Arquivo mensal: abril 2020

Governo do Maranhão triplica número de leitos exclusivos para tratamento de Covid-19 desde primeiro caso da doença

29-04-2020 Quarta-feira

Antes mesmo que o primeiro caso de coronavírus fosse registrado no Maranhão, o Governo do Estado adotou as primeiras medidas para expansão da rede de atendimento, já prevendo a possível grande demanda por leitos – a exemplo do que vinha ocorrendo pelo mundo. Com equipes trabalhando diuturnamente em obras de ampliação e com locação de unidades privadas, a rede estadual alcança, com a abertura de mais 27 leitos exclusivos nesta quarta-feira (29), um total de 735 leitos em todo Maranhão. E o trabalho segue, para assegurar espaços equipados para tratamento de pacientes com caso grave da doença.

A primeira medida adotada foi o bloqueio de leitos disponíveis em hospitais estaduais, paralelo a isto, já iniciavam as obras de ampliação das estruturas. Em 40 dias depois de registrar o primeiro caso da doença (19 de março), o Maranhão passou de 252 leitos – entre UTI e leitos clínicos – exclusivos para pacientes com Covid-19, para 735 leitos. Um aumento de mais de 200%.

“Nós estamos num quadro sanitário gravíssimo nacionalmente, os números tem crescido em todos os estados brasileiros e nós estamos, no caso do Maranhão, cuidando para que esse crescimento seja acompanhado do correspondente crescimento da capacidade operacional da nossa rede hospitalar. Esse é nosso principal esforço”, explicou o governador Flávio Dino, em entrevista.

Em São Luís, que concentra 86% dos casos da doença, os números pularam de 160 leitos exclusivos, no início da crise sanitária, para 486 – destes, 136 de UTI e 350 de enfermaria. O aumento expressivo foi possível com as obras de ampliação e reforma total do Hospital Genésio Rêgo, a implantação de novos leitos no Hospital Carlos Macieira – e expansão de nova ala no Hospital do Servidor, que permitiu receber pacientes de outras enfermidades do Carlos Macieira, e por conseguinte abrir mais vagas. Além da locação e adequação do Hospital de Cuidados Intensivos (HCI), do setor privado, destinado exclusivamente para o tratamento do coronavírus, com mais de 200 leitos. O atendimento foi reforçado com seis novas UTI móveis.

Nos municípios maranhenses também houve ampliação. Foram implantados novos leitos de UTI nos Hospitais Regionais de Imperatriz e Coroatá, e de UTI e enfermaria no Regional de Timon, bem como a reserva de leitos exclusivos em Chapadinha. A rede estadual de saúde conta com o apoio e parceria das Prefeituras, que também tem ofertado atendimento a pacientes do Covid-19.

Expansão em andamento

Os números de casos crescem, e também o trabalho para ampliar a ofertar de leitos. Em São Luís, está sendo construído um anexo com 50 leitos no Hospital Nina Rodrigues e o HCI passa por mais adequações para receber mais leitos. O Governo do Estado também alugou mais três hospitais, que estão sendo reparos para funcionamento – Hospital Real (200 leitos), São Jose (50) e Português. Além da implantação de mais 30 leitos no Hospital Carlos Macieira e da instalação de hospital de campanha, que será instalado no Multicenter Sebrae, com mais 200 leitos.

Nos demais municípios também há grande esforço para aumentar a capacidade de atendimento, com a possibilidade do aumento de casos. Por isso, em parceria com a Vale, está sendo instalado Hospital de Campanha em Açailândia, com 60 leitos, para atender também municípios vizinhos; além de 36 novos leitos para o Hospital de Imperatriz e 25 no Regional de Caxias. Os novos hospitais de Lago da Pedra e de Santa Luzia do Paruá tiveram o ritmo acelerado e estão em fase de entrega, garantindo 50 e 72 leitos, respectivamente

Deputado federal Márcio Jerry (PCdoB) elogia suspensão da nomeação de Ramagem para PF pelo STF

29-04-2020 Quarta-feira

Vice-líder do PCdoB na Câmara, o deputado federal Márcio Jerry elogiou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que nesta quarta-feira (29) divulgou a decisão do ministro Alexandre de Moraes, determinando a imediata suspensão da nomeação de Alexandre Ramagem, amigo íntimo da família Bolsonaro, para o cargo de diretor-geral da Polícia Federal (PF).

