tribunal Federal que investigue os desmandos de Bolsonaro e pedindo respeito às instituições. Presidenta do PT, Gleisi Hoffmann endossa iniciativas, uma liderada por advogados e outra assinada pelo Movimento Estamos Juntos. “As forças políticas precisam dar consequência a gestos como este. Unidade na luta contra o fascismo”, afirma

Dois manifestos publicados neste final de semana nos principais jornais brasileiros apontam a fundação de uma resistência política pacífica, ampla, de diferentes campos ideológicos, em defesa da Constituição, da democracia brasileira e contra a escalada autoritária do presidente Jair Bolsonaro, que vem agredindo sistematicamente as instituições democráticas e acenando para uma ruptura do Estado de Direito, flertando com a adoção de um regime autoritário.

A presidenta do PTGleisi Hoffmann (PR), saudou as iniciativas: “Uma importante demonstração de que a democracia soma. As forças políticas precisam dar consequência a gestos como este. Unidade na luta contra o fascismo”. Ela também destacou a defesa feita por juristas, de diferentes matizes ideológicas, da Constituição e da Democracia. “O STF tem de investigar esta quadrilha, o TSE tem de julgar chapa Bolsonaro-Mourão e a Câmara tem de processar impeachment”, aponta. “Basta de tolerar o intolerável. Grande e importante coletivo de juristas comprou páginas de principais jornais para publicar o manifesto”.Reprodução

“O Brasil, suas instituições, seu povo não podem continuar a ser agredidos por alguém que, ungido democraticamente ao cargo de presidente da República, exerce o nobre mandato que lhe foi conferido para arruinar com os alicerces de nosso sistema democrático, atentando, a um só tempo, contra os Poderes Legislativo e Judiciário, contra o Estado de Direito, contra a saúde dos brasileiros, agindo despudoradamente, à luz do dia, incapaz de demonstrar qualquer espírito cívico ou de compaixão para com o sofrimento de tantos”, aponta o manifesto dos juristas.

“Todos nós temos a firme convicção de que o Direito só tem sentido quando for promotor da justiça. Todos nós acreditamos que é preciso dar um BASTA a esta noite de terror com que se está pretendendo cobrir este país”, diz o texto, que conclui: “Sejamos intolerantes com os intolerantes!”. O manifesto “Basta”, assinado por 600 advogados, é uma reação aos constantes ataques de Bolsonaro contra a democracia e as instituições. O documento conta com a assinatura de nomes como José Eduardo Cardozo, Dalmo Dallari, Antonio Claudio Mariz de Oliveira, Marcos da Costa, Mario Sergio Duarte Garcia, Pedro Gordilho, Sebastião Tojal e Cláudio Lembo, além dos os ex-ministros José Carlos Dias, José Gregori e Celso Lafer.

O outro manifesto, intitulado “Somos muitos”, reúne políticos e figuras públicas, incluindo artistas, escritores e religiosos, em que alertam para os desmandos do governo e defendendo o respeito à diversidade e à Constituição. Eles assinam manifesto como Movimento Estamos Juntos, contra o que chamam de “desmandos de qualquer governo”.

O texto destaca: “Vamos juntos sonhar e fazer um Brasil que nos traga de volta a alegria e o orgulho de ser brasileiros”. Há aproximadamente 230 assinaturas públicas no documento, incluindo do Fernando Haddad (PT), Flávio Dino (PCdoB), Manuela D’Ávila (PCdoB), Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e artistas, intelectuais e personalidades da vida pública nacional, como Dom Odilo Sherer, cardeal arcebispo de São Paulo;  Monja Cohen, religiosa budista; Caetano Veloso, Chico Cesar, Lobão, Fernanda Montenegro e Antonio Fagundes, dentre outros.

Fonte: PT

Canais no YouTube que defendem fechar STF receberam verba estatal

31-05-2020 Domingo

Canais no YouTube que veiculam notícias falsas, defendem o fechamento do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF) e pedem uma intervenção militar no Brasil são abastecidos por verbas publicitárias de estatais.

Dados foram levantados pelo jornal O Globo via Lei de Acesso à Informação, e publicados em matéria neste domingo (31). Alguns dos donos dos canais e sites são alvo da investigação em andamento no STF que apura a existência de uma rede de divulgação de fake news e de ataques aos ministros da Corte.

