Fernando Haddad, professor da USP e do Insper, ex-ministro da Educação (2005-2012), ex-prefeito de São Paulo (2013-2016) e ex-candidato a presidente da república pelo PT em 2018, foi o primeiro entrevistado do canal do YouTube À Esquerda apresentado pelos ex-senadores Lindbergh Farias e Vanessa Grazziotin. Questionado sobre o atual governo disse que “Bolsonaro representa um retrocesso muito grande no imaginário do brasileiro em relação ao seu próprio país. Nos governos do PT estávamos defendendo direitos sociais. Hoje somos obrigados a defender direitos civpolíticos, ambientais,… Ele representa uma ameaça aos direitos sociais mínimos assegurados na constituição de 88”. Haddad ressaltou que quando foi ministro da Educação, a área era prioridade no governo Lula. “Já Bolsonaro escolheu a Educação como inimigo público número um. Ele tem medo dos estudantes. Ele ameaça e quer intimidar educadores e educandos deste país”. Como advogado renomado que estudou a fundo o processo, Haddad ratificou a inocência do ex-presidente Lula a quem vê como um líder que está até a medula comprometido com o Brasil. Na pauta da Reforma da Previdência, o ex-prefeito destacou que “será o fim da previdência pública no Brasil. O que o governo Bolsonaro está garantindo é um salário-mínimo a partir dos 70 anos, ou seja é um bolsa-família para idoso”. Em relação a política internacional enfatizou que o governo já criou problema com 70% dos países que importavam produtos brasileiros”. Fernando Haddad finalizou a entrevista falando sobre o artigo intitulado O Golpe de 1964- Não há o que comemorar ou rememorar, publicado hoje na Folha de São Paulo, que escreveu junto com Guilherme Boulos, Ricardo Coutinho, Sônia Guajajara e o governador Flávio Dino, a quem teceu muitos elogios. “O artigo é uma retomada do projeto democrático expresso na Carta Magna de 1988. Não vamos aceitar retrocessos”.
Entrevista de Haddad marca estreia do canal À Esquerda
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