“Os absurdos e ilegalidades cometidos por Jair Bolsonaro levam o Judiciário a intervir corretamente. A decisão impede, por enquanto, a tentativa dele ter, no comando da PF, uma indicação de seus filhos malfeitores, que querem utilizar a instituição como política de perseguição de adversários e proteção deles próprios e amigos”, disse o deputado.

O governo federal desistiu de recorrer da decisão e Bolsonaro acabou publicando outro decreto, em edição extra do Diário Oficial da União, cancelando a nomeação de Ramagem. Enquanto o novo diretor não é escolhido, a Polícia Federal segue sob o comando interino da equipe do ex-diretor-geral Maurício Valeixo, demitido pelo presidente.

Hoje, durante a posse do novo ministro da Justiça, André Mendonça, Bolsonaro afirmou que é um “sonho” ter Ramagem no comando da PF e disse que a decisão do Supremo foi “monocrática”.

Vermelho

Covid-19: Bolsonaro tenta jogar a responsabilidade nos governadores

29-04-2020 Quarta-feira

Irritado com a repercussão negativa de sua fala na terça-feira (28) sobre a mortes por coronavírus no país, o presidente Bolsonaro voltou a carga nesta quarta-feira (29) contra governadores e prefeitos.  

“Não adianta a imprensa colocar na minha conta essas questões, não adianta botar a culpa em mim”, declarou Bolsonaro em frente ao Palácio da Alvorada.

Um dia antes, no mesmo lugar, ao ser questionado sobre o número de mortes, ele disse “E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê? Eu sou Messias, mas não faço milagre.”

Acompanhado de parlamentares bolsonaristas, o presidente disse que “esculhambaram” com ele.

“Fui achincalhado por parte da mídia, fiz minha parte desde o começo, a missão do chefe é decidir. O STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu que essas medidas (de restrição) são a cargo dos governadores e prefeitos”, disse.

Ele voltou a culpar os chefes de estados e municípios pelas mortes, e citou diretamente o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e o prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB).

“Imprensa tem que perguntar para o Doria porque mais gente está perdendo a vida em São Paulo. Não adianta a imprensa botar na minha conta. A minha opinião não vale, o que vale são os decretos de governadores e prefeitos”, disse

E prosseguiu: “Pergunte ao senhor João Doria e ao senhor Covas por que tomaram medidas tão restritivas que eliminaram mais de um milhão de empregos em São Paulo e continua morrendo gente. Eles têm que responder, vocês não vão botar no meu colo essa conta”, enfatizou.

PCdoB

Mais 104 respiradores chegam ao Maranhão para reforçar combate à Covid-19

29-04-2020 Quarta-feira

O Governo do Maranhão continua adquirindo mais aparelhos para equipar novos leitos de combate ao novo coronavírus (Covid-19) no estado. Mais 104 respiradores chegaram à capital maranhense para aumentar o número de leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) exclusivos para pacientes com a Covid-19. 

São 80 respiradores comprados na China com as doações da classe empresarial do estado e 24 aparelhos modelo IX5, dos 68 adquiridos pela Secretaria de Estado da Saúde (SES). Esses aparelhos haviam sido requisitados pelo Governo Federal e foram devolvidos ao Maranhão por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF). 

O secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula, destacou a importante aquisição para a abertura de mais leitos para enfrentar a pandemia. 

“Chegamos à ocupação de 100% de leitos de UTI na capital, mas já estamos tomando medidas em relação a isso, vamos utilizar outras estruturas hospitalares e devemos ganhar muitos leitos de UTI no dia de hoje. Além desse ganho de Unidades de Terapia Intensiva, temos o ganho objetivo de novos respiradores que vão permitir que possamos compor mais leitos para tratamento da doença no estado”, disse. 