A veiculação dessas publicidades acontecia antes mesmo de Jair Bolsonaro ser eleito, em 2018. Segundo o levantamento, ao todo 28.845 anúncios da Petrobras e da Eletrobras foram veiculados nestes canais entre janeiro de 2017 e julho de 2019, ou seja, antes e durante o governo Bolsonaro.

Uma outra base de dados, da Secretaria de Comunicação (Secom) da Presidência, aponta que 390.714 anúncios do governo federal tiveram como destino 11 sites e canais com o mesmo perfil entre junho e agosto do ano passado. A verba foi destinada para a campanha sobre a Reforma da Previdência.

As estatais e a Secom alegam que não direcionaram as verbas para os veículos, embora seja possível impedir que um determinado canal receba publicidade. Embora o levantamento se restrinja ao período entre 2017 e 2019, a prática continua. Na última semana, o Tribunal de Contas da União mandou suspender campanhas do Banco do Brasil em sites que veiculam notícias falsas.

O banco havia decidido por conta própria bloquear a publicidade ao tomar conhecimento do destinatário, mas decidiu manter os anúncios após protesto do vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro.

O sistema de publicidade digital utilizado por Petrobras e Eletrobras é conhecido como programático. Funciona assim: as empresas definem um público-alvo e contratam agências para executar as campanhas. As agências, por sua vez, repassam a verba das ações para intermediárias, conhecidas no mercado publicitário como “redes de conteúdo”. No caso das estatais, a empresa contratada foi a multinacional Reachlocal, que foi a responsável por pagar o YouTube, que pertence ao Google. A própria plataforma de vídeos distribui anúncios pelos canais de acordo com seu algoritmo que combina elementos como o perfil desejado pelo cliente — a Petrobras e a Eletrobras — e os canais com mais audiência dentro deste perfil.

Entre os blogueiros que receberam verba publicitária da Petrobras e que são investigados pelo STF estão Allan dos Santos, do canal “Terça Livre”, Enzo Leonardo Suzi Momenti, do canal “Enzuh”, e Bernardo Pires Kuster. Os três foram alvos de mandados de busca e apreensão na última quarta-feira. O “Terça Livre”, de Santos, veiculou 3.490 anúncios pagos pela Petrobras. Já o canal de Kuster no YouTube veiculou 3.602 anúncios pagos pela estatal, enquanto o canal de Momenti veiculou 1.192. A Eletrobras também teve propagandas divulgadas nesses três canais. Foram 536 no de Kuster, 398 no “Terça Livre” e 273 no de Momenti.

Canal que mais veiculou anúncios da Petrobras, com 10.027, “O Giro de Notícias” é ancorado pelo youtuber Alberto Silva. Com 1,15 milhão de inscritos, o canal é conhecido por criticar o STF e por defender a intervenção militar. Em sua descrição, o veículo afirma que é “independente” e que “não recebe dinheiro de empresas públicas”.

Intervenção militar

O youtuber faturou em dose dupla com a Eletrobras. Seu canal “O Giro de Notícias” veiculou 2.355 anúncios da estatal. Já seu canal pessoal, “Alberto Silva”, recebeu 1.950. Ambos publicam vídeos com ataques ao STF e defendendo a intervenção militar.

Outros canais que defendem abertamente uma intervenção militar também veicularam anúncios das duas estatais. O “Intervenção Militar Ceará” recebeu por 693 anúncios da Petrobras e 24 da Eletrobras. O “Intervencionistas do Brasil News” recebeu por 101 anúncios da Petrobras e 56 da Eletrobras.

Anúncios da Petrobras também foram parar no canal do YouTube do site “Jornal da Cidade On Line”, que publicou notícias falsas durante as eleições de 2018 e, na última semana, foi alvo da medida do TCU para o bloqueio de comerciais do Banco do Brasil. O caso veio à tona por meio do perfil Sleeping Giants Brasil, especializado em rastrear esse tipo de publicidade. De acordo com os relatórios obtidos pelo GLOBO, a Petrobras pagou por 36 anúncios no “Jornal da Cidade On Line”.

Procuradas, as estatais alegaram que não fizeram indicação direta de quais sites ou canais deveriam receber a verba destinada pela empresa para mídia digital. De acordo com a Petrobras, são os algoritmos das redes de conteúdo contratadas por ela que fazem a distribuição da verba e a companhia disse que utiliza ferramentas “para identificar conteúdos impróprios para a marca”e que, “se durante a campanha houver a constatação de veiculação em canais inadequados, é solicitada a exclusão deles”.

