Governador Flávio Dino faz balanço de gestão


O governador Flávio Dino concedeu uma entrevista hoje pela manhã a Rádio Timbira AM 1290 veiculada, ao vivo, em um pool de 31 emissoras  de todas as regiões do estado. A sabatina comandada pelo jornalista Marcus Saldanha contou com a participação dos radialistas Gilberto Lima, Rogério Silva (Rádio Jovem Pan News) Anderson Mota (Rádio Universidade FM).

EDUCAÇÃO

Flávio ressaltou que o foco está na melhoria da qualidade de ensino reconhecida nacional e internacionalmente por dois indicadores. O IDEB- Índice de Educação Básica está crescendo e pagamos o melhor salário do Brasil para os nossos professores do Ensino Médio. Lançamos recentemente com os prefeitos  o Pacto Estadual pela Aprendizagem para que o crescimento do IDEB chegue também a rede municipal de ensino e eleve a qualidade da educação.     

ECONOMIA

economia brasileira não cresce há cinco anos.  A arrecadação de impostos é vinculada à atividade econômica, por mais que tenhamos feito um esforço gigantesco de modernização, de investimentos para conseguir  garantir as contas públicas funcionando, há um limite que é dado pela atividade econômica. Nós precisamos que a economia volte a crescer para que a gente possa avançar ainda mais em todas as áreas. Mas não vai ser com essa agenda de corte, corte, corte, agenda de conflito entre brasileiros, agenda de confusão que a economia vai voltar a crescer.                                        

CORTES NOS REPASSES DO GOVERNO FEDERAL                            

A área econômica do governo federal está propondo a desvinculação orçamentária. Hoje na constituição federal existe um percentual de investimento mínimo na educação e na saúde. Isso vale para o governo federal, os estados e os municípios. Bolsonaro quer acabar com isso. Eu sou contra. Porque o governo federal que não tem as redes públicas de atendimento já que as UPAS, hospitais, postos de saúde,… estão no município ou no estado. Temos pouquíssimos hospitais federais no país. O mesmo acontece na educação. Tem as universidades, mas tem poucas escolas, em relação as redes dos estados e municípios. Na hora em que desvincular em cima, o governo federal vai estar autorizado a diminuir os repasses para políticas que são fundamentais, como o SUS que é o maior sistema público de saúde do mundo. O FUNDEB termina legalmente no ano que vem e nada for feito no Congresso Nacional ano que vem vai faltar recursos para os municípios manterem suas redes. No estado eu tenho um plano B, mas me preocupo com a situação dos municípios. Isso impacta muito fortemente a educação brasileira.        

SEGURANÇA PÚBLICA.                                                                                

Fomos o governo que mais nomeou policiais no Brasil. A redução da taxa de homicídios no Maranhão é a maior do país. Antes de eu assumir o governo, a média era de 3 homicídios por dia na região metropolitana de São Luís. Nós reduzimos isso a um terço, mais de 66% em quatro anos. O Complexo Penitenciário de Pedrinhas era mundialmente conhecido. Eu estarei esta semana na Universidade de Havard, nos EUA, participando de uma conferência para falar sobre a evolução do sistema de segurança pública e penitenciário em nosso estado porque há um reconhecimento nacional e internacional, o Fórum Brasileiro de Segurança Pública reconhece isso. Eram 6 mil detentos, hoje são 12 mil. Reduzimos a superlotação e investimos na educação e no trabalho, aumentamos 8 vezes as vagas de trabalho, são mais de 130 oficinas, com os presos trabalhando dentro do sistema.                                                          

NOMEAÇÕES DE POLICIAIS.                                                                                                          

No caso das nomeações, todas as vagas oferecidas no edital do concurso foram nomeados e se encontram em exercício. Fizemos nomeações na polícia civil também. O edital está sendo rigorosamente cumprido. Nós temos no edital um cadastro de reserva que é um cadastro de pessoas que poderão ser chamadas de acordo com a necessidade. Minha vontade é nomear o maior número no menor tempo possível, de acordo com a realidade orçamentária. Já estamos chamando mais 130, entre pessoas que tinham liminares de concursos de 2012 e outras do cadastro de reserva do concurso de 2017. É o que chamo de nomeação progressiva de acordo com a disponibilidade de dinheiro. Adianta nomear e não pagar o salário? Um policial custa R$ 10.000,00 por mês entre salário, fardamento, arma, munição, viatura, combustível para viatura, ele é uma unidade de despesa. Como era antigamente, botavam o policial na rua sem colete à prova de balas, sem arma e munição  adequada, vale a pena isso, para fazer demagogia? Eu sou uma pessoa séria e responsável e não vou agir assim. O cadastro de reserva vale por quatro anos. Se Bolsonaro fizer a sua parte e a economia melhorar, nós vamos agilizar as nomeações. Preciso cumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal, não vou quebrar nem falir o Maranhão.                                                                                                

INFRAESTRUTURA                                                                                        

O nosso foco principal no segundo semestre serão as MAs. Fiz um esforço gigantesco para ajudar os 217 municípios nas vias urbanas.                                                                                        Tinha cidade do Maranhão que não havia uma rua asfaltada, foi o nosso governo que fez. E as BRs 135, 222, 316 estão ruins, mas são responsabilidade do governo federal. O atual ministro da infraestrutura veio aqui olhar a situação da BR-135 e nós continuamos cobrando. A BR 316 cortou semana passada por causa das chuvas e quero reconhecer que em 24 horas foi reparada. Espero que trabalhando juntos, prefeituras, governo do estado e o governo federal nas BRs a gente consiga melhorar a malha viária.                                      

SERVIDORES PÚBLICOS ESTADUAIS.                                                

Vivemos uma crise nacional na previdência. A contribuição dos servidores do Maranhão é de 11%. No Piauí , no Ceará, na Bahia, em Goiás, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul é diferente, a maioria já paga 14% de contribuição previdenciária, alguns até mais. Aqui o dinheiro do FEPA- Fundo Estadual de Pensão e Aposentadoria, é exclusivamente para pagar os aposentados. O déficit da previdência no Maranhão começou em 2013, quando eu não era governador, de lá para cá saímos de 16 mil aposentados para 32 mil. É isso que de má fé chamam de rombo do FEPA. O déficit da previdência do Maranhão este ano será de 600 milhões de reais. Nós fizemos dezenas de concursos, mas a nossa relação hoje é de 2 ativos para 1 inativo, não paga, não  equilibra as contas. Além disso vamos entregar o Hospital dos Servidores que considero a maior conquista, fruto da contribuição dos servidores, que é o FUNBEN- Fundo de Benefícios dos Servidores do Estado do Maranhão.

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