Os equipamentos foram recebidos na madrugada desta quarta-feira (29), no aeroporto de São Luís, pelo secretário de Indústria, Comércio e Energia (Seinc), Simplício Araújo, acompanhado do coronel Leite, chefe da segurança do gabinete do governador Flávio Dino. 

“Toda essa operação coordenada pelo governador Flávio Dino é uma união de esforços para ajudar no combate ao coronavírus. Esse esforço é para salvar as vidas dos maranhenses. Mais uma vez, nosso agradecimento a classe empresarial do Maranhão”, declarou o secretário Simplício Araújo.

Justiça

Depois da decisão favorável do STF, os outros 44 aparelhos, modelo IX5, adquiridos pelo Governo do Maranhão e requisitados ilegalmente pela União, devem chegar ao estado no próximo mês.

“Tenho certeza que esses aparelhos vão nos permitir salvar muitas vidas. Nós enfrentamos batalhas todos os dias, hoje é um dia de vitória, e outras virão, para no final vencermos essa guerra”, afirmou o secretário da Saúde, Carlos Lula.

Flávio Dino contesta “declaração desleal e irresponsável” de Bolsonaro

29-04-2020 Quarta-feira

O governador do Maranhão afirmou, em entrevista ao portal UOL, que só Bolsonaro pode evitar colapso na Saúde. Para ele, é hora de cobrar do presidente ações imediatas para evitar o colapso do sistema de saúde

Com muita indignação, o governador Flávio Dino (PCdoB), criticou as declarações de Jair Bolsonaro, que minimizou as mortes por covid-19 e culpou os governadores pela proliferação do novo coronavírus.  “É preciso que o presidente da República entenda já hoje, como maior autoridade do país, que ele tem de fazer, que deve fazer um pronunciamento à nação apelando para as pessoas cumprirem as medidas preventivas”, afirma.

Quanto às medidas de combate à pandemia da Covid-19, o governador reforçou a necessidade do isolamento social. “Essa é a questão mais importante hoje: distanciamento nas próximas duas semanas para poder evitar o colapso absoluto. Hoje estamos na beira do precipício, na beira do colapso absoluto, e precisamos evitar, e Bolsonaro é o principal responsável para evitar essa situação”, prossegue.

Apesar de apelar para o presidente, Flávio Dino não vê “qualquer sinal” de que seja atendido. “Essa declaração desleal e irresponsável que proferiu, culpando governadores, não autoriza otimismo. Mas espero que a pressão social, e também das outras instituições, o levem para que ele faça alguma coisa”, avalia. Dino acrescentou ainda que “é muito difícil para um governador sozinho fazer que cumpram as medidas, sendo que o presidente diz o contrário.”

O governador maranhense diz que a situação do país com a covid-19 é gravíssima, e o momento é de “serenidade” e “capacidade decisória”. “Os governadores, de modo geral, têm tido isso, o que não significa dizer que a situação está sob controle. Não está!”

“Estamos vendo os indicadores objetivos: curva ascendente de casos, curva ascendente de mortos, lotação de hospitais públicos e privados, sobrecarga nos serviços funerários, só uma pessoa delirante pode dizer que estamos diante de uma situação normal”, alega.

Contra a saída, a favor de ações

Flávio Dino se mostra, neste momento, contrário à saída de Bolsonaro. “A curto prazo, não [vejo a possibilidade]. Imagino até que ele deve continuar neste momento. Nós temos uma questão dramática sobre a mesa das decisões do país que é o coronavírus, seus aspectos econômicos, sanitários e sociais. Não imagino que seja o momento que haveria a troca. Essa é uma questão futura”, pontua.

O governador sugeriu, além de um pronunciamento do presidente orientando o isolamento social, a atuação imediata de articulação de Bolsonaro a fim de garantir equipamentos fora do país.