Já a Eletrobras responsabilizou o Google e o YouTube pela veiculação de anúncios pagos pela empresa em canais com esse perfil. A empresa afirma ainda que, após tomar conhecimento dos fatos, deixou de contratar a Reachlocal e de veicular anúncios nas plataformas do YouTube e do Google.

A Reachlocal, por meio de nota, também responsabilizou o YouTube pela distribuição da verba das estatais para os canais mencionados nesta reportagem.

Procurado, o Google, que é dono do YouTube, disse que anunciantes têm mecanismos para impedir a veiculação de em canais que avaliem negativamente.

Fonte: Vermelho- O Globo

Artigo do governador Flávio Dino: A defesa da democracia

31-05-2020 Domingo

O cenário de crise sanitária instaurado no Brasil com a pandemia do coronavírus trouxe à tona, de forma muito transparente, a gravidade dos abusos cometidos pelo presidente da República no exercício de seu mandato. A sua ineficiência administrativa, o seu desequilíbrio emocional e sua inaptidão para o cargo não são novidades quando se fala de Bolsonaro. Porém, agora, quando um urgente plano de ação em favor da população é substituído por teses negacionistas descabidas, seguidas de ameaças ao Estado Democrático de Direito, precisamos estar ainda mais alertas. A defesa da democracia precisa ser uma bandeira empunhada por todos.

O presidente da República tenta, todos os dias, impor um padrão de funcionamento da sociedade que é oposto àquilo que a Constituição Federal preconiza. E isso é feito de forma grave porque não reside somente no âmbito retórico. A responsabilidade da Presidência deu lugar a uma agenda de caos e conflitos que nada mais é que uma tentativa de esconder a brutal incapacidade de gestão e criar condições ideais para o cenário de golpe que essa facção planeja aplicar no país, exterminando a democracia.

Tenho convicção de que o estabelecimento de um poder ditatorial ainda não se concretizou porque não permitimos que haja condições para essa execução agora. Há uma reação democrática ampla e plural forçando um recuo dos golpistas, como vimos com um importante Manifesto publicado ontem em diversos jornais, com muitas personalidades nacionais, às quais me somei com muita convicção e honra.

Estamos diante de graves sinais: desastrada troca de ministros em meio a uma gigantesca crise sanitária, incentivo e participação em aglomerações de ameaça aos demais poderes, influências indevidas no trabalho da polícia judiciária e até inacreditáveis ataques criminosos a ministros do Supremo Tribunal Federal, além da insensibilidade diante das milhares de vidas perdidas. Nós não merecemos isso. O povo brasileiro merece um bom destino.

Apesar da sensação de intangibilidade da esperança em momentos tão difíceis como este, precisamos acreditar. Fixar os olhos naquilo que nos traz sinais de vida e confiança, estando atentos à tentativa de ressignificação de atos tão cruéis como se fossem aceitáveis. Precisamos agir com união, coragem e respeito à vida humana, como princípios indissociáveis na luta pela democracia.

Assembleia Legislativa do Maranhão emite nota de pesar pelo falecimento do ex-deputado estadual Jurandir Lago

31-05-2020 Domingo

NOTA DE PESAR 

A Assembleia Legislativa do Estado do Maranhão manifesta profundo pesar pelo falecimento do ex-deputado estadual e empresário Jurandir Ferro do Lago, pai do ex-deputado e ex-vice-governador Jura Filho, ocorrido na noite de sexta-feira (29).

Empresário e pecuarista bem sucedido, Jurandir Lago teve forte influência na política maranhense. Foi deputado estadual por dois mandatos, prefeito e vice-prefeito de Bacabal, onde também exerceu, por vários anos, a presidência da Associação Comercial e da Associação dos Criadores do Médio Mearim.

Sensibilizada, a Assembleia Legislativa presta condolências aos familiares, amigos e admiradores de Jurandir Lago, desejando conforto e serenidade em momento tão difícil de imensurável perda.