“Eu tenho aqui respiradores, comprei na China, consegui receber hoje às 3h da manhã. Já comprei mais na China, o Consórcio Nordeste comprou mais de uma empresa da Inglaterra. Mas seria outra coisa o presidente usar o seu poder de mobilização, usar a diplomacia e ligar para chefes de estados de outros países”, diz.

Flávio Dino avalia que, diante da queda no número de casos em alguns países, como a China, “presume-se que a capacidade operacional desses países está sendo liberada”. Isso, na sua visão, pode ser uma oportunidade na negociação de aparelhos. “Mas quem tem de fazer esse apelo? Eu, governador do Maranhão que vou falar com o presidente da China? Pegar o telefone e ligar para a Angela Merkel? Isso é papel do presidente da República! Ele tem de mandar o avião dele, que não está servindo para nada, até a China para buscar equipamento,” afirmou o governador do Maranhão

Para ele, outro caso que precisa ser freado é a desorganização do pagamento do auxílio de renda básica. “Ela é uma medida imprescindível, mas Caixa e Banco Central não se preparam para essa operação. Estamos vendo o crescimento de aglomeração de pessoa, em filas absolutamente aleatórias, desorganizadas. E isso se transforma em vetores poderosos do novo coronavírus. Não é apenas uma coincidência esse crescimento de casos em concomitância dessas gigantescas aglomerações sem que as autoridades federais tomem qualquer providência”, diz. Flávio Dino afirmou que consultou o Exército para saber se os militares poderiam organizar as filas dos bancos federais, mas a resposta foi negativa.” Então a gente vê que não há uma mobilização do governo federal para enfrentar [o problema]”, completa.

Falando como cidadão, Dino desabafou: “Estou indignado com essas omissões, com essas inércias, com essas frases bárbaras, com essa indiferença. Estou indignado, acima de tudo como brasileiro; acima de tudo como cidadão do país; como pai; como filho que tem pai e mãe idosos. Eu estou vendo a situação por dentro como está o país todo, todo mundo está vendo pela TV, pela internet, menos Jair Bolsonaro”, afirma.

Vermelho com informações da UOL

Chioro: “Crise está subestimada. País tem mais de 800 mil casos de Covid-19”

29-04-2020 Quarta-feira

O ex-ministro da Saúde Arthur Chioro, que ocupou a pasta no governo Dilma, alertou nesta quarta-feira (29) que a crise epidemiológica brasileira está se agravando por conta da irresponsabilidade do presidente Jair Bolsonaro. O número de mortos pode chegar a 1 milhão de pessoas nos próximos meses, diante da possibilidade de relaxamento da quarentena que vem acontecendo. “Viveremos ainda cenas muito trágicas no país, dada a negligência, a irresponsabilidade e a conduta criminosa do governo federal”, denunciou.

Médico sanitarista, o ex-ministro condenou a estratégia de enfrentamento do governo Bolsonaro, que não promoveu testes amplos quando era possível, no início da pandemia. Agora, o país não tem dados precisos sobre a contaminação. “A subnotificação mascara a realidade: o número de contagiados é muito maior do que os dados oficiais, com a taxa de mortalidade atingindo 7%”, advertiu Chioro. “Os casos considerados leves, assintomáticos e que representam 85% não estão contidos entre os casos confirmados”. Ele recomenda que não se afrouxe o distanciamento social para evitar uma explosão ainda maior de casos.

Chioro estima que o país tenha hoje entre 800 mil e 1 milhão de brasileiros infectados pelo Covid-19. Ele responsabilizou a gestão de Henrique Mandetta pela não realização de testes em massa, limitando o foco a casos graves. O Brasil fez apenas 339.552 testes, o que dá 1.597 para cada milhão de habitantes. Em Portugal, são 37.223 testes por milhão de pessoas. “Não checamos ainda ao pico do contágio”, destacou. “Estamos ainda no início, na 18ª semana de contágio e o pico será na 24ª semana, no final de maio e começo de junho” (veja quadro). Se não houver um isolamento severo, o número de óbitos pode superar 1 milhão de casos.

O diagnóstico foi feito pelo ex-ministro ao Diretório Nacional do PT, por videoconferência, na manhã de quarta-feira (29), num encontro virtual que contou ainda com a presença dos ex-ministros da Saúde José Gomes Temporão, Humberto Costa e Alexandre Padillha, além dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.

Quadro comparativo

Temporão concordou com a análise de cenário de Chioro, e lembrou que o número de óbitos dobra a cada cinco dias, enquanto nos Estados Unidos, Espanha e Itália, dobrava a cada seis dias. “O mês de maio vai ser dramático”, alertou, para advertir, em seguida: “A disseminação vai afetar mais diretamente os mais pobres”.

Temporão também denunciou o processo de interiorização da pandemia. “Os municípios com população entre 50 mil e 100 mil habitantes, 80% das cidades já têm casos confirmados de Covid-19”, disse. “À medida que a doença vai se instalando em municípios menores, a demanda para as regiões pólo vai aumentar cada vez mais, ampliando a pressão da rede pública de saúde. “Não há outra saída, diante da falta de vacina e remédio, que  manter o isolamento social”, recomendou o ex-ministro da Saúde.

Uma eventual saída do confinamento – que ainda vai demorar a ocorrer – obedeceria a quatro critérios, de acordo com Temporão: 1) evidências epidemiológicas que mostram uma queda sustentada do número de óbitos e de casos confirmados; 2) pelo menos entre 30% e 50% de leitos de UTI instalados em cidades-pólo com ociosidade, assim como respiradores; 3) ampliação da testagem da população; e 4) uso de máscaras para todos. “A abertura será gradual, por etapas, por setores de atividade econômica e, se isso não for planejado de maneira consistente, ouvindo a ciência, podemos ter um rebote, um novo ciclo e um novo surto da doença”, avalia o ex-ministro.EBC

José Gomes Temporão: “Não há outra saída, diante da falta de vacina e remédio, que não manter o isolamento social”

“Infelizmente, estamos vivendo no tempo da incerteza”, diz Temporão, que atuou como ministro da Saúde no governo Lula. “Não teremos tão cedo uma vacina e um medicamento”. O ministro chamou Bolsonaro de irresponsável, que todos os dias se presta a desautorizar e desdizer as recomendações das autoridades sanitárias, incluindo da Organização Mundial de Saúde (OMS). A construção de outra infraestrutura de controle da pandemia – formada por prefeituras, governos estaduais e o Consórcio do Nordeste – mereceu elogios de Temporão.

Ele defendeu o realinhamento estratégico do país para retomar a o protagonismo da indústria farmacêutica, inclusive para a produção de vacinas, equipamentos e outros medicamentos. “É impossível pensar em enfrentar esse quadro sem um Estado forte, com capacidade de liderar o país e de implementar políticas para proteger a sociedade”, disse.

“Precisamos de ciência e de um SUS forte, além de uma nova política econômica que ampare as pessoas, mas os R$ 600 do auxílio emergencial é absolutamente insuficiente”, ressaltou Temporão. “Essa crise desnuda o futuro e nos coloca um desafio: a questão da desigualdade”, disse. “O vírus não é democrático. Está afetando e vai matar os mais frágeis, como nos Estados Unidos, onde negros e latinos são os mais afetados”, advertiu. “Aqui, os mais pobres e que vivem na periferia vão sofrer mais”.

PT

Creche-Escola Sementinha orienta pais e alunos a acompanharem série de lives sobre Educação Infantil

29-04-2020 Quarta-feira

A Creche-Escola Sementinha, instituição mantida pela Assembleia Legislativa e coordenada pelo Grupo de Esposas de Deputados do Maranhão (Gedema), convida pais, alunos e responsáveis para assistirem, a partir  desta quinta-feira (30), às 15h, à primeira de uma série de seis lives denominadas “Janelas para o Mundo”, realizadas pelo Sistema Positivo de Ensino (SPE), parceiro da instituição.