São Luís, 30 de maio de 2020

Deputado Othelino Neto

Presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Maranhão

Governo amplia rede de atendimento no Maranhão para assistência a casos da Covid-19

31-05-2020 Domingo

O Governo do Maranhão já ampliou em mais de 600% o número de leitos exclusivos para atendimento a casos da Covid-19 em todo o estado. Os atuais 1.538 leitos fazem parte da rede estadual de saúde e estão distribuídos em 25 municípios do estado. Em coletiva realizada nesta sexta-feira (29), o governador Flávio Dino apresentou a evolução da rede hospitalar para assistência aos diagnosticados com a doença e as obras em andamento.

“Todas regiões do nosso estado possuem uma unidade referenciada para o atendimento de pacientes infectados. Essas unidades são relevantes a curto prazo, mas também guardam uma importância estratégica fundamental, considerando que ficarão incorporadas à rede de saúde do Maranhão para sempre”, disse o governador Flávio Dino durante a coletiva.

As unidades que fazem parte da rede comandada pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) estão instaladas em 25 cidades. São unidades macrorregionais e regionais. Desse total, 15 já receberam ampliação e estão em pleno funcionamento, outras 10 estão com estruturas cujas obras se encontram em andamento, evidenciando o compromisso de manter o estado preparado para o enfrentamento ao vírus.

De acordo com o secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula, o trabalho está sendo ininterrupto. “Estamos de segunda a segunda trabalhando para oferecer tratamento e assistência para a recuperação dos infectados. Saúde se faz com profissional treinado e estruturas adequadas, mas, sobretudo, com a cooperação da população, por isso jamais deixaremos de apelar para o bom senso e de contar com a sensibilização das pessoas”, destacou.

Em Paço do Lumiar, por exemplo, uma unidade de saúde está em obras de adequação para ser utilizada no enfrentamento à doença. Na cidade de Imperatriz, o executivo estadual estabeleceu parceria com a prefeitura para fortalecer o combate à doença, além de fortalecer a estrutura do Hospital Macrorregional Dra. Ruth Noleto e redimensionar o Hospital Regional Materno Infantil (HRMI), unidades que integram a rede da SES. 

Os serviços realizados nos municípios de Lago da Pedra, Viana, Santa Luzia do Paruá, Itapecuru Mirim e Pinheiro entraram em fase de conclusão para que as unidades sejam, em breve, entregues à população.  

Das obras e serviços que estão em fase de conclusão, o primeiro a ser entregue é o Hospital de Campanha de Santa Inês, na segunda-feira (1°). Com capacidade para até 40 leitos, a estrutura contará com recepção, posto de enfermagem, farmácia, sala de estabilização, leitos, administração, sala de repouso para médicos e equipe de enfermagem, entre outros ambientes. 

Nesta quinta-feira (28), a SES entregou um Hospital de Campanha em Bacabal, gerenciado pelo município, bem como abriu o mesmo serviço nas cidades de Açailândia e de São Luís no início do mês. Também foram entregues ambulatórios em Chapadinha, Santa Inês, na capital do estado e em Imperatriz, aumentando a cobertura de tratamento especializado e dispensação medicamentosa aos pacientes com a Covid-19, evitando agravamento do quadro clínico, internação e a lotação de unidades de urgência.

Aulas presenciais poderão ser retomadas gradativamente a partir do dia 15 de junho no Maranhão

30-05-2020 Sábado

“Em processo participativo, editamos um decreto com proposta inicial de que as aulas sejam retomadas gradativamente a partir do dia 15 de junho, começando pelos cursos de Graduação e Pós-Graduação, até chegar nos estudantes de Ensino Fundamental e Educação Infantil”, disse o governador Flávio Dino em coletiva virtual realizada nesta sexta-feira (29). 

O processo de retorno às aulas será sequencial, iniciando das séries mais avançadas – terceiras séries do Ensino Médio e períodos finais das faculdades e universidades- até as séries iniciais. Protocolos de higiene sanitária, como kits de higiene, máscara de proteção, álcool 70% passam a fazer parte da rotina dos estudantes. 

Novas medidas

Para evitar aglomeração, as instituições de ensino deverão alternar horários de entrada e saída dos estudantes e ainda reduzir a quantidade de alunos por turma, respeitando a distância de 1,5m entre estudantes e profissionais. 

As avaliações dos cursos de graduação e pós-graduação deverão ser realizadas virtualmente. Quando necessárias, as avaliações presenciais deverão ser feitas de acordo com medidas sanitárias estabelecidas. Atividades esportivas presenciais estão suspensas e as solenidades de formatura do Ensino Médio e Superior ocorrem de forma virtual. 