As lives serão veiculadas por meio da plataforma do canal YouTube, no endereço http://www.specomvoce.live/. 

Com tema “A importância da escola de Educação Infantil para o desenvolvimento integral da criança”, a primeira live contará com a participação das doutoras no assunto, Evelise Labatut e Tatiana Sprada.

Segundo a supervisão pedagógica da Creche-Escola Sementinha, a iniciativa é fruto de uma parceria com o Sistema Positivo de Ensino, especificamente na área da Educação Infantil, e tem como público-alvo alunos, pais, professores e especialistas. 

A direção da Creche-Escola Sementinha informou que a iniciativa de promover lives tem sido bem aceita pelos alunos, pais e professores.

“Nesses tempos de pandemia, estamos experimentando formas novas de ensino-aprendizagem com o uso das diversas ferramentas de comunicação, visando disseminar informações pedagógicas e educacionais aos nossos alunos e aos seus pais. Dessa forma, buscamos minimizar os prejuízos causados pela impossibilidade do funcionamento normal de nossa escola”, destacou.

A especialista Eveline Labatut Portilho, que participará da live, é graduada em Pedagogia pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), doutora em Educação pela Universidade Complutense de Madri e pós-doutora na Universidade do Porto. E Tatiana Sprada, por sua vez, é assessora pedagógica na Positivo Soluções Didáticas.

Os roteiros de atividades para os alunos da Creche-Escola Sementinha continuam sendo disponibilizados regularmente no site da Assembleia no endereço www. alema.ma.gov.br.

PSOL protocola queixa-crime contra Carlos Bolsonaro por divulgação de fake news

29-04-2020 Quarta-feira

O PSOL entrou, nesta quarta-feira (29), com uma queixa-crime na Justiça contra o vereador do Rio de Janeiro e filho do presidente, Carlos Bolsonaro, que mais uma vez usou suas redes sociais e exército de robôs para disseminar notícias falsas. Outra vez a vítima das fake news é o PSOL, tentando novamente envolver o partido e o ex-deputado Jean Wyllys com o caso da facada que Jair Bolsonaro levou de Adélio Bispo na campanha eleitoral de 2018.

A “denúncia” falsa é feita de forma irresponsável e sem qualquer rigor com a verdade, como é o modus operandi do clã Bolsonaro e seu “Gabinete do Ódio”.Carlos Bolsonaro@CarlosBolsonaro

CONFERE? Precisa desenhar ainda tudo que está acontecendo????? O desespero bate na bunda do piçou, a linha auxiliar do PT e “adversário” conivente do PSDB. O problema é que no sentido real vão gostar…

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31,1 milInformações e privacidade no Twitter Ads11,4 mil pessoas estão falando sobre isso

A tentativa de inundar as redes sociais com esta notícia falsa vem no exato momento que a família Bolsonaro se vê cada vez com menos apoio após as graves denúncias feita pelo ex-ministro Sérgio Moro e o avanço das investigações realizadas pela CPMI das Fake News e pela Polícia Federal, que ligam “Carluxo”, como é conhecido o vereador, e outros filhos do presidente ao “Gabinete do Ódio” que opera de dentro do Palácio do Planalto para difamar adversários e desafetos políticos do clã Bolsonaro.

Dois meses de Covid-19 e de crimes de Bolsonaro contra a vida

29-04-2020 Quarta-feira

Passados dois meses do registro do primeiro caso oficial de coronavírus no Brasil, o saldo é uma tragédia em todos os sentidos. A começar pelos números de mortos que, oficialmente, chegaram a 474 nas últimas 24 horas, conforme o Ministério da Saúde, a maior taxa de letalidade desde o início da pandemia no país. O avanço célere da doença contrasta com a inação do governo Bolsonaro nos aspectos econômicos e sociais.