Anúncio de retorno gradual das aulas foi feito em coletiva (Reprodução)

“Precisamos buscar meio termo e é isso que estamos buscando em meio a uma conjuntura inédita, em que não há literatura, não há padrões científicos que apontam o caminho perfeito”, disse o governador Flávio Dino ao afirmar que o retorno das atividades educacionais e comerciais está sujeito a antecipação ou postergação de acordo com os indicadores epidemiológicos no Maranhão. 

Atividades econômicas

No dia 25 de maio iniciou o processo de abertura de pequenas empresas familiares nos municípios da Ilha de São Luís. Na coletiva nesta sexta-feira (29), o governador afirmou que serão publicadas portarias editadas pela Casa Civil com as atividades econômicas que estão autorizadas a funcionar a partir de segunda-feira (1º) de acordo com protocolos sanitários.

“Há previsão em relação a outros setores econômicos até dia 29 de junho. De maneira gradativa iremos retomando as atividades comerciais, sempre lembrando que pode haver mudanças de acordo com os dados epidemiológicos do nosso estado”, assegurou o governador.

Leite, um símbolo do ódio neonazista

30-05-2020 Sábado

Dentro de sua permanente guerra cultural, Bolsonaro faz live tomando leite com ministros sob a alegação de estar participando de um desafio de ruralistas, que também remete ao desmatamento para criação de gado. Vários elementos nazifascistas explícitos já marcaram o governo causando reações, agora elas são subliminares. Saiba porque o presidente se exibiu tomando leite, sempre imitando tardiamente os supremacistas americanos.

O movimento supremacista branco dos EUA, que se autodenomina “alt-right”, adotou recentemente o leite como um símbolo. Em fevereiro, manifestantes neonazistas sem camisa dançaram do lado de fora da instalação de arte anti-Trump de Shia LaBeouf, He Will Not Divide Us, engolindo galões de leite que pingavam desordenadamente em seu queixo.

Mais tarde, eles alegaram que esse ato simbolizava sua oposição à “agenda vegana”.

Um poema apareceu em um site de notícias da extrema direita, insistindo: “as rosas são vermelhas, o barack (sic) é meio preto; se você não pode beber leite, precisa voltar.”

Outros tópicos de discussão da supremacia branca apresentam um mapa do mundo rastreando a intolerância à lactose e estudos acadêmicos sobre intolerância à lactose em uma população eslava.

Os infames supremacistas brancos Richard Spencer, presidente do think tank nacionalista branco, National Policy Institute e Tim Treadstone, a personalidade de extrema direita da mídia social que se chama Baked Alaska, acrescentaram símbolos de leite aos seus perfis no Twitter.

Na bilheteria do filme Corra, um comerciante de escravos branco lentamente toma um copo de leite em um momento tranquilo.

Sou um estudioso crítico da raça e professor de direito na Faculdade de Direito Richardson da Universidade do Havaí. No meu artigo de revisão da lei, A Insustentável Brancura do Leite, discuto a associação entre leite e superioridade branca.

Não é um novo relacionamento. Em vez disso, remonta aproximadamente 100 anos. Na década de 1920, um panfleto do Conselho Nacional de Laticínios dos EUA explicou: “As pessoas que têm usado quantidades liberais de leite e seus produtos …” – significando pessoas brancas – “… são progressivas na ciência e em todas as atividades do intelecto humano”.

Da mesma forma, a História da Agricultura do Estado de Nova York, de 1933, declarava: “Um olhar casual sobre as raças das pessoas parece mostrar que aqueles que usam muito leite são os mais fortes mental e fisicamente, e os mais duradouros do mundo. De todas as raças, os arianos parecem ter sido os bebedores mais pesados de leite e os maiores usuários de manteiga e queijo, um fato que pode em parte explicar o rápido e alto desenvolvimento dessa divisão de seres humanos.”

De fato, existe uma base biológica para o Twitter de Richard Spencer, dizendo que ele é “muito tolerante… tolerante à lactose!”

Enquanto a maior parte do mundo não consegue digerir confortavelmente o leite, uma parcela da população branca, originária de países escandinavos frios, onde beber o leite de outras espécies era uma ferramenta de sobrevivência, pode digeri-lo com facilidade.

No entanto, a intolerância à lactose não é o pior dos danos do leite. Pesquisas vinculam o consumo de leite a uma porção de sérios problemas de saúde, incluindo câncer e doenças cardíacas. Existem disparidades raciais significativas nessas doenças relacionadas ao leite, com grupos incluindo [afro-americanos, latinos], americanos nativos e havaianos nativos sofrendo os piores efeitos.

Captura de tela da gravação no YouTube do protesto de fevereiro – fora da instalação de arte anti-Trump de Shia LaBoeuf – em Nova York.

As diretrizes alimentares dos EUA podem ser racistas

No entanto, o projeto de lei agrícola dos EUA continua a subsidiar a indústria de laticínios, resultando em um excedente de leite. Por sua vez, os Departamentos de Saúde e Serviços Humanos e Agricultura exortam os indivíduos a consumir porções diárias de produtos lácteos nas Diretrizes Dietéticas federais.

O USDA também descarta o excedente através de seus programas de nutrição. Distribui o leite na forma de fórmula gratuita para mães do programa WIC (Assistência a Mulheres e Crianças) e para estudantes de escolas públicas que se qualificam para almoços gratuitos. Nos dois programas, as pessoas negras são desproporcionalmente representadas.

O USDA também fez parceria com empresas de fast-food para criar produtos com quantidades maiores de queijo, como a lendária linha americana de pizza de sete queijos da Domino e a quesalupa da Taco Bell. O USDA concebeu e promoveu esses produtos, lançando-os por meio de anúncios caros e cobiçados do Super Bowl.

Embora os brancos comam mais fast-food em geral, as pessoas que vivem em comunidades negras urbanas pobres consomem desproporcionalmente fast-food em suas dietas. A decisão de introduzir mais leite em produtos de fast-food, portanto, tem um impacto díspar na saúde das comunidades negras. Essas comunidades estão muito distantes da formulação de políticas alimentares federais, com pouco ou nenhum acesso ao processo político, que está sujeito à captura regulatória.

A crença generalizada na responsabilidade pessoal pela saúde agrava o problema, fazendo com que a reforma regulatória pareça irrelevante ou fútil. O paradigma do “saúdeismo” insiste que a saúde é uma questão de bom caráter, não determinantes estruturais.

Os estereótipos raciais populares colocam afro-americanos e latinos como gordos e preguiçosos, sem a força de vontade necessária para afastar a obesidade e outras doenças relacionadas à alimentação.

Esses mitos culturais mascaram as desigualdades sistêmicas que levam a disparidades de saúde racial e o fato de que a regulamentação pode alterá-las. O governo e a indústria de laticínios, portanto, podem ganhar com esses tropos raciais.

Neste momento da história, tanto os supremacistas brancos quanto a política federal de alimentos nos Estados Unidos estão se oprimindo através do leite

Portal Vermelho

Presidente do PSOL fala em artigo sobre a luta contra a extrema-direita no Brasil

30-05-2020 Sábado

Em artigo publicado nesta sexta-feira na versão brasileira do jornal Le Monde Diplomatique, o presidente nacional do PSOL, Juliano Medeiros, alerta que a guerra contra a extrema-direita no Brasil será mais longa do que se imagina.

No artigo, o dirigente analisa os últimos acontecimentos da política nacional, a interferência da pandemia do novo coronavírus neste cenário, as relações de Jair Bolsonaro com o Centrão do Congresso Nacional, o desenrolar das investigações do “Gabinete do Ódio” e os pedidos de afastamento de Bolsonaro do poder realizados pelo PSOL na Câmara dos Deputados, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e no Supremo Tribunal Federal (STF).

Leia abaixo o artigo na íntegra.

CAPÍTULOS FINAIS (originalmente publicado no Le Monde)

O impasse que o Brasil vive está prestes a ser rompido. Quando Bolsonaro estabilizou os índices de apoio a seu governo em torno dos 30%, o país passou a viver uma situação nova: a rejeição ao governo e sua aprovação eram equivalentes. Entre os polos de rejeição/aprovação havia uma maioria que via aspectos positivos e negativos no governo, considerando a gestão de Bolsonaro “regular”. Com isso, a extrema-direita não conseguia ter a maioria necessária na sociedade e no Congresso Nacional para fazer avançar sua agenda por completo. A oposição, por sua vez, não tinha força social ou parlamentar para barrar todos os ataques do governo, uma vez que sua capacidade de mobilização não era suficiente para exercer a pressão necessária sobre o chamado “Centrão” em todos os temas. Essa era a fotografia da luta política no Brasil pré-pandemia.