Nesse período de pouco mais de dois meses da Covid-19, ficou nítido que Bolsonaro não tem a menor responsabilidade no trato com o país e com a vida dos brasileiros. Ele oficializou sua conduta criminosa, conforme nota de entidades da saúde coletiva e da bioética, no pronunciamento da noite de 24 de março, em cadeia nacional de rádio e TV.

A nota das entidades classificou a posição do presidente de “intolerável e irresponsável”, um “o discurso de morte”, além de “incoerente e criminosa”. Bolsonaro negou o conjunto de evidências científicas que já pautava o combate à pandemia da Covid-19 em todo o mundo, segundo a nota “desvalorizando o trabalho sério e dedicado de toda uma rede nacional e mundial de cientistas e desenvolvedores de tecnologias em saúde”.

Ao enveredar por esse caminho, Bolsonaro afrontou também a Organização Mundial da Saúde (OMS) e até seu ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. Ao se postar como mensageiro da morte, conclamando o povo a segui-lo rumo ao desastre, confrontou praticamente toda a comunidade científica mundial, que tem se esmerado para mostrar que o isolamento social é a única medida eficiente para evitar a disseminação da pandemia em dimensões imprevisíveis.

A atitude negacionista de Bolsonaro, que se perfila ao lado de poucos líderes mundiais adeptos da negação do óbvio, é, além de criminosa, um recurso para justificar a sua irresponsabilidade também no trato da economia nacional. Incapaz de liderar um movimento alavancado pelo Estado para impedir o naufrágio das empresas – sobretudo as micro, pequenas e médias –, ele condena milhões de trabalhadores ao desemprego e a suas consequências.

Sem salário, o povo é impelido a se arriscar no mundo da pandemia para, como disse o presidente, “buscar o pão de cada dia”. Para cumprir bem o papel de mensageiro da morte, ele encena, rotineiramente, a função de regente da desorientação, insistindo nas variações do que chamou de “gripezinha”. O povo, entregue à sorte da sobrevivência, se aventura sob o olhar complacente do governo.

Quem se opõe à essa irresponsabilidade, sofre ataques inescrupulosos de Bolsonaro. Entre os alvos principais estão os governadores e prefeitos que, premidos pelo senso de responsabilidade diante do avanço trágico da pandemia, desconsideram os devaneios bolsonaristas e adotam medidas para amenizar o sofrimento do povo. Em troca, recebem insultos e ameaças do presidente, o que configura uma crise institucional e fraturas no pacto federativo.

O mesmo acontece com a Câmara dos Deputados, em especial o seu presidente, Rodrigo Maia (DEM). Também o Superior Tribunal Federal (STF) recebe ataques do bolsonarismo por não compactuar com os arroubos do presidente e sua trupe. Sem falar nos partidos políticos e organizações sociais e representativas, constantemente ameaçados.

Os reflexos são vistos, tragicamente, em situações como a tentativa do governo de tirar mais direitos dos trabalhadores com o contrato de trabalho Verde e Amarelo e os também criminosos empecilhos para que as pessoas recebam o auxílio emergencial aprovado pela Câmara dos Deputados.

Bolsonaro vai além, ao provocar crises políticos em meio à tragédia da Covid-19, como nas demissões dos ex-ministros da Saúde e da Justiça, Luiz Henrique Mandetta e Sérgio Moro – este apontando graves crimes do presidente, que devem ser severamente apurados. Tudo isso para pôr sob seu ditame as esferas governamentais que devem ser regidas pelos princípios institucionais, não pela vontade do chefe do governo.

São fatos que se encadeiam e apontam para a urgência da frente de salvação nacional, que terá, no ato unificado do Dia Internacional dos Trabalhadores – 1º de maio –, mais um brado em defesa da democracia, da vida, do emprego, do salário e da economia nacional.