Acontece que a chegada do coronavírus alterou esse quadro. Revelada a absoluta falta de capacidade de Bolsonaro para lidar com a mais grave crise vivida pelo país nas últimas décadas, a aprovação a seu governo começou a cair. Entre os que consideravam o governo regular, um expressivo contingente passou a considerá-lo ruim ou péssimo. Três pesquisas publicadas nos últimos dias atestam essa tendência. No levantamento da XP Investimentos de 29 de maio, a rejeição ao governo é quase o dobro de sua aprovação: 49% a 26%. Na pesquisa Datafolha, publicada nesta semana, Bolsonaro mantém os 33% de apoio de levantamentos anteriores, mas o percentual de desaprovação ao seu governo chega a 43%. Na pesquisa Atlas, a pior para o presidente, sua rejeição chega a 58% contra apenas 23% de aprovação. Nessa sondagem, aliás, os que consideram o governo regular foram reduzidos a apenas 19%.

Todas as pesquisas mostram o mesmo fenômeno, que pode ser descrito sucintamente em três sentenças: a) o governo Bolsonaro está perdendo apoio, com parte das pessoas que o consideram ótimo/bom migrando para uma avaliação mais crítica (regular); b) a migração dos que consideravam o governo regular para uma avaliação de que ele é ruim/péssimo é expressiva (no mínimo, 10%); c) apesar disso, esse processo está se dando num ritmo ainda lento, o que permite que Bolsonaro desfrute de impressionante aprovação que varia, a depender do instituto, entre 23% e 33%.

Bala de prata

Não há, portanto, uma “bala de prata” que vá resolver o impasse. Alguns analistas mais apressados chegaram a considerar que a saída de Mandetta do Ministério da Saúde poderia ter um efeito devastador sobre o governo. Não teve. Depois, afirmaram que a demissão de Sérgio Moro faria o apoio ao governo se liquefazer. Não fez. Tudo isso mostra que a guerra contra o governo da extrema-direita é mais longa do que se imagina e não será resolvida com uma “Operação Valquíria”. Será no campo de batalha, reunindo forças sociais e políticas, aprofundando as contradições entre as diferentes frações das classes dominantes, apontando os limites de Bolsonaro na condução da crise, que poderemos vencer o confronto.

A novidade, ao que parece, é que as tensões no “andar de cima” se acirraram. A reunião ministerial divulgada a pedido do ministro Celso de Mello não representou nem de perto o tiro de misericórdia no governo Bolsonaro, mas aprofundou o conflito entre as representações institucionais das classes dominantes. Quando o ministro da Educação afirma que “colocaria todos esses vagabundos na cadeia, começando no STF” acaba forçando uma resposta que a Suprema Corte não queria dar. Quando Ricardo Salles escancara seu plano macabro para a destruição da legislação ambiental no Brasil, divide o setor agrícola: enquanto uma parte publicou anúncio em apoio às pretensões do ministro, os exportadores – mais sensíveis aos humores do mercado lá fora – ficaram furiosos e rejeitaram qualquer associação à agenda de Salles.

O episódio mais emblemático desse confronto se expressou no dia 27 de maio com a operação da Polícia Federal determinada pelo ministro tucano do STF, Alexandre de Moraes, contra várias pessoas ligadas à rede de fake news controlada pelos bolsonaristas. Não se sabe se a operação já estava preparada ou se foi uma resposta de Moraes aos ataques dos ministros bolsonaristas ao STF, mas a reação de Bolsonaro aponta para o aprofundamento da crise. Ao afirmar que a Polícia Federal não cumprirá ordens judiciais “absurdas”, o presidente ameaça o Supremo com a insubordinação das forças de segurança federais – PF, Guarda Nacional e até mesmo as Forças Armadas –, o que significaria uma ruptura institucional, ou, em bom português, um golpe.

Militares

Esse seria um possível desfecho para o impasse. Mas falta combinar com os militares, que teriam que assumir todo o desgaste de uma ruptura sem os “bônus” de efetivamente governar o país, que seguiria sob comando do capitão. Também há o fator econômico: um golpe para salvar negócios que vão bem sempre são assimiláveis pelo mercado. Mas o que dizer de um golpe dado por um presidente que tem se tornado um mau aliado, em razão do elevado grau de fanatismo de boa parte de seu governo?

Uma outra forma de romper o impasse, todos sabemos, é pelas saídas constitucionais disponíveis: a renúncia, a cassação da chapa, o afastamento pelo STF ou o impeachment. Está mais do que evidente, inclusive pelas afirmações que fez na fatídica reunião ministerial, que Bolsonaro não irá renunciar. Da mesma forma, é difícil imaginar o ministro Luís Roberto Barroso, novo presidente do TSE, “matando no peito” a cassação da chapa, apesar dos abundantes crimes eleitorais fartamente comprovados cometidos pela chapa Bolsonaro/Mourão.

O afastamento pelo STF, por sua vez, dependeria de denúncia oferecida pelo Procurador Geral da República, Augusto Aras. Até agora, porém, ele tem se transformado num exemplar guardião dos interesses da família Bolsonaro e só mudaria de posição, ao que tudo indica, quando o governo já estivesse mesmo por um fio. O impeachment, por sua vez, é a mais “política” das saídas previstas. Depende de um entendimento entre a oposição e os partidos que representam as classes dominantes no Congresso Nacional. A oposição, como todos sabem, já tomou sua decisão e apoiará qualquer processo de impeachment que seja instalado. A bola, portanto, está com os partidos do chamado “Centrão”.

Sabendo disso, Bolsonaro está cooptando gradualmente parte dessas legendas fisiológicas que não sabem sobreviver sem parasitar a máquina do Estado. Está jogando o jogo que Dilma havia jogado em 2015, quando promoveu reforma ministerial que entregou nada menos que sete pastas ao PMDB. Mas o campo de batalha dos acordos por espaço no aparato estatal é apenas um entre vários outros. Muitos desses partidos que ora negociam com Bolsonaro são representantes de setores econômicos que começam a ver o presidente como disfuncional, na medida em que enfrenta dificuldades para fazer avançar as reformas e arrasta o país para uma crise sem precedentes ao não apoiar as ações de isolamento social implantadas por prefeitos e governadores. Mas se as classes dominantes têm o controle econômico e político do processo, porque não deram ainda o comando para a instalação de um novo pedido de impeachment? Porque para isso é preciso arrastar Mourão – e com eles, os militares – para um acordo. Isso significa um day after negociado que leve o país até 2022. Ou seja, enquanto não houver absoluta segurança sobre a transição no pós-Bolsonaro, as elites deixarão o capitão sangrar.

Mas e a oposição? Felizmente, a tese de deixar o capitão minguar até 2022 foi definitivamente superada. Com o impeachment protocolado na semana passada pelos últimos partidos que ainda resistiam abandonaram de vez seu “pacto Molotov-Ribbentrop”. Falou mais alto o senso de responsabilidade. Hoje toda a oposição defende a saída imediata de Bolsonaro. Isso é muito positivo. No entanto, com a impossibilidade de realizar manifestações de rua, a oposição perde seu principal capital, que é a luta de massas. É isso que a diferencia de parte dos partidos do centrão e de outros atores que travam a guerra de diferentes trincheiras. Além disso, a dissintonia entre algumas das principais lideranças da oposição cumpre papel muito negativo, porque enfraquece a capacidade de construção de um polo de enfrentamento alternativo àquele capitaneado hoje pelo consórcio Globo/Maia/Dória & Cia. Isso tudo, nós sabemos, é movido por mais que mesquinhos interesses eleitorais: está em jogo quem liderará a oposição de esquerda no pós-lulismo.

A notícia boa, portanto, é que o impasse que dividia a sociedade brasileira em três partes está se rompendo, com o aumento do isolamento de Bolsonaro. A notícia má é que esse processo é lento e está sendo conduzido, hoje, por forças sociais e políticas alheias aos interesses dos trabalhadores e trabalhadoras. Os desdobramentos da crise sanitária nas próximas semanas, o embate com o STF no inquérito das fake news e as negociações com o Centrão serão capítulos decisivos dessa guerra. O “Dia D” se aproxima. Estejamos prontos.

Juliano Medeiros é historiador, cientista político e presidente nacional do PSOL