Vermelho

‘Washington Post’ fala das suspeitas de corrupção contra Bolsonaro

29-04-2020 Quarta-feira

Depois do ‘New York Times’ falar na “tempestade perfeita” que se abate sobre o Brasil, o jornal americano ‘Washington Post’, um dos mais influentes dos Estados Unidos, aborda o agravamento da crise no Brasil, em razão da fusão da emergência sanitária da pandemia do Covid-19 com as suspeitas de corrupção contra o presidente Jair Bolsonaro. Na edição desta quarta-feira (29), o jornal noticia que a maioria dos brasileiros quer Bolsonaro fora do cargo e que antigos aliados estão se voltando contra o seu governo. Outros veículos da mídia internacional também dão destaque à crise institucional no Brasil.

“Os investigadores estão cercando. Os apoiadores estão virando as costas. Centenas em seu país morrem todos os dias de uma doença que ele descartou como um caso de ‘resfriadinho’. A maioria das pessoas quer que ele se vá”, diz a abertura da reportagem de Terrence McCoy, Heloísa Traiano e Marina Lopes, correspondentes do ‘Post’. Eles relatam que o presidente está se debatendo – “cercado por escândalos, prejudicado por traições, sem foco e contraditório em pronunciamentos públicos”.

O diário informa que Bolsonaro só ouve os próprios filhos e que brigou com Sérgio Moro, que o acusou de corrupção, levando o ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, a determinar a abertura de uma investigação contra sua administração à frente da Presidência da República. “Ninguém, nem mesmo o presidente, está acima da Constituição e da lei”, disse o juiz do mais alto tribunal do país.

Vergonha internacional

A abertura do inquérito policial contra o presidente é tema também de outros veículos da imprensa estrangeira nesta quarta-feira. O diário francês ‘Le Monde’ noticia que a Suprema Corte brasileira ordenou a abertura de investigação para apurar as acusações e ressalta que o juiz concedeu à PF 60 dias para ouvir o ex-ministro da Justiça, que renunciou na sexta-feira. O britânico ‘Financial Times’ também noticia a autorização do STF para investigar o presidente, acusado de interferência no trabalho da Polícia Federal, assim como o tradicional diário inglês ‘The Times’.

A reação debochada do presidente brasileiro diante das mortes de 5 mil brasileiros na pandemia também ganha repercussão internacional. O diário argentino ‘Clarin’ destaca a declaração desdenhosa do presidente, assim como o ‘La Nación’, que aborda o colapso brasileiro e diz que “Bolsonaro repete seus vícios com pior sorte”, ao compará-lo aos presidentes Donald Trump, dos Estados Unidos e a alemã Angela Merkel. O também argentino ‘Página 12’ informa que a Suprema Corte acabou com o “pacto de gângsteres” de Bolsonaro e Moro, ambos agora na mira da Justiça.

No diário alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung, o colunista Daniel Deckers questiona quanto tempo Bolsonaro vai durar. “Em nenhum outro país da América do Sul a população paga um preço mais alto pela incapacidade do governo de responder adequadamente à pandemia dos Covid 19 do que no Brasil. Mas os danos causados ​​pelo presidente Jair Bolsonaro em sua estratégia de ridicularizar a doença vão muito além do número exorbitante de infecções e mortes. O país, que gosta de se imaginar em pé de igualdade com outros países emergentes, como Índia, África do Sul e Rússia, não tem mais um aliado confiável como Donald Trump na crise global. Poucos são tão enganosos quanto Bolsonaro, mesmo entre os párias da comunidade internacional, como o ditador bielorrusso Lukashenka ou seu companheiro nicaragüense Ortega”, escreve Deckers.

As acusações contra Bolsonaro e as mudanças no governo, com a indicação de um delegado amigo para o comando da Polícia Federal – manobra barrada pelo Supremo agora pela manhã – é destaque também das agências, com despachos da ReutersAssociated PressEFE e France Presse – anunciando a inclusão de André Mendonça para o lugar de Moro e de Alexandre Ramagem para a PF. Todas as reportagens relatam que as investigações podem custar o cargo a Bolsonaro. O material da Reuters é replicado em veículos influentes, como os americanos New York Times e Voice of América e o chinês Global Times.

PT